Definitivamente, no Tocantins, só falta ver “boi voando” ao vivo. O observatório de O Paralelo 13 detectou um assunto que não pode deixar passar em branco, muito menos se fingir de cego, surdo e mudo, o que significaria o mesmo que covarde e conivente com mais essa tentativa de patifaria com o povo tocantinense
Por Edson Rodrigues
A imprensa nacional fez circular uma nota política especulativa, sobre uma possível reforma ministerial no governo Jair Bolsonaro, informando os nomes dos ministros que se desincompatibilizariam de seus cargos para disputar um cargo eletivo nas eleições de 2022. Dentre tantos, consta o nome de um ministro que teria escolhido o Tocantins como domicílio eleitoral para concorrer à uma vaga de deputado federal.
Não temos nada contra a pessoa desse ministro da República, até porque, caso se confirme a notícia, a candidatura pelo Tocantins é totalmente legal e assegurada pela Constituição.
O nosso problema é: por que o Tocantins é sempre o “escolhido” para servir de laboratório eleitoral? Em matéria replicada por O Paralelo 13 nesta última quinta-feira (17), você pode saber quem pode vir a ser o “nosso” candidato.
RETORCESSO
Se a nota especulativa vier a se tornar verdade, estaremos assistindo a um filme que já vimos no passado, quando o Tocantins tinha “dono” e as decisões eram tomadas por uma espécie de “Câmara de Lordes”, na qual os simples plebeus não tinham voz, nem vez.
Um tempo em que os filhos legítimos desta terra foram “tratorados” e humilhados, recebendo o “pacote” de candidatos com nomes de forasteiros paraquedistas, que nem residência provisória se davam ao trabalho de erguer no Tocantins, muito menos um escritório, depois de eleitos, para atender os que votaram neles, muito menos as lideranças que “cavaram” esses votos.
Analisando friamente, depois de tanto tempo, bem que eles não tinham mesmo nenhum compromisso com o povo, com os eleitores, mas, apenas, com sus criadores, seus “padrinhos” na “incubadora de mandatos”.
ESCLARECIMENTO
O Paralelo 13 está, do seu observatório, mais que atento para descobrir quem está por trás dessa tentativa de levar o Tocantins de volta para um passado do qual não se orgulha, logo, um passado que não pode voltar.
Uma tentativa torpe de trazer para o nosso Estado a residência eleitoral desse ministro que, por melhor pessoa que seja, estudado, carismático, capaz, competente, não pode se infiltrar em meio aos candidatos do Tocantins, legítimos filhos da terra, com raízes e compromisso para com seus conterrâneos.
E a coisa não para por aí. Já temos informações contundentes de que há, pelo menos, dois grandes empresários, com influência na cúpula nacional de dois partidos políticos, que estão no comando das Comissões provisórias dessas legendas, pretendendo disputar um mandato de deputado federal pelo Tocantins. Ou seja, das oito vagas em disputa, querem nos tomar três!
As tratativas e conluios políticos já estão adiantados, com total cobertura dos “líderes” políticos tocantinenses, principalmente no agenciamento de acordos vantajosos no que tange os interesses pessoais.
Fica, aqui, o alerta aos atuais detentores de mandatos na Câmara dos Deputados e pensam em reeleição e àqueles que tem a intenção de tentar, pela primeira vez, uma vaga.
NOSSO PAPEL
O Paralelo 13 sempre foi e se manterá na sua linha de veículo de comunicação respeitador das instituições e de seus membros, reconhecedor dos valores humanos tocantinenses, dos nossos representantes nos Legislativos municipais, estadual, federal e no Senado, assim como aos detentores de mandatos nos Executivos municipais e estadual e aos representantes classistas.
A direção de O Paralelo 13 jamais se preocupou com suas análises políticas ou matérias veiculadas, se houve contrariados ou felicitados, pois, somente, e tão somente, temos a intenção de informar os cidadãos, nossos leitores e seguidores e parceiros, sem parcialidade e deixando que cada um forme a sua opinião sobre o que leu.
Há exatamente 33 anos, somos assim e, mesmo aos trancos e barrancos, conseguimos construir uma história, um histórico e fazer parte deles. Cometemos enganos? Claro que sim! Quem é perfeito? Mas, podemos garantir que todos eles se justificam na nossa vontade de fazer o melhor para o povo tocantinense, nunca em má-fé ou de forma proposital.
Este editorial tem, justamente, esse objetivo pois, os exemplos já circularam por nosso território, já foram eleitos e, assim como nunca voltaram para agradecer, pelo menos, os votos, jamais fincaram raízes. O que falar de “embriões” como o técnico Wanderley Luxemburgo, que assim como o ministro, já “jogou verde para colher maduro” e ciscou por aqui, de olho nos eleitores tocantinenses?
Como discutir um projeto de Estado com uma pessoa que nem sabe onde fica o Bico do Papagaio, quanto mais as necessidades do povo dessa região, que vive abaixo da linha da pobreza, em que oito de cada 10 famílias têm rendimentos abaixo de dois salários mínimos e que uma cesta básica recebida é a diferença entre fazer uma ou duas refeições por dia?
Ou sobre a Região Sudeste do Tocantins, que sofre há décadas com a seca, em que a falta de um Hospital Regional que atenda às necessidades mínimas e que vê em uma ambulância a diferença entre morrer o tentar viver, chegando a um município com mais recursos?
É por motivos assim que muitos governadores, senadores, deputados federais e estaduais passaram a fazer parte do passado, assim como prefeitos e vereadores que ninguém lembra mais da existência.
E é por motivos assim que há 33 anos O Paralelo 13 não muda sua linha editorial, destemida, independente, quer gostem ou nãos os “poderosos”, pois sabemos que nós ficaremos, pelo menos na memória do povo. Já esses falsos profetas, esses vão para os “baús das maldades” de gerações e gerações.
Mesmo com dezenas de processos, agressões sofridas, invasão de nossa residência em Brasília e outras patifarias, nada nos impediu de continuar ou nos intimidou, pois temos a certeza do valor dos nossos serviços prestados à comunidade tocantinense.
Vamos continuar, com as graças de Nossa Senhora das Mercês, do mesmo modo, sem expor, agredir ou difamar quem quer que seja, e por mais que mereça, pois nossa posição é de respeito para sermos respeitados.
E jamais aceitaremos, em tempo algum, que façam do Tocantins uma “incubadora” de carreiras políticas sem que deixemos claro nosso repúdio e indignação.
Até breve!