Se os Partidos Políticos frustram as expectativas da sociedade, comprometem gradativamente a convivência democrática aumentando a responsabilidades dos nomes escolhidos pelo povo
Por Edson Rodrigues
As sociedades enfraquecem quando os seus organismos representativos enveredam para um estado anêmico insustentável para a sua manutenção. Situação idêntica acontece com os Partidos Políticos quando perdem a sua credibilidade perante a opinião pública em decorrência de comportamentos incompatíveis com a moralidade social.
Essa situação é um claro sinal indicativo de que os Partidos Políticos vêm perdendo a sua credibilidade, o que é altamente prejudicial ao progresso de uma sociedade democrática e bem ordenada.
É importante lembrar desde logo que a perda de confiança do povo nas organizações partidárias tem suas raízes no comportamento antiético de seus integrantes e dirigentes. Nesse contexto, se os Partidos Políticos frustram as expectativas da sociedade, tendem a enfraquecer nas suas bases e comprometem gradativamente a convivência democrática.
É certo, e a história dos povos tem registrado, que o enfraquecimento dos Partidos Políticos enseja o surgimento de regimes autoritários, não raras vezes com o apoio do povo, em face da sua descrença na classe política dirigente. Infelizmente, o que vem ocorrendo no sistema partidário brasileiro, com escassas e honrosas exceções, é a prática do clientelismo e as negociatas escusas. Escândalos e mais escândalos acontecem em todos os quadrantes do país (Mensalão, propinas, superfaturamentos, desvios de recursos e malversação de dinheiro público tem sido a regra).
O que se vê na prática é o afastamento da classe política do ideário político de suas agremiações, transformando-as em máquinas partidárias para a satisfação de projetos individuais despidos de interesse público.
Na prática, a liberdade partidária é confundida com a libertinagem partidária, com a qual ascendem ao poder uma legião de "aspones" - assessores de p* nenhuma - verdadeiros mercadores da corrupção.
Assim, é de suma importância que os partidos políticos procedam a uma depuração nos seus quadros, de molde a prepará-los para o exercício eficiente da administração pública, tendo presente o comprometimento com a ética e a moral, na sábia lição de José Bonifácio: "A sã política é filha da moral e da razão".
OS “DONOS” DE PARTIDOS E OS MERCADORES DO VOTO
É sabido que não há democracia sem partidos fortes. O número exagerado de partidos e o bilionário Fundo Partidário, aprovado “a toque de caixa”, deu vazão a um aumento sem precedentes da corrupção eleitoral.
No Tocantins, a maioria das siglas partidárias é dirigida por comissões provisórias, ou seja, “donos” temporários do partido, que transformam a legenda em uma verdadeira empresa para lhes gerar lucros políticos e financeiros.
Ao que parece, para o eleitorado, essa é a gota d’água que faltava para transbordar o caldo da insatisfação e do descrédito com os partidos, uma vez que transforma este processo eleitoral em um verdadeiro prostíbulo político, o pleito de menor credibilidade nos 30 anos de criação do Estado.
O que é pior, é que os atuais “donos” de partidos sabem que o povo está de olho e está muito insatisfeito que o que está vendo, e eles continuam agindo em plena luz do dia, bancando seus projetos pessoais às custas do fundo partidário que, na verdade, é dinheiro do povo, utilizado para caixas 2, 3, 4, 5 e, agora, com a novidade da figura do “corretor de votos”. O corretor de votos é o líder comunitário, líder regional, presidente de sindicatos e outras agremiações sociais, que fazem acordo verbais com os “donos de partido” para “orientarem” seus séquitos a votar em determinado candidato ao Senado ou deputado federal ou estadual.
Os valores desse “apoio” dependem do tamanho da influência desse líder de qualquer coisa, mas 20% sempre ficam na mão do “corretor de votos”, que sempre cobram mais se o apoio comprado for de um prefeito, ex-prefeito, líder religioso, presidente de entidade classista, presidentes de bairro e líderes comunitários, nessa ordem.
Esses acertos fazem com que não importe o partido pelo qual o candidato “comprador” concorre, criando situações em que um eleitor “comprado” vote em candidatos de diversos partidos, muitas vezes, sem nem conhecer os candidatos em que estão votando.
Essa indústria do voto faz com que bons nomes acabem fora da disputa por não terem o poderio financeiro – nem trabalharem dessa forma – para concorrer com os compradores de voto.
Trocando em miúdos, a prostituição política acaba por afastar candidatos honestos e interessados apenas em trabalhar para o povo, de quaisquer chances de eleição, deixando o povo – tanto quem vende seu voto quanto quem vota com consciência – à mercê dos candidatos que investem na compra do voto para recuperarem esse dinheiro, multiplicado por muitas vezes, durante o exercício do mandato.
FARRA DAS PESQUISAS: RESULTADOS PARA TODOS OS GOSTOS
Os jornais, sites e blogs foram invadidos nos últimos dias por várias pesquisas eleitorais de diferentes institutos e mercadores de pesquisas.
Quase todas elas caminham em sentido diferente. Os números são contraditórios e menosprezam a inteligência de quem acompanha a eleição deste ano.
Para publicar uma pesquisa de intenção de votos é preciso cumprir uma burocracia imensa junto à justiça eleitoral. Teoricamente qualquer cidadão pode pedir detalhes dos questionários e questionar a pesquisa. Mas nem a justiça eleitoral faz isso.
Pesquisas são divulgadas atendendo o gosto de quem paga, confundem a cabeça dos mais desavisados, e a justiça eleitoral não faz nada. Ela tem toda a documentação das pesquisas, porém, não investiga, não checa, não questiona.
A mudança na lei eleitoral nessa questão de divulgação de pesquisas visava acabar com esses absurdos. Mas, não acabou, pesquisas seguem sendo divulgadas, e pelo que temos visto, basta pagar para que o candidato terá números favoráveis. E a justiça eleitoral calada.
OS CANDIDATOS LEGÍTIMOS
Pelo menos últimas pesquisas apontam dados concretos: a consagração dos candidatos legítimos, como o governador Mauro Carlesse na corrida pelo governo do Estado e do senador Vicentinho Alves como o primeiro voto à reeleição e o crescimento de Eduardo Gomes como o segundo nome para o Senado.
Tanto Carlesse quanto Vicentinho estão com suas reeleições garantidas e Eduardo Gomes aparece forte como o segundo voto para o Senado, com apoio incondicional de Mauro Carlesse e da maioria dos candidatos a deputado estadual e Federal que pontuam bem nas pesquisas.
Eduardo Gomes, vice-presidente nacional do partido Solidariedade, já mostrou que sua atuação parlamentar é sempre voltada para o povo e tem seu nome sempre ligado aos bons fatos da vida política tocantinense. Sua grande popularidade nos 10 maiores colégios eleitorais do Estado pode garantir uma maior representatividade do Tocantins no Senado Federal, levando em consideração as reais chances de que ele venha fazer parte da mesa diretora da Casa, elevando o nível dos nossos representantes no Congresso Nacional e tornando o pleito de amanhã uma eleição com um imenso saldo positivo para o progresso do nosso Estado.
ABSTENÇÃO
Seria leviandade apontar este ou aquele instituto de pesquisa como o correto ou incorreto, mas não podemos aceitar resultados que desfiguram o cenário real, se utilizando de truques inteligentes como a coleta de dados por telefone, que os analistas apontam como ineficaz no Tocantins, e que não devem ser levadas em conta.
Nesta sexta-feira tivemos acesso a duas amostragens feitas presencialmente por empresas diferentes, contratadas para consumo próprio por um grupo de empresários e outra por um candidato a suplente de senador. Um dado nos chamou à atenção foi o montante de entrevistados que não sabem em quem vão votar para o Senado (48%), e um quadro parecido para deputado federal, diminuindo quando se trata de deputado estadual e governador.
Mas o que mais ficou evidenciado foi o desinteresse dos eleitores com os políticos e com a eleição em si, podendo repetir o número recorde de abstenções e votos nulos ou em branco, tendência que as eleições por telefone jamais serão capazes de detectar.
BOCA DE URNA
Dessa maneira, o trabalho de boca de urna que, apesar de ilegal, representa uma das grandes armas eleitorais, pode ser decisivo, principalmente para o segundo voto para o Senado, pois, os eleitores que já elaboraram seus votos, têm certeza do seu primeiro candidato ao Senado, mas, a maioria, não definiu o segundo voto.
Um trabalho bem feito, de hoje para amanhã, visitando o eleitor em suas residências e em locais de reuniões esportivas ou para lazer, pode garantir, pelo menos, 85% de sucesso na abordagem para o segundo voto ao Senado.
Infelizmente, parece ser assim que “a banda vai tocar” nestas eleições.
Que Deus nos abençoe!