Em um dia de folga, artistas do elenco de O Outro Lado do Paraíso visitaram a cachoeira do formiga, em Mateiros, onde falaram da exuberância do Jalapão
Por Jesuino Santana Jr
O elenco da próxima novela das nove da Rede Globo se reuniu neste sábado, 5, na Cachoeira do Formiga, no município de Mateiros, para um dia de lazer e folga das gravações de “O Outro Lado do Paraíso”. Durante o descanso, os atores Sergio Guizé, Bianca Bin, Juliano Cazarré, Caio Paduan e Erika Januza falaram sobre as belezas do Jalapão e definiram o lugar como exótico e exuberante.
Intérprete do matuto Candinho na novela das seis “Êta Mundo Bom” (2016), Sergio Guizé viverá um vilão na nova trama das 21 horas. O personagem do ator se chamará Gael, e será o filho mais velho de Sophia (Marieta Severo) e irmão de Livia (Grazi Massafera) e de Estela (Juliana Caldas). Trata-se de um sujeito intempestivo e agressivo, que irá se envolver com Clara (Bianca Bin), a mocinha da história. Guizé contou que chegou ao município de Mateiros na sexta-feira, 4, a noite, e que a experiência de gravar na região está sendo maravilhosa.
“Esse lugar é um paraíso. Além do que, a recepção das pessoas tem sido muito boa, estou bem feliz. Acho que vamos começar esse trabalho com o pé direito. Esse lugar tem a energia muito forte e isso reflete diretamente com o que fazemos. Eu acho que a força do trabalho tem a ver com a força do lugar”, exaltou Sérgio Guizé. O ator disse ainda que pretende interpretar o seu personagem respeitando a cultura da região. “O que a gente quer principalmente é elevar a cultura, mostrar essa parte do país que às vezes não é vista. Procuraremos fazer isso de um jeito artístico bonito, que valorize a região no sentido de produzir uma grande obra. Espero que as coisas que venham a partir disso sejam coisas boas e que fiquem bons frutos para o lugar”, complementou.
A mocinha da história, Bianca Bin, fará a personagem Clara que será uma jovem inocente quando se trata de assuntos amorosos. Ela se apaixonará por Gael (Sergio Guizé) logo no início da trama e enfrentará dificuldades para viver esse grande amor. A atriz contou que ficou encantada com a região do Jalapão e que pretende voltar ao local para fazer turismo. “O mais perto que eu já tinha vindo aqui do Tocantins foi quando fui à Chapada dos Veadeiros em Goiás. Eu estou completamente encantada por esta terra, eu não sei como eu não estive aqui antes, quero voltar com a família a passeio. A gente tem trabalhado muito aqui, hoje é um dia de folga, e nós demos a sorte de vir curtir aqui nesse lugar [Cachoeira do Formiga], que é maravilhoso, uma cachoeira incrível. Infelizmente, a gente não consegue conhecer nem metade de tudo que gostaríamos, mas o importante é que estamos tendo a sorte e o privilégio de gravar em lugares maravilhosos”, contou.
Bianca Bin disse estar contente por a trama se passar em outra região do país e, com isso, ampliar a vitrine de belezas naturais que o Brasil possui. “Estou muito feliz de poder fugir um pouco desse eixo Rio-São Paulo, que as novelas estão acostumadas. O Walcyr [Carrasco] foi muito audacioso e eu acho que a novela vai ser um sucesso porque essa terra é riquíssima, o Brasil é muito rico e a gente sempre busca fora, conhece muito mais fora do que aqui dentro. Eu já viajei várias vezes para outros países, mas nunca estive aqui no Tocantins, no meu país, tem umas coisas assim que a gente deixa passar e não deveria. E eu indico para todo mundo vir para cá, tenho certeza que esta terra vai ganhar muito mais turistas com a novela, porque a gente só está mostrando coisas lindas. Esse povo é muito acolhedor também, nós estamos fazendo um baita laboratório aqui, um trabalho de imersão mesmo. Enfim, estou muito feliz de estar contando essa história nesse pedacinho de chão aqui”, enfatizou.
O personagem que o ator Juliano Cazarré vai interpretar em "O Outro Lado do Paraíso" é um garimpeiro que trabalhará com uma conduta nada ética para atender aos interesses de uma família rica, obcecada por dinheiro e poder. Pela primeira vez na região do Jalapão, Cazarré contou que já havia feito teatro em Palmas e que na oportunidade chegou a conhecer o distrito de Taquaruçu. “Aqui [Jalapão] é bonito demais, impressionante, cheguei ontem [sexta-feira, 4], e hoje foi o meu primeiro dia na região. Estamos aproveitando a folga da equipe e viemos aqui para conhecer essa cachoeira [do Formiga]. Eu adoro cachoeiras, adoro natureza, mas o Jalapão é muito especial. A água aqui é clarinha, gostosa, tem aquela parte da d'água ali que é bom para fazer uma massagem nas costas”, narrou.
Juliano Cazarré falou também sobre como o turismo pode ajudar no desenvolvimento do Jalapão. O ator contou que viajou recentemente com sua esposa para a Califórnia [EUA], onde conheceu vários parques nacionais lá e procurou comparar com o uso que é feito com os parques aqui do Brasil. “A gente percebeu que dá para desenvolver, fazer negócios, gerar lucro, empregos, riqueza com sustentabilidade e consciência ecológica. Acredito que essa exposição em horário nobre vai ser benéfica para o Tocantins, pois você só preserva o que você conhece, então, se ninguém mostrar isso daqui, se o Brasil não souber que isso aqui existe, daqui a pouco chega alguém e acaba com tudo e ninguém vai reclamar, porque ninguém sabia mesmo. Agora, com todo mundo sabendo a maravilha que é o Jalapão, com certeza vai ser um lugar que vai ficar preservado. Fico muito feliz de que, como consequência do nosso trabalho, isso acabe trazendo mais visibilidade para a região. O que eu gostaria de ver era isso, o Brasil explorando muito mais o seu turismo, mas de uma maneira consciente”, refletiu.
Nenhum quilombo a menos Outra forte característica da região do Jalapão está na diversidade da sua cultura. Remanescentes de quilombos, os povoados do Mumbuca e Prata também servirão de cenário para a próxima novela das 21 horas. O ator Caio Paduan, que viverá o protagonista da trama chamado Bruno, terá um romance com a personagem da atriz Erika Januza, que interpretará Raquel, uma quilombola que vive em uma das comunidades da região. Juntos, eles vão enfrentar uma série de conflitos e preconceitos para poder ficar juntos.
Em sua fala, o ator defendeu os direitos das comunidades quilombolas e foi enfático ao pedir a preservação da cultura dos povos. “Os quilombolas fazem parte da história do país, do seu crescimento, da nossa formação, e eu fico até emocionado de falar sobre isso porque eu sou apaixonado. Acho que a gente tem que interferir o menos possível para que se mantenham as tradições, para que a história do Brasil permaneça viva e preservada como é feita. Não querendo ser político e nem nada, mas é um pedido para que as autoridades e governos mantenham essa cultura. Nenhum quilombo a menos, se eu puder falar sobre isso é o que eu quero expressar. Acho a cultura deles linda, acho que eles possuem muita brasilidade, e eu estou louco para conhecer a comunidade que tem aqui em Mateiros”, garantiu.
Caio Paduan também contou que pretende viver uma experiência junto ao povo Quilombola. “Já conheci alguns guias aqui e falei para eles que eu quero me entocar no mato para conhecer um pouco mais, para fazer vivência, para conhecer o dia a dia dos quilombolas. Eu pesquisei muito para entender essa cultura, eu gosto muito das religiões que permeiam esse universo, gosto da troca. Eu também sou um artista por causa disso, eu sou apaixonado por essa cultura local e acredito que é uma troca linda para ambos os lados. Além do artista, a gente se enriquece como pessoa, como cidadão brasileiro e como ser humano. Conseguir unir o meu trabalho com uma vivência dessas assim é um prazer enorme”, finalizou.
Patrimônio Cultural e Gastronômico Reconhecido recentemente pelo Governo do Estado como um Patrimônio Cultural e Gastronômico do Tocantins, o Chambarí também será destaque na nova trama das 21 horas. A personagem Raquel, vivida pela atriz Érika Januza, terá como um dos seus dotes culinários a preparação da iguaria tocantinense.
“Eu conheci o Chambarí pelo texto da minha personagem. Tem uma fala que eu digo que sei fazer chambarí e quando li questionei: "O que é chambarí?” Então, fui atrás para saber. Faz parte do meu trabalho querer viver um pouco do que a personagem vive. Ao invés de só falar que sei fazer, eu queria realmente aprender. Em um dia de folga das gravações, procurei alguém que soubesse fazer, tivesse disponibilidade e quisesse me ajudar. Encontrei uma senhora, a dona Maria da Paz, que abriu as portas da casa dela para mim. Aí eu comprei as coisas e a gente foi lá e ela foi falando e eu fui fazendo. A família dela que estava lá experimentou e aprovou. Levei várias marmitinhas para o pessoal da equipe e todo mundo gostou. E eu adorei aprender, e se for para fazer de novo eu estou apta, consigo fazer tranquilamente (risos)”, concluiu Erika Januza. A personagem da atriz também trabalhará com outro símbolo da região que são as peças feitas de Capim Dourado.
Cachoeira do Formiga O nome é por causa do rio Formiga. É uma queda pequena que forma um poço grande de águas em tons esverdeados que lembram esmeralda. A água é muito transparente e mesmo no lugar mais profundo pode-se ver a areia calcárea branca e fina. Ao redor dessa piscina natural, a vegetação é exuberante e lembra a mata atlântica, com palmeiras, samambaias e muitas árvores com bichos pulando pra lá e pra cá. Como outros encantos do Jalapão, fica em propriedade particular e paga-se pela visita. Também é permitido acampar e nesse caso, é necessário levar provisões e cumprir a exigência - válida para todo o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) - de não deixar qualquer espécie de lixo.
Por Philipe Bastos
Gestores municipais de educação de todo o Brasil estão reunidos em Fortaleza – CE para o 16º Fórum da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Até a próxima sexta-feira, 11, cerca de 1.200 dirigentes municipais de educação participam de debates, mesas redondas e palestras do evento que, neste ano, traz como tema Os desafios para o cumprimento do PNE na garantia do direito de educação de todos e de cada um.
Do Tocantins partiu uma delegação de 37 gestores municipais de educação, acompanhados da secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes, professora Wanessa Sechim, que representa o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A programação do evento é composta por conferências, mesas redondas, lançamento de campanhas e projetos, debates e salas temáticas que abordam os Planos Municipais de Educação (PME), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), formação e valorização dos profissionais da educação e a gestão educacional como um todo.
A participação da secretária Wanessa Sechim foi durante a mesa redonda cujo tema foi O desafio da oferta da educação como direito humano e o pacto federativo. Juntamente com a gestora tocantinense, que representou o Consed, participaram do momento representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase).
Em sua explanação durante a mesa redonda, a secretária de Educação do Tocantins reforçou que a Constituição Federal de 1988 e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas (ONU), promulgada em 1948 garantem o direito e o acesso à educação. Já a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação brasileira define o papel de cada ente federado, seja a União, estados ou municípios, na promoção de vagas em escolas públicas do Brasil. “A ONU, a Constituição Federal, a LDB, o Plano Nacional de Educação, todos os documentos e toda a legislação brasileira traz a educação pública e gratuita para todos”, disse.
No Tocantins, o Governo do Estado vem atuando em parceria com os municípios para promover uma educação pública de qualidade. Neste sentido, a Seduc vem desenvolvendo ações que beneficiam, além das escolas da rede estadual, unidades educacionais municipais todo o Estado.
“Nós sabemos que a base da educação é a alfabetização. A educação é formação ao longo da vida. Se não focarmos o nosso trabalho nos alunos, na aprendizagem, os resultados que tanto queremos não virão”, destacou a secretária.
Entre essas ações, está o financiamento do Banco Mundial que, por meio do Programa Estrada do Conhecimento (PEC), destinou mais de R$ 12,5 milhões para a reforma e ampliação de escolas em situação de vulnerabilidade social que estão localizadas em municípios às margens da BR-153. Além disso, o PEC oferta formação a professores das redes estadual e municipais de Aguiarnópolis, Aliança do Tocantins, Barrolândia, Colinas do Tocantins, Pugmil e Wanderlândia.
A parceria com o Banco Mundial se estende, ainda, para a educação infantil, conforme a professora Wanessa Sechim. “Nos municípios estamos fazendo um diagnóstico, juntamente com os técnicos do Banco Mundial, que servirá de base para a elaboração de um plano de desenvolvimento da educação infantil”, pontuou.
A retomada da parceria com o Instituto Ayrton Senna (IAS) também possibilita que a Seduc fortaleça a primeira etapa da educação básica, que é compartilhada entre Estados e municípios. Por meio dos programas Acelera Brasil, Circuito Campeão e Se Liga, quase 48,5 mil estudantes e mais de 2 mil educadores das redes estadual e municipais são beneficiados com formações, acompanhamento pedagógico, intervenções e avaliações de processo e resultado.
GAM
Outra ferramenta de parceria entre Estado e municípios tocantinenses disponibilizada pela Seduc é a Gerência de Apoio aos Municípios (GAM), que faz parte da estrutura organizacional da Pasta. Por meio dessa Gerência, os municípios contam com apoio técnico para levantamento de demandas, formações sobre práticas pedagógicas para professores da educação infantil e do ensino fundamental, assessoramento para elaboração e acompanhamento dos Planos Municipais de Educação (PME) e fortalecimento dos Sistemas Municipais de Educação. Somente no primeiro semestre de 2017, foram atendidos 46 municípios tocantinenses com formação de professores para a educação infantil e para o ensino fundamental.
“Quando o secretário de educação do município chega à Seduc, ele sabe exatamente onde procurar porque a GAM é um setor de referência para os municípios dentro da estrutura organizacional da Seduc”, frisou a gestora.
Governador ressaltou que a etapa de implantação do programa no Estado é crucial para o sucesso da iniciativa do Jovem em Ação
Por Jarbas Coutinho
Com a participação da equipe de implantação, equipes gestoras das escolas, técnicos pedagógicos das Diretorias Regionais e alunos, o governador Marcelo Miranda participou nesta terça-feira, 8, em Palmas, do encerramento dos trabalhos de formação do Programa ICE - Jovem em Ação.
A iniciativa faz parte do conjunto de estratégias desenvolvidas pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes, para a implantação e desenvolvimento do Programa de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral – Escola Jovem em Ação.
Marcelo Miranda ressaltou a importância da educação para o desenvolvimento da cidadania. “A educação é o caminho, é o que nos liberta e que nos torna do tamanho dos nossos sonhos”, disse. Ele adiantou que essa etapa de implantação do programa no Estado é crucial para o sucesso da iniciativa, e que o encontro Ice Jovem em Ação tem o propósito de unir o governo, parceiros e a comunidade em geral em torno do propósito de melhorar cada vez mais a oferta de uma educação de qualidade.
A titular da pasta da Educação, Wanessa Zavarese, falou da determinação do governador em aderir ao projeto e os desafios de sua implantação. "Atualmente vivenciamos outra realidade”. Segundo ela, a resistência em fazer ensino médio em tempo integral no Estado foi, em grande parte, em função de projetos equivocados do passado.
A consultora do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação de Pernambuco (ICE), parceira responsável pela implantação do programa Jovem em Ação, Lucille Laurentino, disse que durante o encontro foi possível avaliar os trabalhos das escolas inseridas no projeto e perceber a motivação dos tocantinenses. "O Tocantins está muito motivado para acertar o passo em relação ao ensino de tempo integral".
Representando os alunos, o estudante Marcos Vinicius dos Santos, do Centro de Ensino Médio de Dianópolis, disse que a modalidade de ensino integral promoveu mudanças em seu conceito. "O meu receio era tão grande que até cogitei mudar de cidade para não estudar em regime integral, mas quando vivenciei a realidade, mudei de ideia. Parece milagre de Deus".
Proposta
Por meio da interação e conversa possibilitada pela metodologia do ICE, os participantes conhecem a síntese das discussões dos grupos, se conectam e polinizam as suas ideias, tornando visível os esforços e a inteligência coletiva. A metodologia permite realizar uma avaliação das ações desenvolvidas no 1º semestre, mediante análise dos desafios e proposição de soluções possíveis para os desafios projetados.
O Programa de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral” – Escola Jovem em Ação - foi lançado pelo governador Marcelo Miranda em março deste ano e busca a implementação do ensino integral em 12 escolas do Tocantins. Numa parceria estabelecida com o Ministério da Educação e os Institutos de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), Sonho Grande e Natura.
De acordo com a Portaria nº 1.145, de outubro de 2016, do Ministério da Educação (MEC), no primeiro ano de vigência do programa serão beneficiados 2.613 estudantes de 12 unidades escolares no Estado do Tocantins. Duas em Palmas, três em Araguaína e uma nas cidades de Miracema, Tocantinópolis, Gurupi, Dianópolis, Guaraí, Colinas e Arraias. A implantação do programa está ocorrendo por etapas e, neste primeiro ano, apenas as primeiras séries do Ensino Médio das unidades beneficiadas estão participando, totalizando 1.600 alunos atendidos.
Uma ação conjunta ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Defensoria Pública do Estado (DPE) pede à Justiça que anule cláusulas contratuais consideradas abusivas praticadas pela empresa G-10 Empreendimentos Imobiliários LTDA.
Da Assessoria do PME
A Ação Civil Pública foi protocolada no dia 02 de agosto, após tentativa frustrada das duas instituições em firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para adequação dos contratos. Os loteadores exigiam dos compradores que, em caso de desistência do imóvel, pagassem valores exorbitantes de multas e indenização.
O inquérito civil público instaurado pela 23ª Promotoria de Justiça da Capital apurou que a empresa tem utilizado diversas cláusulas em seu contrato de adesão de comercialização de lotes/terrenos residenciais situados em Palmas, em total desconformidade com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Tais cláusulas, relativas a rescisão do contrato, penalizam demasiadamente o consumidor que desiste da compra do imóvel.
Pelas regras impostas, o consumidor estaria sujeito à perda da quantia paga referente ao sinal, multa de 10% do valor atualizado do contrato, além de perda de 20% do valor pago das parcelas como forma de ressarcir despesas tributárias administrativas, entre outras. Também foi estipulado o percentual de 0,25% de indenização do valor atualizado do contrato a título de ressarcimento pela ocupação, exploração, aluguel do lote/terreno, durante o período compreendido entre a data da assinatura e a rescisão do contrato.
As vantagens excessivas recebidas pelo fornecedor, segundo a ação, têm viés nítido de impedir o consumidor de rescindir o contrato, principalmente quanto à cláusula 16ª, que impõe perda de percentual calculado com base no valor do contrato e não em percentual do valor efetivamente pago. “O percentual é altamente extorsivo e desequilibra a relação contratual em favor da empesa”, expõe a ação.
Para aquisição do imóvel, também era exigida uma média de percentual no valor de 5% do valor do contrato como entrada ou “sinal”, valor este que é retido como forma de penalidade pela rescisão do contrato, mas que tal ato é vedado pelo artigo 844 do Código Civil. Por fim, o consumidor ainda é explorado quando tem a perda de 20% do valor das parcelas pagas e também sujeito ao pagamento de 0,25% de indenização ao mês do valor atualizado do contrato.
A ação destaca que outra ilegalidade aplicada pela empresa é a restituição dos valores pagos de forma parcelada, quando o consumidor tem direito à devolução da importância, em única parcela.
Diante de todas as irregularidades, a Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência requer a suspensão imediata das cláusulas questionadas, no sentido de impedir a perda do sinal pago pelo comprador, a aplicação de multa compensatória de 10% do valor do contrato e a indenização de 0,25% do valor do contrato, ao mês.
Também é solicitado que a empresa faça a devolução do valor pago, em casos de desistência de contratos, tudo devidamente corrigido, em única parcela, nunca superior a trinta dias do desfazimento do negócio.
Assinam a ação, a Promotora de Justiça Kátia Chaves Gallieta e o defensor público e coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor, Maciel Araújo Silva.
A Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehab) vai destinar recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza - Fecoep/TO para a conclusão das obras habitacionais em Palmas. Inicialmente, serão liberados R$ 2,8 milhões que serão destinados ao pagamento das obras das quadras Arso 131 e ALCNO 33, ambas do Programa Pró-Moradia.
Por Gabriela Glória
Ao todo, serão contempladas 282 famílias, sendo 202 casas na Arso 131 e 80 apartamentos na ALCNO 33. As unidades devem ser entregues ainda no segundo semestre desse ano. “Com o reforço desses recursos, vamos poder concluir essas obras e atender às famílias que aguardam ansiosamente para verem realizado o sonho da casa própria”, destaca Jorge Mendes, sub-secretário da Sehab.
Mendes também explicou que estão previstos mais recursos do Fundo que, após liberação, serão investidos para a conclusão das obras de 272 apartamentos na Arso 92 e mais 443 casas no Jardim Taquari.
Fecoep
O Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza - Fecoep/TO é ligado a Secretaria da Fazenda e vai destinar R$ 7 milhões para contemplar seis projetos sociais das Secretarias do Trabalho e Assistência Social (Setas) e de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehab) e atender mais de 2.000 (duas mil) famílias tocantinenses.
Esta é a primeira ordem de liberação dos recursos do Fundo que tem por objetivo destinar recursos financeiros às unidades orçamentárias executoras de programas sociais que compõem a Rede de Proteção Social do Estado do Tocantins. Nutrição; habitação; educação; saúde; reforço de renda familiar; geração de trabalho, emprego e renda; socialização e/ou ressocialização; transporte; agricultura de subsistência; assistência social; e outras áreas de interesse social são compatíveis com a destinação do Fundo.