A LEITURA DAS PESQUISAS INTERNAS DE INTENÇÃO DE VOTO

Posted On Terça, 16 Junho 2020 06:00
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Aos marinheiros de primeira viagem, muito cuidado com as ressacas e com os mapas de navegação

 

Por Edson Rodrigues

 

Um dos cuidados que devem ser tomados na política para que não contaminem uma candidatura, tanto faz na “estreia” ou na reeleição, são as pesquisas eleitorais de consumo interno, chamadas de “mapas de navegação” pelos comandantes da campanha.

 

Elas perdem todo o poder de orientação para uma campanha a partir do momento em que a leitura leva em consideração os dados inverídicos e os falsos apoios de “líderes”, uma vez que pesquisas de consumo próprio costumam satisfazer às expectativas de quem as encomenda.

 

Neste fim de semana tivemos acesso a diversas pesquisas realizadas com esse fim, por diversos institutos e em várias cidades do Estado, dentre elas, a Capital, Palmas.

 

 

Após a análise sobre as pesquisas de consumo interno em Palmas, a soma dos votos em branco e nulos perfaz quase que 60% do total, provando que o eleitorado faz questão de ter outras prioridades no momento e, mais que nunca, continua sem um rosto definido, com os poucos eleitores que declararam seus votos, divididos entre muitos pré-candidatos, segundo os dados de pesquisas realizadas nos últimos 20 dias.

 

Como já era de se esperar, os dados e as conclusões são semelhantes em vários itens do questionário, e unânimes em um deles: o eleitor não está nem aí para a eleição de outubro, neste momento de pandemia.

 

Mais de 70% nem sabem quais são os candidatos e outros percentuais significativos optaram pelos votos em branco ou nulos, não quis comentar ou responder.  Outro dado emblemático aponta que cerca de 96% dos eleitores avaliaram de forma negativa a classe política e apenas 3% declararam votar pelo partido do candidato.  Ou seja, não existe mais, no Tocantins o voto de cabresto.

 

Os políticos fichas sujas – por qualquer motivo – lideram, obviamente, os índices de rejeição e correspondem a quase 100% dos quais os eleitores “nunca votariam”. Isso significa alerta vermelho para os candidatos que se sabem fichas sujas e, mesmo assim, colocaram seus nomes em avaliação popular “pra ver se cola”.  Se suas credibilidades como homens públicos já estão comprometidas, as redes sociais e a mídia cuidarão de acabara de enterrá-los de vez.

 

JORNAL IMPRESSO LIDERA CREDIBILIDADE

Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha no fim de maio, mostra que os jornais impressos são considerados pela população um dos meios mais confiáveis para se obter informações.

 

De acordo com o levantamento, programas jornalísticos de TV lideram com 61% do índice de confiança da população, seguido de perto pelos jornais impressos, com 56%. Programas jornalísticos de rádio e sites de notícias vêm em seguida, com 50% e 38%,

respectivamente.

 

Já o índice de confiança da população em conteúdos que chegam por WhatsApp e Facebook, é de apenas 12%. Por outro lado, a desconfiança nessas duas plataformas é de 58% no WhatsApp e 50% no Facebook.

Nos veículos profissionais, entretanto, a desconfiança nas informações apresenta índices bastante baixos. Apenas 11% dos entrevistados disse não confiar nas informações divulgadas pelos jornais impressos e 12% nos telejornais.

 

Ou seja, o povo já sabe que as redes sociais irão tentar explodir muitas candidaturas de candidatos fichas suja, pois sabe onde buscar a informação verdadeira, ao mesmo tempo em que reconhece que os veículos de comunicação online são confiáveis, pois não estão infiltrados de assessores e apoiadores fabricantes de fake news e de pesquisas “maquiadas”.

 

CARAS, PORÉM ÚTEIS

Neste momento em que novas variáveis se apresentam como determinantes nas pesquisas de consumo interna, as pesquisas qualitativas.

 

Dados quantitativos visam coletar fatos concretos: números. Dados quantitativos são estruturados e estatísticos. Eles formam a base para tirar conclusões gerais da sua pesquisa.

 

Pesquisas qualitativas coletam informações que não buscam apenas medir um tema, mas descrevê-lo, usando impressões, opiniões e pontos de vista. A pesquisa qualitativa é menos estruturada e busca se aprofundar em um tema para obter informações sobre as motivações, as ideias e as atitudes das pessoas. Essa abordagem proporcione uma compreensão mais detalhada das perguntas da pesquisa.

 

Logicamente, as pesquisas qualitativas são mais caras, mas seus resultados são cruciais para a definição das estratégias de campanha.  O ideal é que sejam contratadas não pelos partidos, mas por partes interessadas, que possam encomendar a mesma pesquisa com dois ou três institutos confiáveis, na mesma semana, para que haja similaridade na situação da coleta de dados.

 

SIGILO

E os dados resultantes dessas pesquisas são mantidos sob sigilo absoluto, para não abastecer – gratuitamente – os adversários de informações, e traçar modelos de trabalho até as Convenções.

 

O Paralelo 13 pode adiantar aos seus (e)leitores, que nenhum nome incluso em todas as pesquisas realizadas até agora, conseguiu ultrapassar os 12% de intenções de voto.  Apenas em uma pesquisa estimulada, onde os pesquisadores citam nomes que os entrevistados devem escolher, um dos candidatos chegou a 17% das intenções de voto.

Trocando em miúdos, os eleitores, em sua maioria desempregados, endividados, está preocupado, neste período, em não se contaminar com o Covid-19, conseguir pagar as suas contas e um emprego. As eleições ainda estão em segundo, terceiro plano, para todos.

Qualquer resultado que mostre um candidato disparado á frente dos demais, é maquiada e nada confiável.

 

O Paralelo 13 vem acompanhando a situação dos candidatos sabidamente fichas sujas nas diversas pré-campanhas de seus parentes, esposas, amigos para a prefeitura nos 39 municípios tocantinenses e já reúne vários dados “podres” desse time de malandros que assaltaram os cofres públicos com as próprias mãos e, flagrados pelos órgãos fiscalizadores, querem usar as mãos de outras pessoas para continuar a encher os bolsos com dinheiro público.

 

Estamos com visão e poder de detecção cirúrgicos sobre esses casos, para estampar manchetes  contando tudo, sobre eles e sobre os candidatos apoiados por eles, para evitar que qualquer linhagem de raposa venha “tomar conta do galinheiro” em nome da “raposa-chefe”.

 

Por enquanto, estamos publicando nossos editoriais, matérias e artigos em nossa versão online, mas, a partir de julho, teremos uma edição impressa por semana, com a cobertura e a veiculação de pesquisas, análises, debates entre candidatos e todas as informações que possam contribuir para que os (e)leitores possam avaliar com maior precisão, todos os candidatos e formular seu voto com mais tranquilidade.

 

Estamos de olho!!!

Última modificação em Terça, 16 Junho 2020 06:16