O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) "está surtando" na sua promessa de perdoar dívidas. O petista participou de sabatina com Ratinho, no SBT, na noite desta quinta-feira (22).

 

POR VICTORIA AZEVEDO

Ao ouvir do apresentador que o ex-aliado afirmou em sabatina que iria acabar com as dívidas dos brasileiros, Lula interrompeu e afirmou: "Eu acho que o Ciro está surtando".

 

O petista, então, lembrou a passagem do adversário pelo Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco.

 

"Eu vi o Ciro falar para você: 'não, porque a taxa de juros está muito alta, o Brasil pagou 500 bilhões'. Ele foi Ministro da Fazenda durante três meses, sabe qual era a taxa de juros quando ele foi ministro? 55%. Se ele tiver memória curta é importante ele lembrar. Ele era ministro, o que ela reduziu foi apenas para 49%", completou Lula.

 

Em meio à ofensiva petista pelo voto útil, para que Lula vença no primeiro turno, Ciro tem criticado o ex-presidente. Na quarta (21), afirmou durante participação em podcast que Lula "sempre foi fascistoide".

 

Nesta quinta, durante a entrevista no SBT, o petista fez um apelo para que as pessoas votem no dia 2 de outubro. Como a Folha de S.Paulo mostrou, a campanha do ex-presidente prepara uma ofensiva pelo voto útil e contra a abstenção, além de apostar na mobilização da militância nas ruas, para gerar uma onda decisiva na reta final da campanha presidencial.

 

"Eu queria que você comparecesse, você que acha que vai se abster, porque não gosta de ninguém, por favor, vá para a urna votar e escolha quem você acredita que vai consertar o país. Mas vote para ter o direito de reclamar, de xingar, de cobrar. Se você não for votar, não vai poder cobrar nada de ninguém", afirmou Lula ao final da sabatina.

O petista disse que é importante que as pessoas assumam essa responsabilidade e que é preciso depositar amor e esperança nas urnas, e não ódio.

 

Ainda na sabatina, Lula afirmou que foi um "golpe" o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que "inventaram uma mentira contra ela" e que, depois disso, "desmontaram tudo".

 

Ele também usou seu tempo na emissora para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na corrida eleitoral e a quem se referiu como "chucro" e "ignorantão". Ele atacou a condução do governo federal durante a pandemia da Covid-19.

 

"Eu nunca disse que Bolsonaro é responsável pela pandemia, a pandemia foi um fenômeno da natureza. O que o Bolsonaro cometeu de errado? Ele poderia ter montando um comitê de crise, ter ouvido a saúde, feito um conselho com principais secretários de saúde dos estados brasileiros e poderia ter comprado a vacina na hora certa. Ele ficou brincando", disse.

 

O ex-presidente afirmou ainda que Bolsonaro não comprou vacinas porque ele não acreditava nos imunizantes e zombava e brincava da pandemia. "É uma estupidez de alguém um pouco ignorante, que é o que ele é mesmo."

 

O petista disse que, caso eleito, irá dialogar com todos os governadores, independentemente do partido. Ele afirmou que quer "paz e amor" e que "o Lulinha paz e amor voltou com força total".

 

Ratinho realizou sabatinas com outros três candidatos à Presidência: o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

 

Na sabatina no último dia 13, Bolsonaro foi questionado por Ratinho se entregaria o governo, caso perdesse. O chefe do Executivo voltou a impor uma condicional de "eleições limpas", também sem entrar em detalhes.

 

"Eleições limpas você não tem o que discutir", disse. "O que não consigo entender é que qualquer lugar que eu vou no Brasil a gente é recebido com muito carinho", prosseguiu, enumerando momentos em que esteve cercado de apoiadores em sua campanha.

 

 

 

Posted On Sexta, 23 Setembro 2022 05:44 Escrito por

POR MATHEUS TEIXEIRA E ROSIENE CARVALHO

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (22) e afirmou que o PT é um "partido de bandidos".

 

Em comício em Manaus (AM), o mandatário comparou-se ao petista e disse ser a favor da liberdade de imprensa, da propriedade privada, da criminalização das drogas e das mídias sociais livres, enquanto Lula defende o oposto em relação a esses temas. "Há diferença enorme entre essas duas pessoas", disse.

 

O presidente não comentou o fato de ter faltado oxigênio no Amazonas no auge da crise da pandemia da Covid-19 e exaltou a compra de vacinas contra o coronavírus pelo governo federal.

 

O chefe do Executivo se referiu a Lula como o "bandido de nove dedos" e disse que o petista apoiou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a quem culpou pela crise vivida no país vizinho.

 

No comício, o governador amazonense, Wilson Lima (União), foi vaiado em diferentes ocasiões por simpatizantes do presidente. Bolsonaristas no Amazonas também não pouparam o presidente do PL no estado, Alfredo Nascimento.

 

Ele é candidato a deputado federal e foi ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma. Nascimento teve que interromper seu discurso duas vezes por conta de vaias. Bolsonaro tentou contornar a situação. Disse que os eleitores precisam tomar a melhor decisão possível diante das opções disponíveis no pleito. Quando afirmou apoiar Wilson Lima no Amazonas, o público novamente reagiu com vaias.

 

Posted On Sexta, 23 Setembro 2022 05:43 Escrito por

PT quer “aniquilar alternativas” com voto útil, diz Ciro  (fascistoide partidário ou simpatizante do fascismo)

 

POR DANIELLE BRANT

 

Em meio à ofensiva petista pelo voto útil, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (21) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "sempre foi fascistoide".

 

Ciro deu as declarações durante participação no programa do podcaster e youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, desligado do Flow após defender o direito de existência de um partido nazista.

 

O pedetista explicava sua proposta de taxar grandes fortunas quando atacou o adversário nas eleições. "Qual é meu problema? Os super-ricos sabem quem eu defendo isso e estão matando a pau porque eu não tenho nem direito de ser candidato. Se depender do fascismo de esquerda aí, nem direito de ser candidato, para o povo ter uma opção e eu poder falar, nem mais isso eu devo ter."

 

"Fascismo puro isso que o PT e o Lula estão administrando contra o fascismo do [presidente Jair] Bolsonaro. É o fascismo na veia que sempre foi. O Lula sempre foi fascistoide."

 

Estacionado em terceiro nas pesquisas de intenção de voto, Ciro tem dirigido seus principais ataques a Lula, após o petista lançar uma ofensiva pelo voto útil para tentar vencer a eleição no 1º turno, marcado para 2 de outubro.

 

Mais cedo, em sabatina realizada pela FAAP e pelo jornal O Estado de S. Paulo, Ciro criticou o "fascismo de esquerda liderado pelo PT" e antigos aliados como Caetano Veloso e Tico Santa Cruz, que, recentemente, declararam apoio a Lula.

 

O podcast de Monark tem audiência cativa na plataforma de compartilhamento de vídeos Rumble. Com a participação, Ciro tenta atingir principalmente o público jovem e de centro-direita.

 

Em suas redes sociais, Monark costuma criticar Lula e defender a liberdade de expressão. Em 18 de setembro, fez uma postagem na qual afirmou que se Lula ganhar as eleições, "vamos ter um Brasil onde o presidente estava provavelmente envolvido no maior esquema de corrupção da história brasileira, foi condenado em três instâncias por isso", escreveu.

 

Dois dias antes, ele também criticou o ex-presidente. "Se você acha o Bolsonaro um mito, você é cego, agora se você acha ele pior que o Lula você também é cego. Desculpa aos que se ofenderam, mas Lula não dá. Lula é um mafioso do mais alto calibre, servo da oligarquia."

 

No dia 10 de setembro, escreveu: "Melhor segundo turno seria Bolsonaro vs Ciro Gomes, Lula não merece sequer ir para o segundo turno na minha opinião, de fato ele nem deveria está disputando, foi solto por uma manobra política do judiciário."

 

Ciro foi o único presidenciável a participar do podcast. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a senadora Simone Tebet (MDB) deram entrevista ao podcast Flow. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao PodPah.

 

Monark foi demitido do Flow em fevereiro deste ano após defender o direito de existência de um partido nazista. "A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei", disse em programa que teve a participação dos deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).

 

Diante da repercussão da declaração, o podcast emitiu comunicado oficial sobre o desligamento do YouTuber. O episódio foi tirado do ar. Monark se pronunciou em seguida e afirmou que a frase foi tirada de contexto. Em fevereiro, logo após o episódio, Tebet apresentou no Senado um projeto para criminalizar a apologia ao nazismo.

 

Em junho deste ano, o podcaster disse ter se arrependido de ter pedido desculpas no caso do nazismo. Ainda irritado com a repercussão do episódio, Monark também afirmou em uma rede social que votaria em Bolsonaro e faria campanha para o presidente se a mídia continuasse falando mal dele.

 

 

 

Posted On Quinta, 22 Setembro 2022 06:18 Escrito por

POR ITALO NOGUEIRA E CATIA SEABRA

 

O PT decidiu cancelar o ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcado para o domingo (25) ao lado de Marcelo Freixo (PSB), candidato ao Governo do Rio de Janeiro, fazendo com que a única agenda pública do petista no Rio de Janeiro seja com o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD).

 

A agenda ao lado de Paes, que não apoia Freixo, pretende demonstrar apoio mais amplo do que sua coligação, na busca do chamado voto útil para vencer a eleição no primeiro turno. Ela está marcada para a quadra da escola de samba Portela, na zona norte.

 

Freixo chegou a divulgar ato ao lado de Lula na Lapa na tarde do mesmo dia. Contundo, o evento acabou cancelado. O PT alegou haver também um compromisso já marcado em São Paulo.

 

"Temos um problema de agenda com o presidente. Uma agenda que já tinha sido marcada e que a gente está com dificuldade de realocar. Vamos fazer algum evento com o Freixo, mas não um comício. Vamos ver."

 

 

Posted On Quinta, 22 Setembro 2022 06:17 Escrito por

Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, presidente também pediu ‘cessar-fogo imediato’ entre Ucrânia e Rússia e destacou a preservação ambiental no Brasil

 

Por Jovem Pan

 

Durante seu discurso de abertura na 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) destacou a retomada da economia brasileira e exaltou a “extinção da corrupção sistêmica” em seu governo. A cerimônia de abertura da Assembleia aconteceu nesta terça-feira, 21, e contou com a participação de mais de 100 líderes de governo.

 

O atual candidato à reeleição à presidência da República foi o primeiro chefe de estado a discursar, seguindo a tradição dos anos anteriores, e, ao longo de sua fala, destacou a extinção do que chamou de “corrupção sistêmica” no governo e citou os prejuízos obtidos durante os “governos de esquerda”. “No meu governo estoparmos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios, chegou a US$ 170 bilhões.

 

O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão e pagamos à bolsa americana outro US$ 1 bilhão pela perda de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado”, afirmou. Além disso, o mandatário exaltou os resultados da economia brasileira e afirmou que o país deve fechar o ano com apenas 4% das famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. “Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação.

 

Temos emprego em alta, inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo como impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada. Os números falam por si só, a estimativa é de que, ao final de 22, 4% das famílias esteja vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%, o que representa uma queda de mais de 20%”, disse Bolsonaro.

Em outro momento, Bolsonaro falou sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia, dizendo que o conflito evidenciou a necessidade de mudanças na ONU e disse que o Brasil vems e pautado pelos princípios do direito internacional ao se posicionar sobre o confronto. “Hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial.

 

No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debate, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala sobre o assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU. É pela 11ª vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para soluções pacíficas. Sempre guiados pela carta da ONU e pelo direito internacional. […]O conflito na Ucrânia já se estende por 7 meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo mundo. […] Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável”, afirmou Bolsonaro, que também citou o impacto do confronto no preço dos alimentos.

 

“As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.

 

Ao falar sobre meio-ambiente e desenvolvimento sustentável, Bolsonaro afirmou que dois terços do território nacional seguem com a vegetação nativa intacta e disse que a preservação real da Amazônia diverge do que é mostrado pela grande mídia nacional e internacional. “Em matéria de meio-ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo. Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional”, explicou o presidente.

 

Perto do fim do discurso, Bolsonaro também destacou as ações de seu governo voltadas à defesa das mulheres e garantiu que o Brasil trabalha para que as mulheres sejam “fortes e independentes”. “Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso. Os resultados aparecem em nosso governo: queda de 7,7% no número de feminicídios e diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017 eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19. Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem”, afirmou o mandatário.

 

 

Posted On Terça, 20 Setembro 2022 14:08 Escrito por
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