Empresário do ramo agropecuário pode vir com força total, enquanto velhos conhecidos voltam a tentar o comando da Capital do Estado
Por Edson Rodrigues
Independente dos já prováveis candidatos naturais ao Executivo de Palmas – Cinthia Ribeiro (a cria), Carlos Amastha (o criador), o vice-governador, Wanderlei Barbosa , os dois senadores do clã dos Abreu – Kátia e Irajá –, Marcelo Lelis e Raul Filho, mesmo levando-se em consideração a falta de apoio político e musculatura partidária de alguns, surge, nos bastidores políticos e do agronegócio, uma candidatura, digamos, improvável, de fora do métier tradicional, mas que vem forte.
Ressaltando que o clã dos Abreu deve lançar um candidato que não seja os dois senadores, mas, certamente, alguém com condições de elevar o patamar de importância do sobrenome Abreu, já que ambos os partidos que são dirigentes – PSD e PDT – têm bons nomes, que não representam riscos de que a candidatura seja “entregue” ao PSDB de Cinthia.
Essa candidatura, por enquanto, virtual, vem com a musculatura dos principais nomes do agronegócio, consequentemente, geradores de empregos e de dividendos tributários, dando uma opção aos eleitores palmenses de escolher entre a política tradicional e uma nova política, voltada para o desenvolvimento econômico e a industrialização.
Essa candidatura traz seu plano de governo baseado em pesquisas, realizadas de forma discreta, por uma empresa paulista e já tem até data para ser elaborado: agosto.
A partir dessa definição, serão escolhidos os demais nomes da chapa e os partidos pelo qual se filiarão, criando um fórum constante de discussões acerca das prioridades da Capital tocantinense, preparando uma campanha que irá direto ao cerne das necessidades dos cidadãos, capaz de abalar as estruturas políticas tradicionais.
É bom lembrar que Palmas é o maior colégio eleitoral do Estado, com mais 292 mil habitantes, 185.509 eleitores, e um PIB per capta de cerca de 29.000 reais anuais. Sua economia gira em torno do setor administrativo do Estado, mas tem forte potencial agropecuário.
Logo, uma candidatura que traga a possibilidade de desvincular a economia dos salários dos servidores, gerando novos empregos e mais impostos, representa um ponto além da curva de tudo o que já foi feito pela política tradicional e, certamente, pode mudar os ares provincianos da nossa Capital, fazendo uma Palmas mais próxima do que se espera de um grande centro urbano.
PSDB TEM DONO
Fontes dos bastidores de Brasília nos garantiram que o PSDB, no Tocantins, pertence à Cinthia Ribeiro. A confirmação veio do clã do PSDB paulista – Leia-se, João Dória. Essa garantia, inclusive, seria chancelada por um grupo de prefeitos e pretendentes à disputa de Executivos Municipais que ameaçaram uma debandada, caso o partido não seja, realmente, entregue à prefeita de Palmas.
MDB SE MOVIMENTA
Enquanto isso, nas hostes do MDB, já se discute a possível candidatura da ex-primeira-dama e atual deputada federal reeleita, Dulce Miranda, que, como primeira-dama, comandou vários programas sociais em Palmas.
Seu esposo, o ex-governador Marcelo Miranda, pode ser confirmado como presidente estadual do MDB. Reconhecido como a maior liderança política do partido no Estado, Marcelo terá em seu auxílio a chegada do senador Eduardo Gomes, vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e segundo-secretário da Mesa-Diretora da Casa de Leis, garantindo á legenda musculatura suficiente para pleitear não apenas a prefeitura de Palmas, como, também, a de várias cidades importantes no interior do Estado.
A eleição de 2020 será a primeira após o fim das coligações proporcionais, e o retorno de Marcelo Miranda ao tabuleiro político pode significar o pontapé inicial da corrida sucessória.
DISPUTA COMPETITIVA
Diante do atual quadro da sucessão municipal em Palmas, buscamos a opinião de um dos políticos de maior credibilidade no Estado e que conhece os caminhos políticos de Palmas como poucos. Muito reservado e discreto, Carlos Braga, ex-vereador, presidente da Câmara Municipal de Palmas, deputado estadual, secretário de governo da prefeitura de Palmas, secretário de governo do Estado, dirigente político e coordenador de diversas campanhas políticas, ele nos disse ser cedo para previsões e lembrou meu amigo, irmão e professor, Salomão Wenceslau, ao afirmar que, a única certeza é a de uma disputa prá lá de competitiva – e sem favoritos.
Vamos aguardar!