Secretário Carlos Humberto Lima nega ter amizade ou que tenha sido colaborador de Thomas Jefferson para manter influência de Wanderlei no governo Laurez

Posted On Quinta, 13 Novembro 2025 18:57
Avalie este item
(0 votos)

Do Site Cleber Toledo 

 

 

O secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Lima, explicou em nota a citação de seu nome no inquérito da Operação Nêmesis, deflagrada nessa quarta-feira, 12, e que apura supostas tentativas de embaraçar as investigações de outra operação, a Fames-19, que resultou no afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) no dia 3 de setembro.

 

INFLUÊNCIA NO GOVERNO

 

Lima é citado por uma denúncia anônima à Polícia Federal que apontou, no dia 13 de outubro, que, através do ex-secretário de Parcerias e Investimentos e advogado Thomas Jefferson, o grupo de Wanderlei ainda continuaria exercendo “influência indevida e irregular dentro da estrutura do Governo do Estado”.

NÃO TEVE BUSCA E APREENSÃO

 

Entre os nomes citados, o denunciante incluiu o secretário da Indústria, Comércio e Serviços do governo Laurez Moreira e que ocupava o mesmo cargo na gestão Wanderlei. Contudo, ao contrário do que ocorreu com outros dois nomes arrolados pela fonte anônima — Alan Rickson Andrade de Araújo e William Nunes de Souza –, a PF não estabeleceu qualquer vínculo de Lima com Thomas Jefferson. Tanto que Alan e Willian foram alvo de busca e apreensão nessa quarta-feira e o secretário não.

 

NÃO É AMIGO PESSOAL

 

Em sua nota, Lima afirma que “não é e nunca foi amigo pessoal de Thomas Jefferson”, a quem diz ter conhecido quando o ex-secretário assumiu a pasta de Parcerias e Investimentos. “Como a SPI é uma secretaria afim, o relacionamento dava-se de maneira institucional, principalmente em razão de a SICS ter assento perante o Conselho de Participações e Investimentos”, explicou o secretário da Indústria, Comércio e Serviços.

 

NUNCA FOI COLABORADOR

 

Assim, ele reforça que “nunca foi colaborador direto de Thomas Jefferson, uma vez que tinha relacionamento institucional”. Lima ainda diz que “nunca frequentou a casa” do ex-secretário e que sequer sabe onde o advogado reside. “Por sua vez, Carlos Humberto Lima nunca recebeu em sua residência a pessoa de Thomas Jefferson. Afirma-se mais uma vez que o relacionamento deu-se de maneira institucional, tendo em vista a afinidade das pastas, e também em decorrência do mesmo [Thomas] fazer parte do grupo gestor”, diz a nota.

 

PAGAMENTOS NA AGROTINS

 

Sobre o caso de citado pelo denunciante da PF de que um representante de empresa que prestou serviços à Agrotins teria pago R$ 300 mil em propina ao Thomas Jefferson, Lima explicou que “todos os pagamentos de serviços (infraestrutura permanente do parque) realizados durante a Agrotins 2025 foram liquidados e pagos antes do afastamento do governador Wanderlei Barbosa, conforme Ordem bancária: 2025-OB000488 de 28/08/2025”, afirma. Com relação aos serviços de montagem de estrutura para a realização da Agrotins 2025, o secretário afirma que foram liquidados e pagos também antes do afastamento do governador Wanderlei Barbosa, em 03/07/2025, conforme as Ordens bancárias: 2025-OB000367 368, 369, 370. [O secretário apresentou esses e outros documentos à Coluna do CT]

 

NUNCA INTEGROU COMITÊ

 

Ao contrário do que afirmou o denunciante, Lima ressalta que nunca integrou o Comitê Gestor do Governo e que, ao contrário do que sugeriu a fonte anônima, “nunca foi mantido no cargo para dar continuidade às supostas operações e desvios de gestão anterior, pelos motivos acima expostos, nunca fez parte do grupo gestor”.

 

CONVIDADO PELA APEXBRASIL

 

Sobre a ida ao Canadá com Thomas Jefferson e Odilon Coelho Lima Júnior, o secretário disse que foi uma viagem institucional, em missão oficial, “devidamente convidado pela APEXBRASIL, através da Carta Específica de 28/01/25, da lavra de ANA PAULA REPEZZA – DIRETORA DE NEGÓCIOS DA APEX-BRASIL, conforme documento em anexo, sendo que o mesmo descreve a missão com o intuito de atração de investimentos”. Ele conta ter palestrado em um dos painéis no BRAZILIAN MINING DAY. “O relatório oficial de tal missão, encontra no PDF em anexo. Em tal missão, o então Secretário Thomas Jefferson fez parte da comitiva, juntamente com Lina Ester Ribeiro (MINERATINS), Otton Nunes Pinheiro (AMETO) e ODILON COELHO LIMA JÚNIOR (SICS), exercendo o papel de organizador da missão, bem como o tradutor oficial, logo, há registros em redes sociais, inclusive oficial da SICS e também do Estado do Tocantins”, sublinha.

 

CONTATOS COM JOSEPH MADEIRA

 

Por fim, o secretário da Indústria, Comércio e Serviços garante que nunca “atuou como canal de articulação entre Thomaz Jefferson e Joseph Madeira” – como também sugeriu a fonte da PF –, “tendo em vista que desde meados de 2023 teve apenas contatos institucionais e públicos com Joseph Madeira”. “Tais contatos se davam tendo em vista ser o mesmo Presidente da ACIPA”, destaca. Inclusive, Lima diz ainda que “não tem sequer conhecimento de que Joseph Madeira e Tomas Jefferson tenham qualquer tipo de relacionamento, quiçá sabe se os mesmos se conhecem pessoalmente”.

 

{loadposition compartilhar} {loadmoduleid 252}