Apesar de estar muito bem avaliada, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro está levando em conta o fato de que as principais candidaturas que fariam frente à sua, simplesmente não decolaram, mas uma, em particular, vai muito bem, obrigado, que é a do empresário Gil Barison que, até o momento, tem uma chapa de mais de 123 pré-candidatos a vereador e, mesmo sendo um novato na política de frente, tem bastante experiência de bastidores e foi um dos primeiro empresários a acreditar na construção e na expansão de Palmas, atuando na área da construção civil e, agora, na área imobiliária
Por Edson Rodrigues e Luciano Moreira
Cinthia não enfrenta nenhuma denúncia a respeito de atos não republicanos ou corrupção, mantendo-se, firmemente, acima da linha da média dos políticos brasileiros, mas precisa estar atenta a qualquer deslize de sua administração, mantendo a rédea curta sobre seus auxiliares de todos os escalões.
Já Barison é empresário e cidadão corretíssimo, e considerado um homem de palavra, foram essas características que levaram alguns partidos a lhe propor a pré-candidatura à prefeitura. Desafio proposto, desafio aceito. Sem nenhum temor, Barison resolveu colocar seu nome à disposição da população palmense, mas alertou aos políticos que o procuraram de que sua bandeira seria “a da ética e da lealdade ao povo palmense, com o compromisso de desenvolver, economicamente a Capital, para que a população deixe de depender apenas do poder púbico no que tange aos empregos”.
PRÉ-CANDIDATURA NÃO PODE SER SUBESTIMADA
O passado ilibado e a correção com que toca seus negócios fazem de Gil Barison e de sua candidatura a prefeito de Palmas dois pontos que não podem jamais ser desprezados ou subestimados.
Vale lembrar que a Capital é formada por pessoas vindas de todo o Brasil e que procuram, aqui, meios para tocar suas vidas, com empregos e qualidade de vida. Ao adotar essas bandeiras, Barison pode estar falando a mesma língua dessa grande camada da população, e o passado próximo está aí como exemplo, quando o também empresário Carlos Amastha lançou politicamente seu nome e acabou sendo eleito, mesmo com suas pretensões sendo ignoradas e menosprezadas pela classe política.
Mesmo com Cinthia Ribeiro estando muito bem avaliada em sua gestão, parece estar surgindo um nome capaz de fazer frente às suas qualidades administrativas, com a vantagem de vir do empresariado, uma classe que há muito contesta a filosofia adotada pelas administrações que passaram pelo Paço Municipal, e que, junto com a parte insatisfeita do eleitorado, quer uma renovação de verdade na política de Palmas.
O PARTIDO E O PRESIDENTE
Gil Barison é o presidente metropolitano do Republicanos, partido pelo qual lançará seu nome à avaliação popular, juntamente com três chapas de vereadores dos partidos que farão parte da coligação e darão sustentação política à sua candidatura, que são o Republicanos e o democracia Cristã.
Sua candidatura, como se pode notar, vem ganhando musculatura política e o seu partido, o PRTB, foi o que mais recebeu os aliados do presidente Jair Bolsonaro, principalmente os filhos de Bolsonaro, Flávio e Carlos, após o projeto do Aliança (novo partido que o presidente pretende criar) ter sido adiado para 2022.
A força dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro, principalmente em Palmas, pode ser um diferencial na candidatura de Barison, principalmente no caso da filiação do próprio Bolsonaro ao PRTB. Caso isso ocorra, segundo analistas políticos, a candidatura de Barison pode vir a ser o divisor de águas na corrida sucessória palmense.
Aliado a isso, de forma humilde e conciliadora Gil Barison vem mantendo conversas com os demais pré-candidatos que têm sua força política, mas cujas candidaturas não estão decolando, para que formem uma coalizão de forças, unindo e adequando projetos de governo para que possa dialogar com todas as camadas e vertentes sociais, sem a necessidade de “lotear” cargos ou projetos, caso seja eleito.
A história política do Brasil está repleta de candidatos eleitos depois de terem suas candidaturas subestimadas pelos adversários. Entre os casos mais recentes temos João Dória, em São Paulo e Romeu Zema, em Minas Gerais.
No Tocantins, Carlos Amastha, em Palmas e Joaquim Maia, em Porto Nacional, saíram com percentuais de 1% a 5% e acabaram vencendo seus adversários. O próprio senador Eduardo Gomes, tinha apenas 3% das intenções de voto e acabou eleito o senador mais bem votado do Tocantins.
O intuito deste Panorama é explicar que mesmo os candidatos com grandes índices de aprovação e gestões aplaudidas pela população, por pequenos erros ou até mesmo por entrevistas infelizes, acabaram sendo derrotados na reeleição.
Daqui até outubro, muita coisa pode acontecer, tanto positiva quanto negativamente, e o jogo sucessório está apenas no aquecimento.
CARLESSE MANTÉM SILÊNCIO SOBRE SUCESSÃO MUNICIPAL DE PALMAS
Enquanto isso o governador Mauro Carlesse e seus principais auxiliares não se pronunciaram sobre a sucessão municipal de Palmas, pois, no momento, todos os esforços estão concentrados nas ações de prevenção e combate à pandemia do Covid-19, distribuindo cestas básicas e kits de alimentação às famílias carentes e estudantes da rede estadual de ensino.
Os cuidados estão voltados, também, para o abastecimento das farmácias dos hospitais públicos e na aquisição de equipamentos de proteção individual para os profissionais da Saúde, além das articulações para a liberação dos empréstimos junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal.
Mas, isso tudo pode mudar a partir do momento em que a pandemia começar a recuar e o governo puder dar mais atenção á política. Espera-se que, até julho, data das convenções partidárias, se Carlesse não entrar diretamente no jogo sucessório o governo do Estado, pelo menos, definirá os candidatos que irá apoiar nos dez principais colégios eleitorais do Tocantins.
Por enquanto, é só!