As pesquisas e suas metodologias

Posted On Quinta, 24 Mai 2018 04:16
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Em primeiro lugar é sempre bom ressaltar que os veículos de comunicação que veiculam resultados de pesquisas registradas no TRE não são responsáveis por estes resultados exibidos, porém, é de conehcimento de todos que as ‘maguiagens’ existem e eventualmente são utilizadas para ocultar dados, não no TRE, mas na amostragem do campo pesquisado 22, 25 ou 30, 40 municípios pesquisados, sem especificar o nome dos municípios, tampouco os números individuais de eleitores interrogados

 

Por: Edson Rodrigues

 

O leitor, eleitor, que lê em determinado veículo impresso, ou online, o resultado de ‘pesquisa’ de intenções de votos registrada no TRE com número XX, realizada em 35 municípios, mas que omite o nome dos municípios - campo pesquisado – só vê o resultado. É como se a pesquisa revelasse um resultado do estado e não dos municípios selecionados e escolhido por interesses ocultos e bem particulares. Os dados podem estar realmente corretos, a metodologia também, porém a estatística do campo pesquisado é omisso. Isso poucos ou quase ninguém observa. O eleitor desconhece.

 

Alertamos aqui para os próximos resultados que estão por ser revelados nesta reta final. Busquemos observar os dados do campo pesquisado e, da mesma forma, o número de amostras.

 

Até que provem o contrário, as pesquisas até agora publicadas são de boa fé, com ressalva a uma realizada por um instituto nacional, já conhecido pelos incontáveis e grosseiros erros de resultados revelados num passado bem próximo, o qual é suspeito, sem nenhuma prova materialista fundamentada, de favorecer, pela segunda vez, uma mesma candidatura.

 

Mas é bom todos nós, da imprensa e os eleitores, além da própria população, é claro, prestarmos muita atenção nos próximos resultados; nome da empresa pesquisadora, guardarmos os comprovantes (resultados) para serem posteriormente comparados com os resultados das urnas no próximo dia 3 de junho próximo. Chamamos a atenção para isso, apenas para nos prevenir no futuro.

 

A partir do próximo final de semana dificilmente o quadro mudará. Uma variação de no máximo 2 ou 3 % é normal e, guardadas as devidas proporções, dificilmente haverá grandes novidades no âmbito estadual, até por que as diferenças entre os três candidatos mais bem avaliados é de, no máximo, 5%. O jogo está bem jogado, bem disputado. Porém, temos uma ressalva muito importante a fazer; “é hora cuidar do peixe e não de largar ele na canoa para os jacarés”. Os compromissos não cumpridos, as promessas não pagas, escândalos de última hora, operações da Justiça Eleitoral e Policia Federal, tudo isso pode ser considerado fatal nessa reta final.

 

É perca de tempo:

Como falava o saudoso Tancredo Neves, a única forma de desmentir resultados de institutos de pesquisas é triplicar o proselitismo em busca de convencer o eleitor é votar em si. Ficar discutindo, brigando ou recorrendo na justiça é uma real e desesperada demonstração de medo do(s) adversário(s).

 

Nesta reta final, as pesquisas são muito bem vindas e é muito bom para avaliações internas, porém não são decisivas com os eleitores. Nos últimos ‘suspiros’ de uma campanha, o que não faltam são pesquisas (de todos os modelos e de todos os institutos), na tentativa de influenciar os eleitores indecisos.

 

Ao longo dos meus 30 anos de comunicação e analise política, já vi candidato a governador do Tocantins entrar na justiça para que a afiliada da rede globo, no estado, não publicasse determinados resultados de pesquisas. Este mesmo candidato dormiu governador eleito e acordou derrotado. Os principais veículos de comunicação do país publicaram reportagens afirmando que a impressa e a liberdade de expressão estavam sendo amordaçadas foi ‘pancada’ em todos os telejornais e principais jornais impressos, além de rádios locais e nacionais.

 

Como falava meu saudoso amigo/irmão, meu professor Salomão Wenceslau “está chegando de a hora da onça beber água”. Qualquer erro a partir de agora pode ser fatal.