Enquanto os palmenses pagam as maiores taxas de impostos do País, deputados sustentam assessores fantasmas no exterior
Por Edson Rodrigues
Triste sina a do povo tocantinense. Sua maldição é ver o nome da sua terra natal ser jogado na lama, de tempos em tempos, por gestores públicos que pensam apenas em benefícios para si próprios, enquanto o povo padece, sem Saúde, sem Educação, sem Segurança e, principalmente, sem esperança.
Não bastassem protagonizar escândalos que ganham a mídia nacional pelo grau de crueldade e de cara de pau, alguns desses políticos ainda acham que podem continuar a ludibriar o povo e se candidatar a cargos que os mantenham em condições de continuar a vilipendiar o erário público para manter suas vidas nababescas.
Primeiro temos o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que se dizia o “novo”, o “administrador bem sucedido”, o “diferente”, e que, num rompante de megalomania somado a um surto de amnésia, “decretou” que a Polícia Federal lhe deveria desculpas por citá-lo em uma investigação sobre desvio de dinheiro público e que, hoje, não apenas é citado, como indiciado, e, mesmo assim quer porque quer ser candidato a governador, acreditando que o povo “não entende dessas coisas”.
Amnésia deve ser um mal crônico ao prefeito da Capital, pois ele chamou os políticos tocantinenses, em algumas ocasiões, de “corruptos”, “vagabundos”, “preguiçosos” e “incompetentes”.
Como, pergunta-se o povo, Amastha quer que esses mesmos políticos a quem ofendeu, juntem-se a ele para formar uma chapa majoritária para concorrer à eleição? Quem seriam os corajosos a vestir a carapuça e sair às ruas pedindo votos?
REPRESENTANTES DE SI MESMOS
Outro caso emblemático é o do deputado Mauro Carlesse, presidente da Assembleia Legislativa, que já se diz candidato a governador, em outubro.
Perguntamos: como uma pessoa como Carlesse, um empresário sem nenhuma experiência política significativa, pode quereradministrar um Estado inteiro, ainda mais depois que a mídia nacional divulgou reportagem em que revela que há mais de 40 funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins, alguns recebendo de 200 a 500 mil reais nos últimos anos mesmo moram no exterior, após investigação de denúncia anônima do Ministério Público Estadual. Na Casa de Leis, também, apenas 15% dos servidores são concursados e o controle de frequencia dos servidores ainda é feito, em plena era digital, no papel, com a coleta de assinaturas.
Quem não consegue administrar uma Assembléia Legislativa, tem competência para administrar um Estado inteiro?
ESTADO OU REPUBLIQUETA
Será o Tocantins uma unidade federativa do Brasil ou uma simples republiqueta aos olhos dos seus parlamentares?
Como, pessoas que não têm nenhum laço umbilical com o Tocantins, querem comandar este Estado? Será que pensam que basta chegar aqui, com um discurso bonito, enganar os eleitores e assumir o comando?
Será que acham que o Tocantins não tem tradição política e políticos nativos capazes de reverter essa situação?
Será que acham que o povo tocantinense não aprende com seus erros de escolha e podem ser enganados mais vezes?
Será que acham que a imprensa do Tocantins pode ser comprada para esconder seus mal-feitos?
TEMPO, O SENHOR DA RAZÃO
Mas, como manda o figurino do bom jornalismo, nós de O Paralelo 13 preferimos aguardar até que as candidaturas sejam real e efetivamente lançadas, antes de começar a expor a vida pregressa dos pretensos candidatos e levar o povo tocantinense a uma reflexão, comparando o discurso e a prática de cada um e com quem cada um “anda”.
Afinal, são vários e vários pretensos candidatos ao governo do Estado que,no frigir dos ovos, na hora de registrar suas candidaturas, não o conseguirão, sobrando apenas três ou quatro com esse direito confirmado pela Justiça.
Como já afirmamos em artigos anteriores, é bom que quem tenha praticado qualquer ato contra o erário público no Estado e nos municípios, coloque as barbas de molho, pois o mês de março se mostrará implacável pelas vias da Justiça, por meio do TCU, do TCE, do TSE, da CGU, do STJ, do TJ, da Polícia Federal e de quaisquer outras siglas que signifiquem fiscalização, apuração e investigação.
Esta não é a nossa opinião, nem o nosso aviso, é uma previsão dos juristas mais renomados do País.
O Tocantins é um Estado que tem uma história secular de muitas lutas, de muito engajamento, de muito sofrimento e de muito suor. Os tocantinenses legítimos, genuínos, não podem aceitar a canalhice que vem sendo perpetrada por falsos messias.
Não podemos apenas, aceitar, sermos omissos ou coniventes, muito menos covardes.
Alertamos aos irmãos tocantinenses que acordem o quanto antes. Esta casa é nossa. Quem a respeita, acolhemos com hospitalidade e gentileza. Aos que nos destratam, a porta de saída é serventia da casa.
Que Deus nos abençoe!!