É HORA DE DECIDIR (I)

Posted On Segunda, 04 Julho 2022 04:42
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O momento político atual chama os senhores dirigentes partidários e líderes políticos de todas as agremiações partidárias, assim como os candidatos proporcionais das famosas “chapinhas”, a tomar uma posição definitiva sobre as candidaturas majoritárias que irão apoiar.  Sobre em qual palanque irão subir durante a campanha para as eleições de dois de outubro.

 

Por Edson Rodrigues

 

Esta será a primeira eleição sem coligações partidárias, o que representa, também, o fim das candidaturas de aluguel, aquelas em que diversos “chefetes” que se achavam lideranças de alguma coisa lançavam, juntos, suas candidaturas para obter um número de votos capaz de ajudar a eleger este ou aquele deputado estadual ou federal que, pela vontade dos eleitores, jamais chegaria ao parlamento.

 

Mas, ainda sobraram as “chapinhas”, cujos votos darão a oportunidade aos chamados “nanicos” de eleger um de seus representantes, caso cada um consiga cerca de 20% do quociente necessário para a vaga pretendida, no caso, oito mil votos para deputado estadual e 14 mil votos para deputado federal.

 

VOTO “CAMARÃO”

Outro ingrediente que fará parte destas eleições até já existia, mas passava despercebido, porque era um tipo de comportamento reservado a alguns candidatos mais turrões, revoltados ou independentes, que mesmo fazendo parte de um grupo político, faziam suas campanhas, seu material, seus comícios, em que pediam votos apenas para si, e desprezavam os “cabeças” de chapa, assim como se faz quando se come um camarão: joga-se a cabeça fora.

 

Nas eleições deste ano, o voto “camarão” estará em voga, tanto pelos candidatos que agem como o citado acima quanto pelo advento das federações partidárias, empurradas goela abaixo pelas cúpulas nacionais dos partidos, sem se importar com a tradicionalidade ou o posicionamento das legendas nos estados.  Ou seja, com a Justiça Eleitoral impedindo que um candidato cujo partido é membro de uma federação peça votos para um componente de outra federação ou partido, muita gente vai, desordenadamente, praticar a campanha do “eu sozinho”, cuidando apenas de suas pretensões políticas e se abstendo de pedir votos para os candidatos a governador e senador de suas agremiações ou federações.

 

E isso vai acontecer desde os materiais impressos, os famosos santinhos, até no Horário Obrigatório de Rádio e TV, em que nenhuma menção aos cabeças de chapa será feita pelos proporcionais descontentes, ressaltando que a Justiça Eleitoral estará atenta para qualquer tipo de desrespeito à essa regra, assim como os adversários, ávidos por uma chance a mais de eliminar concorrentes.

Em outras palavras, nestas primeiras eleições com Federações Partidárias, candidatos e candidatas precisam estar muito bem assessorados jurídica e financeiramente para que não cometam erros bobos que acabem se configurando como crimes eleitorais, para que não corram o risco de ganhar e não assumir, pois em uma eleição difícil como será a de dois de outubro, isso seria uma verdadeira pá de cal na vida pública de qualquer político.

 

Como temos feito em todas as nossas matérias, artigos e análises políticas, os candidatos têm que se municiar de assessores profissionais, do marketing ao contábil, do jurídico ao de gestão de pessoal, pois não será um pleito para amadores e quem errar menos, decide a seu favor.

 

Se não for assim, muita gente vai nadar e morrer na praia.

 

Fica a dica!