Elogiados pelos avanços sociais e pelos projetos megalômanos, os governos do PT afundam dia após dia em credibilidade e corrupção
Por Edson Rodrigues
Os brasileiros não podem negar que o governo de Luis Inácio Lula da Silva deu um grande salto econômico ao deixar o país livre dos empréstimos do FMI, assim com o primeiro governo de Dilma Rousseff colocou o Brasil nos holofotes do crescimento social, com seus projetos como o Valle gás, o salário social e o Bolsa Família.
Os dois governos juntos significaram grandes avanços na mobilidade social, mas trouxeram consigo um grande mal que, hoje, acabou virando a marca registrada do PT: a necessidade de corromper para se manter no poder a todo custo.
De Lula à Dilma a corrupção esteve sempre presente e, notem bem, não se pode, ainda, afirmar que foram coniventes ou que participaram diretamente, mas Janot e Moro já chegaram á sala de visitas da casa de Lula.
E se o PT não tivesse, realmente, praticado corrupção ativa e passiva, não estaria gastando os tufos para pagar as maiores e melhores bancas de advocacia do País.
O resultado é que o Brasil passa, hoje, por uma das mais graves crises econômicas da sua história. Para usar o próprio jargão lulista, “nunca antes na história deste país”, inflação, desemprego, desvalorização da moeda e descrédito político fizeram o país descer tão rápido.
Rápido a ponto de “a nova classe média” criada pelo PT já estar sendo chamada de “classe teimosa”, aquela que perdeu todo o seu poder de compra, mas continua agindo como de nada tivesse acontecido e entrando em crediários e mais crediários.
Governadores e prefeitos, acostumados a freqüentar Brasília com o chapéu ou o pires na mão para levantar recursos, hoje venderam chapéus e pires, e pedem de mão vazias mesmo.
Esses foram o País e a forma de governar que o PT criou.
O “RISCO TOCANTINS”
Olhando para o Tocantins, vemos um estado que enfrentou uma paralisia e uma estagnação sem precedentes no ano que passou. a herança de dívidas astronômicas, os embates com diversas categorias de servidores pelo cumprimento de promessas feitas por governos anteriores (até do próprio atual governador, Marcelo Miranda), obras paralisadas, fornecedores sem receber e população descontentes, somaram-se a uma equipe de secretários em que a maioria dos seus membros preferiu o conforto e o ar condicionado de seus gabinetes e carros (oficiais) de luxo, à batalha do dia a dia, de sol a sol, nas ruas, em Brasília em busca de recursos e no corpo a corpo com os cidadãos.
A diminuição do FPM e do FPE somou-se à omissão dos secretários, á falta de planejamento administrativo e econômico, ao desrespeito á Lei de Responsabilidade Fiscal e os municípios se afundaram em situações quase insolúveis.
Essa situação em que o Tocantins e seus município principiam o ano de 2016 mostra que agora é o momento de agir, de mostrar que, diferentemente do governo federal, o governo do Tocantins é vítima e, não, algoz.
É hora do governador Marcelo Miranda formar um time de capazes, de cabeças pensantes mas, principalmente, de mangas arregaçadas para tirar o Tocantins desse estado de letargia.
Não se pode delegar á vice-governadora, por exemplo, a missão de discutir sobre segurança pública ou economia, como aconteceu recentemente.
Esses assuntos mais agudos, mais impactantes têm que estar sempre sob a batuta do governador, daquele que é mais experiente e mais tarimbado, preparado para identificar e evitar certas armadilhas impostas pelos oportunistas de plantão.
Logo, Marcelo Miranda precisa assumir de fato e de direito a caneta de governador, o comando da situação e não deixar que as provocações e predições contrárias ao seu governo ou à sua capacidade de governar ganhem corpo e virem objeto de aposta na boca de seus opositores, da turma do "quanto pior, melhor".
Marcelo tem que ter habilidade e inteligência na hora de definir sua nova equipe.
O Paralelo 13 é parceiro da sociedade, dos eleitores e também do governo do Estado quando a hora é de união e colaboração. Nunca nos calamos nem nunca nos calaremos quando o assunto for o bem do Tocantins e do seu povo.
Marcelo Miranda não pode, jamais, esquecer os momentos ruins por que sua família passou à época do Reced, quando todos foram atacados de forma vil e covarde por seus adversários.
Voltamos a afirmar: a hora do Tocantins dar uma guinada para um futuro diferente e promissor é agora. Colocando gente capaz e competente em cada área, fazendo de seu secretariado uma força-tarefa que dê orgulho ao povo tocantinense de ver seu mandatário se diferenciado, positivamente, dos demais e buscando mostrar que a crise é para os incompetentes.
A SAÚDE E O "VÍRUS DESTRUIDOR"
Quando falamos aqui em reforma de secretariado e cobramos mais ação e mais atitude por parte dos secretários, temos que abrir um adendo para falara de uma área que parece estar fatalmente acometida por um "vírus destruidor" que não pouoa nenhum secretário da pasta da Saúde.
Começamos por defnder a terceirização da gestão tanto do Hospital Geral de Palmas quanto do Hospital Dona Regina como a primeira maneira de sanar os gargalos da Saúde do Tocantins.
É nesse espaço que habita o tal "vírus destruidor" de secretários, agindo de forma fatal e nociva com ingerências políticas, imposições de nomes de diretores e funcionários que minam a autonomia do secretário da Saúde na hora de aplicar os recursos - até mesmo os carimbados" - tanto os advindos do governo do estado quanto os do governo federal.
Some-se a isso a inadimplência do governo federal em relação ao repasse de recursos - que já chegam a mais (ou menos, no caso) de 800 milhões de reais - só de complementos que deveriam ter chegado aos cofres da Saúde do Estado em 2015,
Dessa forma, não há bom ou mau gestor. Há apenas o "gestor engessado", que não tem como agir nem administrativa nem economicamente para curar as mazelas da Pasta.
Já foram vítimas desse vírus o Dr. Gismar Gomes, Raimundo Boi, Dr. Nicolau,Dra. Vanda Paiva e assim está sendo com o competente e comprometido Samuel Bonilha, como tambem será com todos os próximos que sentarem-se na cadeira de secretário da Saúde do Estado do Tocantins.
Ao que parece, o único antídoto para esse vírus seria desvincular as contas da Saúde Pública e entregar sua administração do Secretário sob a fiscalização do Ministério Público, ao Tribunal de Contas ou a qualquer órgão equivalente, deixando ao secretário apenas a função de aplicar as políticas públicas de Saúde, sem perder tempo com ingerências, imposições e motins.
O certo seria o secretário ter autonomia para escolher sua equipe de assessores e de gerir os recursos de sua Pasta, mas, como o "vírus" não deixa, que se arrumem soluções....