SEM GOVERNANÇA, COVID-19 IRÁ CEIFAR CENTENAS DE VIDAS. GOVERNADOR MAURO CARLESSE COM A PALAVRA

Posted On Segunda, 27 Julho 2020 06:25
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Tocantins poderá ser a “bola da vez” em agosto, se governo não agir

 

Por Edson Rodrigues

 

Se o governo do Estado não tomar medidas duras no enfrentamento da pandemia de Covid-19, centenas de vidas serão ceifadas não pela doença, mas pela omissão.  Infelizmente governo federal resolveu deixar a titularidade do Ministério da Saúde vaga, em pleno momento de comoção social e necessidade de medidas médicas pontuais e urgentes.

 

Atualmente, ocupa, interinamente, o cargo de ministro da Saúde um general que o próprio palácio do planalto afirmou, na época da nomeação, entende zero de saúde e tudo de logística, uma vez que uma das principais qualidades dos militares é a atenção que dão à logística.  Mas, o Serviço de Saúde brasileiro está pecando, justamente, na logística, deixando faltar insumos como anestésicos, necessários para a sedação dos pacientes que precisam de ventilação mecânica.

 

Não por acaso, o Brasil vem batendo recordes negativos, perdendo uma média de mil vidas por dia, para a Covid-19.

 

RECURSOS

Paradoxalmente, nunca se vou tantos milhões de reais serem destinados de maneira quase automática aos Estados e municípios, para serem utilizados especificamente no combate à pandemia.  No Tocantins, são tantos e tantos milhões que seriam necessários rodos para juntar as cédulas.

 

 

O que não se entende é porque o governo do Estado ainda não agiu com a assertividade que se espera de quem está com os recursos em mãos para tal.  Distribuição de cestas básicas e kits de higiene pessoal são paliativos e, em termos de criar condições para curar pacientes de Covid-19, não representam muito.

 

O governo de Mauro Carlesse precisa de planejamento para investir corretamente os recursos que tem à disposição, para evitar o avanço da Covid-19 no Estado.  E isso deve incluir, também, a formação de uma força tarefa, com a participação dos demais poderes, das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, do Ministério Público Estadual, prefeitura s e entidades de classe, para agir em uma verdadeira “guerra sanitária”.

 

Do contrário, de nada adiantarão os recursos abundantes.

 

O senador Eduardo Gomes deu o exemplo, conseguindo doações de equipamentos de proteção individual, vestimentas para os profissionais de saúde e medicamentos, juntos a empresas e grandes corporações, os parlamentares federais e estaduais contribuíram com emendas impositivas, mas todo esse arsenal precisa de um comandante, de um orientador, de um líder, para que seja aplicado na hora certa, na situação certa e da maneira certa, para salvar a vida do povo.

 

IRRESPONSABILIDADES

Mas, as coisas começam a se complicar quando esse mesmo povo que precisa da ação do governo no combate à uma pandemia que vem ceifando vidas em todos os lugares do mundo, encontrou terreno fértil no Brasil não apenas pela falta de organização dos governos, mas pela irresponsabilidade do povo.

 

Primeiro, vieram o distanciamento social, os lockdowns e as medidas de proteção individual, com famílias em quarentena doméstica e o comércio fechado.  Mesmo assim, os índices de contaminação e mortes, continuavam preocupantes.

 

Quando as coisas começaram a melhorar e houve um pouco de relaxamento das medidas restritivas, o povo, as pessoas, agiram como se fossem gado que estivesse confinado.  As ruas ficaram lotadas, os bares viraram ponto de aglomeração e novas medidas precisaram ser tomadas para conter o avanço do vírus.

 

Mas, como se nunca tivesse sido livre, o povo descobriu novas formas de burlar as medidas restritivas e passou a lotar as praias, pontos turísticos e, os mais abastados, a promover festanças em chácaras, residências e ilhas particulares, esquecendo que suas irresponsabilidades colocam em risco as pessoas de sua família que ficaram em casa.  Pais, filhos, avós, irmãos, esposas... cada pessoa que vai a uma festa e volta para sua casa ou cidade natal, pode contaminar outras nove.

 

E o novo coronavírus voltou com tudo, chegando a colocar o Tocantins entre os primeiros estados com maior possibilidade de contaminação.

 

Apesar do Brasil não ter um ministro efetivo da Saúde e, por conseguinte, um plano efetivo de combate à pandemia, cabe ao governo de cada Estado, ao prefeito de cada cidade, colocar em prática as medidas protetivas e restritivas que mais se adequem às suas realidades.

 

O Supremo Tribunal Federal já decidiu as responsabilidades que cabem aos Poderes Executivos e, sendo assim, o governo do Estado do Tocantins precisa colocar em prática seu projeto de enfrentamento à pandemia pois, se opção for pela omissão, por não agir como um governo, com o Sistema de Saúde Pública do Estado próximo de um colapso, muitas vidas serão perdidas.

 

UNIÃO DE FORÇAS

Já se sabe que dinheiro não falta e mais dinheiro está por vir, mas de nada adiantarão os recursos se não houver uma união de forças, sem partidarismo ou picuinhas políticas, entre Estado e Municípios.

 

Sem essa união, não haverá êxito no combate à Covid-19.  Sem que o governador Mauro Carlesse calce as “sandálias da humildade” e assuma a liderança dessa frente contra a pandemia, unir-se aos demais Poderes e coordene os trabalhos contra esse inimigo invisível, mais e mais vidas serão perdidas.

 

Com a palavra, o governador Mauro Carlesse!