Gustavo Bebbiano diz que estado de saúde do candidato é de 'absoluto desconforto'; médicos autorizaram o candidato a participar dos eventos
Com iG São Paulo
O presidente nacional do PSL, Gustavo Bebiano, afirmou durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (18) que o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro não vai participar de debates com Fernando Haddad (PT), seu adversário no segundo turno.
De acordo com Bebiano, o Bolsonaro não vai participar de debates , pois não tem obrigação de comparecer aos eventos promovidos por emissoras de televisão. "Não vai se submeter a uma situação de alto estresse sem nenhum motivo, porque quem discute com poste é bêbado”, afirmou. Além disso, o presidente do PSL argumentou que a colostomia pode causar desconforto ao candidato .
Mais cedo, o médico Antônio Luiz Macêdo, chefe da equipe que operou Bolsonaro, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, liberou o candidato para os debates. O médico disse que o candidato do PSL poderia participar das discussões, desde que durassem, no máximo, 30 minutos, e ele ficasse confortável, de preferência em uma poltrona.
Os médicos afirmaram que há pacientes que, com colostomia, como é o caso de Bolsonaro , ficam fragilizadas e que há pacientes que toleram bem antes de ressaltar que a colostomia é recente e que depende de como o candidato vai se sentir ao ficar muito tempo fora do ambiente domicilar para saber a extensão de suas limitações.
Os médicos explicam que a colostomia é uma procedimento que liga uma parte do intestinto à parede do abdomen para criar um novo trajeto para as fezes e os gases que ficam armazenadas numa bolsa externa. Por fim, a nota emitida pela Hospital Israelita Albert Einstein, explica que após ser submetido à avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, a colostomia permanece como fator limitante relativo.
Desde que foi agredido, em setembro, Bolsonaro não participou de debates, mas concedeu entrevistas a emissoras de rádio e televisão. Antes do primeiro turno, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG), o candidato foi esfaqueado. Por conta da agressão, ficou três semanas internado, inicialmente na Santa Casa de Juiz de Fora e depois no Einstein.
Apesar da liberação dos médicos, a própria campanha do presidenciável do PSL, por sua vez, declarou nos últimos dias que Bolsonaro não vai participar de debates por estratégia.
Se os números se mantiverem assim até o dia 27, assistiremos ao maior massacre eleitoral da nossa democracia
Com Agências
Segundo pesquisa Crusoé/Paraná, divulgada nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro (PSL) tem 60,9% dos votos válidos, contra 39,1% de Fernando Haddad (PT). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Ainda de acordo com o levantamento, 9,4% dos eleitores dizem não votar em nenhum dos dois, enquanto 3,8% afirmam estar indecisos.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas entre 14 e 17 de outubro com 2.080 entrevistas em 162 municípios. O nível de confiança é de 95%. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-04446/2018.
Italiano Cesare Battisti que fazia parte de milícia de extrema-esquerda está refugiado no Brasil desde 2007; candidato do PSL prometeu extradição "imediata"
Com iG São Paulo
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que irá extraditar o ex-terrorista italiano Cesare Battisti , caso seja eleito. Pelo Twitter, o deputado federal escreveu em português e em italiano uma mensagem em que promete fazer a extradição “imediatamente”.
“Como já foi falado, reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti , amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito”, escreveu Bolsonaro.
Em uma postagem anterior, o candidato do PSL agradeceu o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, pelo apoio recebido durante a campanha eleitoral.
"Grato pela consideração de Vossa Excelência, Vice-Primeiro-Ministro italiano! Um forte abraço aqui do Brasil!", escreveu, em resposta a uma mensagem na qual Salvini comemorava os "novos ares" nas eleições brasileiras.
Bolsonaro e Salvini já haviam trocado mensagens após o atentado contra o postulante do PSL, no início de setembro. O ministro do Interior é secretário federal da Liga, hoje a principal força da extrema direita na União Europeia.
Processo de extradição de Cesare Battisti
Battisti foi preso no ano passado em meio à reabertura de seu processo de extradição pelo governo de Michel Temer, a pedido da Itália, que se aproveitou da troca de poder no Planalto para tentar reaver o ex-membro da milícia de extrema esquerda.
Na época, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, havia afirmado que o governo brasileiro quer extraditar o terrorista, alegando "saída suspeita" do País e "quebra de confiança”. O italiano tentava passar pela fronteira do Brasil com a Bolívia, quando foi detido pela Polícia Federal com um valor acima do limite de R$ 10 mil com o qual é possível sair do País sem declarar à Receita. Segundo Jardim, a Itália “nunca abriu mão” da extradição de Battisti.
"Os italianos não perdoam o Brasil por não mandar o Battisti de volta. Para eles, é uma questão de sangue. É um entrave nas relações Brasil-Itália e na relação com a União Europeia como um todo", declarou o ministro.
No entanto, o ministro do STF Luiz Fux decidiu conceder liminar que impede uma eventual extradição do terrorista italiano . A decisão será levada ao plenário da Casa, o que ainda não tem data para acontecer. Também no ano passado, por uma decisão da Justiça, o ex-ativista saiu da prisão .
Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua no país europeu pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando fazia parte de uma milícia de extrema-esquerda. Ele fugiu para o Brasil e foi preso em 2007. O STF chegou a autorizar a extradição do italiano, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitiu que ele ficasse morando no País.
Fala foi em evento que seria para apoiar Haddad causou desconforto entre petistas
Com Estadão Conteúdo
O senador eleito pelo Ceará Cid Gomes (PDT) se envolveu em uma discussão com apoiadores do PT durante ato a favor ao candidato da sigla à Presidência, Fernando Haddad, na noite desta segunda-feira, 15, em Fortaleza.
Em vídeo que circula nas redes sociais, Cid faz elogios a Haddad, mas cobrou que o PT faça um mea culpa para conquistar o apoio do eleitorado. "Tem de pedir desculpas, tem de ter humildade, e reconhecer que fizeram muita besteira", disse o senador eleito, sendo interrompido por pessoas da plateia. "É sim, é? Pois tu vai perder a eleição. Não admitir um mea culpa, não admitir os erros que cometeu, isso é para perder a eleição e é bem feito. É bem feito perder a eleição", afirmou.
Daí em diante, a fala de Cid foi interrompida por vaias e por algumas palmas da plateia. Depois de dizer que "estas figuras criaram (Jair) Bolsonaro", o senador desabafou: "Não sei por que me pediram para falar antes. É para fazer faz de conta? Eu faço faz de conta."
Cid, então, foi interrompido pelo coro "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula" da plateia. "Lula o quê? Lula tá preso, ô babaca. O Lula tá preso. O Lula tá preso. E vai fazer o quê? Babaca, babaca. Isso é o PT. E o PT deste jeito merece perder. Babaca, vai perder a eleição. É este sentimento que vai perder a eleição", reagiu.
Instantes depois, Cid disse que o partido dele "compreendeu" o momento político e apoiou o governador Camilo Santana (PT), eleito em 2014 e reeleito em primeiro turno. Ele criticou ainda o apoio de Lula ao senador derrotado Eunício Oliveira (MDB). "Muito bem, amigos e amigas que me têm atenção, vamos relevar, mais uma vez, vamos relevar", afirmou.
A fala de Cid ocorre em um momento em que a campanha petista busca uma maior aproximação com o PDT, cujo candidato Ciro Gomes, irmão do senador eleito, obteve 13,3 milhões de votos. O partido se limitou até agora a fazer um "apoio crítico" a Haddad.
Na manhã desta segunda-feira, Haddad disse que o PT procuraria o partido dos irmãos Gomes para alinhar um apoio mais claro a ele. Procurado pelo Broadcast Político, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, negou a aproximação e reafirmou que o partido pretende lançar já no fim do mês o nome de Ciro Gomes para a corrida ao Planalto de 2022. Ciro, por sua vez, segue em viagem de férias no exterior.
Candidato do PSL está 18 pontos percentuais à frente do adversário petista
Com iG
A primeira pesquisa Ibope para o segundo turno divulgada nesta segunda-feira (15) indica Jair Bolsonaro (PSL), com 18 pontos percentuais de vantagem nas intenções de voto das eleições presidenciais diante de Fernando Haddad, do PT.
O candidato do PSL aparece com 59% enquanto o petista tem 41% dos votos válidos, de acordo com o levantamento. Essa é a primeira pesquisa Ibope para o segundo turno das eleições 2018.
No cálculo de votos válidos, são excluídos os brancos, nulos e indecisos. E é essa a conta que a Justiça Eleitoral faz para divulgar o resultado das eleições. Nos votos totais, Bolsonaro segue na frente, com 52%. Haddad tem 37%. Brancos e nulos somam 9% e 2% não soube ou não quis responder. No primeiro turno, Bolsonaro teve 46% dos votos válidos e Haddad, 29%.
No levantamento para o segundo turno, o Ibope procurou medir o potencial de voto de cada um dos concorrentes. Após citar os nomes de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, os entrevistadores perguntaram aos eleitores se votariam em cada um com certeza, se poderiam votar ou se não votariam de jeito nenhum.
Bolsonaro é o que tem mais simpatizantes convictos do voto: 41% votariam nele com certeza, e 35% não votariam de jeito nenhum. Fernando Haddad é o que tem a maior rejeição: 47% não o escolheriam em nenhuma hipótese, e 28% manifestam votar com certeza no candidato.
Os eleitores que poderiam votar no candidato do PSL somam 11%. No levantamento, 11% disseram não o conhecer o suficiente para opinar e 2% responderam não saber se votariam em Bolsonaro.
Em relação a Haddad, o porcentual de entrevistados que "poderiam votar" no presidenciável petista é de 11%. Entre os entrevistados, 12% das pessoas afirmam que não o conhecem o suficiente para opinar e 2% dos eleitores se dizem indecisos sobre um voto no petista.
A pesquisa Ibope foi encomendada pelo jornal "Estado de S. Paulo" e a TV Globo. O instituto ouviu 2.506 eleitores em 176 municípios, entre sábado (13) e domingo (14). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01112/2018.