Neste último dia 29 a oposição deixou claro que está pronta para o confronto com o Palácio Araguaia e seus aliados.  A gota d’água para fazer transbordar os limites da convivência política veio após a líder da bancada no Congresso Nacional, senadora Kátia Abreu, protocolar em Brasília, junto à procuradoria Geral da República, uma denúncia contra o governador Mauro Carlesse

 

Por Edson Rodrigues

 

Na denúncia, a senadora alega que a bancada federal do Tocantins apresentou emenda impositiva à Lei Orçamentária, no valor de R$ 68.250.000,00, para a compra de maquinários e equipamentos para os 139 municípios, recomendando a aquisição de dois equipamentos para cada município, e que, ontem, em cerimônia que contou com a presença do Ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, foram entregues, simbolicamente apenas uma máquina para 59 municípios e duas para 80 municípios, revelando, segundo a senadora, “explícita intenção política ao deixar 59 municípios sem receber o segundo equipamento”.

 

ESCOLHENDO OS LADOS

Essa representação, assinada pela maioria dos membros da bancada no Congresso Nacional já é o primeiro ato da sucessão estadual em 2022, dividindo, em lados diferentes e claros, quem é oposição e quem é governista.

 

Segundo a senadora Kátia Abreu na iniciativa da representação contra o governo, o senador Irajá Abreu, os deputados federais Thiago Dimas, Vicentinho Jr., Dulce Miranda e Professora Dorinha, embora alguns membros da bancada estejam contestando a iniciativa, alegando, inclusive, que não outorgaram á senadora o direito de falar em nome deles e que a denúncia seria “vazia, sem fundamentos comprobatórios”

 

Mas, vale ressaltar que é preciso que a denúncia contida na representação seja apurada para se averiguar se foi apenas denuncismo ou se é um fato comprovado.

 

SUCESSÃO MUNICIPAL

Esse movimento da senadora Kátia Abreu abre os trabalhos para a sucessão estadual em 2022 e insere, definitivamente, a sucessão municipal deste ano como elemento principal pela disputa do poder.

 

 

É importante que todo governo tenha uma oposição forte e atuante na fiscalização dos seus atos e essa representação de Kátia Abreu significa o fim da “zona de conforto” para ambos os lados, tanto para o governo do Estado quanto para a oposição, que não deixará de receber “respostas à altura” por parte do governo, a cada ação contundente.E a briga promete ser mais longa e mais profunda que o esperado, por conta da possibilidade do adiamento das eleições municipais, aprovada duas vezes no Senado e em tramitação na Câmara Federal.

 

Kátia Abreu, como coordenadora da bancada federal no Congresso Nacional, atua utilizando toda a experiência adquirida em sua vida pública, como deputada federal, senadora, ministra da Agricultura e com toda a visibilidade que tem junto á imprensa nacional, por quem é vista como uma das maiores lideranças, sempre levando em conta que seu mandato termina em 2022.

 

É óbvio que Kátia disputará um cargo eletivo em 2022, a depender do quadro político à época, podendo ser candidata á reeleição, à governadora ou à deputada federal.

 

O único problema que se impões à Kátia é a desunião característica da oposição tocantinense, onde o pensamento “se a farinha é pouca, meu angu primeiro” é predominante entre seus membros.

 

Grande parte dos membros dos partidos oposicionistas está de olho apenas no próprio umbigo, e age de forma totalmente independente, “furando os olhos” uns dos outros. Um grande exemplo disso são as eleições municipais deste ano, em que nos 12 principais colégios eleitorais tocantinenses há vários candidatos a prefeito “representando” a oposição e apenas um candidato governista, demonstrando a fragilidade e a falta de bom senso e inteligência.

 

Em Palmas, por exemplo, a oposição tem seis pré-candidatos á prefeitura e a maioria dessas candidaturas irá se desidratar, se digladiando entre si.

 

PALÁCIO ARAGUAIA

 

Enquanto isso, no Palácio Araguaia, o clima é de “céu de brigadeiro”, pois a representação apresentada por Kátia Abreu contra o governo serviu como “cola” para aumentar a adesão dos aliados do governo do Estado.

 

Até agora, Mauro Carlesse vinha tocando seu governo de forma equilibrada, deixando a sucessão municipal em segundo plano, cuidando do enfrentamento á pandemia de coronavírus, recuperando as rodovias já pavimentadas, mantendo o equilíbrio  financeiro e o pagamento dos servidores em dia, buscando mais recursos nas instituições financiadoras, para serem aplicados em infraestrutura, Saúde, Educação e segurança Pública.

 

Mas, ao que tudo indica, a denúncia de Kátia Abreu provocou uma reviravolta nesse comportamento, e Mauro Carlesse, pego de surpresa, pode estar armando o “troco” aos oposicionistas.

 

"ANCORAS"

Carlesse tem um zap na manga, que é o senador Eduardo Gomes.  Aliada do Palácio Araguaia e bem quisto em todos os 139 municípios, o senador é um dos principais líderes no Congresso Nacional, onde exerce a função de líder do governo Jair Bolsonaro, é relator setorial do orçamento do Ministério do Desenvolvimento. Um político capaz de abrir as portas ministeriais e os cofres da União para o Estado e para os 139 municípios tocantinenses de forma igualitária, sem ver cor partidária.

 

Além de Eduardo Gomes, Carlesse conta, também com o vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, o deputado federal Carlos Gaguim, que tem somado forças e se desdobrado para auxiliar o governo do Estado no repasse de recursos e negociações com o governo federal.

 

Tanto Eduardo Gomes, no Senado como Carlos Gaguim, Câmara Federal, têm sido as “ancoras” que ajudam a manter o equilíbrio do governo de Mauro Carlesse, lhe imputando a tranquilidade necessária para governar para o povo tocantinense.

 

SUCESSÃO EM PALMAS

O eleitorado já está mais que escaldado.  Desempregados impactados pela pandemia de Covid-19, a juventude sem acesso ao primeiro emprego, o empresariado prejudicado pelas medidas de restrição, profissionais liberais sem ter a quem atender, todos já com um histórico de rejeição à classe política, já demonstrou, nas pesquisas de consumo interno, uma tendência à renovação, com votos bem elaborados, privilegiando os candidatos que apresentem condições claras de atrair empresas, gerar renda e empregos, além dos que têm bons planos de governo.

 

O senador Eduardo Gomes deve, nos próximos dias, conversar com seus companheiros e aliados sobre a sucessão em Palmas.  Segundo fontes, grande parte dos aliados de Gomes acredita que ele debaterá com as lideranças políticas para, apenas no momento oportuno, declarar seu apoio.

 

Sabe-se que o senador Já se reuniu, em Brasília, com diversos pré-candidatos e puseram em suas mãos o poder de definir se suas candidaturas serão mantidas ou se será formada uma grande frente de apoio a apenas um deles.

 

Nos bastidores do Palácio Araguaia, segundo o apurado pelO Paralelo 13, dois nomes lideram a preferência dos alidados de Eduardo Gomes, que são os da prefeita, Cinthia Ribeiro e do deputado federal Osires Damaso.

 

Eduardo Gomes tem 25 dias para costurar o entendimento entre todos os seus aliados e, para quem conhece de perto a forma democrática com que toma suas decisões, ele deve ouvir todos os seus companheiros para, só então, definir, de forma colegiada, qual nome apoiará.

 

MAURO CARLESSE

Se as informações sobre a preparação de um “troco” á altura da ação ofensiva da senadora Kátia Abreu se confirmarem e Mauro Carlesse decidir entrar de vez na corrida sucessória municipal, seu único objetivo será vencer, ou seja, eleger a maioria dos candidatos que resolver apoiar.

 

O jogo será aberto, ou seja, ficará límpido e claro que é oposição e quem é governista e o resultado das eleições nos 139 municípios, principalmente nos 15 maiores colégios eleitorais do Estado, será um retrato nítido da força que cada lado terá nas eleições de 2022 e quem terá chances de ser candidato, lembrando que Mauro Carlesse venceu as oposições juntas por três vezes consecutivas em um mesmo ano, como candidato a governador.

 

Alguns já apostam em uma chapa composta por Eduardo Gomes como candidato ao governo do Estado e Mauro Carlesse como candidato ao Senado.

 

Que rolem os dados!!!

Posted On Terça, 30 Junho 2020 13:37 Escrito por

Segundo Bolsonaro, o auxílio deve ser reduzido gradualmente e, depois disso, deve ser cortado

 

Por Aência Brasil

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25) que o auxílio emergencial vai pagar um adicional de R$ 1,2 mil, que serão divididos em três parcelas.

 

"Vamos partir para uma adequação. Deve ser, estamos estudando, R$ 500, R$ 400 e R$ 300", afirmou o presidente durante sua live semanal nas redes sociais. Ele estava ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, que também confirmou que a terceira parcela do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, começa a ser paga no sábado (27).

 

Ao todo, o programa atende a cerca de 60 milhões de pessoas, e é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, como forma de fornecer proteção emergencial no enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

 

"Estávamos em R$ 600, o auxílio, e à medida que a economia começa a se recuperar, e começa a andar novamente, as pessoas vão devagar se habituando [com a redução do valor]", afirmou Guedes.

 

Bolsonaro também disse que espera que a economia possa ser retomada e defendeu a reabertura das atividades comerciais. "A gente apela aos governadores e prefeitos, com a responsabilidade que é pertinente de cada um, que comecem a abrir o mercado, abrir para funcionar", afirmou. Balanço mais recente do Ministério da Saúde registra um total de 1.228.114 de pessoas infectadas e quase 55 mil óbitos provocados pela covid-19.

 

 

Posted On Sexta, 26 Junho 2020 04:58 Escrito por

Com a pandemia do coronavírus, muitos eleitores, principalmente os idosos e os residentes na zona rural, sairão de casa para votar. Por isso, o presidente do TSE, Ministro Luís Roberto Barroso,já fala em propor uma anistia aos ausentes do pleito.  Ou seja, o eleitor que não for votar, não será multado

 

Por Edson Rodrigues

 

Tendo em vistas as pesquisas em que a rejeição da população em relação aos políticos é a maior de todos os tempos em termos gerais, com pouquíssimas ressalvas, e juntando a isso o medo de se contaminar com a Covid-19, cuja probabilidade vem aumentando com o relaxamento do isolamento social e com estudos apontando o pico de contaminação na Região Norte para os meses de agosto e setembro, as eleições municipais deste ano podem ser consideradas quase que facultativas, ou seja, vota quem quiser.  Isso pode significar a maior abstenção da história política brasileira, principalmente nas cidades onde Executivo e Legislativo estiverem com a popularidade em baixa.

 

Não podemos esquecer, também, dos comícios, que podem nem acontecer por conta das proibições de aglomeração de pessoas, o que significa que caberá aos candidatos passarem um bom óleo de peroba na cara e calçarem um par de botinas resistentes e ir para as ruas, de porta em porta.

E isso não é bom par a democracia, pois,dependendo dos níveis de abstenção, o candidato eleito fica sem representação popular.

 

Já os candidatos que cumpriram bem suas funções , tanto no Executivo quanto no Legislativo, terão menos dificuldade em convocar os eleitores a comparecer às urnas por meio das redes sociais, uma vez que ninguém está disposto a ir em reunião, receber visitas e, muito menos, aceitar santinhos das mão de quem não conhece, por medo de contaminação.

 

O candidato terá que ser muito popular e querido para que os eleitores abram mão dessas medidas de segurança para recebê-los em casa ou aceitar seus panfletos.

 

FAKE NEWS X NOTÍCIAS DE CREDIBILIDADE

Os veículos de comunicação online e os impressos serão o melhor caminho para que os candidatos levem suas plataformas, propostas, projetos e programas de governo até os eleitores.  Os debates, se acontecerem, terão que ser virtuais, com cada um em sua casa e contando com uma internet perfeita, que não caia nem uma vez, pois um candidato que fique sem poder perguntar, responder, fazer uma réplica ou tréplica por conta das variações da rede, pode provocar uma situação que invalide toda a iniciativa.

 

Já para os candidatos despreparados, fichas sujas, estes terão uma dificuldade imensa em chamar a atenção para suas “lives” e desfazer os prejulgamentos que já existem sobre suas condutas.

 

Vale ressaltar que as fake news serão as principais armas do mal, pois até se provar que se tratam de notícias falsas, o estrago já estará feito.

Os atuais prefeitos que porventura tiveram operações das Polícias Federal e Civil, com ordem judicial em qualquer momento ou órgão de sua administração, estes estão à beira do precipício, pois seus adversários e a própria população, já têm em mãos armas contra eles e terão que gastar muito mais que os demais, em equipes de marketing de trincheira, ou seja, de guerra, mesmo, para ter como responder a isso seja aos eleitores, no face a face ou aos demais candidatos, nos debates virtuais.

 

Esses políticos com mandato e com a desconfiança pública sobre suas costas, terão que aguentar, quase que calados, aos ataques nas cidades onde haverá horário gratuito de Rádio e TV.

 

CAMPANHA ATÍPICA

Ante tudo o que já foi exposto acima, podemos afirmar com tranquilidade que as eleições municipais deste anos serão extremamente atípicas, em que a assessoria de marketing terá que ser tão boa ou melhor que o próprio candidato, assim como a assessoria jurídica da campanha.  Todos têm que ser altamente profissionais ou todo o dinheiro gasto com outros itens de campanha será gasto em vão.

 

Todo cuidado é pouco para que não sejam cometidos crimes eleitorais durante a campanha e acabar tendo o seu registro de candidatura contestado ou cassado, evitando a desagradável sensação de “ganhar e não levar”, ser eleito e não ser diplomado.  O trabalho das assessorias jurídica e de marketing terá que ser meticuloso e profissional, pois nesta eleição não haverá lugar para candidato “cru”.

 

Não se pode esquecer, também, de ter um ótimo profissional na parte de contabilidade da campanha, pois o Fundo Eleitoral será um dos itens mais fiscalizados neste pleito, e tudo tem que estar dentro do que manda a lei para as contas serem aprovadas ao fim do processo eleitoral.

 

Que todos tenham uma boa sorte nessa campanha, pois vão precisar!

Posted On Terça, 23 Junho 2020 11:32 Escrito por

Já dizia um sábio que “não adianta você ter uma superprodução de batatas, se ninguém ficar sabendo”. Esse adágio popular se refere à publicidade, explicando que, por melhor que seja seu produto, se você não anunciar para que todos os compradores fiquem sabendo, você vai morrer com ele no estoque e não vai lucrar com a venda

 

Por Edson Rodrigues

 

Assim funciona a informação. De nada adianta um governo planejar um programa social, se nenhum contribuinte ficar sabendo como, onde e quando ter acesso aos benefícios. De nada adianta o governo fazer uma obra, atrair um empresa para seu território ou inaugurar uma escola, se ninguém ficar sabendo disso.

 

Nesses tempos de pandemia de Covid-19, foram tomadas medidas de isolamento social e paralisação de atividades comerciais pelos governos federal e estadual e só, somente só, por meio da imprensa é que a população tomou conhecimento das medidas e passou a cumpri-las.

 

Mais! Não fosse a imprensa a estar orientando e massificando as informações de precaução ao contágio, os números de vítimas e contaminados seria bem maior e, certamente os sistemas de saúde pública de todos os estados e municípios estariam em colapso.

 

Isso mostra que a imprensa é fundamental para uma nação e para um estado servindo de elo entre o que precisa ser dito e o que precisa ser de conhecimento público.

 

É por isso que parabenizamos o presidente a Associação dos Veículos de Comunicação do Tocantins – AVECOM – pela carta aberta em que alerta os poderes constituídos do Tocantins – Executivo e Legislativo –, para que não deixem de fomentar a imprensa tocantinense com campanhas institucionais e publicações oficiais, para que o elo com a população, em relação à transmissão de informações, não cesse.

 

Da mesma forma que a Covid-19 afetou o comércio, ela vem afetando o setor de comunicação, que reúne dezenas de veículos e milhares de famílias que dependem de seus empregos.

 

Ao não fomentar o bom jornalismo, feito por empresas que geram empregos e impostos, corre-se o risco de ficar nas mãos das redes sociais e suas fake news, tão avassaladoras em tempos de semi-caos.

 

O jornalismo tocantinense precisa sobreviver a essa pandemia e, para isso, não está pedindo nada de mais, apenas que se dê continuidade a um relacionamento já estruturado e planificado.

 

Para que isso aconteça, é imprescindível que os compromissos firmados entre os governos e os veículos de comunicação sejam honrados – em alguns casos, processos parados há meses  - deixando que seus proprietários fiquem inadimplentes com seus colaboradores e fornecedores.

 

Nada a reclamar do tratamento recebido por parte dos responsáveis pela comunicação dos governos estadual e municipais, mas a carta aberta publicada pela AVECOM, sob a presidência do competente Marcio Rocha, é mais um pedido de socorro, feito de forma educada e humilde aos governantes, para que as pendências sejam resolvidas o mais rapidamente possível com os veículos de comunicação que, no fim das contas, também são prestadores de serviços aos governos.

 

O Paralelo 13 se junta aos membros e colegas da AVECOM no sentido de continuarmos a nos dar as mãos para, juntos, promovermos a comunicação de interesse da população e dos poderes Executivo e Legislativo.

 

Por mais informações e menos mortes! Assim esperamos!

Posted On Sexta, 19 Junho 2020 06:44 Escrito por

Aos marinheiros de primeira viagem, muito cuidado com as ressacas e com os mapas de navegação

 

Por Edson Rodrigues

 

Um dos cuidados que devem ser tomados na política para que não contaminem uma candidatura, tanto faz na “estreia” ou na reeleição, são as pesquisas eleitorais de consumo interno, chamadas de “mapas de navegação” pelos comandantes da campanha.

 

Elas perdem todo o poder de orientação para uma campanha a partir do momento em que a leitura leva em consideração os dados inverídicos e os falsos apoios de “líderes”, uma vez que pesquisas de consumo próprio costumam satisfazer às expectativas de quem as encomenda.

 

Neste fim de semana tivemos acesso a diversas pesquisas realizadas com esse fim, por diversos institutos e em várias cidades do Estado, dentre elas, a Capital, Palmas.

 

 

Após a análise sobre as pesquisas de consumo interno em Palmas, a soma dos votos em branco e nulos perfaz quase que 60% do total, provando que o eleitorado faz questão de ter outras prioridades no momento e, mais que nunca, continua sem um rosto definido, com os poucos eleitores que declararam seus votos, divididos entre muitos pré-candidatos, segundo os dados de pesquisas realizadas nos últimos 20 dias.

 

Como já era de se esperar, os dados e as conclusões são semelhantes em vários itens do questionário, e unânimes em um deles: o eleitor não está nem aí para a eleição de outubro, neste momento de pandemia.

 

Mais de 70% nem sabem quais são os candidatos e outros percentuais significativos optaram pelos votos em branco ou nulos, não quis comentar ou responder.  Outro dado emblemático aponta que cerca de 96% dos eleitores avaliaram de forma negativa a classe política e apenas 3% declararam votar pelo partido do candidato.  Ou seja, não existe mais, no Tocantins o voto de cabresto.

 

Os políticos fichas sujas – por qualquer motivo – lideram, obviamente, os índices de rejeição e correspondem a quase 100% dos quais os eleitores “nunca votariam”. Isso significa alerta vermelho para os candidatos que se sabem fichas sujas e, mesmo assim, colocaram seus nomes em avaliação popular “pra ver se cola”.  Se suas credibilidades como homens públicos já estão comprometidas, as redes sociais e a mídia cuidarão de acabara de enterrá-los de vez.

 

JORNAL IMPRESSO LIDERA CREDIBILIDADE

Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha no fim de maio, mostra que os jornais impressos são considerados pela população um dos meios mais confiáveis para se obter informações.

 

De acordo com o levantamento, programas jornalísticos de TV lideram com 61% do índice de confiança da população, seguido de perto pelos jornais impressos, com 56%. Programas jornalísticos de rádio e sites de notícias vêm em seguida, com 50% e 38%,

respectivamente.

 

Já o índice de confiança da população em conteúdos que chegam por WhatsApp e Facebook, é de apenas 12%. Por outro lado, a desconfiança nessas duas plataformas é de 58% no WhatsApp e 50% no Facebook.

Nos veículos profissionais, entretanto, a desconfiança nas informações apresenta índices bastante baixos. Apenas 11% dos entrevistados disse não confiar nas informações divulgadas pelos jornais impressos e 12% nos telejornais.

 

Ou seja, o povo já sabe que as redes sociais irão tentar explodir muitas candidaturas de candidatos fichas suja, pois sabe onde buscar a informação verdadeira, ao mesmo tempo em que reconhece que os veículos de comunicação online são confiáveis, pois não estão infiltrados de assessores e apoiadores fabricantes de fake news e de pesquisas “maquiadas”.

 

CARAS, PORÉM ÚTEIS

Neste momento em que novas variáveis se apresentam como determinantes nas pesquisas de consumo interna, as pesquisas qualitativas.

 

Dados quantitativos visam coletar fatos concretos: números. Dados quantitativos são estruturados e estatísticos. Eles formam a base para tirar conclusões gerais da sua pesquisa.

 

Pesquisas qualitativas coletam informações que não buscam apenas medir um tema, mas descrevê-lo, usando impressões, opiniões e pontos de vista. A pesquisa qualitativa é menos estruturada e busca se aprofundar em um tema para obter informações sobre as motivações, as ideias e as atitudes das pessoas. Essa abordagem proporcione uma compreensão mais detalhada das perguntas da pesquisa.

 

Logicamente, as pesquisas qualitativas são mais caras, mas seus resultados são cruciais para a definição das estratégias de campanha.  O ideal é que sejam contratadas não pelos partidos, mas por partes interessadas, que possam encomendar a mesma pesquisa com dois ou três institutos confiáveis, na mesma semana, para que haja similaridade na situação da coleta de dados.

 

SIGILO

E os dados resultantes dessas pesquisas são mantidos sob sigilo absoluto, para não abastecer – gratuitamente – os adversários de informações, e traçar modelos de trabalho até as Convenções.

 

O Paralelo 13 pode adiantar aos seus (e)leitores, que nenhum nome incluso em todas as pesquisas realizadas até agora, conseguiu ultrapassar os 12% de intenções de voto.  Apenas em uma pesquisa estimulada, onde os pesquisadores citam nomes que os entrevistados devem escolher, um dos candidatos chegou a 17% das intenções de voto.

Trocando em miúdos, os eleitores, em sua maioria desempregados, endividados, está preocupado, neste período, em não se contaminar com o Covid-19, conseguir pagar as suas contas e um emprego. As eleições ainda estão em segundo, terceiro plano, para todos.

Qualquer resultado que mostre um candidato disparado á frente dos demais, é maquiada e nada confiável.

 

O Paralelo 13 vem acompanhando a situação dos candidatos sabidamente fichas sujas nas diversas pré-campanhas de seus parentes, esposas, amigos para a prefeitura nos 39 municípios tocantinenses e já reúne vários dados “podres” desse time de malandros que assaltaram os cofres públicos com as próprias mãos e, flagrados pelos órgãos fiscalizadores, querem usar as mãos de outras pessoas para continuar a encher os bolsos com dinheiro público.

 

Estamos com visão e poder de detecção cirúrgicos sobre esses casos, para estampar manchetes  contando tudo, sobre eles e sobre os candidatos apoiados por eles, para evitar que qualquer linhagem de raposa venha “tomar conta do galinheiro” em nome da “raposa-chefe”.

 

Por enquanto, estamos publicando nossos editoriais, matérias e artigos em nossa versão online, mas, a partir de julho, teremos uma edição impressa por semana, com a cobertura e a veiculação de pesquisas, análises, debates entre candidatos e todas as informações que possam contribuir para que os (e)leitores possam avaliar com maior precisão, todos os candidatos e formular seu voto com mais tranquilidade.

 

Estamos de olho!!!

Posted On Terça, 16 Junho 2020 06:00 Escrito por
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