Por Edson Rodrigues
Os bastidores políticos tocantinenses foram movimentados por duas notícias no início desta semana. A primeira não é nada boa, pois trata da internação do Dr. Brito Miranda, pai do ex-governador Marcelo Miranda, em um hospital particular de Palmas. Segundo informações obtidas pelo Observatório Político de O Paralelo 13, a família dos Miranda recebeu orientações para providenciar a transferência do Dr. Brito para um hospital em São Paulo, com mais recursos.
Parentes e amigos do Dr. Brito Miranda estão em orações pelo restabelecimento da saúde do patriarca, uma pessoa amada e querida por milhares de tocantinenses.
Nós, de O Paralelo 13, nos juntamos nessa corrente de orações e nos prontificamos a ajudar no que estiver ao nosso alcance.
CONEXÃO IMPOSSÍVEL
A outra notícia que esquentou os bastidores políticos do Estado tem a ver com o ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que vinha participando das reuniões políticas realizadas no Bico do Papagaio, acompanhando os senadores Kátia e Irajá Abreu e o empresário Edson Tabocão.
Irajá Abreu, Edson Tabocão e Ronaldo Dimas, centro da foto
Com a chegada de Wanderlei Barbosa ao principal gabinete do Palácio Araguaia e a manobra de aproximação ao novo governador por parte do grupo político da senadora Kátia Abreu e o fato do governador em exercício evitar falar sobre filiação partidária para concorrer à reeleição, um burburinho surgiu nos bastidores, aventando a hipótese de que a deputada federal Dulce Miranda seria a candidata à vice-governadora, na chapa de Wanderlei.
Mas, quem conhece minimamente a política tocantinense sabe que o Marcelo Miranda já deixou bem claro que jamais dividiria palanque com Carlos Amastha ou com Kátia Abreu, informação esta reiterada pelo próprio ex-governador após consulta de O Paralelo 13. Está descartada, também, uma composição com o grupo político que vem se formando em volta de Laurez Moreira, Oswaldo Stival e Eduardo Fortes com o próprio Carlos Amastha como integrante.
Marcelo Miranda e Eduardo Gomes
Na última vez que nosso Observatório Político conversou com o presidente do MDB estadual, Marcelo Miranda, ele nos garantiu que estava totalmente conectado aos trabalhos do senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, e que, no início de janeiro, o partido irá se reunir entre seus principais líderes, para decidir qual será o posicionamento da legenda na formação de uma chapa majoritária, as coligações e o acompanhamento das decisões da cúpula nacional do MDB em relação à Federações Partidárias.
NOVO GRUPO SULISTA AFETA RONALDO DIMAS
Laurez e apoiadores
E o fim de dezembro também traz outra novidade ao processo sucessório de 2022, que é uma nova peça no tabuleiro político, composta pelo grupo político do Sul do Estado, criado em Gurupi, Capital da Amizade, liderado pelo ex-prefeito da cidade, Laurez Moreira, pelo empresário Oswaldo Stival, pelo ex-prefeito de palmas, Carlos Amastha e pelo pré-candidato a deputado estadual, Eduardo Fortes – uma liderança atuante na região Sul, com um programa de hortas comunitárias e apoio aos jovens, por meio do esporte.
Essa saída “à mineira” de Laurez Moreira do grupo de apoiadores da candidatura de Ronaldo Dimas ao governo do Estado demonstra mais uma divisão entre a oposição, uma vez que, até então, tanto Laurez quanto o grupo político da senadora Kátia Abreu eram “satélites” da candidatura de Dimas que, esvaziado politicamente, está se esforçando para buscar novas composições que dêem musculatura á sua pretensão.
WANDERLEI BARBOSA SEGUE GOVERNANDO
O governador em exercício, Wanderlei Barbosa (foto) vem priorizando a administração do Estado, mas não deixa de lidar, também, com a formatação do grupo político que dará sustentação à sua candidatura à reeleição, que já conta com o apoio da maioria dos deputados estaduais e, por enquanto, dos senadores Kátia e Irajá Abreu e do empresário Edson Tabocão.
Até o mês de abril a grande interrogação a respeito das eleições de 2022 será respondida, que será o sim ou o não do senador Eduardo Gomes ao convite feito pela maioria dos prefeitos e vereadores do Estado e para que seja candidato ao governo.
Vale ressaltar que o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro colocou a candidatura de Eduardo Gomes ao governo do Tocantins com uma das campanhas que irá apoiar.
Os companheiros e seguidores de Eduardo Gomes precisam dessa resposta para decidir seus futuros políticos, principalmente os que serão candidatos nas chapas majoritárias e proporcionais. Mas, ao que tudo indica, terão que esperar até depois do carnaval.
PLENO DO SENADO DECIDE FUTURO DE KÁTIA ABREU
A senadora Kátia Abreu(foto) tem, nesta terça-feira, 14 de dezembro, mais um dia histórico em sua carreira política, equivalente ao dia em que derrotou o então presidente Lula na votação pela rejeição volta da CPMF.
No mesmo plenário em que conseguiu a vitória que turbinou sua carreira política, ela estará concorrendo com os senadores Fernando Bezerra e Antonio Anastasia pela indicação do Senado para o Tribunal de Contas da União.
Bezerra é o candidato do palácio do Planalto e Antonio Anastasia do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. Kátia conta com seu próprio patrimônio político, sua atuação destemida e o apoio do senador Renan Calheiros e de um grupo de senadores “independentes”, que não são nem situação nem oposição.
A senadora tocantinense é conhecida pelo seu temperamento forte, sua determinação e sua seriedade, mas, também, por nunca ter perdido uma eleição desde que foi eleita presidente do Sindicato Rural de Gurupi, após perder, muito jovem, seu esposo em um acidente aéreo e assumir as rédeas da família e dos negócios.
Kátia empilhou eleições para a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins, deputada federal, presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora, foi ministra da Agricultura no governo Dilma Rousseff.
Esse histórico concede à Kátia um status que não pode ser, nunca, ignorado por quem concorre com ela por alguma coisa.
Presidente Jair Bolsonaro
Logo, o presidente do Senado e o presidente do Brasil que se cuidem nessa eleição, pois a senadora tocantinense é “boa de briga”.
O grande problema de Kátia Abreu é que Bolsonaro não é Lula, e não entra em briga pra perder, o que pode significar um fracasso retumbante da senadora tocantinense, com bem menos votos do que espera e, dessa forma, derrotada, sendo Kátia como é, ela “cairá atirando”, podendo sofrer consequências desastrosas para o seu futuro político, entrando definitivamente para o rol dos “inimigos do Palácio do Plnalto”, que sabemos não ser um bom negócio.
Esperemos, então, a decisão a ser mostrada no painel eletrônico do Senado Federal, nas próximas horas!