EDITORIAL
O senador Eduardo Gomes anunciou, na última sexta-feira, sua filiação ao PL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, de quem o senador tocantinense é líder no Congresso Nacional.
Por Edson Rodrigues
Apesar da mudança de partido ter acontecido no limite do prazo dado pela Justiça Eleitoral para as filiações de quem deseja concorrer a um cargo público em outubro próximo, em um primeiro momento a mudança de Gomes nada tem a ver com uma pretensão própria.
Senador Eduardo Gomes , Ronaldo Dimas , Cleyton Aguiar
Segundo o próprio senador, sua decisão foi tomada com a intenção de continuar prestigiando – e sendo prestigiado pelo – presidente da República, e trabalhar pela reeleição de Bolsonaro, além de continuar sendo o “embaixador” do Tocantins junto ao governo federal, de onde tem se esforçado ao máximo para manter um fluxo positivo de recursos federais para o Estado do Tocantins e para os 139 municípios, sem distinção de cor partidária, como vem fazendo desde que foi eleito o senador mais votado na últimas eleições majoritárias.
Eduardo com o presidente Jair Bolsonaro
Não bastasse esse desprendimento e entendimento sobre as missões que assumiu ou que lhe foram dadas. Eduardo Gomes ainda demonstrou uma enorme grandeza de espírito, ética, respeito e reconhecimento, ao agradecer ao MDB, partido ao qual se filiou depois de eleito, mas antes da posse como senador, pelos três anos em que militou nas hostes da legenda que o acolheu e respaldou em suas ações em benefício do povo tocantinense.
Com Ex-governador Siqueira Campos
Eduardo Gomes agradeceu ao presidente estadual do MDB, ex-governador Marcelo Miranda, à deputada federal Dulce Miranda e a todos os membros do partido que estiveram ao seu lado, trabalhando pelo Tocantins.
Em tempos em que é praxe que políticos aleguem “problemas internos”, diferenças ideológicas e, até mesmo, boicotes ao deixar seus partidos, Eduardo Gomes faz o exato oposto, agradecendo e elogiando a “casa” onde passou os três primeiros anos do seu mandato, deixando a “porta aberta” para o retorno ao convívio com as amizades que cultivou.
Senador Eduardo Gomes e lideranças
Sua saída se fez necessária para executar as “tarefas” que recebeu do governo federal, que é trabalhar pela governabilidade e, ao mesmo tempo, pavimentar a permanência de Jair Bolsonaro na presidência da República, função eu só poderia cumprir fora do MDB que, novamente dividido em nível nacional, tem membros aliados e oposicionistas ao governo federal.
Ganha o presidente Jair Bolsonaro, ganha o PL, ganha o Tocantins e o seu povo, que tem um representante do calibre de Eduardo Gomes no Senado Federal, probo, justo e trabalhador, em tempos em que a classe política está associada a palavras muito menos nobres.