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Os efeitos colaterais e as consequências, negativos ou positivos, das ações políticas dos principais líderes políticos do Tocantins darão o tom do andamento das articulações, movimentações e posicionamentos em 2025, já com vistas às eleições estaduais de 2026.
Por Edson Rodrigues
Junto com as conclusões das operações da Polícia Federal e das investigações em curso no STJ e no STF, entre elas a prisão do ex-governador Mauro Carlesse e de seu sobrinho, Claudinei Quaresemin, o ano de 2025 promete muita agitação, surpresas e constatações.
O Observatório Político de O Paralelo 13, por meio desta Reflexão de Domingo, a última do ano, faz as suas análises, de olho no processo político no Estado, mas sem tirar os olhos do retrovisor dos fatos que movimentaram os bastidores neste ano de 2024.
PREFEITA CINTHIA
Terminando sua gestão isolada politicamente, sem grupo político, distanciada do Palácio Araguaia, depois de incendiar a única ponte de diálogo com o governador Wanderlei Barbosa e implodir a que a ligava à Câmara Municipal, é aconselhável que Cinthia Ribeiro aproveite bem seus últimos dias de gestão.
Ontem, realizou uma confraternização com seus principais auxiliares, no salão de eventos do prédio onde reside, e não entendeu e nem gostou da ausência do seu secretário de Infraestrutura, Antônio Trabulsi Sobrinho.
Tudo caminha a passos largos para, com a chegada da gestão de Eduardo Siqueira Campos e a nova composição da Câmara Municipal, com maioria de vereadores eleitos na chapa de sua principal adversária, deputada estadual Janad Valcari, e que vão julgar as contas de sua Gestão, Cinthia volte aos holofotes da mídia, mas não como gostaria.
Juntando tudo isso com a herança maldita que sua administração deixa para Eduardo Siqueira Campos, ao andamento das investigações da Polícia Federal no caso das joias, o futuro político de Cinthia Ribeiro pode ser nebuloso e cheio de obstáculos.
WANDERLEI BARBOSA
O governador Wanderlei Barbosa fecha o ano com chave de ouro, com muitos recursos em caixa, sua gestão com as finanças equilibradas, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, com avaliação B junto aos órgãos federais, o que permite ao Estado contrair empréstimos e fazer convênios com instituições financeiras nacionais e internacionais, e com uma ótima convivência com os demais Poderes.
A arrecadação do Estado vem batendo recordes mês a mês e finaliza 2025 com muitas ordens de serviço sendo assinadas, atendendo reivindicações de servidores estaduais, mantendo o diálogo com todas as entidades representativas, e dando sinais de que pretende fechar seus dois últimos anos de uma forma contundente, que permita a eleição do seu sucessor.
Mesmo assim, Wanderlei Barbosa tem que se precaver quanto às investigações da Polícia Federal sobre seu governo, colocando servidores e órgãos estaduais à disposição para todos os esclarecimentos, ao mesmo tempo em que acompanha os procedimentos em Brasília, para evitar novas surpresas.
Enquanto isso, olho aberto em relação às ações de seus opositores no Tocantins e em Brasília, que estão à espera de qualquer deslize para tentar desestabilizar seu governo.
LAUREZ MOUREIRA
Jó o vice-governador Laurez Moreira a cada dia se distancia mais do governo do qual um dia fez parte. O Observatório Político de O Paralelo 13 vem acompanhando os movimentos de ambos – Laurez e Wanderlei – e nenhum dos dois nega que esse distanciamento é definitivo.
Nos bastidores do Palácio Araguaia há fortes comentários sobre as articulações de Laurez em Brasília, com o objetivo de tirar Wanderlei do cargo de governador.
Verdade ou mentira, fato é que Laurez se aproximou dos principais líderes de oposição ao governo de Wanderlei e vem se movimentando politicamente pelos municípios tocantinenses como verdadeiro candidato a governador, participando de atos políticos, das diplomações dos eleitos nas eleições municipais, como se fosse um “segundo governador” em plena atividade, buscando o máximo de popularidade.
As ações de Laurez instigam um clima tenso entre ele e Wanderlei Barbosa, numa ruptura política difícil de ser “cicatrizada”.
Fato é que não importa quem está certo ou quem está errado, conquanto que seus atos não prejudiquem nem o Estado nem o povo do Tocantins.
O tempo cuidará de dar a cada um o quinhão político que fez valer.
EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
Ressurgindo das cinzas e surpreendendo a classe política tocantinense com o tamanho da identificação da população com seu pai e com seu legado político, com uma virada histórica na eleição municipal de Palmas, em que derrotou a tudo e a todos com uma campanha limpa, bem-feita e calcada na política-raiz, vencendo duas “máquinas” poderosas – município e Estado – política e financeiramente, nas pessoas da prefeita Cinthia Ribeiro e do governador Wanderlei Barbosa.
Eduardo tem pela frente os desafios de fazer uma ótima gestão e de vencer as armadilhas administrativas deixadas por Cinthia Ribeiro, e fazer da sua gestão uma gestão com marca e nome, abrindo caminho para mais um mandato à frente da prefeitura, que ele mesmo definiu como seu último ato político.
O ano de 2025 será um período de muitas decisões e movimentações políticas com vistas às eleições estaduais de 2026, lembrando que todas estarão sob os efeitos das investigações da Polícia Federal, que podem ser o divisor de águas para a vida de muitas lideranças políticas tocantinenses, abrindo ou fechando as portas para oportunidades de crescimento que estão se abrindo para o nosso Estado.
O Observatório Político de O Paralelo 13 se despede deste ano de 2024 desejando aos nossos leitores, colaboradores, amigos e parceiros, que as bênçãos de Deus e de Nossa Senhora Aparecida se derramem sobre suas famílias, guiando suas vidas rumo à felicidade e à prosperidade.
Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.
Família O Paralelo 13