Já dizia um sábio que “não adianta você ter uma superprodução de batatas, se ninguém ficar sabendo”. Esse adágio popular se refere à publicidade, explicando que, por melhor que seja seu produto, se você não anunciar para que todos os compradores fiquem sabendo, você vai morrer com ele no estoque e não vai lucrar com a venda
Por Edson Rodrigues
Assim funciona a informação. De nada adianta um governo planejar um programa social, se nenhum contribuinte ficar sabendo como, onde e quando ter acesso aos benefícios. De nada adianta o governo fazer uma obra, atrair um empresa para seu território ou inaugurar uma escola, se ninguém ficar sabendo disso.
Nesses tempos de pandemia de Covid-19, foram tomadas medidas de isolamento social e paralisação de atividades comerciais pelos governos federal e estadual e só, somente só, por meio da imprensa é que a população tomou conhecimento das medidas e passou a cumpri-las.
Mais! Não fosse a imprensa a estar orientando e massificando as informações de precaução ao contágio, os números de vítimas e contaminados seria bem maior e, certamente os sistemas de saúde pública de todos os estados e municípios estariam em colapso.
Isso mostra que a imprensa é fundamental para uma nação e para um estado servindo de elo entre o que precisa ser dito e o que precisa ser de conhecimento público.
É por isso que parabenizamos o presidente a Associação dos Veículos de Comunicação do Tocantins – AVECOM – pela carta aberta em que alerta os poderes constituídos do Tocantins – Executivo e Legislativo –, para que não deixem de fomentar a imprensa tocantinense com campanhas institucionais e publicações oficiais, para que o elo com a população, em relação à transmissão de informações, não cesse.
Da mesma forma que a Covid-19 afetou o comércio, ela vem afetando o setor de comunicação, que reúne dezenas de veículos e milhares de famílias que dependem de seus empregos.
Ao não fomentar o bom jornalismo, feito por empresas que geram empregos e impostos, corre-se o risco de ficar nas mãos das redes sociais e suas fake news, tão avassaladoras em tempos de semi-caos.
O jornalismo tocantinense precisa sobreviver a essa pandemia e, para isso, não está pedindo nada de mais, apenas que se dê continuidade a um relacionamento já estruturado e planificado.
Para que isso aconteça, é imprescindível que os compromissos firmados entre os governos e os veículos de comunicação sejam honrados – em alguns casos, processos parados há meses - deixando que seus proprietários fiquem inadimplentes com seus colaboradores e fornecedores.
Nada a reclamar do tratamento recebido por parte dos responsáveis pela comunicação dos governos estadual e municipais, mas a carta aberta publicada pela AVECOM, sob a presidência do competente Marcio Rocha, é mais um pedido de socorro, feito de forma educada e humilde aos governantes, para que as pendências sejam resolvidas o mais rapidamente possível com os veículos de comunicação que, no fim das contas, também são prestadores de serviços aos governos.
O Paralelo 13 se junta aos membros e colegas da AVECOM no sentido de continuarmos a nos dar as mãos para, juntos, promovermos a comunicação de interesse da população e dos poderes Executivo e Legislativo.
Por mais informações e menos mortes! Assim esperamos!