Os interesses familiares e pessoais, a ganância, a prepotência, a omissão e a imposição de vontades que alguns candidatos e partidos exigem, são os principais – mas não únicos – problemas que estão impedindo a aglutinação de forças oposicionistas, que estão minando as chances de eleição dos candidatos de oposição ao Palácio Araguaia.
Por Edson Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 vem batendo nessa tecla desde o início deste ano eleitoral: se a oposição não conseguir provocar um segundo turno, pelo menos 75% dos seus “líderes” estarão sepultados politicamente nas próximas eleições municipais. Isso é fato!
Kátia e Irajá Abreu, mãe e filho
Há dois senadores da República com suas cabeças na “guilhotina” da vida pública, que são Kátia e Irajá Abreu, mãe e filho. Caso Irajá, candidato ao governo, não consiga ir para o segundo turno e sua mãe perca as condições de ser reeleita, é “caixão e vela preta”. De uma forma ou de outra, a derrota dupla ofuscará as chances de reeleição de Irajá ao Senado.
Dimas, Eduardo Gomes, Freire Junior e Flávio Bolsonaro
Por outro lado, quem também está com sua reeleição ao Senado em risco é Eduardo Gomes, coordenador e avalista da candidatura ao governo de Ronaldo Dimas. Caso Dimas não alcance o segundo turno, Gomes terá que se reinventar para disputar a reeleição ao Senado, apesar de ainda ter bastante prestígio junto aos prefeitos e vereadores, para que possa fazer uma nova plataforma política nas eleições municipais, prestigiando os candidatos a prefeito nos maiores colégios eleitorais.
Lula , Paulo Moura e Gleisi Hoffmann
Já Paulo Mourão, candidato a governador e um político capacitado e preparado para qualquer cargo, tem seu futuro político nas mãos de terceiros – a militância do PT estadual – para que possa crescer e fazer sua candidatura ao governo decolar. Do contrário, já pode ir prensando em “pendurar as chuteiras”. Apesar desse entrevero, Mourão não está morto, e aguarda a vinda do candidato a presidente pelo seu partido, Luiz Inácio Lula da Silva ao Tocantins, única “combustível” que existe para “tirar sua carreira do solo” e fazer o eleitor tocantinense acreditar que o PT é maior que essa miríade de alas que existem no diretório estadual do partido, que impedem, eleição após eleição, que a legenda tenha sucesso ou representatividade no Estado.
Mourão tem que lutar para chegar ao segundo turno ou, no mínimo, na terceira colocação, com uma boa soma de votos, e se capacitar para apoiar Irajá ou Ronaldo Dimas no segundo turno.
OS PRÓXIMOS 30 DIAS DEFINIRÃO OS SOBREVIVENTES
O senador Eduardo Gomes, líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional e coordenador político da campanha de Ronaldo Dimas ao governo do Estado, está com um plano, já em execução nos municípios tocantinenses para fazer a candidatura de Dimas ganhar força e confirmar a participação no segundo turno, em 30 de outubro próximo. Esse plano consta de reuniões com lideranças locais, carreatas, motociatas, comícios e a vinda do presidente Jair Bolsonaro – já confirmada – ao Tocantins, além de uma grande aposta nos programas do Horário Obrigatório de Rádio e TV, que mostrarão ao eleitores tocantinenses as realizações de Dimas e o seu preparo e capacidade como gestor, que transformou Araguaína em um grande canteiro de obras, com planejamento e equilíbrio nos gastos públicos, gerando empregos, renda, aquecendo a economia e fazendo a Capital do Boi Gordo crescer de forma exponencial, atraindo empresas e indústrias, uma forma de governar que pode ser implantada em todo o território tocantinense.
Já o senador Irajá Abreu, um jovem simpático, presidente do PSD em território tocantinense, conta com o apoio declarado de vários prefeitos e lideranças políticas, mas precisa fazer sua candidatura ser levada a sério e convencer os eleitores de que todo o imbróglio criado junto à candidatura à reeleição para o Senado da sua mãe, Kátia Abreu, não passou de um jogo de cena, de um truque publicitário para ganhar a atenção da mídia.
Irajá é outro que precisa, no mínimo, ser o terceiro mais bem votado para que possa ter moeda de troca no apoio a um dos candidatos que estiver no segundo turno.
Um segundo turno cujos participantes e as chances de cada um de chegar lá, só poderemos ter uma ideia após a publicação da pesquisa FIETO/Vetor, que deve vir a público neste dia primeiro de setembro.
ANÁLISE
Após a divulgação dos números da pesquisa FIETO/Vetor, no próximo dia primeiro de setembro, o Observatório Político de O Paralelo 13 fará uma análise conjunta de todos os resultados que também foram apresentados no decorrer dessa semana, quando poderá traçar uma primeira avaliação com dados e números reais e factíveis, deste início de campanha visando as eleições de dois de outubro.
Até lá, tudo são meras nuances....
Até breve!