Por Edson Rodrigues e Luiz Pires

 

Em entrevista recente ao programa ESTÚDIO i, da Globo News, apresentado pela jornalista Andréia Sadi, o senador Eduardo Gomes, Líder do Governo no Congresso Nacional, mostrou seu conhecimento dos temas nacionais mais relevantes e reafirmou sua fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro. Aliás, Gomes sempre fala que ter princípios e ser fiel aos companheiros é um dos fundamentos da boa política. Nesse quesito, ele demonstrou isso na prática, ao abrir mão de sua candidatura ao Governo do Estado, com grande possibilidade de sucesso, para apoiar o amigo Ronaldo Dimas, ex-prefeito de Araguaína.

 

TETO DE GASTOS DO GOVERNO FEDERAL

 

Uma das perguntas mais embaraçosas para o senador foi sobre a quebra do teto de gastos pelo presidente Jair Bolsonaro. O entrevistador cita que hoje o teto de gastos está furado, começando de forma justificável, por causa da pandemia, mas também para preservar as emendas de relator, entre outros argumentos. Hoje, o Lula fala em acabar o teto de gastos. “Então eu não vejo muita diferença, se for analisar por um lado ou outro, pro lado do PT e pro lado do Bolsonaro, em relação a essa questão fiscal, porque na verdade dos dois lados, na minha opinião pelo menos, não explicam como é que ele vai funcionar no ano que vem. O governo vai renovar a isenção da CIDE, Cofins e PIs pra gasolina e pro diesel? São mais de reais. Então, nesse campo fiscal nenhum dos dois lados vai poder falar do outro não”.

 

Senador Eduardo Gomes – Eu acho que na questão da origem até pode, Walter, porque o teto de gasto só foi criado pela esculhambação que o PT fez no seu governo, o maior desastre fiscal e econômico da República Brasileira. Ele fala como se sequer tivesse participado da ideia do teto. O teto surgiu para evitar que o Brasil fosse de vez pro buraco depois de administrações desastrosas do PT. Não devia nem falar do assunto. Prejuízo para a Petrobrás, as estatais todas dando prejuízo. Economicamente não há o que se discutir. Só o período eleitoral permite que PT discuta teto. Agora o presidente e o ministro Paulo Guedes tem alertado sobre o teto e a sua manutenção para o equilíbrio fiscal, mesmo com sacrifício. Eu acho que esse novo Congresso, um Congresso plural, com eleições de gente de centro, de esquerda e de direita, pode, sim, tratar do assunto, mas o PT, jamais.

 

AUXÍLIO BRASIL E TETO DE GASTOS

 

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira deu uma entrevista para o jornal Valor Econômico dizendo que a prioridade, a pauta prioritária para 2023, vai ser manter os essenciais do auxílio Brasil. Só que não é em uma canetada como ele diz, porque é preciso discutir de onde vai sair esses recursos. Pergunto ao senhor, e quero falar também do teto de gastos, que é preciso discutir o teto em algum momento, porque senão, como ele diz aqui no Valor, não vai poder fazer obra, não vai poder fazer nada. Traduzindo para o assinante, para ver se eu entendi de forma correta: o Governo Bolsonaro tem uma agenda liberal, mas a prioridade é o Auxílio Brasil e também acabou o teto de gastos. É isso?

 

Senador Eduardo Gomes – O que o ministro Ciro falou e que é importante, o próprio ministro Paulo Guedes em algum momento falou sobre o assunto, é uma rediscussão sobre o teto e hipótese de manutenção parcial ou temporal do teto de gastos ou da responsabilidade fiscal e vivendo isso da maneira mais conservadora. O que o nosso adversário propõe, e falou isso pessoalmente, é acabar (com o teto de gastos).

 

ESTRATÉGIA PARA O SEGUNDO TURNO

Temos muitos assuntos para conversar com o senhor, mas vou começar pelo segundo turno, esses apoios das duas campanhas. Eu queria ouvir do senhor qual é a estratégia que o senhor acha que o presidente Bolsonaro precisa para alcançar Lula e vencer as eleições?

 

Senador Eduardo Gomes – Eu queria deixar uma impressão pessoal. Eu acho que nós estamos vivendo no Brasil uma eleição de dois turnos com dois candidatos. É como se fosse dois segundos turnos, porque os candidatos são conhecidos. Parece que a gente continua na mesma briga, duas correntes políticas e dois candidatos. Eu vi hoje o presidente Bolsonaro recebendo muitos apoios, principalmente de lideranças locais, municipais, estaduais, aqueles que correram no primeiro turno para fazer majoritariamente a campanha de seus deputados estaduais, deputados federais...

 

PRESIDÊNCIA DO SENADO

 

A senadora Damares quer ser presidente do Senado. O senhor, que conhece mais a Casa, cabe uma presidente como a Damares e o que o senhor achou das declarações dela? Hoje ela confessou que mentiu em público dizendo que crianças têm dentes arrancados para praticarem sexo oral e que só Bolsonaro pode salvar as crianças. Essa declaração, no entendimento do senhor, tira a oportunidade dela presidir uma Casa tão importante como o Senado?

 

Senador Eduardo Gomes – É curioso como todo mundo que participou do Governo conseguiu sucesso nas urnas, a exemplo do senador por São Paulo, Marcos Pontes e tantos outros senadores. Eu entendo que nesse momento falar sobre eleição de presidente da Casa sem a posse ainda dos 27 novos integrantes e aqueles reeleitos pro Senado é uma discussão que só vai chegar a cabo no começo do mês de fevereiro. É impossível discutir isso antes. E acho que a senadora vem falando com a imprensa sobre suas declarações.

 

O senhor apoiou Rodrigo Pacheco, se não me engano, para presidente do Senado. O senhor apoiaria ele de novo para reeleição no ano que vem? Ele faz uma boa gestão, ele tem condições de continuar?

 

Senador Eduardo Gomes – Tomando como base uma conversa que eu tive com o próprio senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, ele me disse que esse ambiente todo será discutido após as eleições do segundo turno. Ele fala da legitimidade da bancada do PL, por ser a maior bancada, reivindicar a presidência, ele fala da legitimidade da sua possibilidade de eleição. Portanto, eu acho que esse vai ser um debate maduro, consciente, que ocorrerá após a eleição do segundo turno.

 

TEMAS INTERNACIONAIS PODEM DIMINUIR A DIFERENÇA ENTRE LULA E BOLSONARO?

 

O próprio Governo no primeiro turno, na campanha, utilizou gravação de clip feito do Donald Trump, de Vitor Orban da Hungria também. Uma eleição que também é, em boa parte, um plebiscito sobre um governo que está terminando para ver se quer continuar nessa linha ou mudar, o senhor acha que de fato essa ênfase em questões internacionais, nessa ideia da ameaça do comunismo pairando sobre o Brasil, que tem escravizado a campanha do presidente Bolsonaro, isso é suficiente para diminuir essa diferença que o presidente Lula conquistou no primeiro turno? E mais do que isso, vai eventualmente mudar votos de quem votou nele? O senhor acha que é esse o tom da campanha ou acha que se deve falar mais de outras questões e aí o senhor me diria do que seria prioridade na sua visão?

 

Senador Eduardo Gomes – Eu vejo a campanha muito par ou ímpar. Eu vejo a campanha muito acirrada, uma campanha com vários temas importantes e vejo que a matéria internacional de verdade que a gente tem nesse momento, nesse ambiente internacional, é a economia e a economia do país (está) mostrando um posicionamento diferenciado em relação a países semelhantes. Acho que isso conta (a favor do presidente Bolsonaro).

 

SOBRE INFLUENCIAR OS VOTOS DOS SEGMENTOS RELIGIOSOS

 

Senador Eduardo Gomes - Os fiéis da igreja têm capacidade de discernimento e a gente entende que não há uma ligação direta com o presidente Bolsonaro ou uma ação de campanha. Eu acompanhei o debate sobre a questão religiosa da política e me veio à memória casos recentes com a pastoral da terra e com outras formações em governos passados que tinha essa vinculação, que nem sempre eram verdadeiras. Portanto, a aceitação do presidente Jair Bolsonaro no meio evangélico, religioso, católico, depende muito da ação de seus membros. Alguns fazem política ativa. Portanto eu dou um desconto, porque eu entendo que declaração pessoal deve ser explicada pessoalmente, ainda mais por quem já tem mandato e acredito que qualquer manifestação um pouco exagerada pode dar um campo para esses debates que nós estamos (vendo) agora a 17 dias da eleição.

 

ENQUADRAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

 

Senador, outra polêmica foi provocada pela declaração do Hamilton Mourão de que o Senado vai querer interferir em outro poder, o Supremo Tribunal Federal. Isso reforçou a tese de quem apoia Lula dizer que a democracia está em risco com o segundo mandato do Bolsonaro. Há clima no Senado para, como disse o Ricardo Barros, colega do senhor como líder do Governo, de enquadrar o Judiciário. O senhor defende o enquadramento do Judiciário?

 

Senador Eduardo Gomes – Eu defendo a discussão plural, com respeito, com interdependência, com harmonia. Eu acho que isso é plenamente possível, acho até que essa não é a discussão jurídica central. Eu vejo um momento, em meados do ano que vem, em que podem ser discutidas as nulidades ou pelo menos a transferência de fórum da condição eleitoral do ex-presidente, que está disputando a presidência. Vejo um número muito grande de parlamentares com capacidade jurídica, como é o caso do atual presidente (do Senado), que é especialista em direito constitucional, de abrir uma discussão só com a participação dos três poderes. Não foi assim que nós conseguimos a redução do ICMS, foi preciso um debate com os secretários de Fazenda dos Estados, por exemplo.

 

 

Posted On Sexta, 14 Outubro 2022 13:21 Escrito por

Em entrevista exclusiva a O Paralelo 13 o analista político Lutero Fonseca fala sobre o resultado das eleições no Tocantins e no Brasil e o que podemos esperar da disputa no segundo turno em nível nacional.

 

Por Edson Rodrigues e Luiz Pires

 

“AS VELHAS FAMÍLIAS QUE COMANDAM O TOCANTINS HÁ TANTOS ANOS FORAM DERROTADAS POR ELAS MESMAS, PELO SEU JEITO ANTIGO DE FAZER POLÍTICA”

 

 

O Paralelo 13 - Como você analisa o resultado das eleições no Estado do Tocantins?

 

Lutero – As velhas famílias que comandam o Tocantins há tantos anos foram derrotadas por elas mesmo, pelas suas ações, pelo seu jeito antigo de tocar a política. Não entenderam a mudança que estava ocorrendo no país, e no Tocantins não é diferente. Não entenderam a mudança de rumo ideológico, principalmente em nosso Estado, e continuaram discutindo querelas de fundo de quintal. Isso cansa o eleitor, que resolveu fazer um “limpa”. Tanto é que estão surgindo novas lideranças em todas as regiões, no Bico do Papagaio, em Araguaína, em Palmas... olha o exemplo de Palmas: a estrutura prefeitura, com uma senadora com mandato, perdeu para uma vereadora. O marido da prefeita teve 9.000 votos na Capital, a senadora teve 12.000 votos e a vereadora teve mais de 13.00 votos em Palmas. Isso mostrou o que está acontecendo no Estado. São novas lideranças chegando, o que é bom para o Estado. Essa renovação, que não acontecia até hoje, é necessária.

 

governador... porque tinha uma estrutura política grande ao redor dele, assim como Dulce Miranda virou deputada federal duas vezes. E não entenderam o recado que foi dado nas últimas eleições. Assim como a senadora Kátia Abreu, que já fez um trabalho imenso, mas a população cansa, resolve mudar de ares, querendo outra opção, outro estilo de fazer política, outro estilo de preparar o Estado para o futuro.

 

“A POPULAÇÃO QUER QUE VOCÊ (POLÍTICO) TENHA UM LADO. A POPULAÇÃO QUER DEFINIÇÃO. CHEGA DE MENTIRA, CHEGA DE FICAR EM CIMA DO MURO. APOIO DE GATOS, RATOS, COBRA E TATU N]AO RESOLVE. VOCÊ TEM QUE TER UM LADO DEFINIDO E DEIXAR ISSO BEM CLARO PARA O ELEITOR”

 

A população quer que você tenha um lado. Isso está demonstrado nacionalmente. Um candidato representa uma coisa e o outro representa outra. E a população quer definição. Chega de mentira, chega de em cima do muro. Apoio de gatos, ratos, cobra e tatu não resolve. Você tem que ter um lado definido e deixar isso claro para o eleitor.

 

O Paralelo 13 – Essa tentativa da senadora Kátia Abreu de demonstrar que estava acima das ideologias, acima dos partidos, pegando apoio do Lula, pegando apoio do Chefe da Casa Civil do Bolsonaro, pegando apoio do Siqueira Campos, pegando apoio do ex-presidente José Sarney, deu efeito contrário, não foi?

 

Lutero – Deu efeito contrário, sim. A população quer que você tenha um lado. Isso está demonstrado nacionalmente. Um candidato representa uma coisa e o outro representa outra. E a população quer definição. Chega de mentira, chega de em cima do muro. Apoio de gatos, ratos, cobra e tatu não resolve. Você tem que ter um lado definido e deixar isso claro para o eleitor. Quando você tem um lado definido e você se posiciona ideologicamente, os seus colegas te respeitam muito, os adversários respeitam muito mais e os eleitores respeitam mais ainda.

 

Esse movimento não estava na base. E os institutos de pesquisa, que são empresas de pesquisa, recebem dinheiro, alguém lhes paga, e quem paga é dono do negócio. Por isso que deu essa discrepância gigante. Em São Paulo, por exemplo, o Tarcísio estava quase dez pontos atrás nas pesquisas e terminou o primeiro turno com oito pontos na frente. Assim era nacionalmente, o Lula ganhando no primeiro turno e começou perdendo a apuração. As empresas de pesquisa vivem de lucro e de quem paga mais. E quem paga é o dono do produto.

 

essas empresas de pesquisa não terão muita influência no segundo turno?

 

Lutero – Já não tiveram no primeiro turno. Agora para o segundo, quando se mostrou a realidade, perderam totalmente a credibilidade.

 

O Paralelo 13 – O Tocantins é um dos Estados do Brasil que não pode reclamar da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Inclusive pela influência do senador Eduardo Gomes, Líder do Governo no Congresso Nacional. Nenhum Estado recebeu tantos recursos do Governo Federal, proporcionalmente à sua população, como recebeu o Tocantins. Mas no primeiro turno Bolsonaro não foi o vitorioso. Como você acha que vai ser a eleição presidencial no Tocantins no segundo turno?

 

Lutero – O segundo turno vai ser mais acirrado do que o primeiro (no Tocantins), principalmente pela liderança do senador Eduardo Gomes, que vai se dedicar integralmente à campanha. E, é claro, as pessoas que fizeram espontaneamente a campanha para o presidente Bolsonaro no primeiro turno vão continuar fazendo e vão gastar mais tempo com isso. Acho que o Estado do Tocantins foi o maior beneficiado pelo Governo Federal (na gestão Bolsonaro), apesar de sermos apenas 0.05% da arrecadação do país. Esse segundo turno vai chegar no dia 30 muito bem desenhado (pelo eleitor) e as empresas de pesquisa não vão dar conta de desenhar que vai ser o presidente da República, não.

 

O centro/direita mostrou a que veio. Como que você vota num deputado estadual da direita, num deputado federal da direita, num senador da direita, num governador da direita e não vota num presidente da direita? Essa é uma história mal contada também. Vide Minas Gerais, onde o governador que foi eleito é de direita, o senador é de direita, o deputado federal mais votado do país, de Minas Gerais, é do PL, que se tornou o maior partido dentro do Câmara Federal, com 101 deputados, o maior partido dentro do Senado, com 14 senadores. Você pega o centro/direita e junta tudo, tem maioria absoluta, tanto na Câmara quanto no Senado. Você olha para a Assembleia Legislativa aqui, e não é diferente. Esse povo, que estava cuidando da sua eleição, agora vem pra campanha presidencial.

 

O Paralelo 13 – O Brasil está no terceiro mês de deflação, o preço do gás de cozinha baixou, a energia baixou, os combustíveis baixaram... Qual a sua opinião para o governo do Bolsonaro nos próximos quatro anos, se agora ele conseguiu controlar, depois dessa pandemia, a economia do país?

 

Lutero – Se ele for eleito no segundo turno, com apoio da maioria no Congresso Nacional, com oito governadores eleitos no primeiro turno e mais oito que poderão ser eleitos no segundo turno, ele vai ter uma estrutura política com o mesmo pensamento. Tanto o pensamento liberal na economia quanto o pensamento conservador nas condições de viver na sociedade. Aí vai ter mudança, sim, e acredito que esse rumo vai agigantar o Brasil nesse momento em que o mundo entra em crise, com grande inflação na Europa, crise de energia, os Estados Unidos com inflação gigantesca, a China também em crise. Bolsonaro, com maioria no Congresso, vai fazer uma mudança muito grande nesse país e creio que para melhor.

 

“A PRIORIDADE É O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO. MAS NÃO É O DESENVOLVIMENTO FÍSICO, TER MAIS PRÉDIOS BONITOS... É O DESENVOLVIMENTO HUMANO”

 

O Paralelo 13 – O governador Wanderlei Barbosa foi eleito com esmagadora maioria. Qual a prioridade, na sua opinião, que os nossos congressistas terão em Brasília e o governador no Tocantins?

 

Lutero – A prioridade é o desenvolvimento do Estado. Mas não é o desenvolvimento físico, ter mais prédios bonitos... é o desenvolvimento humano. É preciso asfaltar uma estrada daqui para o Jalapão, por exemplo, mas o desenvolvimento tem que estar presente ao longo dessa estrada. Vai fazer uma PCH no Rio Sono, investir dois bilhões de reais, mas as pessoas que estão lá precisam ter o desenvolvimento humano. Aí entram o Estado e os parlamentares, tanto estaduais quanto federais. Como se promove esse desenvolvimento humano lá no Rio Sono, onde vai ter essa usina? Desenvolvimento cultural, instrução, para empregar o povo de lá nesse desenvolvimento que vai acontecer. Se não, vem tudo de fora e continua o povo da região à margem, olhando o desenvolvimento e com fome.

 

O Paralelo 13 –conselho que você dá para os eleitores tocantinenses que vão dia 30 votar para presidente da República para que eles possam fazer o julgamento dos dois candidatos, Lula e Bolsonaro?

 

Lutero – Primeira coisa, olhar o passado. O que que um já fez lá no passado e o que que o outro fez nesse passado recente. Qual o trabalho que foi feito, bem feito, para a Nação. Se tem máculas, sem tem corrupção ou se tem hombridade, se tem seriedade com o bem público. E o principal, que não divide a nação entre eu e eles, entre héteros e homos, entre pretos e brancos. Nós somos uma nação, nós falamos do Oiapoque ao Chuí a mesma língua. Essa é a percepção: olhar para o passado de todos, que já fez de errado e o que fez de certo, pra gente projetar o presente e o futuro. E o presente é hoje, e o futuro que queremos depende do passado de um dos dois. A elite dominante que está com quem, que ao longo dos últimos 40 anos comandou o pensamento nacional? Essa quebra é necessária? Isso o eleitor tem que pensar bem.

 

Posted On Quinta, 06 Outubro 2022 06:22 Escrito por

O candidato ao Governo do Estado, Coronel da Aeronáutica Ricardo Macedo disse, em entrevista exclusiva ao jornal O Paralelo 13, que as ações do presidente da República, Jair Bolsonaro, o incentivaram a colocar seu nome à disposição da população tocantinense. O coronel Ricardo é filho de tradicional família de Porto Nacional e serviu durante 37 anos à Força Aérea Brasileira. Leia, na íntegra, a entrevista concedida a O Paralelo 13.

 

 

O Paralelo 13 - O que o motivou a entrar na política, tendo desenvolvido toda sua carreira na caserna?

 

Cel Ricardo – Sou tocantinense de berço e fui educado nas mais valiosas tradições da família e da fé cristã. Trabalhei arduamente pelo Brasil, nos 37 anos passados na Força Aérea Brasileira. Foi na caserna que amadureci e tive a confirmação dos valores aprendidos no seio familiar durante a infância e a adolescência, em Porto Nacional, e também onde foi onde tive a minha plena consciência sobre os valores de Coragem, Lealdade, Honra, Dever, Pátria e Deus. Ao passar para a reserva, como Coronel, senti que não poderia ficar em casa parado, vendo o nosso Estado do Tocantins entregue à corrupção, com uma imagem que tem nos envergonhado. Encorajado com as ações de nosso Presidente Bolsonaro, buscando implantar uma política conservadora, em defesa da família, do empreendedorismo e de combate à corrupção, vi que não poderia me furtar de participar do pleito eleitoral, para governar o meu Estado de forma a honrosa, trazendo uma administração honesta e transparente, respeitando cada cidadão tocantinense.

 

O Paralelo 13 - Qual aprendizado a sociedade brasileira pode conquistar com a polarização ideológica em curso na campanha presidencial em curso?

 

Cel Ricardo – A bipolarização na campanha presidencial traz reflexões importantes para o povo brasileiro. Muitos partidos estão envolvidos no pleito presidencial e apenas dois candidatos somam a grande maioria dos votos. Esse fenômeno não é nada mais que a escolha da grande maioria dos eleitores entre os dois candidatos que, claramente, apresentam espectros opostos. O Presidente Bolsonaro, por um lado, combatendo a corrupção, defendendo a bandeira verde-amarela, os valores cristãos, cívicos e de família, a união das classes, a legitimidade dos bens privados e a liberdade de mercado e, do lado oposto, o Ex-presidente Lula, defendendo a bandeira vermelha, as ideias marxistas,  a luta de classes, o apoio a ditaduras socialistas, criando bandeiras de subgrupos (negros, gays, indígenas, etc) para dividir a sociedade. Cabe ao eleitor fazer uma reflexão antes de escolher o seu candidato, fazer um voto consciente do que é melhor para o seu País. Não podemos esquecer que o maior serviço social que um governo pode prestar ao seu povo, é mantê-lo vivo e em liberdade.

 

O Paralelo 13 - O senhor acredita que a eleição presidencial deste ano será um divisor de águas para o futuro da nação? Por que?

 

Cel Ricardo – A eleição presidencial deste ano sem dúvida será um divisor de águas para o nosso futuro. O grande trabalho que o Presidente Bolsonaro vem fazendo pelo Brasil é inquestionável. Acredito, sem sombra de dúvidas, que o povo brasileiro tem consciência da necessidade de mantermos o Brasil no caminho da moralidade e do desenvolvimento econômico. A Esquerda, pelo contrário, vai querer destruir a sociedade, assaltando as estatais, a favor das drogas, do aborto, do controle total da liberdade de expressão, da invasão de terras, da ideologia de gêneros para as crianças, da destruição do agronegócio, enfim, quer voltar a destruir o trabalho árduo que o atual Presidente vem construindo nos últimos 4 anos. Bolsonaro é a última barreira contra o Socialismo e contra o Comunismo no Brasil.

 

O Paralelo 13 - Em sua opinião, quais são as maiores mazelas da gestão pública brasileira como um todo?

 

Em entrevista a TV Anhanguera

 

Cel Ricardo – O mal da corrupção existe em todo o mundo, mas no Brasil ela se arraigou de forma cultural. É raro se encontrar um político com o verdadeiro propósito de trabalhar para o bem de seu povo, fazendo uma administração honesta e transparente. A corrupção, o corporativismo, o fisiologismo e as relações controversas entre os setores público e privado, assim como as relações de lealdade e não técnicas, de interesse comum na administração pública, têm deturpado a boa política e limitado a capacidade plena de atuação da democracia e relações republicanas em nosso País. Nesse sentido, o Presidente Bolsonaro tem trazido esperança ao povo brasileiro, por meio de uma gestão pública eficiente, pautada no modelo de governança, transparência e conformidade, com resultados efetivos não somente para a administração, mas particularmente para os cidadãos que são os mantenedores e principais destinatários dos serviços públicos.

 

O Paralelo 13 - Quais suas propostas para educação pública no Tocantins?

 

Cel Ricardo – Precisamos aperfeiçoar e qualificar a educação do Tocantins, atendendo às demandas do mundo contemporâneo. A qualidade da Educação no Estado ainda é baixa e deixa a desejar, em particular quando comparada com outros estados da região Norte (PNAD Contínua 2021). A evasão escolar também aponta para uma melhor atenção à área de ensino estadual. Muitas escolas não possuem laboratório de informática, nem biblioteca ou sala de leitura. Precisamos ter mais colégios cívico-militares com tempo integral, um modelo que tem trazido excelentes resultados em todo o Brasil,  precisamos ter universidades de ponta, com formação de mestres e doutores. É hora de investirmos em pesquisa, por exemplo, na área da agropecuária, da piscicultura, da saúde, etc. Não podemos deixar o nosso capital humano fugir do Estado, principalmente os jovens. O quadro geral na Educação do Estado é, portanto, precário e muito aquém do necessário para garantir o desenvolvimento econômico e o crescimento da renda per capita.

 

O Paralelo 13 - E para oferta de uma saúde pública de qualidade no Estado?

 

Cel Ricardo – A degradação da qualidade dos serviços de saúde prestados à população é um dos aspectos mais preocupantes da realidade de nosso Estado. Não há uma efetiva política estadual de saúde. A população necessita com urgência de uma assistência mais humanizada na saúde pública. A nossa Carta Magna prevê que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado. Nosso compromisso é fazer com que o governo assuma efetivamente o comando do sistema estadual de saúde, conforme preceitua a Constituição, a fim de organizar, articular e fiscalizar todos os serviços de saúde, públicos e privados, atendendo, de fato, as necessidades da população tocantinense. Vamos interiorizar a saúde, equipando adequadamente os Hospitais Regionais, de forma que desafogue o Hospital Geral de Palmas. Vamos estender o programa de médico da família a todo o Estado. Aumentaremos o número de UPA’s em todo o Estado. Vamos criar o Caminhão da Saúde (CASA) que irá percorrer todo o Estado levando equipamentos e médicos para realizarem exames nos moradores dos lugares desprovidos de assistência médica.

 

O Paralelo 13 - O senhor acredita que será possível recuperar em quatro anos a malha viária do Tocantins, hoje com mais de quatro mil km em situação precária?

 

Cel Ricardo – A malha viária de nosso Estado é de extrema importância para o desenvolvimento de nossa economia. O Agronegócio, a maior vocação econômica do Estado, depende essencialmente de boas estradas para o escoamento da produção, no entanto, o descaso geral dos governantes, tem onerado e muito os produtores de grãos, reduzindo a sua competitividade com produtores de outros estados. Nós faremos a recuperação da malha viária do Tocantins, em grande parte, por meio de convênios com Batalhões de Engenharia do Exército, uma parceria que tem trazido excelentes resultados em todo o Brasil, tanto pela qualidade do serviço, como pela economia de gastos (superior a 30%).

 

O Paralelo 13 - Qual o seu plano para o desenvolvimento de uma logística multimodal no Estado?

 

Cel Ricardo - O Estado do Tocantins possui uma localização geográfica muito privilegiada e, se for dotado de uma infraestrutura de transporte adequada, poderá se transformar em um importante centro de distribuição de carga para todo o país, dada a equidistância da capital Palmas para as capitais mais distantes. No entanto, precisamos de uma logística multimodal bem estruturada. Temos a Ferrovia Norte-Sul, inaugurada pelo Presidente Bolsonaro, que já se tornou um realidade como um forte atrativo de investimentos para o Estado,  contudo, ainda necessitamos de melhor estruturação em outros modais, como a recuperação das rodovias do Estado, como o asfaltamento de estradas vicinais, como a preparação das hidrovias Araguaia-Tocantins, com construção das eclusas do Lajeado e do Estreito. O modal aéreo também é de extrema importância para o desenvolvimento do Tocantins, para o transporte de produtos perecíveis como peixes e frutas, bem como para alavancar o turismo no Estado, no entanto, por falta de interesse dos governos anteriores, o Plano Aeroviário Estadual está desatualizado desde 1995, impossibilitando o Estado de carrear recursos federais da Agência Nacional de Aviação Civil para a recuperação dos aeródromos públicos.

 

O Paralelo 13 - O que pretende fazer para melhorar a segurança pública no Estado, que se encontra em situação precária?

 

Cel Ricardo – A Segurança Pública é um problema social importante em nosso Estado. Precisamos trabalhar com Inteligência e com base em tecnologia. Isso passa pela integração da Secretaria de Segurança com as demais secretarias, SAMU, Guardas Municipais, Corpo de Bombeiro, Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e demais órgãos de apoio em situações de crise. Não se faz segurança sem integração. A transformação do cenário caótico em que nos encontramos começa com a adoção de uma gestão que trabalhe com eficiência, otimização de recursos, realimento de processos e motivação. O profissional da Segurança Pública tem uma atividade de grande risco e, portanto, merece ser valorizado em sua carreira, merece ter segurança jurídica em suas ações de combate à criminalidade, e merece respeito e um salário digno.

 

O Paralelo 13 - Suas considerações finais 

 

Cel Ricardo – Não há mais dúvida de que o povo tocantinense está indignado com a atuação de nossos últimos governantes, que estão sempre metidos em escândalos. E agora, o povo clama por um governador sério, honesto e transparente, para mudar a história de nosso Estado.  Há muito a ser feito para que o Estado possa recuperar o tempo perdido gerado pelas crises políticas. Sou candidato a Governador e quero assumir o compromisso de fazer um governo diferente para o nosso Tocantins, um governo jamais visto, combatendo diuturnamente a corrupção, prestando um serviço público com transparência e trazendo Ordem e Progresso para o Estado. Sou Coronel aposentado da Força Aérea Brasileira e, agora, quero trabalhar pelo meu Tocantins. Mas, para isso, preciso do voto dos tocantinenses que também querem essa mudança. CORONEL RICARDO MACEDO Número 35.

 

 

Posted On Segunda, 26 Setembro 2022 16:09 Escrito por

Entrevista com Lutero Fonseca, cientista político

 

Faltando 15 dias para as eleições, o OBSERVATÓRIO POLÍTICO DE O PARALELO 13 ouviu o cientista político Lutero Fonseca, que considera um grande divisor na forma de pensar a política como um todo, pela sua independência financeira e política. Ouvir o Lutero é ouvir um analista político que fala com a mente e não com o coração.

 

A POPULAÇÃO “ENXERGA” AS COISAS DE LONGE

 

Segundo Lutero, todas as ações dos agentes políticos são percebidas pela população. Às ela vezes fica silenciosa e às vezes se manifesta. Quando um agente político se movimenta sem coerência, mas visando apenas a sua estrutura econômica e a vontade de estar no poder, a população percebe e pune nas urnas. Não deixa isso em branco.

 

Ele afirma que atualmente estamos vendo vários exemplos: vereador fazendo extorsão com deputado estadual, com deputado federal, com senadores, com candidatos a governador. E, ao contrário, também alguns deputados estaduais, deputados federais fazendo extorsão um com o outro.

 

Lutero faz questão de esclarecer que isso não é regra geral. Tem pessoas retas, tem pessoas que têm propósito, tem pessoas que têm rumo político. Sabem o que querem e respeitam a população.

 

Esse tipo de ação “não é desrespeito consigo mesmo, é desrespeito com a população que vota, é desrespeito com uma sociedade que está sendo reconstruída, que está sendo reorganizada de novo depois de 30 anos”, diz nosso entrevistado.

 

A POPULAÇÃO NÃO ENTENDE CERTAS ATITUDES

 

“Essas coisas que aconteceram nos últimos dias, adversários figadais, adversários quase de chegar às vias de fato se unirem em reta final de campanha, a população não entende isso. É muito estranho”, afirma. “É como se um pré-candidato a governador tivesse acertado com outro pré-candidato a governador que seria seu apoiador e de repente larga e vai ser candidato. Isso é prática comum que ve⁸m acontecendo nos últimos oito anos aqui no Tocantins. Um político passando rasteira noutro. Ninguém tem palavra. E o pior de tudo, a cara está precisando de óleo de peroba para quem aceita fazer esse tipo de negócio”, continua.

 

QUANDO A POSIÇÃO POLÍTICA É COERENTE O ELEITOR ENTENDE

 

Para o analista, quando o político tem uma posição, ela precisa ser coerente. Inclusive, a pauta financeira. Quando alguém de uma estrutura social, por exemplo do agronegócio, se coloca à disposição da população com o seu nome e toda a estrutura do agro resolve ajuda-lo, todo mundo acha normal.

 

“Mas, se esse cara do agro coloca para a sociedade o seu nome à disposição e quem vai ajudá-lo são pessoas estranhas a esse ninho, tipo agiota ou milicianos ou traficantes, a população percebe e não aceita isso. Ou seja, também o dinheiro tem propósito e tem razões. O dinheiro não é bandoleiro, ele é coerente. E quando você faz acordo apenas com o dinheiro, é certeza que o fracasso virá”, garante.

 

E AS FAMOSAS RASTEIRAS POLÍTICAS?

“As famosas rasteiras na política o eleitor percebe tudo, só não participa ativamente para falar não ou para falar sim ou para rejeitar. O único momento em que ele dá a resposta é lá nas urnas”, analisa.

 

"Ao longo dos últimos 30 anos, o político que deu rasteira em outro no Tocantins (e todo mundo sabe os nomes, todo mundo sabe as histórias) sofreu o revés nas urnas no mesmo ano. Isso é normal. A população não gosta do traidor. Ele até acha engraçada a traição, mas do traidor ele não gosta, ele pune nas urnas”, esclarece.

 

Para Lutero Fonseca, a sociedade não gosta de mentira, não gosta de ser enganada, não gosta que lhe faça de boba, que lhe engane, que não deixem ver as coisas com clareza. A sociedade não admite isso. E a maneira de expressar sua rejeição é nas urnas.

 

Ao encerrar sua análise, Lutero Fonseca disse que os políticos estão subestimando a inteligência do eleitor e, principalmente, não estão sabendo ler o inconsciente popular. “A mudança está ocorrendo há mais de 26 anos no país, e no Tocantins não é diferente. Aqui a mudança está ocorrendo e os políticos não estão sabendo fazer a leitura do inconsciente popular e subestimando a percepção da população”, encerrou.

 

 

Posted On Sábado, 17 Setembro 2022 05:08 Escrito por

Presidente desautoriza secretário da Economia e nega que medida possa impactar o orçamento do próximo ano. Disse que fará de de tudo para corrigir a tabela de imposto de renda

 

 

Pontos Importantes

 

*Bolsonaro reafirma que quer ir a debate: 'Tenho o quê apresentar'

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*Comprovo que sou democrata pelo que fiz', diz Bolsonaro

 

*Descarta assinar carta pela democracia e critica opositores,

*Sobre palanques: "Não vamos entrar em bola dividida"

 

Por: Nathalia Fruet

Em entrevista exclusiva ao SBT, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a intenção em manter o programa social Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano. Na declaração, dada nesta 3ª feira (2.ago), o mandatário afirmou que a medida não vai interferir no orçamento do próximo ano e foi avalizada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

 

"Não vai ter problema [com orçamento]. Teremos responsabilidade para isso. Foi acertado hoje com Paulo Guedes. E a proposta nossa na Lei de Orçamento Anual já vai com esse indicativo de manter R$ 600 no ano que vem", declarou.

 

A resposta foi dada ao ser questionado pela declaração do Secretário Especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago que no final de julho sinalizou impacto de até R$ 60 bilhões, caso haja acréscimo de R$ 200 no benefício em 2023. Até então, a pasta ainda trabalhava com o valor em R$ 400 para a Lei Orçamentária do próximo ano.

 

Entre os pontos citados por Bolsonaro para manter o valor turbinado está a expectativa de maior arrecadação no próximo ano. "O Brasil tem batido o recorde de arrecadação e nós não podemos desamparar esses mais humildes", afirmou o presidente.

 

Bolsonaro destacou, no entanto, que para manter o valor será necessário apoio do Congresso. "Vai depender do parlamento", enfatizou

 

A entrevista foi concedida com exclusividade à repórter Nathalia Fruet, e foi ao ar ao vivo no SBT Brasil desta 3ª feira.

 

 

Posted On Quarta, 03 Agosto 2022 07:06 Escrito por
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