Por Edson Rodrigues
O governador Mauro Carlesse tem grandes chances de surpreender aos seus mais ferrenhos críticos e aos seus mais fiéis companheiros com as medidas que vem preparando nos bastidores, pela equipe de elite montada por ele, cuja principal função é descobrir as maneiras mais inteligentes e menos nocivas à população, de cortar gastos e despesas, para enquadrar o Tocantins na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Segundo fontes palacianas, essas medidas já estão em adiantado estado de planejamento e devem acontecer já nos primeiros dias de janeiro de 2019, em dose única, livres das amarras da legislação eleitoral, que impede exonerações, contratações e gastos específicos.
PRERROGATIVAS
Livre das amarras do período pós-eleitoral, Carlesse poderá se valer de todas as prerrogativas que o cargo de governador lhe faculta. Segundo nossas fontes, o governador deve seguir os conselhos do ex-ocupante do cargo e atual prefeito de Paraíso, Moisés Avelino, realizando de uma tacada só o corte de despesas, extinção e fusão de secretarias, extinção de cargos em comissão, corte de gastos desnecessários com aluguel de imóveis e veículos, combustível, diárias e outros penduricalhos que oneram o orçamento estadual.
Em conversa reservada com um dos técnicos da força-tarefa do governo, ouvimos que: “o governo está ciente do quadro econômico e financeiro do Estado e tem a exata noção de que se não tomar as medidas necessárias as consequências podem ser permanentes”.
Mas, ainda segundo esse técnico, tudo caminha para que as medidas sejam realmente implementadas.
BRASÍLIA
Mauro Carlesse já participou de reuniões com técnicos do futuro governo e, hoje, está em Brasília, juntamente com os demais governadores do País, em reunião com o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A reunião foi marcada pela OAB nacional e terá como tema a segurança jurídica.
Quem também está em Brasília, é o secretário estadual da Fazenda e do Planejamento, Sandro Henrique Armando, em busca dos recursos que possibilitarão ao Tocantins fechar as suas contas de 2018 “no azul”.
Um dos alvos do secretário são cerca de 286 milhões de reais, oriundos da divisão dos royalties do petróleo do pré-sal. Sandro Henrique Armando é um dos componentes da força-tarefa que vem planejando as estratégias econômicas e administrativas para 2019 e, pelas notícias dos bastidores, vem sendo bem sucedido em suas tratativas.
CRÉDITO
Com tudo o que se expôs acima, empresários, investidores, funcionalismo público e toda a sociedade tocantinense estão convocados a dar um crédito, um voto de confiança ao governo Mauro Carlesse, até que os reflexos dessas medidas traçadas pela força-tarefa possam ser sentidos na economia.
Não adianta criticar sem ver o que se está criticando, muito menos apostar no “quanto pior, melhor”. Isso é coisa de quem não gosta do Tocantins.
A imprensa tocantinense tem sido implacável na cobertura dos fatos que vêm acontecendo no fim deste governo, cada um de acordo com a sua linha editorial, mas todos com lisura. O importante é que se mostre o que está errado e que se cobrem soluções, mas que, também, se evidencie o que vem dando certo, aplaudindo pelo êxito.
Isso chama-se “liberdade de expressão” e é isso que garante o exercício da nossa profissão.
Que se faça cada vez melhor, todos, pelo Tocantins.