O jogo sucessório continua em formação. Falta a definição das chapas majoritárias e proporcionais, que serão as peças a serem colocadas no tabuleiro eleitoral, mas os bastidores também andam agitados. Afinal, os partidos têm direito ao Fundo Partidário e a um tempo distinto no Horário Obrigatório de Rádio e TV, e esses são ingrediente que podem decidir uma eleição.
Por Edson Rodrigues
No momento, são quatro pré-candidatos ao governo que encabeçam as pré-campanhas, seguidos por candidatos a senador a deputado federal e a deputado estadual que já colocaram os “blocos na rua”, porém, ainda há dezenas de pessoas “estudando o terreno” para se lançar candidatos na hora certa, para todos os cargos.
Pré canbdidato Ronaldo Dimas o senador Eduardo Gomes e Cleyton Aguiar
O tempo é longo até as convenções partidárias, que ocorrerão até agosto, e muitas outras peças serão colocadas no tabuleiro sucessório, da mesma maneira com que o deputado federal Osires Damaso guardou suas ações para o momento certo, se colocando como um candidato competitivo ao governo do Estado, na semana passada.
Pré-candidato ao governo, Osires Damaso reúne-se com Amastha, Andrino e Gentil
Como vimos afirmando, grande parte do desempenho desses candidatos vai depender do agrupamento de forças em que ele estiver inserido, a capacidade dos seus candidatos proporcionais em acumular votos, assim como dos majoritários, que podem fazer a diferença, mas de maneira diferente.
PRÉ-CANDIDATOS
Por enquanto, já estão no tabuleiro, como pré-candidatos ao governo, quatro nomes destacados. O ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, uma liderança forte da Região Norte do Tocantins, com sua chapa proporcional já montada, e que conta com o valiosíssimo apoio do senador Eduardo Gomes, líder do governo federal no Congresso Nacional, e campeão absoluto em envio de recursos para os 139 municípios e para o governo do Estado do Tocantins. Um político tarimbado, que não tem inimigos nem na política nem na sua vida pessoal.
O governador Wanderlei Barbosa, que conta com o apoio de 19 deputados estaduais, político de carreira, que já passou por todas as instâncias municipais e estaduais do Legislativo, experiente, que conta com a simpatia dos servidores públicos estaduais, e que tem alguns membros da bancada federal do Tocantins no seu grupo político.
Outro candidato é Paulo sardinha Mourão, do PT, que tem o apoio do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que está bem em todas as pesquisas de intenção de voto.
E, como falamos acima, há, agora, a candidatura efetiva do deputado federal Osires Damaso, que colocou seu nome à apreciação dos eleitores na semana passada, é um empresário de sucesso e que não precisa dos proventos da política para manter seu padrão de vida.
Todos os quatro candidatos citados contam com o apoio de dezenas de prefeitos e vereadores, de empresários e lideranças de entidades classistas e religiosas, mas, nenhum deles ainda despontou como franco favorito, ressaltando que ainda é muito cedo para que isso aconteça.
SENADOR IRAJÁ ABREU
Há, nos bastidores, uma grande expectativa a respeito de quem o senador Irajá Abreu irá apoiar para governador no primeiro turno. Irajá é um político que tem a simpatia da população, principalmente dos mais jovens, não entra em polêmicas desnecessárias e é presidente estadual do PSD. O partido já tem uma chapa proporcional composta por bons nomes, tem um bom tempo no Horário Eleitoral Obrigatório e um fundo partidário de respeito, além de prefeitos e vereadores, que podem somar muito positivamente ao candidato ao governo que Irajá Abreu apoiar.
Irajá vem conversando com todos os pré-candidatos ao governo já conhecidos e pode se decidir por um deles a qualquer momento. A grande questão é se o apoio de Irajá leva, no conjunto, o apoio de sua mãe, a também senadora Kátia Abreu que, por enquanto tem sido enfática em afirmar que apoia o governador Wanderlei Barbosa à reeleição.
A única certeza é que os dois junto, Irajá e Kátia, valem muito mais juntos para qualquer candidato ao governo, que separados.
SEGUNDO TURNO É FATO
O segundo turno é fato consumado para as eleições de outubro próximo. Por isso, todos os candidatos têm que “pisar em ovos” na hora de dar declarações e entrevistas a respeito de seus oponentes, pois, quem não for para o segundo turno terá como opção apoiar os dois finalistas, e isso pode ser decisivo para a vitória de um ou de outro.
É extremamente recomendável aos postulantes ao cargo de governador que não fechem nenhuma “porta” no que diz respeito aos seus oponentes no primeiro turno. Esse pode ser o grande “trunfo” para o segundo turno, no qual todos os atuais postulantes podem estar presentes, pois, como já afirmamos, o que vai contar para uma vitória é a simpatia junto ao eleitorado, o melhor projeto de governo, o melhor trabalho de marketing político, melhor poder de penetração na mídia tradicional tocantinense e, finalmente, quem errar menos até o dia dois de outubro.
CUIDADOS COM OS RESULTADOS DE “PESQUISAS”
Além de tudo o que já falamos, existe, também, outra preocupação para os postulantes a cargos eletivos este ano, que são as “pesquisas” de intenção de voto.
Os institutos de pesquisa de opinião estão aí, à disposição, de “boca aberta” esperando ser contratados pelos candidatos, partidos, instituições e empresas, o problema são os “resultados” que serão divulgados, pois ninguém contrata uma pesquisa para divulgar um resultado contrário a si mesmo. Ou seja, os resultados “cabeludos” que temos visto por aí, podem causar problemas junto ao TSE, mesmo que as “pesquisas” tenham sido registradas e estejam “dentro da lei”. E o desgaste provocado por problemas com pesquisas costumam desaguar nas cabines de votação. O povo não esquece!
Governador Wanderlei Barososa em ato com deputados e secretários
O certo é que os resultados confiáveis só começarão a aparecer depois das convenções partidárias, quando todos os candidatos estiverem consolidados em suas pretensões, já com o registro de suas candidaturas confirmados.
A população e os eleitores tocantinenses já estão “escaldados” com “pesquisas” que trazem resultados “de gabinete”, aquelas em que o contratante está sempre à frente em qualquer cenário apresentado.
Por enquanto, tanto nosso “panorama político” quanto as pesquisas, honestas ou não, apresentam apenas um retrato do momento político.
Como na política nada é exato, depois das convenções, tudo pode mudar. Quem está por cima, hoje, pode nem constar na listagem dos candidatos após as convenções.
Estamos de olho!!