O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira denúncia contra o candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, e o tornou réu em uma ação de improbidade administrativa, informou o Ministério Público estadual paulista.
Com iG São Paulo
A ação apura supostas irregularidades nas obras de uma ciclovia no período em que o petista era prefeito de São Paulo.
Candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, deixa sede da Polícia Federal em Curitiba© REUTERS/Rodolfo Buhrer Candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, deixa sede da Polícia Federal em Curitiba
Haddad é apontado como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso o petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, seja impedido de disputar a eleição por conta da Lei da Ficha Limpa.
Lula está preso desde abril em Curitiba cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Haddad tem viajado o país em campanha e atuado como porta-voz e representante de Lula.
Em nota, a assessoria de imprensa do ex-prefeito afirma que o despacho do juiz Kenishi Koyama, que aceitou a denúncia, afasta a possibilidade de dolo de Haddad.
"O ex-prefeito Fernando Haddad diz que o próprio juiz Kenishi Koyama em seu despacho cita as medidas tomadas pelo prefeito no âmbito da Controladoria-Geral do Município, por ele criada, como argumento para afastar qualquer culpa ou dolo. Diz o juiz: 'A criação da CGM dá sinais de que o mandatário não tinha qualquer intento ilegal'”, afirma a nota.
Ações de improbidade administrativa correm na área civil, não na área criminal. Não há pena de prisão prevista para condenados por improbidade. Entre as penas previstas estão a perda dos direitos políticos e o pagamento de multa.
Nova pesquisa do Ibope aponta cenários opostos para o PT. Enquanto o primeiro quadro traz Lula na liderança com ampla vantagem sobre Bolsonaro, no segundo, Haddad aparece com apenas 4% das intenções de voto
Com Agências
Além dos números da CNT/MDA, o Ibope também apresentou uma nova pesquisa nesta segunda-feira (20) para a corrida presidencial. Porém, neste caso, com dois cenários. O primeiro com todos os candidatos registrados oficialmente no TSE. O segundo considerando a impugnação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - condenado em segunda instância pela Justiça Brasileira. Neste cenário, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é listado como substituto.
O primeiro quadro traz basicamente o mesmo resultado da CNT/MDA, onde Lula segue na liderança com ampla vantagem sobre o segundo colocado. O petista tem 37% contra 18% de Jair Bolsonaro (PSL). Abaixo dos dois, um bloco com quatro candidatos tecnicamente empatados: Marina Silva (Rede) com 6%, Ciro Gomes (PDT) com 5%, Geraldo Alckmin (PSDB) também 5% e Álvaro Dias (Podemos) com 3%. Eymael (DC), Guilherme Boulos (PSol), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) alcançam 1%.
Já no cenário sem Lula, fica evidente que a transferência de votos para Fernando Haddad ainda não foi assimilada pela maior parte dos eleitores do ex-presidente. Haddad aparece com apenas 4% das intenções de voto, na 5ª posição. A liderança é assumida por Jair Bolsonaro com 20%. Chama a atenção o crescimento de Marina Silva, que dobra seu índice de intenção de votos e chega a 12%, seguida de perto por Ciro Gomes com 9% e Geraldo Alckmin com 7%. Os demais candidatos não apresentam alteração em seus números.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de São Paulo. A margem é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ibope/Estadão/TV Globo: Marina, Bolsonaro e Ciro empatam no Nordeste
Em um cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela Presidência, os candidatos Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) empatam tecnicamente na preferência do eleitorado do Nordeste, mostra pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada nesta segunda-feira, 20. Nas demais regiões do País, o candidato do PSL lidera o cenário de forma isolada.
No Nordeste, 17% declaram votar em Marina Silva no cenário sem Lula. Entre os eleitores, 14% dizem ter preferência por Ciro Gomes e 13% declaram voto em Bolsonaro. Considerando a margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais, os três presidenciáveis estão tecnicamente empatados na região.
Fernando Haddad, candidato a vice e possível substituto de Lula na eleição, tem 5% das intenções de voto no Nordeste. O ex-presidente por sua vez, quando é apresentado como candidato, registra 60% da preferência do eleitorado na região. Geraldo Alckmin (PSDB) tem 4% das declarações de voto no cenário sem Lula.
No Sudeste, Jair Bolsonaro lidera a pesquisa com 21% das intenções de voto quando o candidato do PT é Fernando Haddad. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, registra 11% na região que integra o Estado em que foi governador, empatado com Marina Silva, que também tem 11%. Ciro Gomes aparece na sequência, preferido por 7% do eleitorado do Sudeste. Haddad tem 4% no cenário.
Na região Sul, Jair Bolsonaro é citado como destinatário do voto de 20% dos eleitores, seguido por Alvaro Dias (Podemos), com 12%. Na sequência, estão Ciro Gomes (8%), Marina (8%) e Haddad (3%).
Nas regiões Norte e Centro-Oeste , 30% declaram voto em Bolsonaro, enquanto que 15% dizem preferir Marina Silva. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin aparecem com 5%, enquanto Haddad é citado por 1% do eleitorado nas duas regiões somadas.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios de 17 a 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, considerando um intervalo de confiança de 95%. O levantamento está registrado no TSE sob o número BR-01665/2018.
Apenas este ano, a Polícia Federal já fez várias operações de combate à corrupção no Tocantins
Por Edson Rodrigues
Nas eleições suplementares, durante o governo Mauro Carlesse, indícios levaram agentes ao Palácio Araguaia, às secretarias da Fazenda e de Administração e na RedeSat, com busca e apreensão de documentos e computadores, por ordem judicial. A suspeita era de uso da máquina estatal e de servidores públicos em benefício da candidatura à reeleição do próprio Carlesse, que acabou reeleito com 75% dos votos válidos.
Até hoje a ação não foi julgada e outra campanha eleitoral se iniciou, mesmo tendo sido alardeado pela Justiça que, pelo menos, o julgamento preliminar seria feito até o dia 15 de agosto.
Agora, nos resta aguardar que este julgamento não passe do dia oito de setembro...
CÂMARA E JUSTIÇA SOB SUSPEITA
Depois dessa ação “palaciana”, tivemos a operação da Polícia Civil do Estado, também com busca e apreensão de documentos e computadores na Câmara Municipal de Palmas e a prisão de vereadores, entre eles, do presidente da casa de Leis, José do Lago Folha Filho.
A operação foi deflagrada por suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção e emissão de notas fiscais “frias”, envolvendo também a secretaria de Governo do ex-prefeito Carlos Amastha, apesar do nome do colombiano não estar entre os investigados.
Completando a plêiade de intervenções da Justiça sobre os Poderes constituídos do Tocantins, tivemos a ingrata notícia da operação no Tribunal de Justiça e na casa do seu ex-presidente, desembargador Ronaldo Eurípedes, suspeito de venda de sentenças.
Infelizmente a Polícia Federal agindo sobre nosso Tribunal de Justiça não é novidade, pois o Tocantins já teve quatro desembargadores aposentados compulsoriamente por irregularidades cometidas no exercício do cargo.
Essa parceria incoerente entre a Polícia Federal e o que deveria ser o tribunal de Justiça do Tocantins ofusca o poder judiciário e o coloca em xeque em relação á credibilidade diante da população.
FICHAS SUJAS
Enquanto isso o Ministério Público Eleitoral Federal vem servindo de bússola no desempenho do seu papel institucional, sendo vigilante e rigoroso na análise dos pedidos de registro de candidaturas para as eleições de outubro próximo, mantendo os candidatos “ficha suja” longe das urnas.
O número de registros negados e os nomes desses audaciosos postulantes a cargos eletivos, além dos que estão em pleno decurso de processos, são investigados ou réus, que tentarão, mais uma vez iludir os eleitores, tudo isso será publicada em matéria que está em produção pelo O Paralelo 13, que, cumprindo seu papel de imprensa livre e imparcial, estará divulgando quem são e a quais crimes estão relacionados, além das fases em que se encontram seus processos.
Enquanto isso, outras operações podem acontecer, a qualquer momento, tanto pela Polícia Federal quanto pela Polícia Civil e, mais e mais nomes podem passar a constar na lista dos audaciosos, na lista dos que tentam, mesmo tendo seus nomes ligados à investigações, passar por cima da inteligência do povo tocantinense e continuar com as portas abertas para o enriquecimento ilícito e para o exercício do poder em benefício próprio.
A esses e a outros que pretendem tentar o “se colar, colou” pra cima do eleitorado tocantinense, estaremos alertas e operantes para dotarmos o nosso povo das informações necessárias para a formulação de um voto consciente e significativo.
Estamos de olho!
Istoé aborda o poder das mulheres nas eleições, enquanto Veja revela o economista de Bolsonaro e Época trata da ruína da EBC
ISTOÉ
A eleição das mulheres
Em nenhum outro momento da história brasileira a participação feminina no processo de escolha de um presidente da República foi tão decisiva. Maioria do eleitorado, elas definirão quem será o próximo ocupante do Planalto. E, pela primeira vez, nunca foi tão grande o número de candidatas a vice.
Integrante do Parlamento Inglês e liberal empedernido, John Stuart Mill tornou-se o primeiro político a defender, no longínquo ano de 1860, o direito da mulher ao voto. Mas à época, por razões sobejamente conhecidas hoje, não conseguiu superar uma maioria resistente: uma petição de sua autoria foi derrotada por 194 a 73 — um massacre. O principal argumento contrário ao voto de mulheres era de que as casadas não expressariam uma voz diferente da de seus maridos, o que geraria duplicidade de votos. Hoje, dois séculos depois do debate suscitado por Mill e 72 anos após a Constituição brasileira garantir a obrigatoriedade plena do voto para as mulheres nos mesmos termos exigidos aos homens, o cenário é diametralmente oposto: são elas que exercem influência direta sobre as escolhas dos maridos e da família. Daí o poder das mulheres nas eleições deste ano. Não por acaso, dos 13 aspirantes ao Planalto, cinco escolheram mulheres como vices na chapa. O objetivo não é outro senão tornar o candidato à Presidência mais palatável ao eleitorado feminino, hoje majoritário — 52,5% do total de eleitores. Dos 147,3 milhões de cidadãos aptos a votar nas próximas eleições, 77,3 milhões são mulheres.
VEJA
Ele pode ser presidente do Brasil
O primeiro encontro entre o capitão da reserva Jair Bolsonaro e o economista Paulo Guedes se deu em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio, durou mais de cinco horas e terminou com uma espécie de declaração de amor do segundo para o primeiro. “Ele disse que havia sido sondado por todos os governos desde Delfim Netto, mas que só agora via a possibilidade de um casamento entre a ordem, representada por Bolsonaro, e o progresso, representado por ele mesmo”, conta Beatriz Kicis, presidente do Instituto Resgata Brasil e uma das intermediadoras do contato. O encontro ocorreu em 13 de novembro de 2017. Desde então, “ordem” e “progresso” conversam todos os dias e, em público, são só elogios um para o outro. Guedes diz que Bolsonaro é “um cara de princípios”. Bolsonaro, por sua vez, diz que Guedes é seu “Posto Ipiranga”, em alusão ao comercial de TV, à sua confessa ignorância sobre economia e à suposta irrestrita confiança que deposita no conselheiro. O fato de terem saído de ambientes tão díspares, porém, chama atenção — como fica claro nas já demonstradas e gritantes diferenças de ponto de vista entre o agora candidato à Presidência da República pelo PSL e seu agora principal assessor econômico e possível ministro da Economia em caso de vitória.
ÉPOCA
O mico da TV Pública
A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) nasceu em outubro de 2007, durante o segundo mandato do governo Lula, com a proposta de ser a BBC brasileira: uma emissora de comunicação pública, que não se pauta por interesses comerciais e almeja ser algo além de mera porta-voz do governo federal. Hierarquicamente, foi criada abaixo da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, cujo chefe na época, Franklin Martins, tinha interesse estratégico em criar um concorrente à grande mídia, vista como hostil aos petistas.
Mais de uma década depois, a estatal consumiu R$ 6,37 bilhões dos cofres públicos em valores correntes, segundo levantamento exclusivo de ÉPOCA com base em dados do Ministério do Planejamento. Mesmo com esse aporte, a EBC está sufocada com gastos fixos com pessoal e custeio de seus prédios, sem margem para investimentos.
Soma-se a isso uma inexplicada explosão de atestados médicos de funcionários, que somaram 3.061 de janeiro a julho deste ano, sendo que o quadro de servidores é composto de 2.307 pessoas.
Dos presidenciáveis, Geraldo Alckmin (PSDB) se pronunciou favoravelmente ao fechamento da empresa, embora tenha mantido a TV Cultura, emissora pública paulista. A mesma ideia volta a ser ventilada dentro do governo federal como solução para a estatal, numa retomada de um plano que chegou a ser discutido no Palácio do Planalto quando Michel Temer assumiu o lugar de Dilma Rousseff após o impeachment. Na ocasião, o principal objetivo era acabar com a TV Brasil, que, pela baixa audiência,ficou conhecida como “TV Traço”.
Com Estadão Conteúdo
o ex-ministro da Fazenda e candidato do governo a presidente da República, Henrique Meirelles (MDB), rebateu neste sábado, 18, as afirmações do seu adversário e ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) de que a tentativa do MDB de barrar na Justiça a chapa tucana ao Planalto é “tapetão puro”.
“O governador deve aprender a respeitar a lei. Fazer as coisas e exigir que todos sigam as leis não é tapetão. Isso não é jogada de tapetão, você tem de respeitar a Justiça brasileira e a lei”, disse Meirelles durante visita à Festa do Peão de Barretos (SP).
Meirelles afirmou que o questionamento feito pelo partido foi sobre supostas irregularidades em procedimentos de alguns dos partidos que o apoiaram e compete ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir. “Qualquer que seja a decisão nós vamos respeitar. Se ele estiver correto, que mostre ao tribunal. Se estiver errado, vai desfazer a coligação”, afirmou o ex-ministro.
Antes de ser questionado sobre o tema polêmico, Meirelles foi indagado sobre quem apoiaria ou não em um segundo turno nas eleições deste ano. Ele disse que irá disputar o segundo turno após se tornar mais conhecido do eleitorado e crescer nas pesquisas e que espera o apoio de Alckmin, entre outros. “Isso vai ser uma decisão de cada candidato, mas existem os que a gente tem uma proximidade de pensamento”, afirmou. Além de Alckmin, Meirelles citou os nomes de João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos) .