Direção nacional não consegue conter a debandada de líderes e militantes. Mais de 300 filiados, ao menos dois senadores e cerca de 100 prefeitos devem deixar a sigla nas próximas semanas
Antes de iniciar esta ateria, vamos listar, em ordem cronológica, os 102 escândalos de corrupção que a Polícia Federal investigou ou investiga, desde de que o PT assumiu o poder, em 2003, com a eleição de Lula para o seu primeiro mandato, para que o leitor possa refrescar sua memória:
REPLEXAÃO NACIONAL
01) Caso Pinheiro Landim; 02) Caso Celso Daniel; 03) Caso Toninho do PT; 04) Escândalo dos Grampos; 05) Contra Políticos da Bahia; 06) Escândalo do Propinoduto (também conhecido como Caso Rodrigo Silveirinha) - CPI do Banestado; 07) Escândalo da Suposta Ligação do PT com o MST; 08) Escândalo da Suposta Ligação do PT com as FARC; 09) Escândalo dos Gastos Públicos dos Ministros; 10) Irregularidades do Fome Zero e Escândalo do DNIT (envolvendo os ministros Anderson Adauto e Sérgio Pimentel); 11) Escândalo do Ministério do Trabalho - Licitação Para a Compra de Gêneros Básicos; 12) Caso Agnelo Queiroz (O ministro recebeu diárias do COB para os Jogos Panamericanos); 13) Escândalo do Ministério dos Esportes (uso da estrutura do ministério para organizar a festa de aniversário do ministro Agnelo Queiroz); 14) Operação Anaconda - Escândalo dos Gafanhotos (ou Máfia dos Gafanhotos); 15) Caso José Eduardo Dutra - Escândalo dos Frangos (em Roraima); 16) Várias Aberturas de Licitações da Presidência da República Para a Compra de Artigos de Luxo; 17) Escândalo da Norospar (Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná); 18) Expulsão dos Políticos do PT; 19) Escândalo dos Bingos (Primeira grave crise política do governo Lula) (ou Caso Waldomiro Diniz); 20) Lei de Responsabilidade Fiscal (Recuos do governo federal da LRF); 21) Escândalo da ONG Ágora; 22) Escândalo dos Copos (Licitação do Governo Federal para a compra de 750 copos de cristal para vinho, champagne, licor e whisky); 23) Caso Henrique Meirelles; 24) Caso Luiz Augusto Candiota (Diretor de Política Monetária do BC é acusado de movimentar as contas no exterior e demitido por não explicar a movimentação); 25) Caso Cássio Caseb; 26) Caso Kroll; 27) Conselho Federal de Jornalismo; 28) Escândalo dos Vampiros; 29) Escândalo das Fotos de Herzog; 30) Uso dos assessores de ministros em Campanha Eleitoral de 2004; 31) Escândalo do PTB (Oferecimento do PT para ter apoio do PTB em troca de cargos, material de campanha e R$ 150 mil reais a cada deputado); 32) Caso Antônio Celso Cipriani (Irregularidades na Bolsa-Escola ); 33) Caso Flamarion Portela; 34) Escândalo de Cartões de Crédito Corporativos da Presidência; 35) Irregularidades do Programa Restaurante Popular (Projeto de restaurantes populares beneficia prefeituras administradas pelo PT); 36) Abuso de Medidas Provisórias no Governo Lula entre 2003 e 2004 (mais de 300); 37) Escândalo dos Correios (segunda grave crise política do governo Lula. Também conhecido como Caso Maurício Marinho) 38); Escândalo do IRB - Escândalo da Novadata; 39) Escândalo da Usina de Itaipu; 40) Escândalo das Furnas; 41) Escândalo do Mensalão (Terceira grave crise política do governo. Também conhecido como Mensalão); 42) Escândalo do Leão & Leão (República de Ribeirão Preto ou Máfia do Lixo ou Caso Leão & Leão); 43) Escândalo da Secom; 44) Esquema de Corrupção no Diretório Nacional do PT; 45) Escândalo do Valerioduto; 46) Escândalo da Brasil Telecom (também conhecido como Escândalo do Portugal Telecom ou Escândalo da Itália Telecom); 47) Escândalo da CPEM; 48) Escândalo da SEBRAE (ou Caso Paulo Okamotto); 49) Caso Marka/FonteCindam; 50) Escândalo dos Dólares na Cueca; 51) Escândalo do Banco Santos; 52) Escândalo Daniel Dantas - Grupo Opportunity (ou Caso Daniel Dantas); 53) Escândalo da Interbrazil; 54) Caso Toninho da Barcelona; 55) Escândalo da Gamecorp-Telemar (ou Caso Lulinha); 56) Caso dos Dólares de Cuba; 57) Doação de Roupas da Lu Alckmin (esposa do Geraldo Alckimin); 58) Doação de Terninhos da Marísia da Silva (esposa do presidente Lula); 59) Escândalo da Nossa Caixa; 60) Escândalo da Quebra do Sigilo Bancário do Caseiro Francenildo (quarta grave crise política do governo Lula. Também conhecido como Caso Francenildo Santos Costa); 61) Escândalo das Cartilhas do PT - Escândalo do Banco BMG (Empréstimos para aposentados); 62) Escândalo do Proer; 63) Escândalo dos Fundos de Pensão 64); Escândalo dos Grampos na Abin; 65) Escândalo do Foro de São Paulo; 66) Esquema do Plano Safra Legal (Máfia dos Cupins); 67) Escândalo do Mensalinho; 68) Escândalo das Vendas de Madeira da Amazônia (ou Escândalo Ministério do Meio Ambiente); 69) 69 CPIs Abafadas pelo Geraldo Alckmin (em São Paulo); 70) Escândalo de Corrupção dos Ministros no Governo Lula; 71) Crise da Varig; 72) Escândalo das Sanguessugas (quinta grave crise política do governo Lula. Inicialmente conhecida como Operação Sanguessuga e Escândalo das Ambulâncias); 73) Escândalo dos Gastos de Combustíveis dos Deputados; 74) CPI da Imigração Ilegal; 75) CPI do Tráfico de Armas; 76) Escândalo da Suposta Ligação do PT com o PCC; 77) Escândalo da Suposta Ligação do PT com o MLST; 78) Operação Confraria; 79) Operação Dominó; 80) Operação Saúva; 81) Escândalo do Vazamento de Informações da Operação Mão-de-Obra; 82) Escândalo dos Funcionários Federais Empregados que não Trabalhavam; 83) Mensalinho nas Prefeituras do Estado de São Paulo; 84) Escândalo dos Grampos no TSE; 85) Escândalo do Dossiê (Sexta grave crise política do governo Lula); 86) ONG Unitrabalho; 87) Escândalo dos Fiscais do IBAMA do Rio de Janeiro; 88) Escândalo da Renascer em Cristo; 89) Crise no Setor Aéreo; 90) Detalhes Adicionais; 91) Operação Hurricane (também conhecida Operação Furacão); 92) Operação Navalha; 93) Operação Xeque-Mate; 94) Operação Moeda Verde; 95) Caso Renan Calheiros; 96) Operação Sétimo Céu; 97) Operação Hurricane II (também conhecida Operação Furacão II); 98) Caso Joaquim Roriz (ou Operação Aquarela); 99) Operação Hurricane III (também conhecida Operação Furacão III); 100) Operação Águas Profundas (também conhecida como Caso Petrobras); 101) Escândalo do Corinthians (ou caso MSI); 102) Escândalo na Copa do Mundo 2014 (foi isento pelo PT aproximadamente 1,1 Bilhão de impostos para a FIFA).
Assim caminhou o PT até os dias atuais. O resultado disso é que as medidas anunciadas pelo governo do PT, na última segunda-feira, 14, servirão para acelerar a debandada petista e fazer o partido chegar ainda mais fragilizado nas eleições municipais do próximo ano.
O primeiro a fazer o alerta foi o senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, um dos parlamentares mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O governo atira contra a nossa própria base, o pessoal que costuma ir às ruas para defender o partido e nossas propostas”, disse o senador referindo-se ao pacote anunciado pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa. “Assim fica difícil”, completou Lindbergh.
Não é de hoje que o PT vem perdendo filiados. Desde o escândalo do Mensalão a legenda da estrela vermelha, que já foi reconhecida pela garra de seus simpatizantes, vem se esvaziando. Primeiro foram militantes, alguns históricos como o jurista Hélio Bicudo, que condenaram a compra de apoio político no Congresso e resolveram abandonar o PT. Depois, com o escândalo do Petrolão, a insatisfação aumentou e dezenas de prefeitos eleitos pelo partido buscaram novas legendas com o intuito de evitar que o desgaste da imagem da sigla contaminasse suas gestões e a possibilidade de serem reeleitos.
Apenas no Estado de São Paulo, aproximadamente 20% dos 68 prefeitos eleitos em 2012 já deixaram a agremiação e, segundo cálculos feitos pela direção nacional do PT, nos últimos meses mais de 130 outros prefeitos manifestaram o interesse de sair em todo o País. “Cerca de 80% desses se filiaram ao PT em 2011 quando houve a onda Lula”, disse um dirigente nacional da legenda tentando definir a diáspora petista como se fosse um movimento protagonizado apenas por oportunistas. Trata-se apenas de um discurso que procura tapar o sol com a peneira.
INSATISFAÇÃO GERAL
Depois de perder a senadora Marta Suplicy (SP), o PT deverá sofrer mais duas baixas de importantes lideranças no Senado. Em entrevista, o senador Paulo Paim, do Rio de Grande do Sul, afirma que até o final do ano deverá deixar a legenda. Um dos fundadores e ícone petista, Paim não está satisfeito com os rumos do PT e do governo comandado pela presidente Dilma Roussef. “Nós surgimos para fazer política de uma forma diferente, com ética e princípios que vêm sendo frequentemente agredidos por algumas lideranças”, diz Paim, que poderá nas próximas semanas ligar-se ao PSB, caminho escolhido por grande parte dos petistas
CLEPTOCRACIA
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e vice-presidente do TSE, sugeriu ao PT nesta sexta-feira, 18, que ‘faça um combate à corrupção, varra a roubalheira que ele instalou no País’. Ao ser indagado se tem medo do PT, que o ameaça processar por seu voto durante julgamento do STF – que por oito votos a três barrou as doações de empresas nas eleições -, o ministro disse. “Seria bom que eles processassem todas essas estruturas que eles montaram.”
As declarações do ministro foram dadas após ele participar de uma mesa de debate do Grupo de Estudos Tributários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo Gilmar Mendes, ‘na verdade o que se instalou no País nesses últimos anos está sendo revelado na Operação Lava Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocracia, isso que se instalou’.
Na avaliação do ministro, ‘infelizmente, para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado’. Gilmar Mendes atribui ao PT a crise que abala o País. “Estamos nesse caos por conta desse método de governança corrupta. Temos hoje como metodo de governança um modelo cleptocrata.”
RENÚNCIA
A possibilidade de renúncia de Dilma Rousseff já não é descartada dentro do PT. Dirigentes históricos e ligados ao ex-presidente Lula acreditam que ela pode ser levada a uma atitude extrema em caso de total ingovernabilidade do país – o que poderia ocorrer na hipótese de derrota fragorosa do pacote fiscal enviado ao Congresso.
Ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) barre um processo de impeachment, os mesmos dirigentes acreditam que a situação do governo pode ficar insustentável. E que Dilma se retiraria para evitar uma conflagração no país. A presidente tem repetido que não renunciará ao mandato em nenhuma hipótese.
No PT é feito o cálculo de que Dilma tem cerca de três semanas para virar o jogo e se estabelecer novamente como única alternativa de poder no país até 2018.
Para o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, o PT acabou.
NOSSO PONTO DE VISTA
Somos sabedores de que algumas conquistas sociais são fruto do PT de ontem, do PT do retrovisor. Não do PT de hoje, em que seu mentor, José Dirceu, mesmo preso, consegue arrecadar 300 milhões em propina. O PT de hoje, confirma as palavras de Gilmar Mendes.
É certo que existem exceções à regra, dentro do próprio PT, mas, hoje, é inconcebível ver cidadãos de bem se candidatarem pelo partido.
É inconcebível, também, ver qualquer eleitor escolher candidatos que coadunem com essa situação.
No Tocantins não é diferente. Os quadros do partido que almejam alguma chance em 2016, ou colocam suas posições bem claras, hoje, à população, ou mudam de partido.
Quem viver, verá!
Nossas fontes em Brasília acabam de confirmar que o governador Marcelo Miranda reuniu-se ontem, no fim da tarde, com o vice-presidente da República e articulador político do Palácio do Planalto, Michel Temer. O encontro entre os dois foi acompanhado de perto pelos “3 Mosqueteiros” do PMDB tocantinense, Leomar Quintanilha, Derval de Paiva e Oswaldo Reis.
Por Edson Rodrigues
O assunto da reunião, obviamente, é o entendimento entre as alas que, hoje, dividem o PMDB do Tocantins ao meio, comandadas por um lado por Marcelo Miranda e por outro, pela senadora e ministra Kátia Abreu.
As fontes confirmaram que a convecção do PMDB tocantinense será efetivamente realizada, com toda a sua tramitação ocorrendo de forma legal, inclusive com a participação de um membro do TRE, que atuará como observador.
A reunião entre Marcelo e Temer só aumenta a expectativa em relação à dissolvição da Comissão Interventora e a formação de uma Comissão Provisória, que comandará as eleições nos Diretórios Municipais na próxima sexta-feira, uma vez que, com o estabelecimento da Comissão Interventora, os mandatos dos antigos delegados estariam vencidos, o que inviabilizaria qualquer tipo de eleição feita sem a autorização da cúpula nacional do partido.
Nossa equipe tentou contato, agora há pouco, com a deputada federal Josi Nunes, que corre por fora nos trabalhos de mobilização dos Diretórios Municipais, mas não obteve sucesso.
Vale ressaltar que a senadora e ministra Kátia Abreu estará amanhã em terras tocantinenses, quando fará o lançamento oficial do MATOPIBA, grande projeto agrícola que envolve os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e não está descartada a participação de Marcelo Miranda no evento e a possibilidade de que, enfim, ele e Kátia Abreu “fumem o cachimbo da paz” e selem, de vez um acordo para a governabilidade do Tocantins.
Por Edson Rodrigues
A formação de um governo é feito por meio de uma aliança entre vários partidos políticos. Em tese, uma administração é feita diante da cooperação destes partidos aliados, o que reduz o domínio de um único grupo. Isso acontece geralmente porque um único partido por maior que seja não tem forças para eleger-se sozinho. O que traz uma maior governabilidade, com o apoio de diversos representantes sociais, principalmente em um momento de dificuldade, crise política, econômica ou administrativa.
No Tocantins um exemplo desta prática de governo é a gestão do atual governador Marcelo Miranda, que tem buscado diminuir os conflitos políticos internos com parceiros e aliados. Neste processo de entendimentos conta com o apoio de seus articuladores políticos Paulo Sidney e o Dr. Buty.
Ambos têm costurado entendimentos com vários seguimentos políticos em busca de uma governabilidade em nome de uma união de forças para juntos tirar o Tocantins da inadimplência, do marasmo.
Atualmente o grupo concentra todos os esforços para um possível entendimento com a senadora eleita, atual ministra da Agricultura e presidente estadual do PMDB Kátia Abreu. Neste caso, passos importantes já foram dados. A equipe conta ainda com a mediação dos filhos da senadora, o deputado federal Irajá Abreu e o vereador da Capital Iratã Abreu para que este encontro entre Kátia e Miranda aconteça o mais breve possível em Brasília.
De acordo com fontes palacianas, a expectativa é que até o final desta semana possa haver uma reunião entre a Senadora e Miranda. Ainda conforme a fonte, caso o entendimento ocorra é possível que Marcelo faça uma profunda reforma no quadro de seus auxiliares nos primeiros escalões.
Para absorver companheiros da senadora Kátia Abreu que foram preteridos de participar de indicações na formação do quadro em janeiro. Ao que tudo indica tudo caminha para que haja este entendimento e o Tocantins saia ganhando com este acerto.
A versão
O encontro do Governador Marcelo Miranda com os filhos de Kátia, marcado para a semana passada não aconteceu. Ao que tudo indica, o PMDB continua com a formação de dois grupos. Pessoas ligadas ao governador, já demonstraram que a senadora não conta com o consentimento dos Autênticos em sua tomada de decisões sobre o Partido.
Uma prova de que o boato pode ser verdadeiro foi o protocolo de um ofício da deputada Josi Nunes na sexta-feira, 24, no Ministério da Agricultura questionando sobre a criação de 52 comissões provisórias do PMDB.
O documento comprova que de acordo com a deputada não é de conhecimento do Partido e todos os membros qualquer reunião para discutir o assunto bem como intitula de Comissões irregulares.
O ex deputado Osvaldo Reis também colocou a boca no trombone respaldando a deputada Josi Nunes em seu questionamento oficial pedindo a Kátia Abreu esclarecimentos referentes a criação de 52 comissões provisórias sem o conhecimento dos membros da comissão regional do partido presidida por Abreu.
Na manhã desta segunda-feira, 27, a deputada federal esteve com o governador e comentou de que esta certa de que defende uma causa justa, verdadeira e respeitosa, uma vez que o governo tem estado ao lado dos companheiros que o apoiou.
Diante deste embate, dificilmente o entendimento possa ocorrer nos próximos dias. Conforme rumores, Miranda não entregará nenhuma cabeça de companheiro de sua equipe na bandeja para priorizar indicações de Kátia.
Com todas estas versões apresentadas até o momento, cabe a nós expectadores aguardar os próximos capítulos deste episódio.
Um Estado ‘desgovernado’, foi o que encontrou o governador Marcelo Miranda, ao chegar ao comando do executivo estadual, mas também chegou com uma determinação ‘divina’ de trabalhar diuturnamente na busca por caminhos que o leve a solucionar os vários problemas encontrados, dentre os quais constam dívidas astronômicas com fornecedores, prestadores de serviços, funcionários, previdência e muitas outras.
Por Edson Rodrigues
Além do imbróglio dos aumentos concedidos ao funcionalismo público em período inadequado, promoções e progressões, anuladas por decreto e questionados na justiça as suas nulidades, o governo enfrenta greve na polícia civil e crise na saúde pública. O momento é delicado e exige empenho de todos os companheiros no que se refere à execução de ações concretas que viabilizem a governança de Marcelo Miranda. É momento que o governo precisa da ‘mão amiga’, parceria e demonstração de companheirismo do poder legislativo.
Na assembleia Legislativa, composta por 24 deputados, o governo iniciou o ano com minoria [apenas 11 apoio], o que apresentava grandes dificuldades no que se refere às mudanças propostas para a nova estrutura de governo. Hoje, isso não apresenta mais ameaças já que o governo tem o apoio da maioria absoluta dos deputados. Dos 24 deputados que compõe a Casa de Leis, 19 estão ‘fechados’ com o governo em nome da governabilidade. Um trabalho incessante do governador e sua equipe de secretários, especialmente os da área política.
Outro fator que tem diminuído a tensão entre os poderes executivo e legislativo é o equilíbrio que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Osires Damaso, tem mantido. Um líder com comando equilibrado que respeita as divergências políticas dos companheiros, respeitador e cumpridor do regimento interno, Damaso é adepto do diálogo e tem sido flexível na administração de conflitos internos, mas enérgico quando necessário e isso tem facilitado a convivência entre os 24 deputados.
Vigiado
Mesmo com uma larga maioria de deputados aliados, Marcelo Miranda será vigiado por ‘uma águia’, um bom e competente parlamentar, também conhecedor do Regimento Interno da Casa e excelente soldado que possui experiência no Senado da República e na Câmara Federal, o deputado Eduardo Siqueira Campos, um dos membros da bancada de oposição ao Palácio Araguaia, que promete oposição de qualidade, mesmo estando em minoria [ele e mais três deputados].
O governador Marcelo Miranda também estará sendo vigiado na elaboração e publicação de seus Atos administrativos, pelos poderes do Ministério Público, Defensoria Pública e toda a Imprensa, que o segue passo a passo. Vale lembrar aqui das palavras do ex-chefe de gabinete da Casa Civil da Presidência da República, General Golbery do Couto e Silva, “triste do governo que não tem uma oposição forte, competente e responsável”, referindo-se, na época, à oposição ao governo militar, liderada pelos saudosos Ulisses Guimarães e Tancredo Neves que, como no Tocantins, eram minoria no Congresso Nacional.
Já a imprensa, aqui muito bem representada por jornais impressos, TVs, rádios, blogs e revistas, cada um com sua linha editorial, tem um papel importantíssimo e fundamental de informar a sociedade, tornando público todos os acontecimentos, sejam informais ou aqueles oficialmente divulgados pelos Atos do governo. Como profetizou o ex-presidente Tancredo Neves, “a imprensa é os olhos da sociedade” e não haverá democracia plena se não houver liberdade de imprensa.
Por Edson Rodrigues
O Estado caçula do Brasil, Tocantins, está nas alturas no cenário político nacional. Um filho seu está nas alturas no senado federal como primeiro secretário da Mesa do Senado, Senador Vicente Alves de Oliveira, Vicentinho para os amigos. Filho da famosa capital da cultura tocantinense, nossa querida Porto Nacional, o Senador Vicentinho chega na elite da política brasileira apadrinhado por dois ex-presidentes do Brasil, que também são Senadores da República e amigos de Vicentinho: José Sarney e Collor de Melo.
O cargo de primeiro secretário da Mesa do Senado é muito cobiçado por ser, em outras palavras, o prefeito do Senado. O primeiro secretário é aquele que administra a casa, quem nomeia os diretores e tem domínio sobre os cargos de assessoramento. É quem paga tudo e ainda dirige os trabalhos da Mesa do Senado, além de conduzir a pauta do dia. O primeiro secretário da Mesa do Senado tem a responsabilidade de administrar um orçamento superior ao do Estado do Tocantins, com o privilégio de ter transito livre com o Palácio do Planalto e com todos os gabinetes ministeriais.
Com seu jeito humilde de ser, bem articulado, um político agradável e de fácil convivência, o Senador portuense, Vicentinho Alves chega nessa legislatura de 2015 com seu filho Vicente Jr. em Brasília, uma das maiores votações do Estado do Tocantins. Juntos, com o advento da aprovação do orçamento impositivo, os dois tem 32 milhões para destinarem às suas bases, bem como ao Estado. E isso tudo sem considerar o cargo que ocupa no Senado.
O Tocantins ganha com isso. Mesmo com toda a instabilidade política e financeira, pela qual vem passando ultimamente, o Tocantins tem muito a ganhar com um Senador ocupando o cargo de primeiro secretário da Mesa do Senado, membro da elite política brasileira, que hora detém todo o poder de ajudar o Estado a sair do atoleiro que se encontra.
Perfil do Senador Vicentinho Alves
Pecuarista e piloto comercial, Vicentinho já foi prefeito de sua cidade natal, Porto Nacional (1989-1992), deputado estadual por dois mandatos consecutivos (1998 e 2002), chagando a presidir a Assembleia Legislativa do Tocantins e deputado federal.
Nas eleições de 2010, Vicentinho Alves disputou uma das duas vagas ao Senado Federal e alcançou o 3º lugar, com 332.295 votos. Entretanto, um dos eleitos, o ex-governador do estado Marcelo Miranda teve sua candidatura indeferida com base da lei complementar 64/90 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de novembro de 2010, garantindo ao portuense a diplomação e posse como senador do Tocantins a partir de 1º de fevereiro de 2011.
Atualmente o Senador Vicentinho Alves (PR/TO) ocupa o cargo de Primeiro-Secretário da Mesa Diretora do Senado Federal para o biênio 2015-2016. A ele compete a administração da Casa e a supervisão geral do Senado Federal.