Por Edson Rodrigues

Na tarde desta quarta-feira, o Observatório Político de O Paralelo 13 recebeu uma ligação telefônica do deputado estadual Nilton Franco, ex-presidente do diretório estadual do MDB, que migrou para o Republicanos, do governador Wanderlei Barbosa, partido pelo qual irá se candidatar à reeleição.

A conversa, claro, teve como pauta o atual momento político do Tocantins e as eleições de dois de outubro.  Nilton Franco foi claro e taxativo sobre o que o motivou a deixar o MDB: “ o ex-governador Marcelo Miranda destruiu o MDB estadual.  Nós, deputados estaduais, eleitos pela sigla, saímos por falta de uma nominata no MDB que nos desse condições mínimas de buscar uma reeleição. Quando Marcelo assumiu o partido, pelo menos 100 municípios tinham diretórios formalizadas junto ao TRE. Depois disso, ele não conquistou nenhuma liderança de expressão e, simplesmente, deixou passar a oportunidade de filiar o governador Wanderlei Barbosa ao MDB.  Não fez um gesto nessa direção, nem para Wanderlei nem para os seus aliados”, ressaltou.

O deputado continuou seu desabafo afirmando que “não tenho intenção de agredir ninguém, muito menos de faltar como respeito, mas eu precisava explicitar os motivos que me levaram – e aos demais deputados do MDB que deixaram o partido – a buscar abrigo no Republicanos”, explicou.

Nilton Franco continuou seu relato, de forma contundente: “e falo mais!  Marcelo Miranda veio a intenção de impor uma candidatura a senador, sem as mínimas condições de ser competitiva, o que prejudicaria muito a nós, deputados estaduais e até à deputada federal Dulce Miranda, que é esposa dele e tem muitos serviços prestados nesses quatro anos que passou no parlamento federal. Ela terá dificuldades em se reeleger não por sua atuação, mas pelo fato do seu próprio marido ter destruído o MDB do Tocantins”, finalizou o deputado estadual.

SEM COMENTÁRIOS

Nosso Observatório Político, ante ao clima de finalização de trabalhos para as convenções partidárias e definição de chapas majoritárias e proporcionais, e às dificuldades impostas a todos pela nova Legislação Eleitoral, criando um ambiente diferente de todos os que já foram vistos na história política do País, com a criação da Federação Partidária, entende o desabafo do deputado estadual Nilton Franco, e cumpre o seu papel de informar à população sobre o fato.

Mas, declinamos de emitir qualquer opinião a respeito, deixando para que nossos (e)leitores, tirem suas próprias conclusões, analisando o posicionamento de Nilton Franco e as adequações pelas quais os partidos tiveram que passar para se enquadrar nesse novo cenário político.

Concordamos em alguns pontos da fala do deputado estadual Nilton Franco, assim como discordamos de alguns, mas fica para o eleitor formular sua própria opinião.

Assim funciona o bom jornalismo. Revelando fatos, mas jamais impondo interpretações ou posicionamentos.

"Esses festejos marcam o retorno da nossa vida ao normal, após dois anos de muitas dificuldades”. Disse o Executivo.

 

 

Por: Alex Paulo Guimarães

O governador e pré-candidato à reeleição, Wanderlei Barbosa (Republicanos), comemorou nesta quarta-feira, 27, o retorno dos festejos do Divino Espírito Santo, em Chapada da Natividade, após dois anos suspensos por causa da pandemia da Covid-19.

O chefe do Executivo estadual assistiu a missa de encerramento dos festejos, realizada na Paróquia Santa Ana, ao lado da deputada federal e pré-candidata ao Senado, Professora Dorinha (UB), do deputado federal Carlos Gaguim (UB), dos deputados estaduais Antonio Andrade (Republicanos) e Vanda Monteiro (UB), prefeitos, vereadores e lideranças da região sudeste do Estado.

Em breves palavras, após o encerramento da missa, ele destacou a importância desta e de outras manifestações religiosas do povo tocantinense. "Esses festejos marcam o retorno da nossa vida ao normal, após dois anos de muitas dificuldades. Ficamos muito felizes em ver a comunidade se juntando novamente. E me coloco à disposição para continuar apoiando todas as manifestações religiosas e culturais do nosso Estado", disse.

Uma das mais tradicionais manifestações religiosas do Tocantins, os festejos do Divino Espírito Santo acontece também, todos os anos, em diferentes datas, nos municípios de Natividade, Santa Rosa, Silvanópolis, Paraná, Almas e Monte do Carmo.

Mesmo sendo uma manifestação religiosa, ao longo do tempo os festejos do Divino Espírito Santo incorporou vários elementos populares, como a figura do Imperador, o levantamento do mastro e queima de fogos.

O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) destacou na noite dessa terça-feira, 26, avanços na carreira e melhorias das condições de trabalho dos militares, em sua gestão. Ele garantiu ainda que outras reivindicações serão atendidas "no momento oportuno".

Com Assessoria 

As declarações foram dadas durante o lançamento da pré-candidatura do Capitão Sulino (UB) a deputado federal e do vereador de Araguaína, Sargento Jorge Carneiro (PROS), a deputado estadual. O evento aconteceu no Clube dos Oficiais, em Palmas.

Pré-candidato à reeleição, Wanderlei lembrou que, em apenas oito meses de gestão, já corrigiu várias injustiças contra a corporação, como a demora, sem justificativa, para as promoções. Em abril deste ano, destacou, foram promovidos 717 praças e 17 oficiais da PM.

Além disso, em sua gestão, mil alunos-solados, aprovados em concurso público, ingressaram na Polícia Militar.

"Nosso governo ouviu todas as categorias, pagou data-base, promoções e progressões. Vamos continuar discutindo com todos. Vamos resgatar os direitos dos militares e dos demais servidores, mas no momento certo, respeitando os prazos da Justiça Eleitoral", garantiu.

Dorinha

Também presente no evento, a deputada federal e pré-candidata a senadora, Professora Dorinha (UB), parabenizou as ações de Wanderlei à frente do Governo, que resumiu como um "sentimento de esperança".

"Nós temos visto em poucos meses, governador, um sentimento de esperança. A esperança de que dias melhores estão chegando e que precisam continuar, e esse sentimento é reflexo da retomada de obras importantes para o desenvolvimento do Estado, que estavam paradas, como a construção de escolas, hospitais e rodovias", exemplificou.

Presenças

O evento reuniu também vereadores, ex-vereadores e representantes de várias entidades das polícias militar e civil e de servidores públicos em geral.

Por Edson Rodrigues

O MDB nacional apunhalou seu criador e maior líder em toda história do partido, Ulisses Guimarães. Na chamada abertura política,  no final da ditadura militar, em 1989 Ulysse Guimarães saiu  candidato a presidente da República. Era presidente do MDB nacional e colocou seu nome na disputa para fortalecer o partido em nível federal. Presidente da Constituinte de 1988, conhecido como "Senhor Diretas", foi o responsável maior pela conquista de eleições diretas para Presidente da República, Governadores e prefeitos das capitais. Mas foi apunhalado pelos principais membros da cúpula do MDB nacional e na maioria dos estados, que causaram um grande vexame ao maior líder da agremiação à época, com uma votação pifia nas eleições presidenciais daquele ano.

A SITUAÇÃO DO MDB NO TOCANTINS

Freire Junior , possível candidato a vice governador na Chapa com Ronaldo Dimas 

O ex-governador Marcelo Miranda, presidente da sigla no Tocantins, precisa resolver com sabedoria a pendenga surgida dentro do partido, após a indicação do ex- deputado federal Freire Júnior para compor a chapa de Ronaldo Dimas como candidato a vice. Os emedebistas históricos Moisés Avelino e Derval de Paiva, assim como o recém convertido Raul Filho, dizem que a decisão de coligar com Dimas e indicar Freire Júnior foi tomada por "meia dúzia" de dirigentes, atendendo a uma vontade pessoal de Marcelo Miranda. E as críticas foram mais profundas. Moisés Avelino deixou a entender que o MDB perdeu força com Marcelo na presidência do regional, pois tinha cinco deputados estaduais e perdeu três para o Palácio Araguaia. Aliás, o partido não perdeu quatro deputados estaduais para o Palácio Araguaia, pois eles não eram emedebistas de verdade. Ao pularem para o partido do governador Wanderlei Barbosa, apenas garantiram suas candidaturas à reeleição, pois temiam não estar garantidos no MDB.

Mas uma coisa não podemos deixar de falar: quem criou as comissões provisórias do MDB, que se transformaram em diretórios na maioria dos municípios tocantinenses, foi Marcelo Miranda. Mas nesse momento decisivo para as eleições estaduais, Marcelo Miranda precisa vir a público e dizer se é ou apenas está presidente do diretório regional do MDB, se o partido realizará unido sua convenção no dia 05 de agosto, quando será homologada a coligação com Ronaldo Dimas e a indicação do candidato a vice-governador pela sigla, ou se o partido vai rachado para a convenção.

O PRESIDENTE DO MDB TOCANTINENSE COM A PALAVRA

Em tempo: o desentendimento e a trairagem no MDB nacional e estadual não é novidade para quem acompanha a política no Brasil e no Tocantins.

Por Edson Rodrigues

Por mais que o processo sucessório tenha sido antecipado no Tocantins, a grande verdade é que os candidatos a governador dos partidos de oposição ainda patinam na formação de suas chapas majoritárias, uns sem candidatos a vice, outros sem candidatos a senador – e os suplentes – , outros sem chapas majoritária e proporcional definidas e, outros, por incrível que pareça, ainda sem ter a confirmação de suas próprias candidaturas, com nominatas fracas, sem representatividade política, com candidatos “pegos no laço”, principalmente na hora de compor as cotas de candidatas mulheres e candidatos negros.

Outro fato confirmado pelo Observatório Político de O Paralelo 13, são candidaturas sem o mínimo de infraestrutura política e financeira necessários para desenvolver a pré-campanha, totalmente dependentes das convenções partidárias e da homologação das chapas pelo TSE, para, só então, terem acesso ao Fundo Partidário para poder abrir suas contas oficiais, com CNPJ, nos bancos.

Essas candidaturas, que enfrentam essa situação, mesmo depois de contempladas com os recursos, não terão a menor possibilidade de ajudar as candidaturas majoritárias, pois já nascem sem divulgação, sem conhecimento público e sem condições de brigar com as que já foram colocadas à apreciação dos eleitores há tempos.

TORNEIRAS FECHADAS

O nosso Observatório Político vem acompanhando as movimentações do tabuleiro sucessório de forma discreta, sem expor candidaturas ou nomes das oposições ao Palácio Araguaia, e tem notado uma certa desconfiança dos pré-candidatos ao governo, todos com muita experiência política e com infraestruturas de campanha garantidas, que vêm mantendo as “torneiras fechadas” em relação aos recursos, aguardando a realização das convenções partidárias para avaliar quais as candidaturas proporcionais realmente terão condições de somar positivamente em seus grupos, ajudando os candidatos majoritários a aglutinar votos.

Fica evidente que os candidatos “pegos no laço”, só terão serventia para o fechamento das condicionais – candidatos negros e do sexo feminino.

UNIÃO DAS OPOSIÇÕES: MISSÃO IMPOSSÍVEL

As tentativas de união entre as candidaturas de oposição ao Palácio Araguaia, por enquanto, não passam de conversa pra boi dormir, daqueles “contos da Carochinha”, que só criança com menos de três anos acredita.

Os interesses individuais, a arrogância, a prepotência, o orgulho e a fome de poder vêm impedindo qualquer tipo de afinidade entre as oposições, impedindo a formação de uma só chapa capaz de fazer frente à candidatura palaciana.

O senador Eduardo Gomes, coordenador da campanha do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, bem articulado com o governo federal e suas lideranças no Congresso Nacional, que mantém um excelente relacionamento suprapartidário no Tocantins, inclusive com os prefeitos cujos municípios receberam recursos federais por meio de sua intervenção, que sabem que ele agiu como um verdadeiro “embaixador” dos 139 municípios e do governo do Estado do Tocantins junto ao governo federal, vem dando o tom de uma campanha limpa, sem agressões verbais e denuncismo, baseada na apresentação de projetos e propostas.

Por outro lado, o também senador Irajá Abreu, coordenador da campanha de Osires Damaso ao governo, vem agindo da mesma forma, sempre cauteloso e de poucas palavras, mas com um trabalho intenso nos bastidores, assim como Paulo Mourão, que coordena sua própria campanha ao governo, vencendo os obstáculos internos do seu partido.

Todos são políticos ficha-limpa, sábios e experientes, e é, justamente esse fato que deve ser levado em conta nesta campanha eleitoral que se aproxima, pois nos permite sonhar com uma sucessão estadual calcada no debate de boas ideias, com discussões positivas e propositivas, colocando em pauta apenas o que os cidadãos tocantinenses precisam ouvir, que são propostas para a solução de suas demandas prioritárias.

Faltam poucos dias para o prazo final das convenções partidárias. Como já dissemos, o “tabuleiro sucessório” ainda vai sofrer muitas modificações e, só depois das candidaturas registradas é que saberemos quem estará com quem e quem estará, realmente, no páreo em dois de outubro.

Até lá, que os trabalhos continuem em alto nível e que o joio seja separado do trigo.

Oremos!!