Por Edson Rodrigues
Porto Nacional, 23 de janeiro de 2019
Não tem sido fácil para os deputados a pressão que tem sentido nos últimos 20 dias, que têm vindo por parte de companheiros e líderes políticos do interior em função das exonerações de mais de 15 mil comissionados em todo o Tocantins. Funciona como efeito cascata, as pessoas desempregadas procuram suas lideranças, que contatam os deputados e chegam a Mauro Carlesse criando uma animosidade dentro da base política do governo.
Por que não ceder a pressão?
Apesar do desemprego que certamente surpreendeu a muitos, mas foi uma medida necessária para que o Tocantins tenha capital de investimento, hoje o Executivo tem R$ 35 milhões aplicados em recursos para construir o hospital de Gurupi. Este montante já rendeu mais de R$15 milhões. Apesar destes mais de R$ 50 milhões em conta é preciso da contrapartida do Estado para fazer o depósito em outras 19 obras.
Portanto, para o Tocantins conseguir linhas de crédito junto a instituições como o BNDS, e ter dinheiro para as contrapartidas das obras, era preciso se adequar as normas do Tesouro Nacional, dentre elas a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), por isso as exonerações se fizeram necessárias para que Mauro Carlesse iniciasse esta nova gestão apto à contribuir com o desenvolvimento do nosso Estado.
O Tocantins cumprindo o dever de casa, se juntará, no máximo até abril, ao Sergipe, em que os dois podem estar aptos a ter o aval da União, para os empréstimos, com base nas medidas adotadas pela equipe técnica do governo desde a sua chegada na primeira vitória, do governo suplementar, conseguindo êxito no equilíbrio financeiro do Estado.
Futuro do Tocantins
Iniciamos uma nova era, no qual a economia do País passará por uma leve ascensão e, no Tocantins não será diferente. A partir deste ano, contaremos com grandes realizações, obras, o que trará geração de postos de serviços e arrecadação. O Estado, contemplado geograficamente se beneficiará com a privatização da Ferrovia Norte Sul que terá um dos maiores índices de crescimento do País com a instalação de empresas e indústrias nos próximos anos em eu entorno.
Legislativo
Não podemos deixar de citar a contribuição da Assembleia Legislativa neste processo. A legislatura que se encerra no dia 31 foi decisiva para chegar onde chegamos na aprovação de matérias importantes na gestão do ex-governador Marcelo Miranda aumentando impostos e autorizando contrair empréstimos.
Quanto a bancada federal em Brasília, só elogios, independente de cor partidária, situação ou oposição ao governo todos contribuíram com o crescimento do Tocantins que destinaram várias emendas conjuntas.
Dependência
Somos de uma geração em que candidatos pintavam muros, distribuíam camisetas, bonés, faziam os famosos “showmícios”, patrocinavam churrascos, formaturas, distribuíam cestas básicas, botijões de gás, nomeavam pessoas de primeiro ao quinto grau em repartições públicas em que o chefe era parente. A legislação eleitoral mudou, o país escravocrata a passos lentos tem se libertado destas amarras eleitoreiras.
Por um longo período estes benefícios vitimizaram a sociedade, pessoas acomodavam-se, mas todas estas práticas fazem parte do passado. Hoje, uma sociedade mais crítica, participativa, cobra pelos direitos que sempre tiveram, protestam, fazem greves, denunciam. Que possamos caminhar rumo a este desenvolvimento diário para que filhos e netos alforriados não continuem escravo de um sistema implícito.
Sustentação
“Nova estrutura será editada sem recuo”, foi o que declarou o governador a um companheiro. A decisão do gestor, apesar de cortar da própria carne tira o Tocantins da “situação de emergência” quanto a falta de capacidade de pagar os servidores e de investimento já declarada por sete estados. Na avaliação de técnicos, hoje o Tocantins e o Espírito Santo são os únicos estados com potencial de investimento em larga escala.
Classe política será contemplada
Após a publicação da medida provisória com a nova estrutura do governo e a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa, prevista para o dia 1º de fevereiro, o governador Mauro Carlesse, por sua vez passará a contemplar a classe política com a participação em seu governo, abrindo espaço para companheiros que contribuíram para suas três vitórias consecutivas. Só ele saberá o tamanho que cada um terá em sua gestão!
O segundo mandato de Mauro Carlesse de fato só inicia no dia 1º de fevereiro. Boa sorte a ele, ao povo e ao Tocantins!