No acumulado em 12 meses, o indicador ficou positivo em 2,09%
Por Andreia Verdélio
A atividade econômica brasileira registrou alta em julho deste ano, de acordo com dados divulgados hoje (15) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou aumento de 1,17% em julho de 2022 em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período).
Desde o ano passado, os resultados do IBC-Br vêm oscilando. Em abril e maio teve queda, em junho apresentou crescimento de 0,69% e, agora, mais uma alta.
Em julho, o IBC-Br atingiu 145,55 pontos. Na comparação com julho de 2021, houve crescimento de 3,87% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo, em 2,09%.
O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia, a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar a evolução da atividade econômica. Entretanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. No primeiro semestre de 2022, o indicador já avançou 2,5%.
Ex-ministro Joaquim Barbosa aconselhou TSE a manter o "olho vivo" na intenção das Forças Armadas de fazer apuração paralela das eleições
Por Igor Gadelha
O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa foi às redes sociais, nas últimas horas, com um alerta indireto para o atual comando do TSE: “Olho vivo” nas Forças Armadas.
O sinal foi feito por Barbosa ao comentar a intenção dos militares de fazer uma “apuração paralela” das eleições deste ano por amostragem, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Permitir que militares interfiram nesse tema vital à institucionalidade nacional equivale a fraquejar, ceder, abdicar aos sagrados deveres constitucionais. O que eles querem é criar o mínimo pretexto para perpetrar o golpe. Olho vivo neles!”, escreveu Barbosa no Twitter.
Na sequência, o ex-presidente do STF afirmou também que não é o TSE que cria conflito ao negar que os militares participarão do processo de apuração dos votos nas eleições deste ano.
“Peraí. É o TSE quem vem há meses gerando balbúrdia no processo eleitoral? Imaginem as tensões constantes geradas por essa despudorada investida dos militares sobre o TSE. É vergonhoso”, defendeu.
O ex-ministro disse ainda que o TSE está “certíssimo” ao não permitir que as Forças Armadas tenham acesso a qualquer dado fora do escopo que qualquer cidadão terá.
“No Brasil, organizar eleições, apurar os resultados e julgar os conflitos que elas geram são tarefas que a Constituição e as leis atribuem à Justiça Eleitoral”, afirmou.
Eduardo responde
Diante das críticas de Joaquim Barbosa, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do atual presidente da República, saiu em defesa das Forças Armadas.
Em vez de argumentar sobre o papel dos militares nas eleições, o parlamentar lembrou a atuação do ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE, contra a PEC que implementava o voto impresso no Brasil.
Eduardo ainda defendeu que os militares foram chamados para comissão que averiguou a segurança das urnas eletrônicas, implementada pelo ministro Edson Fachin.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na 3ª feira (13.set.2022) que a imprensa mudou a narrativa sobre um crime em São Paulo porque um homem que matou o filho e a mulher tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tatuado no braço.
“Dificilmente seguirão dando destaque, prova de que a preocupação nunca foi com as vítimas”, escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter.
ASSASSINATO
Na tarde de 2ª feira (12.set), no parque São Rafael, zona leste de São Paulo, Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, matou a ex-mulher, Michelli Nicolich, de 37 anos, e o filho mais novo, de 2, em frente a uma escola infantil. O mais velho, de 4 anos, também estava no local, mas não foi atingido.
Com registro de CAC (grupo de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), o homem foi inicialmente identificado pela imprensa como apoiador de Bolsonaro. Porém, ele tem uma tatuagem com o rosto de Lula no braço esquerdo.
Ramos teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na tarde de 3ª feira (13.set). Foi acusado de duplo homicídio doloso qualificado, feminicídio e tentativa de homicídio.
PT REPUDIA
Em nota divulgada na 3ª feira (13.set) no site do partido, a presidente da sigla, Gleisi Hoffman, criticou o governo Bolsonaro pela flexibilização da compra de armas e condenou o ataque.
“O incentivo à violência e a liberação, pelo governo federal, da compra, posse e porte de armas estão na raiz de crimes e tragédias como a que ocorreu ontem no Parque São Rafael, em São Paulo”, escreveu Gleisi. “Condenamos toda forma de violência, qualquer que seja a orientação política de quem a comete.”
Estado tem estimativa de variação positiva de 6,1%, com impulso de números do comércio, segundo o Banco do Brasil
Por Talita Melz
O Tocantins está em segundo lugar nas estimativas de variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, com percentual de 6,1%, conforme avaliação de relatório apresentado pelo Banco do Brasil. Esse número é impulsionado principalmente pelo volume de vendas no comércio, que teve resultados positivos no Estado, com aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.
No Brasil, a economia cresceu 2,5% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Esse relatório do Banco do Brasil estima que o Mato Grosso tenha o maior crescimento econômico, com 8%, seguido pelo Tocantins com 6,1%, Roraima com 5,9%, Alagoas com 5,9% e Paraíba com 5,1%.
Comércio
A variação do volume de vendas no comércio entre os primeiros semestres de 2021 e 2022, com base no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 5,3% no Tocantins. Segundo o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, o setor teve um crescimento elevado com relação a anos anteriores e isso é um reflexo de políticas públicas do Estado do Tocantins.
“O Tocantins é o quinto estado que mais cresceu no primeiro semestre no setor do comércio, como reflexo de ações do Estado. Dentre elas podemos elencar a estratégia de descentralização dos recursos, como o Programa de Fortalecimento e Geração de Emprego e Renda, que levou R$ 2 milhões para cada um dos 139 municípios, que foi estratégico, porque fez com que os municípios pudessem fortalecer suas atividades comerciais, aquecendo o setor e resultando neste crescimento expressivo”, explica Carlos Humberto Lima.
Outro número positivo no setor do comércio do Tocantins é que o Estado vem com bons números de empregabilidade. O IBGE mostra que o Estado está entre as três unidades federativas com melhores números do setor de comércio, que tem as menores taxas de desemprego, com 6,8%, empatado com o Mato Grosso do Sul e abaixo apenas de Santa Catarina, com 5,3%.
“Esse programa e outros que impulsionam o setor do comércio continuam em andamento, com tendência a alavancar ainda mais os números. O Estado tem atualmente uma política clara de desenvolvimento econômico. Nossa expectativa é manter os indicadores positivos da economia tocantinense, com o estado entre os primeiros do Brasil na geração de emprego e renda para a população”, finaliza o secretário Carlos Humberto.
Número foi puxado pelos setores de transporte, comunicação e prestação à família
Por: Camila Stucaluc
O setor de serviços registrou crescimento de 1,1% em julho, quando comparado com o mês anterior. Os dados, divulgados nesta 3ª feira (13.set) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam para alta de 8,9% em relação a fevereiro de 2020 - período pré-pandemia - e apenas 1,8% abaixo de novembro de 2014 - ponto mais alto da série histórica.
O avanço do setor foi influenciado por três das cinco atividades analisadas, com destaque para os transportes (2,3%), que avançaram 3,9% entre maio e julho, e para informação e comunicação (1,1%), que recuperou o ligeiro decréscimo (-0,2%) do mês anterior. A outra expansão do mês ficou com serviços prestados às famílias (0,6%), com ganho acumulado de 9,7%.
Em sentido oposto, outros serviços (-4,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) exerceram as influências negativas de julho.
As atividades turísticas, por sua vez, contabilizaram alta de 1,5% na comparação mensal, quase recuperando o recuo de 1,7% em junho. Na comparação com 2021, o volume de atividades cresceu 26,5%, sendo impulsionado pelos setores de restaurante; transporte aéreo; hotéis; locação de automóveis; rodoviário coletivo e serviços de bufê.
Com o resultado de julho, o acumulado do ano no setor de serviços chegou a 8,5% frente ao mesmo período de 2021. O acumulado nos últimos doze meses, por sua vez, passou de 10,5% em junho para 9,6% em julho de 2022, mantendo trajetória descendente desde abril de 2022 (12,8%).