O Paralelo 13 vem acompanhando os esforços do governador Mauro Carlesse e seus auxiliares no enfrentamento à Pandemia de Covid-19, sempre buscando recursos federais em Brasília, junto à bancada tocantinense no Congresso Nacional, independente de cor partidária. Uma verdadeira união dos nossos representantes, incluindo os deputados estaduais, para tentar minimizar os efeitos desse inimigo invisível que aplaca o Brasil e o mundo
Por Edson Rodrigues
Muita coisa já foi conseguida, entre recursos, equipamentos e suprimentos hospitalares, leitos de UTI. Nós testemunhamos e estamos noticiando essa maratona que vem concentrando 90% das emendas impositivas, federais e estaduais, para a área da Saúde.
Aliás, fazemos questão de ressaltar, também, a postura corajosa e de sacrifício dos profissionais da Saúde do Sistema de Saúde Pública do Tocantins, que vêm sendo verdadeiros guerreiros para dar conta do recado. A demanda é enorme, e não para de crescer, mas esses homens e mulheres obstinados, não arredam pé, cuidando de pessoas que nem conhece como se fossem seus próprios parentes, arriscando sua própria integridade física, assim como a de seus familiares. Essas pessoas, mais que ninguém, merecem o nosso respeito e o nosso reconhecimento.
TUDO EM VÃO
Mas, todo esse esforço pode ser em vão, caso não se fecham as praias e balneários do Estado. Os turistas estão chegando aos montes, e isso não é nada bom para o povo tocantinense, infelizmente.
A única coisa que essa invasão de turista vai fazer girar são as catracas dos hospitais, aumentando ainda mais o número de infectados e sobrecarregando ao limite o nosso sistema de saúde pública.
O pior, é que eles vêm, contaminam nosso povo e voltam para seus estados de origem, deixando um rastro de desolação e pessoas infectadas.
A contaminação pela Covid-19 voltou a crescer em grande escala, com índices assustadores de mortalidade. Mesmo assim, a temporada de praia e os acampamentos já começam a ser vistos nos municípios turísticos. Embarcações já são vistas nos reboques, rumo às cidades com praias e ilha em todas as regiões do Estado.
É um momento delicado, em que se precisa de pulso firme e muita responsabilidade no zelo pela saúde povo tocantinense e é dever do governo do Estado agir e não se omitir quanto a esse risco iminente.
Além de atos e decretos, se faz necessária a atuação da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, em nome da família tocantinense. E isso não está acontecendo como deve ser.
A pandemia da Covid-19 já mostrou que a melhor arma contra ela é prevenir e, não, remediar.
O governador Mauro Carlesse, como chefe de Estado, precisa ser enérgico, pois os hospitais públicos estão com seus leitos lotados, desde a enfermaria até a UTI. Se não houver uma atitude urgente, o Tocantins pode voltar a “sangrar” sua imagem junto ao seu povo e ao brasileiro, como um dos estados líderes em contaminação por pura negligência das autoridades estaduais, pois todos somos sabedores que os municípios não têm força policial sob seu comando para exigir um policiamento mais ostensivo nos locais públicos, praias e balneários.
O próprio ministro da Saúde já afirmou estar preocupado com o avanço da pandemia no Tocantins, ao mesmo tempo em que o governo federal já avisou e mandou o recado dizendo que não haverá mais a distribuição farta de recursos, como houve no ano passado. Agora, estados e municípios que cuidem de si próprios, pois muito dinheiro destinado ao combate da pandemia foi desviado para outros fins e os inocentes estão pagando pelos pecadores.
O governo Mauro Carlesse precisa fazer a sua parte, que é a de evitar ao máximo a exposição das pessoas ao vírus e isso só vai acontecer se praias, balneários e locais de turismo forem fechados e fiscalizados.
Se não houver uma ação nesse sentido, o governo do Tocantins fica sob um sério risco de ver todo o ônus das mortes ser jogado em seu colo, o que pode levar nosso estado a ser confundido com uma republiqueta de quinta categoria, sem comando e sem rumo.
O Tocantins precisa mostrar que aqui tem comando e ordem, e que nosso povo não é menor que qualquer outro povo brasileiro, de qualquer estado que seja, e quem o desrespeitar, seja com atitudes, seja com palavras. Quem o fizer, será levado às barras da Justiça.
O presidente Jair Bolsonaro fez pouco caso do vírus, e hoje enfrenta altos índices de rejeição, seja pelo tratamento que deu à causa das vacinas, seja pelas aglomerações que vem provocando.
Ninguém deseja isso para o Tocantins e para o seu governo, mas algo precisa ser feito com urgência. O governador não pode fingir que não sabe das praias lotadas, dos acampamentos e das festas que estão ocorrendo em municípios turísticos.
O Tocantins precisa demonstra, na prática, que esta terra tem dono e tem governo!