Por Edson Rodrigues
Analisando o momento pelo qual passa o Brasil, os acontecimentos dos últimos 90 dias, chegamos à certeza de que os partidos nada estão fazendo para resgatar a democracia, principalmente o PT, que vem incitando sua turba furiosa, convocando para manifestações e acirrando os ânimos de seus “pão com mortadela”, que até equipes de reportagem das mais diversas emissoras estão hostilizando.
O PT deveria estar preocupado em arranjar explicações para os milhões que regaram as contas do ex-presidente Lula, em dar governabilidade ao governo de Dilma Rousseff, que está à beira do precipício, sem base de apoio e na mira das delações premiadas, que podem representar o último prego no caixão da passagem do PT pelo poder.
A crise pela qual passa o país chegou ao ápice na última semana, em decorrência das fortes especulações sobre condutas impróprias dos ocupantes da cúpula do poder político. É preciso apurar com agilidade as suspeitas levantadas.
Em momentos como esse, é importante também refletir a respeito das estruturas do nosso sistema político para que consigamos, no futuro, rumos melhores para o Brasil. A relação entre classe política e eleitores ganha destaque nos períodos eleitorais, como o das disputas municipais no segundo semestre deste ano. Nessas épocas, os interessados em se eleger invocam o "povo brasileiro" em propagandas e comícios. A população escolhe seus representantes de acordo com critérios variados, que vão da simples empatia até a imprópria troca do voto por favores.
O movimento das forças populares pró e contra o governo traz um momento de tensão jamais visto na história democrática do Brasil, que tem uma data marcada para eclodir – dia 13 de março – nas ruas, com conseqüências imprevisíveis.
Os comandantes das forças armadas já deixaram a “caverna”, preocupados com o que pode resultar desse dia 13 e chegaram a ligar para os governadores dos estados onde estão marcadas grandes manifestações, sugerindo ações preventivas, mostrando que estão alerta.
A Polícia Federal também convocou à Brasília, no último fim de semana, centenas de policiais lotados nas superintendências estaduais para passar instruções sobre como agir em caso de grandes tumultos.
Mais um sinal de que as expectativas não são nada boas.
CLIMA TENSO
As delações premiadas de Léo Pinheiro e de outros executivos da OAS e da Odebrecht, do marqueteiro João Santana e de sua esposa, podem causar grandes abalos na estrutura tanto do governo Dilma quanto na moral de Lula e de Fernando Pimentel.
A junção desses depoimentos explosivos pode ser fatal para as pretensões do PT de permanência no poder.
A tensão e a preocupação do PT, de Lula, de Ruy Falcão e de Dilma se convertem em ataques verbais e na tentativa de desacreditar os trabalhos dos investigadores e procuradores, além é claro, de bombardear a imprensa, incitando seus “companheiros” a agir de forma violenta e descabida.
Esse posicionamento do PT gerou a preocupação de que haja confrontos sangrentos no próximo dia 13, fato que deixou os militares em alerta, o que pode representar um retrocesso democrático, quando o que o País mais precisa é de um resgate dos preceitos da democracia.
O certo é que, dependendo do conteúdo das delações, o governo de Dilma Roussef vai implodir e, segundo os seguidores do PT, uma greve geral será a resposta das centrais sindicais em apoio à presidente.
Uma greve que paralisaria órgãos federais, estaduais e municipais, impedindo o ir e vir e paralisando a economia nacional, instalando um verdadeiro caos no País.
Ou seja, a preocupação das forças armadas é legítima e justificada.
Esperamos que o bom-senso prevaleça e que o governo se preocupe em governar, Lula o PT em se defender das acusações que vêm por aí e o povo Brasileiro em zelar pela democracia.