Fichados também deverão prestar depoimento à Polícia Federal em até 10 dias
Por: Camila Stucaluc
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas bancárias ligadas a 43 pessoas físicas e jurídicas, suspeitas de financiar atos antidemocráticos no país. As manifestações, que resultaram no bloqueio de rodovias federais, foram feitas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.
Segundo Moraes, a decisão, que está sob sigilo, tem como objetivo frear a utilização de recursos para financiar atos ilícitos e antidemocráticos. O ministro determinou ainda que a Polícia Federal colha, em até 10 dias, depoimentos de todas as pessoas físicas e representantes legais das empresas supostamente envolvidas nas manifestações, que, além de reivindicar o resultado do pleito, defenderam a intervenção militar.
"Os movimentos reivindicatórios de empregadores e trabalhadores -- seja por meio de greves, seja por meio de reuniões e passeatas -- não podem obstar o exercício, por parte do restante da sociedade, dos demais direitos fundamentais, configurando-se, claramente abusivo, o exercício desses direitos que impeçam o livre acesso das demais pessoas aos aeroportos, rodovias e hospitais, por exemplo, em flagrante desrespeito à liberdade constitucional de locomoção (ir e vir), colocando em risco a harmonia, a segurança e a Saúde Pública, como na presente hipótese", disse Moraes.
Para a identificação dos envolvidos, foram reunidos relatórios de inteligência, informações policiais, registros fotográficos e pesquisas de vínculos dos alvos. Os documentos, aos quais o SBT News teve acesso, mostram que, entre os fichados como suspeitos, estão políticos, policiais e ex-policiais, servidores públicos, membros de sindicatos, fazendeiros e empresários do agronegócio e donos de estandes de tiro
Presidente eleito recebeu carta dos governadores da região
Por Andreia Verdélio e Pedro Peduzzi
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, vai propor que a 30º edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, seja na Amazônia. “Vamos falar com o secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas, António Guterres] e vamos pedir que a COP de 2025 seja feita no Brasil, na Amazônia”, disse, hoje (16), durante participação na COP27, no Egito.
“Acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia, que defendem o clima, conheçam de perto o que é aquela região, para que as pessoas possam discutir a Amazônia a partir de uma realidade concreta e não apenas a partir de uma cultura através de leitura”, disse. Para Lula, tanto o estado do Pará quanto o do Amazonas estão aptos a receber a conferência internacional.
Nesta quarta-feira (16), na COP27, Lula recebeu uma carta de compromissos comuns do consórcio de governadores dos nove estados da Amazônia Legal. Durante a entrega do documento, foi o governador do Pará, Helder Barbalho, que pediu ao presidente eleito que fizesse a proposta de realização da COP30 no Brasil à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Faço um pedido em nome do Consórcio de Governadores e dos povos da floresta. Peço que ofereça a Amazônia para sediar a COP30, para que possamos levar o planeta a debater a Amazônia conhecendo a Amazônia. Para que, mais do que conhecê-la pelas redes sociais, pela distância dos livros ou do acesso à informação pelas redes, conheçam a Amazônia e o seu povo, com o pé no chão, olhando para nós, de frente, e construindo conosco uma Amazônia viva com sustentabilidade e com justiça social aos povos da Amazônia”, disse Barbalho.
O governador destacou que o compromisso do presidente eleito com a questão ambiental ficou evidente com o fato de sua primeira agenda pública internacional envolver diretamente o tema. “Sua presença aqui é um gesto que leva o Brasil novamente ao patamar do protagonismo da agenda ambiental e da agenda climática. Acima de tudo, eleva o Brasil novamente à capacidade de ter interlocução e falar ao mundo. Esse é um ativo que colaborará para que o Brasil encontre soluções e encontre uma sociedade melhor e mais justa”, acrescentou.
Convívio democrático
Lula disse que conversará com governadores e prefeitos para que governem em comum acordo. Segundo ele, o Brasil voltará a conviver democraticamente com seus representantes, independentemente de partidos políticos e visões religiosas.
“Para acabar com a fome, com a miséria, com o processo de degradação que as florestas estão vivendo, com o sofrimento dos nossos indígenas, nós vamos ter de conversar muito e trabalhar juntos para que o Brasil seja motivo de orgulho ao mundo e não motivo de desespero como é hoje”, alertou o presidente eleito.
O combate ao desmatamento ilegal e o cuidado aos povos indígenas serão muito fortes durante seu governo, anunciou o presidente eleito. Para Lula, as riquezas da Amazônia devem ser exploradas, mas mantendo a floresta de pé.
“Se a Amazônia tem a importância que todos vocês e os cientistas dizem ter, nós não temos de medir nenhum esforço para que a gente consiga convencer as pessoas de que uma árvore em pé, uma árvore viva, serve mais do que uma árvore derrubada sem nenhum critério, sem nenhuma necessidade”, disse.
Para Lula, é precisa garantir recursos, de forma a ajudar as prefeituras a melhor desenvolverem um trabalho de base. “A gente não vai evitar queimada se a gente não tiver o compromisso dos prefeitos. É o prefeito que está na cidade; que sabe de quem é a terra; e que sabe onde começou [o fogo]. Não adianta ficar discutindo de Brasília. É importante pactuar e saber que os prefeitos vão ter recursos para que a gente possa cobrar deles alguma coisa”, completou.
O presidente eleito viajou para a COP27 a convite do presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi. Foi também convidado para integrar a comitiva do consórcio de governadores da Amazônia Legal. “Não poderia ter sido convite mais representativo do que um convite feito pelos governadores da Amazônia”, disse Lula.
Amanhã (17), Lula tem encontros com representantes da sociedade civil, grupos indígenas e com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Na sexta-feira (18), viaja para Portugal, já no retorno ao Brasil.
Redução média é de R$ 2,60 por botijão de 13 quilos
Por Vinícius Lisboa
A Petrobras anunciou no início da noite de hoje (16) que vai reduzir o preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, a partir de amanhã (17).
O preço pago pelas distribuidoras será reajustado de R$ 3,7842 por quilo (kg) para R$ 3,5842/kg. Isso equivale a R$ 46,59 por botijão de 13kg, ou uma redução média de R$ 2,60 por 13 kg.
A Petrobras afirma que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática de preços.
Segundo a estatal, o objetivo é buscar o equilíbrio dos seus preços com o mercado sem o repassar para os preços internos a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.
A fase de grupos acontece entre os dias 21 de novembro e 2 de dezembro, enquanto a final está marcada para dia 18 de dezembro
Por Nat Coutinho
Faltam apenas quatro dias para o início da Copa do Mundo do Catar, que começa neste domingo (20/11) com o duelo entre Catar, país-sede, e Equador. A partida, que marcará a abertura do campeonato, está programada para acontecer às 13h, no horário de Brasília. A estreia do Brasil, que é cabeça de chave do Grupo G, será no dia 24 de novembro, contra a Sérvia.
Na etapa de grupos, serão realizados quatro confrontos por dia, com exceção da segunda-feira (21/11), que terá apenas três jogos. As partidas acontecerão às 7h, 10h, 13h e 16h, no horário de Brasília. Entretanto, a partir do dia 29 de novembro, os duelos serão disputados somente às 12h e 16h. A final tem data marcada para o dia 18 de dezembro.
Veja a tabela completa da Copa do Mundo do Catar:
Domingo, 20 de novembro
Grupo A
13: Catar x Equador
Segunda-feira, 21 de novembro
Grupo A
13h: Senegal x Holanda
Grupo B
10h: Inglaterra x Irã
16h: Estados Unidos x País de Gales
Terça-feira, 22 de novembro
Grupo C
7h: Argentina x Arábia Saudita
13h: México x Polônia
Grupo D
10h: Dinamarca x Tunísia
16h: França x Austrália
Quarta-feira, 23 de novembro
Grupo E
10h: Alemanha x Japão
13h: Espanha x Costa Rica
Grupo F
7h: Marrocos x Croácia
16h: Bélgica x Canadá
Quinta-feira, 24 de novembro
Grupo G
7h: Suíça x Camarões
16h: Brasil x Sérvia
Grupo H
10h: Uruguai x Coreia do Sul
13h: Portugal x Gana
Sexta-feira, 25 de novembro
Grupo A
10h: Catar x Senegal
13h: Holanda x Equador
Grupo B
7h: País de Gales x Irã
16h: Inglaterra x Estados Unidos
Sábado, 26 de novembro
Grupo C
10h: Polônia x Arábia Saudita
16h: Argentina x México
Grupo D
7h: Tunísia x Austrália
13h: França x Dinamarca
Domingo, 27 de novembro
Grupo E
7h: Japão x Costa Rica
16h: Espanha x Alemanha
Grupo F
10h: Bélgica x Marrocos
13h: Croácia x Canadá
Segunda-feira, 28 de novembro
Grupo G
7h: Camarões x Sérvia
13h: Brasil x Suíça
Grupo H
10h: Coreia do Sul x Gana
16h: Portugal x Uruguai
Terça-feira, 29 de novembro
Grupo A
12h: Catar x Holanda
12h: Equador x Senegal
Grupo B
16h: País de Gales x Inglaterra
16h: Irã x Estados Unidos
Quarta-feira, 30 de novembro
Grupo C
16h: Polônia x Argentina
16h: Arábia Saudita x México
Grupo D
12h: Tunísia x França
12h: Austrália x Dinamarca
Quinta-feira, 1º de dezembro
Grupo E
16h: Japão x Espanha
16h: Costa Rica x Alemanha
Grupo F
12h: Croácia x Bélgica
12h: Canadá x Marrocos
Sexta-feira, 2 de dezembro
Grupo G
16h: Camarões x Brasil
16h: Sérvia x Suíça
Grupo H
12h: Coreia do Sul x Portugal
12h: Gana x Uruguai
Sábado, 3 de dezembro
Oitavas de final 1
12h: 1º lugar Grupo A x 2º lugar Grupo B
Oitavas de final 2
16h: 1º lugar Grupo C x 2º lugar Grupo D
Domingo, 4 de dezembro
Oitavas de final 3
16h: 1º lugar Grupo B x 2º lugar Grupo A
Oitavas de final 4
12h: 1º lugar Grupo D x 2º lugar Grupo C
Segunda-feira, 5 de dezembro
Oitavas de final 5
12h: 1º lugar Grupo E x 2º lugar Grupo F
Oitavas de final 6
16h: 1º lugar Grupo G x 2º lugar Grupo H
Terça-feira, 6 de dezembro
Oitavas de final 7
12h: 1º lugar Grupo F x 2º lugar Grupo E
Oitavas de final 8
16h: 1º lugar Grupo H x 2º lugar Grupo G
Sexta-feira, 9 de dezembro
Quartas de final 1
16h: Vencedor das oitavas 1 x Vencedor das oitavas 2
Quartas de final 2
12h: Vencedor das oitavas 3 x Vencedor das oitavas 4
Sábado, 10 de dezembro
Quartas de final 3
16h: Vencedor das oitavas 5 x Vencedor das oitavas 6
Quartas de final 4
12h: Vencedor das oitavas 7 x Vencedor das oitavas 8
Terça-feira, 13 de dezembro
Semifinal 1
16h: Vencedor das quartas 1 x Vencedor das quartas 2
Quarta-feira, 14 de dezembro
Semifinal 2
16h: Vencedor das quartas 3 x Vencedor das quartas 4
Sábado, 17 de dezembro
Disputa de 3º lugar
12h: Perdedor da semifinal 1 x Perdedor da semifinal 2
Domingo, 18 de dezembro
Final
12h: Vencedor da semifinal 1 x Vencedor da semifinal 2
Apenas nesta quarta-feira (16/11), Geraldo Alckmin anunciou vários nomes ventilados para ministérios no terceiro governo Lula
Por Flávia Said
Até o momento, 14 GTs já haviam sido revelados. Ainda faltam os nomes que vão compor os grupos de defesa, centro de governo e inteligência estratégica.
Entre os nomes anunciados nesta quarta, estão os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP); os ex-governadores Camilo Santana (PT-CE) e Flávio Dino (PSB-MA); o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP); e a ex-ministra Marina Silva (Rede-SP).
O ruralista Carlos Fávaro é cotado para a pasta da Agricultura, tendo sido bem recebido entre expoentes do setor.
Dino é ventilado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta que atualmente é uma só, mas que o governo eleito estuda separar. A área da Justiça e Segurança está englobada em um só GT na transição.
Randolfe e Marina são citados para o Ministério do Meio Ambiente. Humberto Costa, Alexandre Padilha e Otto Alencar podem ser nomeados para o comando do Ministério da Saúde.
Camilo Santana está na bolsa de apostas para uma das pastas decorrentes do desmembramento do Ministério da Economia.
“Lógica da transição”
Questionado nesta quarta sobre o possível indicativo dado pela composição dos grupos de trabalho, Alckmin tergiversou e salientou apenas que a equipe de transição vai trabalhar até 31 de dezembro, nos dois meses que compreendem o período da eleição até a posse do presidente eleito.
“É importante destacar o seguinte: o grupo de transição é para cumprir esses 50, 45 dias. Com que objetivo? Levantar dados. Nós vamos receber hoje o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que vai trazer todos os dados. É para ter acesso a esses dados, informações, não interromper serviços públicos e obras que estão em execução, ter transparência e prever problemas também. O que vai vencer no começo de janeiro, começo de fevereiro, contratos, enfim, você fazer um mapeamento. Essa é a lógica da transição; por isso, ela é regrada até por lei, e ela é importante”, afirmou.
“A questão da formação do ministério para os próximos quatro anos, no momento adequado, o presidente Lula vai anunciá-los. Então, neste momento, é reunir um time para a gente poder fazer um trabalho de captação de dados, de ter as informações, levantar questões relevantes e aprimorar a proposta”, prosseguiu o vice eleito em coletiva à imprensa na sede do gabinete de transição, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.