As costuras variam de estado para estado e devem levar em conta a competitividade dos candidatos em nível local e a popularidade dos presidenciáveis em cada região
Por João Pedro Pitombo
Com pré-candidaturas competitivas no Nordeste, PT e PSB devem receber apoio de legendas como o MDB e partidos do centrão como PP, PL e Republicanos.
O PP, por exemplo, deve seguir aliado ao PT na Bahia e ao PSB em Pernambuco. O cenário não deve mudar nem mesmo com a possível filiação de Bolsonaro ao PP, movimento que voltou a ganhar força na última semana.
“Essa [eventual] filiação dele não afeta de forma nenhuma em Pernambuco, porque temos diretórios constituídos nos estados. A direção nacional do PP respeita a autonomia das direções locais”, disse o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE).
Em alguns casos, como o do PSB de Pernambuco, a coalizão deve incluir no mesmo palanque petistas, adeptos da terceira via e até mesmo apoiadores de Bolsonaro.
A lógica de palanques aberto deve guiar as candidaturas do PSD, que deve lançar candidatos nos três maiores colégios eleitorais.
O presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, quer lançar o senador Rodrigo Pacheco (DEM), como candidato a presidente pelo PSD. Mas não haverá portas fechadas nos palanques estaduais.
Em Minas Gerais, por exemplo, o palanque do prefeito de Belo Horizonte e potencial candidato ao governo Alexandre Kalil (PSD) deve ter espaço para o PDT de Ciro Gomes e pode trazer até mesmo o PT de Lula.
O governador de Minas Romeu Zema (Novo), por sua vez, deve apoiar formalmente o candidato a presidente do seu partido, ainda não escolhido, mas terá em seu palanque bolsonaristas e tucanos.
O formato do palanque múltiplo deve se replicar também em São Paulo, onde o PSD quer lançar Geraldo Alckmin e negocia alianças com o MDB de Paulo Skaf e o PSB de Márcio França.
Em estados como Santa Catarina e Paraná, o partido deve ter candidaturas mais próximas ao bolsonarismo, enquanto no Nordeste a tendência é de apoio a candidatos do PT e PSB.
O PDT de Ciro Gomes e a União Brasil, que surgiu após fusão do DEM com o PSL, devem firmar pontes em pelo menos quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Bahia e Pernambuco.
Em Goiás e Mato Grosso, estados com economia ancorada no agronegócio, a tendência é de palanques amplos com espaço para Ciro, para nomes da terceira via e bolsonaristas.
Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) é favorito para a reeleição, mas terá que enfrentar candidaturas ainda mais ancoradas no bolsonarismo, caso do empresário Jânio Darrot (Patriota).
Na Bahia e Pernambuco, os candidatos do DEM tentam se distanciar de Bolsonaro, que tem alta rejeição na região.
Pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto tem percorrido o interior do estado fazendo críticas aos 16 anos de governos do PT da Bahia, ao mesmo tempo que tenta mostrar sua desaprovação em relação à forma de governar de Bolsonaro.
Os petistas, por sua vez, fazem o caminho inverso e tentam carimbar ACM Neto como bolsonarista e aliado do presidente.
O cenário é semelhante em Pernambuco, onde o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), iniciou um movimento de distanciamento do bolsonarismo, mesmo sendo filho do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra.
Miguel quer abrir espaço no seu palanque para presidenciáveis como Ciro e João Doria ou Eduardo Leite, que disputam as prévias do PSDB.
A aliança com DEM e PDT em Pernambuco, contudo, dependerá do desenho do cenário nacional. Mas tende a se consolidar caso o PSB apoie a Lula na eleição presidencial.
“Da nossa parte, manteremos a parceria com o PSB de Pernambuco caso eles apoiem Ciro. Se decidirem por outro caminho, temos um bom diálogo com Miguel Coelho”, afirma o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Além de se aproximar do DEM, o PDT também deve fazer composições com o PT, mesmo frente às fagulhas entre Lula e Ciro Gomes.
No Ceará, berço político de Ciro, uma nova aliança entre os dois partidos pode resultar no apoio ao ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, do PDT.
A parceria pode se replicar no Maranhão, onde petistas defendem o nome do senador Weverton Rocha (PDT) para a sucessão de Flávio Dino (PSB) em detrimento do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), apoiado pelo governador.
PT e PDT também podem dividir o palanque no Amapá em torno da candidatura do senador Randolfe Rodrigues (Rede) a governador. A composição é defendida pela direção nacional pedetista, mas enfrenta resistência do governador Waldez Góes (PDT).
Candidatos de MDB e PSDB também devem contar com palanques heterodoxos, unindo de ciristas a bolsonaristas.
No Pará, o governador Helder Barbalho (MDB) deve concorrer à reeleição com um dos palanques mais amplos do país, unido o apoio do PT e de aliados de Bolsonaro.
Em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual Eduardo Riedel (PSDB), candidato à sucessão do governador Reinaldo Azambuja, trabalha para trazer para o seu palanque bolsonaristas e antibolsonaristas.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), é cotada para ser a candidata ao Senado na chapa. Mas os tucanos também trabalham por uma aliança com PSD do senador Nelsinho Trad, do prefeito Marquinhos Trad e do deputado Fábio Trad, crítico ferrenho de Bolsonaro na Câmara.
Em apenas um estado, o Piauí, a eleição deve ser polarizada entre um candidato petista e uma bolsonarista.
O PT, que governa o estado desde 2015, lançará o secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, para a sucessão do governador Wellington Dias. Do outro lado, a candidata do campo bolsonarista será a deputada federal Iracema Portella (PP), ex-mulher do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
Elton Gomes, doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco, destaca que as eleições estaduais seguem lógicas próprias.
“O país é continental, com muitas realidades locais diferentes. E o exercício do poder passa por muitas construções contextuais e factuais distintas, onde em cada estado da federação existe uma competição entre diferentes grupos”, afirma.
O especialista ainda avalia que a próxima eleição deve ser mais descolada das eleições estaduais, ao contrário de 2018, quando parte dos governadores se elegeu na onda bolsonarista.
O Hospital Samaritano da Barra pediu na última quinta-feira (7), em ofício à Polícia Federal, que fossem enviados policiais federais para monitorar o ex-deputado Roberto Jefferson, que está internado há mais de um mês na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo o documento, o hospital "não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia".
Com G1
Jefferson recebeu alta hospitalar na quarta-feira, após 35 dias internado. Primeiro para tratar uma infecção urinária e depois para um cateterismo.
Procurada pelo g1, a assessoria do hospital informou que não comentaria o caso.
O ofício do hospital foi enviado pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do ex-deputado no dia 13 de agosto.
Na decisão, o ministro escreveu que o político faz parte de uma "possível organização criminosa" que busca "desestabilizar as instituições republicanas".
Jefferson aguarda Moraes decidir se vai para a prisão domiciliar ou volta para o sistema prisional.
Enquanto isso, o Hospital Samaritano pede "que sejam enviadas informações sobre o procedimento a ser seguido para a desospitalização e a transferência do custodiado, bem como requerer o envio, tão célere quanto possível, de equipe policial para fazer a escolta do sr. Roberto Jefferson".
No ofício enviado à PF afirma que "O hospital vem custeando, há quase 35 dias, um posto de vigilância privada, 24 horas por dia, em frente ao quarto do sr. Roberto Jefferson; ocorre que, lamentavelmente, o hospital não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia, seja porque não possui poder de polícia, seja porque não detém condições de garantir a devida segurança ao paciente/custodiado, bem como aos colaboradores e demais pacientes do hospital."
O projeto original prevê o pagamento do 14º salário para aposentados e pensionistas do Regime Geral de Previdência Social referente aos anos de 2020 e 2021
Jornal Contabil
Grande parte dos aposentados e pensionistas ajudam no sustento de suas famílias com os valores que são pagos pelos benefícios que recebem. De acordo com dados, antes da pandemia Covid-19, mais de 10 milhões de brasileiros, já dependiam financeiramente da renda que os aposentados recebiam para viver,
A comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados decretou aprovação do texto do Projeto que cria o abono em dobro emergencial aos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
E também saiu ontem (07) nova movimentação na Câmara dos Deputados, relatório do 14º salário finalmente é publicado e aprovado! Confira:Nesses últimos dias, o projeto do 14º salário sofreu com diversas movimentações! Uma das movimentações ocorridas recentemente, é que em 27 de setembro foi designado um relator ao projeto, o Deputado Federal Fábio Mitidieri (PSD-SE).
O Deputado Federal Fábio Mitidieri (PSD-SE) em seu perfil do Instagram, em 29 de setembro, declarou que seria o novo relator do projeto e iria emitir o parecer sobre o tema que vai beneficiar os aposentados e pensionistas do país.
Pela declaração do relator, se dá pra entender que ele apoia o pagamento do projeto. Esse apoio é muito positivo por assim o projeto poder chegar em sua mão mais cedo, sem imprevistos pela parte dele!
Na tarde desta quinta-feira (07), saiu o relatório do 14º salário! Ocorreu então a apresentação do parecer do relator Deputado Fábio Mitidieri, no qual foi aprovado com emendas e do substitutivo adotado pela Comissão de Seguridade Social e Família.
“Nesse contexto, o presente Projeto de Lei visa exatamente proporcionar um benefício temporário para esse grupo tão fragilizado da população que, segundo o substitutivo aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, se estenderia até 2023.” Declarou o Deputado Federal Fábio Mitidieri (PSD-SE).
Quem irá receber:
Aposentados;
Pensionistas;
Auxílio doença;
Auxílio acidente.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estimou nesta sexta-feira que o país contará com 354 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 em 2022, quando promoverá uma nova campanha de imunização da população, com a provável inclusão de crianças abaixo de 12 anos
Por Maria Carolina Marcello
Segundo o ministro, a campanha de vacinação nacional priorizará imunizantes que já contam com registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), caso das vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca e pela Pfizer.
"O cenário é um cenário muito positivo e que me permite, como ministro da Saúde, assegurar que os brasileiros terão uma campanha muito eficiente em 2022, ano esse que, com a ajuda de todos nós, será o ano do fim da pandemia da covid-19", disse o ministro em entrevista coletiva.
"Já temos adquiridas para o ano de 2022 - adquiridas ou em tratativas avançadas - 354 milhões de doses de vacina contra a covid-19... Já fechamos com a Pfizer um contrato para mais 100 milhões de doses no ano de 2022, com a perspectiva de mais 50 milhões de doses, se for o caso, isso já está tratado com a Pfizer. E há também 120 milhões de doses da vacina AstraZeneca para o primeiro semestre, com a possibilidade de mais 60 milhões para o segundo semestre", afirmou.
O ministro afirmou que a CoronaVac, da chinesa Sinovac e primeira vacina usada no país contra a covid-19, não consta dos planos para 2022 porque conta apenas com autorização para uso emergencial atualmente, e não o registro definitivo, mas pode ser considerada caso obtenha a aprovação completa da Anvisa. O mesmo se aplica, segundo ele, ao imunizante da Janssen, ou qualquer outro que obtenha o registro definitivo.
Queiroga disse que a pasta conta ainda com um saldo de 134 milhões de doses adquiridas em 2021.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, o esquema de vacinação em 2022 terá algumas alterações, levando-se em conta, principalmente, ordem decrescente das faixas etárias.
Além disso, o pasta trabalha com o cenário segundo o qual idosos e imunossuprimidos, mais vulneráveis à doença, terão direito a doses de reforço semestrais.
Já pessoas com idade entre 18 e 60 anos receberão uma dose de reforço em 2022.
E, caso a Anvisa aprove vacinas para crianças abaixo de 12 anos, serão disponibilizadas 2 doses para atender esse público.
Segundo essa estimativa, serão necessárias, no total, 340 milhões de doses para 2022, número que será contemplado pela perspectiva de 354 milhões de doses divulgada por Queiroga.
O secretário-executivo ressaltou que o esquema para 2022 está sujeito a alteração, a depender de mudanças no cenário.
Queiroga fez questão de destacar que o Brasil já não conta mais com vacinas do consórcio global de acesso a imunizantes Covax Facility para 2022, uma vez que o país tem doses suficientes asseguradas e tem havido dificuldades na entrega de vacinas por parte do consórcio.
Presidente culpou a crise energética na China e alertou para o risco de faltar fertilizantes, impactando a produção de alimentos
Por Emilly Behnke
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (7.out.2021) que o risco de desabastecimento no país no próximo ano é “seríssimo”, mas que o governo apresentará solução para o caso. Afirmou que até outubro o governo deve apresentar um programa emergencial de fertilizantes para contornar a eventual falta desses produtos agrícolas. Deu a declaração em transmissão ao vivo nas redes sociais.
“Mais um problema que temos pela frente aqui e esse aqui é seríssimo. Se bem que estamos apresentando solução para o caso aqui. A possível falta de alimento no mundo, a diminuição da oferta de alimentos no mundo”, disse.
Nesta 5ª feira em evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que o país sofreria desabastecimento no ano que vem por causa da falta de fertilizantes vindo da China, que enfrenta crise energética. Sem o suprimento normal de fertilizantes a agricultura brasileira seria afetada.
“O homem do campo sabe o quanto de fertilizante tem que botar por hectare. Não adiante ele botar X – Y que não vai dar certo. Na ponta da linha, não vai ter a produtividade necessária”, afirmou durante a live.
“Como deve faltar fertilizante, por falta de oferta no mercado ele vai plantar menos, se vai plantar menos, vai colher menos. Menos oferta e a procura igual tem aumento de preços”, disse.
Por esse motivo, segundo o presidente, desde março o governo elabora um plano emergencial. “Estamos ultimando um programa de fertilizantes no Brasil que começou em março desse ano”, disse. Segundo ele, o almirante Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos cuida do tema. “Ele [Flávio Rocha] falou que esse comecinho do mês que vem vai ser apresentado um projeto sobre fertilizantes”, disse.
Inflação
Na live desta 5ª feira (7.out), Bolsonaro voltou a dizer que a inflação é um problema generalizado e não apenas do Brasil e de seu governo. Ele repetiu que o Brasil “é um dos países que menos sofreu na economia por causa da pandemia”.
“Quero mostrar para vocês que essa crise é no mundo todo, não é do Brasil”, disse. O presidente apresentou valores de produtos no Brasil e nos Estados Unidos (convertidos em reais), para mostrar a diferença de preços. Mas, não citou a fonte dos preços mencionados.
“Batata R$ 4 no Brasil, R$ 15 nos Estados Unidos. Cebola R$ 0,80 aqui, R$23 lá. Tomate R$ 6, R$ 27 lá. Estão vendo a diferença, pessoal? Reclamando do preço daqui que está alto…. Está alto o preço aqui. Teve inflação? Teve inflação. Aqui não é diferente de vários países da Europa”, disse.
O chefe do executivo afirmou ainda que “tem países que não é nem inflação, é desabastecimento” e que a “a crise do ‘fica em casa’ traduz inflação e falta de alimentos”. Mais cedo, em evento no Planalto, o presidente disse ter pedido para embaixadores brasileiros irem a mercados “mostrar a realidade” de outros países, com inflação e desabastecimento, segundo ele.