DELAÇÃO DO EMPREITEIRO ROSSINE AIRES GUIMARÃES É BOMBA PRESTES A EXPLODIR EM TODO O TOCANTINS
Por Edson Rodrigues
A provável homologação da delação premiada do empreiteiro Rossine Aires Guimarães, figura onipresente nas duas maiores operações da Polícia Federal no Tocantins – Ápia e Reis do Gado – está tirando o sono de muitos e muitos políticos tocantinenses, mato-grossenses, goianos e paraenses de todas as vertentes partidárias.
Em se configurando como real, a delação do empreiteiro cairá como uma verdadeira bomba incendiária e destruidora de careiras políticas, principalmente com assentos no parlamento estadual, assim como membros do demais poderes....
Foi desta forma que O Paralelo 13, no dia 26 de junho deste ano revelava em primeira mão aos seus leitores a “bomba” que poderia aniquilar candidaturas em 2018.
Agora, com informações exclusivas, podemos afirmar que a delação acertada entre Rossine Aires e a Polícia Federal será devastadora para muitos políticos tocantinenses, pois serão submetidos, no mínimo, a um lento e sangrento desgaste público. Isso porque os crimes atribuídos a esses políticos ainda serão investigados e suas comprovações, ou não, podem levar anos.
Alguns desses crimes já podem, inclusive, estar prescritos, ou seja, fora do prazo para a punição penal, mas, mesmo assim, serão crimes praticados e expostos à mídia. Os crimes com até oito anos de sua prática, estão com as investigações bem adiantadas e, assim que for homologada a delação, os citados pelo delator serão notificados pela Suprema Corte a apresentar suas defesas dentro de um prazo regimental.
Não podemos deixar de parabenizar as investigações feitas pela Polícia Federal não só neste caso como em outros que envolvem o Tocantins, pois, como cidadãos honestos, queremos – e temos o direito de – ver desvendados e devidamente nominados os corruptos tocantinenses para que possamos rifá-los de uma vez por todas da nossa política e afastá-los dos recursos públicos tão importantes para a melhoria na qualidade de vida da nossa população.
CAMPANHA DE BAIXO NÍVEL
A confirmação da delação do empresário trará, como já dissemos, muitas baixas entre os pretensos candidatos a alguma coisa em 2018, o que pode transformar a campanha eleitoral em um aglomerado de acusações e afrontas bem próximas das vias de fato, o que será ruim para o eleitor, que não terá muito o que analisar, em termos de propostas, quem é o melhor candidato. Será uma campanha de baixo nível, onde o mais importante para os candidatos será mostrar que é “melhor” que o outro.
Mas, a depuração causada pela delação não tem mais volta, não tem como ser interrompida ou zerada. E isso será muito bom para o Tocantins.
FAET PODE SER ALVO DE AUDITORIA
Após o TCU surpreender com uma auditoria no “sistema S” Nacional, onde, segundo os fiscais, não há controle sobre a destinação que o Sistema S faz do montante bilionário que recebe das contribuições sobre a folha de pagamento, deficiência que já foi apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Embora as entidades tenham de prestar contas ao órgão, auditores já sinalizaram a dificuldade em obter os dados detalhados dos orçamentos e das despesas executadas. Além disso, há dados incompletos sobre licitações realizadas e contratos e convênios firmados pelas entidades, uma fonte de O Paralelo 13, com assento no Congresso Nacional, nos garantiu que será protocolado, em breve, no mesmo Tribunal de Contas da União, um pedido de auditoria específica na FAET, Federação da Agricultura do Tocantins.
Presidida pela senadora Kátia Abreu (foto) há 20 anos, a entidade acaba de ser condenada, em última instância, por um calote em uma construtora, datado de 1996.
A fonte nos adiantou, ainda, que o pedido de auditoria terá caráter de urgência, para que a situação eleitoral no Tocantins comece a ganhar contornos visíveis ainda este ano, pois, em se conhecendo as índoles, não haverá pré-julgamentos. Não havendo pré-julgamentos, todos (os isentos pela Lei) poderão trabalhar suas candidaturas sem medo e de igual para igual.
Que Deus abençoe o Tocantins!