GOVERNO PRECISA DE UM INTERLOCUTOR COM CREDIBILIDADE PARA GARANTIR ESTABILIDADE GOVERNAMENTAL

Posted On Quinta, 20 Dezembro 2018 14:43
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Sempre que um novo governo se inicia, espera-se que ele o faça com a melhor das condições de trabalho, com uma saúde financeira estável, com o apoio popular e, se foi eleito, com um sorriso “de orelha a orelha” pelo momento de culminância do seu sucesso.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Infelizmente, no Tocantins, o novo governo de Mauro Carlesse não vai começar assim. 

 

Digo infelizmente, porque apesar de a culpa não ser de Carlesse, ele poderia ter agido de maneira mais célere para evitar essa situação, de subir a rampa do Palácio Araguaia “empurrado em uma cadeira de rodas, sangrando e ofuscado por desgastes institucionais, com destaques negativos na mídia nacional dia após dia” e, o pior, com a sensação de que poderia estar de braços erguidos, comemorando com o povo os feitos que o levaram a três eleições vitoriosas.

Para piorar, essa situação constrangedora com que o governador se vê obrigado a assumir os desígnios do Tocantins, pode contaminar sua administração de uma forma tal, que a “anemia moral” pode se prolongar pelos próximos quatro anos do seu novo mandato.

 

AGENTE APAZIGUADOR

Carlesse precisa, de forma urgente, encontrar um interlocutor que trabalhe como agente apaziguador e apague os incêndios provocados, não só pelo “fogo amigo”, mas pelos atos não republicanos que podem estar sendo praticados nas entranhas do Executivo Estadual, sem o seu conhecimento, e que podem levar o Poder Judiciário e o Ministério Público a se embrenhar por corredores e gabinetes, cavando a mínimas incongruências e levando ao imaginário público que são irregularidades “do governo do Estado” e se são do “governo do Estado”, a culpa seria do Carlesse.

 

Não é bem assim que a banda toca.  Os fatos não republicano, se existentes, precisam ser narrados expondo desde a sua origem, os personagens e os reflexos, dando o crédito negativo aos seus praticantes.  Mas, infelizmente, como sabemos, o advento da internet multiplicou exponencialmente a fabricação de boatos que, quando vistos por muitos, acabam sendo levados como verdade (quem nunca ouviu “se tá na internet, é verdade”?), e os adversários políticos do governo, utilizam essa fábrica de boatos com maestria, deixando a “bomba” estourar na mão de quem mais lhes convém.

 

É aí que mora o perigo para Mauro Carlesse.

 

Sem esse interlocutor, uma pessoa que saiba se expressar e que atue como harmonizador do ambiente político-institucional, a sensação de “ter deixado de fazer o que era preciso” pode aumentar ainda mais.

 

As operações de busca e apreensão, segundo os bastidores, podem se agravar, chegando, além do Palácio Araguaia e da Secretaria de Governo, a mais duas secretarias, muito em breve, com respaldo do Poder judiciário e Acompanhamento do Ministério Público.

 

URGÊNCIA

Essa “proximidade com o perigo” só aumenta a urgência de o governo Mauro Carlesse “pinçar” entre seus quadros essa figura do articulador/mediador/harmonizador, para que se abra uma via transparente de diálogo com toda a sociedade, com a mídia e com os demais poderes.

 

Secretário da Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique Armando

 

Sua principal função seria “blindar” a equipe técnica que compõe a força-tarefa, comandada pelo secretário da Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique Armando, que vem buscando as soluções para possibilitar o equilíbrio econômico, coordenada pelo secretário da Fazenda e Planejamento, que está em pleno trabalho, colocando o Tocantins, hoje, entre os seis estados com melhor capacidade econômica, com possibilidades de chegar à terceira posição por volta de maio de 2019, evitando o clima de “terra arrasada” em 2019.

 

Para que isso aconteça, é preciso que, se as investigações revelarem culpados em cargos administrativos, seja de qual escalão for, Carlesse deve “bater a mão na mesa” e afastá-los imediatamente.

 

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

A Casa de Leis do Estado será um item de suma importância para que o equilíbrio institucional proporcione as condições necessárias para que se evite o pior.  É preciso que haja um engajamento pessoal de Mauro Carlesse na demonstração de controle político sobre o seu governo, para que a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não seja contaminada pelo clima sombrio dos dias de hoje, muito menos sabotada pelo fogo amigo dos bastidores do Legislativo, que tanto prejudicou os governos de Siqueira Campos, Sandoval Cardoso e Marcelo Miranda.

 

Carlesse precisa agir com celeridade para evitar que seu governo seja acometido do mesmo mal.

 

 

Última modificação em Quinta, 20 Dezembro 2018 15:40