A presidente Dilma Rousseff deve indicar o nome da senadora do Tocantins Kátia Abreu, reeleita pelo PMDB ao Ministério da Agricultura nos próximos dias.
Em entrevista ao O Paralelo 13, o ex-presidente da Conorte - Comissão de Estudos dos Problemas do Norte, José Carlos Leitão falou sobre a importância de tal ato para o Tocantins.
Segundo ele, Kátia Abreu foi uma escolha pessoal da Presidente para assumir o Ministério. Nos últimos anos, a mídia noticiou por diversas vezes o relacionamento pessoal entre ambas.
No caso do Tocantins, Estado no qual a Senadora representa, Leitão afirmou ser um fator de orgulho para o Estado e ainda a Região Norte. Um cargo desta envergadura gerido por um político tocantinense é de suma importância.
“Kátia assumirá no País uma Pasta de grande relevância tendo em vista que o Brasil destaca-se no cenário mundial pela qualidade agropecuária”. O ex-presidente da Conorte salientou sobre a arrecadação do PIB – Produto Interno Bruto que hoje maior parte é vinda deste setor e frisou que nos últimos anos, seja na política, como empresária, Kátia Abreu demonstrou por diversas vezes estar preparada para a missão.
Kátia na agricultura
Depois de inúmeras especulações e a confirmação do convite feito pela Presidente a Senadora, o tocantinense já começou a acreditar em um Estado com maior investimento e infraestrutura.
Na vida pública há anos, ocupando cargos eletivos, a empresária Kátia Abreu destaca-se principalmente por seus projetos e ações voltadas para o agronegócio.
Como Ministra da Agricultura, Abreu será o primeiro político tocantinense em cargo no alto escalão do governo federal. Tal fator fará com que o Tocantins ganhe visibilidade no cenário nacional, o que auxiliará no desenvolvimento do agronegócio, e em diversos outros setores. Isso seria positivo para o Tocantins e conseqüentemente Brasil.
Para José Carlos Leitão “o dia que Kátia Abreu assumir o Ministério da Agricultura será um marco histórico para o nosso Estado, uma vez que ter mais um representante do Tocantins no Brasil nos credibiliza ainda mais”.
Lembrando que diversos projetos serão retomados no Tocantins. Programas estes que contribuirão com o desenvolvimento do Estado, além de proporcionar melhores condições de vida a população.
Rio Formoso, Manuel Alves e São João
Ao O Paralelo 13, relembrou que o projeto Rio Formoso, localizado no município de Formoso do Araguaia é um dos mais antigos no Estado. Construído em 1979, quando Tocantins ainda era Goiás.
Na época, o objetivo era implantar um sistema de irrigação do tipo inundação para cultivo de arroz irrigado no período chuvoso, e subirrigação para soja, milho, feijão e melancia no período seco.
“Depois de tantos anos de implantação e o não funcionamento, a infraestrutura se deteriorou e certamente passará por uma revitalização”, explicou Leitão que falou ainda dos projetos São João, iniciado em 2001 em Porto Nacional, e do Projeto Manuel Alves, localizado nos municípios de Dianópolis e Porto Alegre do Tocantins.
Potencial
O Tocantins é considerado no Brasil como o novo pólo agrícola, com potenciais nas mais diversas áreas como fruticultura, silvicultura, piscicultura, pecuária. Atualmente possui mais de quatro milhões de hectares para serem irrigados, sendo um milhão na região de várzeas, o que atrai empresários e investidores nacionais e internacionais.
Tudo que se propõe cultivar tem mercado, sendo que pode ser consumido no Tocantins, ou até mesmo exportado para outras regiões do País.
Baseado nisto é necessário que o governo do Estado em parceria com a Ministério da Agricultura incentivem para que empresários invistam no Tocantins, com isso teria um menor índice de desemprego, além do aumento da economia.
Vida Pública
Natural de Goiânia (GO), Kátia Regina de Abreu é graduada em Psicologia. Empresária, destacou-se entre os produtores tocantinenses o que a projetou a presidente do Sindicato Rural de Gurupi. Foi eleita Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado e ocupou o cargo de 1995 a 2005.
Em 1998 disputou uma vaga para deputada federal, onde ficou como primeira suplente. Em 2002 foi efetivamente eleita como a deputada federal mais bem votada no Tocantins. Em 2006 concorreu ao senado, e em 2014 foi reeleita para um mandato de mais oito anos.
Em novembro de 2008 foi eleita presidente da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, cargo que ocupará até 2017.
Quem assume?
Com a confirmação da senadora eleita como Ministra da Agricultura, o administrador, militante do PT desde a juventude Donizeti Nogueira assumiria o cargo no Senado. Donizeti do PT como é conhecido é o primeiro suplente ao Senado de Kátia Abreu, e o Bispo Guaracy do PSD, segundo.
NO APAGAR DAS LUZES DA LEGISLATURA, DEPUTADOS E SENADORES ARTICULAM AUMENTO PARA ELES MESMOS. SAIBA A FORTUNA QUE NOS CUSTAM.
Deputados federais e senadores começaram a articular um reajuste salarial para 2015, pegando carona no projeto enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para reajustar os vencimentos dos seus ministros para R$ 35,9 mil mensais. Atualmente, os parlamentares recebem o mesmo que os ministros do STF, R$ 26,7 mil, valor máximo permitido pela Constituição para remunerar servidores públicos.
O quarto secretário da Câmara, deputado Antonio Carlos Biffi (PT-MS), é um dos mais afoitos articuladores do auto-aumento. Ele informou que a Mesa Diretora da Câmara tratará do assunto nas próximas semanas para que o aumento passe a valer já a partir de 2015.
O relator do orçamento 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse não ter informações sobre a possibilidade de reajuste. Mas não é verdade, ele sabe, sim, mas decidiu manter-se calado para não ampliar o próprio desgaste, na semana em que deu a cara para defender o indefensável: a revogação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), um dos mais duros golpes no que resta de credibilidade ao Brasil no mercado internacional.
Ao contrário dos ministros do STF, que apenas recebem seus vencimentos líquidos mensais, os deputados federais e senadores recebem uma verdadeira fortuna, por meio de remunerações indiretas, privilégios e regalias.
O QUE RECEBE CADA SENADOR
Subsídio mensal
R$ 26.512,09. Além dos 12 salários por ano e do 13º, cada senador recebe o mesmo valor no início e no final de cada sessão legislativa, ou seja, 14º e 15º salários.
Funcionários
Cada gabinete tem direito à contratação de 11 profissionais, sendo seis assessores parlamentares e cinco secretários parlamentares.
Um assessor parlamentar ganha R$ 8 mil brutos e um secretário, 85% desse valor.
Verba Indenizatória
R$ 15 mil. Recursos para uso em gastos nos estados, com aluguel, gasolina, alimentação.
Auxílio-moradia
R$ 3.800. Têm direito os senadores que não moram em apartamentos funcionais. o em Brasília.
Cota postal
A cota postal varia segundo o número de eleitores do estado. O senador do estado menos populoso (AP), em termos de número de eleitores, tem direito a uma cota de R$ 4 mil/mês. Um senador do estado mais populoso (SP) tem direito a usar até R$ 60 mil/mês. O pagamento da postagem é feito diretamente pelo Senado aos Correios, mediante comprovação da postagem, não havendo repasse de recursos.
Cota telefônica
Cada senador tem direito a R$ 500 mensais.
Passagens aéreas
Verba variável, dependendo do estado pelo qual o senador foi eleito. O valor mínimo é de R$ 4,3 mil (para os eleitos pelo Distrito Federal) e máximo de R$ 16 mil, para os do Acre.
Combustível
Todo senador tem direito a 25 litros de combustível por dia.
Gráfica
Cada senador tem direito a uma cota de serviços gráficos, na Gráfica do Senado, para material estritamente relativo à atividade parlamentar, de R$ 8.500 por ano.
Jornais e revistas
Nos dias úteis, cada senador recebe cinco publicações, entre jornais e revistas.
O QUE RECEBE CADA DEPUTADO FEDERAL:
Subsídio mensal
R$ 26.500. Além dos 12 salários por ano e do 13º, cada deputado recebe o mesmo valor no início e no final de cada sessão legislativa, ou seja, 14º e 15º salários.
Verba de gabinete
R$ 60 mil, Verba destinada ao pagamento dos funcionários de gabinete. Cada deputado tem direito a empregar de 5 a 25 pessoas em seu gabinete, mas com salários que não ultrapassem o somatório da verba e que não sejam inferiores ao mínimo.
Verba indenizatória
R$ 15 mil. Recursos para uso em gastos nos estados, com aluguel, gasolina, alimentação.
Auxílio-moradia
R$ 3 mil. Têm direito os deputados que não moram em apartamentos funcionais.
Cota postal e telefônica
R$ 4.2687,55 para deputados, e R$ 5.513,09 para líderes e vice-líderes da Câmara, presidentes e vice-presidentes de comissões permanentes da Casa. A cota é mensal, mas, se não utilizada naquele mês, acumula para o seguinte.
Passagens aéreas
Verba variável, dependendo do estado pelo qual o deputado foi eleito. O valor mínimo é de R$ 4,3 mil (para os deputados eleitos pelo Distrito Federal) e máximo de R$ 16 mil, para os do Acre.
Gráfica
Cota de R$ 6 mil.
Jornais e revistas
Nos dias úteis, cada deputado recebe cinco publicações, entre jornais e revistas.
"Veja" afirma que Dilma recebeu e-mail de Paulo Roberto Costa em 2009, quando era ministra da Casa Civil d o presidente Lula
A revista Veja que chegou neste sábado às bancas traz reportagem de capa que afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi avisada sobre irregularidades em contratos da Petrobras. De acordo com a publicação, o aviso teria sido feito em 2009 – quando Dilma era ministra da Casa Civil do governo Lula – por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, que foi preso pela Operação Lava Jato e cumpre prisão domiciliar.
“Foi com a atenção aguçada de quem cuida dos próprios interesses e dos seus sócios que, em 29 de setembro de 2009, Paulo Roberto Costa decidiu agir para impedir que secassem as principais fontes de dinheiro do esquema que ele comandava na Petrobras. Costa sentou-se diante de seu computador no 19º andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, abriu o programa de e-mail e pôs-se a compor uma mensagem que começava assim: ‘Senhora ministra Dilma Vana Rousseff...’”, diz o texto.
De acordo com a Veja, as mensagens foram encontradas pela Polícia Federal em computadores do Palácio do Planalto. A versão online da reportagem não reproduz outros trechos do e-mail, mas afirma que a intenção da mensagem era advertir o Planalto de que, “por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo”, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso Nacional a paralisação de três obras da Petrobras: construção e modernização das refinarias Abreu e Lima (PE) e Getúlio Vargas (PR) e do terminal do porto de Barra do Riacho (ES).
“Assim, como quem não quer nada, mas querendo, Paulo Roberto Costa, na mensagem à senhora ministra Dilma Vana Rousseff, lembra que no ano de 2007 houve solução política para contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional”, diz a reportagem.
A revista afirma ainda que o envio do e-mail caracteriza-se como “atitude inusitada” e “ousadia” de Costa, já que não é comum que diretores de estatais entrem em contato direto com a chefe da Casa Civil. A reportagem diz, ainda, que Costa era conhecido como “controlador e centralizador compulsivo”.
Com informações do Terra e Veja
Delator Paulo Roberto Costa acusa líder petista de ter recebido R$ 1 milhão em propina. Até agora, são 70 políticos citados Por Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento à Justiça que o líder do PT no Senado, o pernambucano Humberto Costa, recebeu R$ 1 milhão do esquema de fraudes envolvendo a estatal, informa a edição deste domingo (23) de O Estado de S. Paulo, que está nas bancas.
Segundo o jornal, a citação foi feita em depoimento sigiloso que integra a delação premiada assinada pelo ex-diretor, por meio da qual ele espera ter sua pena reduzida.
O jornal afirma que, segundo Paulo Roberto, o dinheiro a Costa foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra).
Paulo Roberto teria dito que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP. Segundo o jornal, o ex-diretor não soube informar como ocorreu o repasse do dinheiro, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento.
Procurado pela reportagem, o líder do PT classificou de totalmente fantasiosa a acusação de que teria recebido R$ 1 milhão do esquema.
Ele disse que não tem qualquer relação com algum integrante do PP que pudesse intermediar alguma arrecadação para ele. "Essa (acusação) é totalmente fantasiosa. Como o PP mandou passar uma cota? Não tenho relação com ninguém do PP. A matéria não diz se é uma doação oficial, quem levou, de onde saiu."
Costa afirmou que deve divulgar uma nota à imprensa neste domingo rebatendo pontos da reportagem. O senador disse que recebeu, na campanha de 2010, R$ 150 mil em doações feitas pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, de quem é amigo desde a adolescência.
Mário Beltrão, segundo O Estado, chamou as acusações de leviandades e negou ter pedido dinheiro à campanha para o ex-diretor da Petrobras.
Alguns nomes de uma lista de parlamentares que teriam sido beneficiados do esquema de corrupção na Petrobras vieram à tona. Entre eles, estaria a ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), já morto. Gleisi negou as acusações.
A reportagem tentou falar com Mário Beltrão mas não obteve retorno.
Citados
O dinheiro desviado, segundo ele, irrigava as contas de governadores, Paulo Roberto deu o nome de 12 senadores e 49 deputados federais. Os envolvidos seriam de três partidos. Segundo o ex-diretor, os políticos receberiam 3% do valor dos contratos da Petrobras na época em que ele ocupava a direção de distribuição da estatal.
Entre os políticos estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR). No grupo de deputados, a revista destaca figuras como o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), integrante da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro que teria sido citado por Paulo Roberto como destinatário da propina. “Todo dia tinha político batendo na minha porta”, afirmou Paulo Roberto Costa na delação premiada, com a intenção de dar a dimensão do estreito relacionamento com grandes empreiteiras e parlamentares de diversos matizes.
Estadão conteúdo
Os recados transmitidos a Dilma carregam apelos do tipo ''quem foi para rua lutar por sua eleição não foi Kátia Abreu'' e MST invade fazenda no Rio Grande do Sul.
A presidente Dilma Rousseff recebeu pedidos da esquerda do PT e de representantes dos movimentos sociais para recuar no convite feito à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para que assuma o Ministério da Agricultura e pode realmente desistir da escolha. Os recados transmitidos a Dilma carregam apelos do tipo "quem foi para rua lutar por sua eleição não foi Kátia Abreu".
Oriunda do DEM, quando fez forte oposição ao governo do PT, Kátia Abreu se transferiu para o PSD de Gilberto Kassab e, depois, para o PMDB. Mas entre os peemedebistas ela ainda é vista como uma estranha no partido e os principais dirigentes da legenda não apoiam a sua indicação. De acordo com informação de um peemedebista, o partido não ficará nem um pouco chateado se Dilma desistir do convite à senadora.