Esposa do publicitário João Santana negocia com advogados e faz tremer as bases do Palácio do Planalto.  Ela sabe muito!

 

Luciano Moreira

Mônica Moura, esposa de João Santana, está presa desde o dia 22. Desde o último dia 8 Mônica iniciou negociações com os procuradores da Polícia Federal, em Curitiba, para um acordo de delação premiada. Segundo informações, Mônica poderá relatar casos de caixa dois em campanhas. Se isso acontecer, a chapa Dilma/Temer pode ser citada, assim como a de Fernando Haddad, para quem os marqueteiros fizeram campanha em 2012.

Mônica é esposa e sócia do marqueteiro João Santana e participou das campanhas de Lula (2003) e Dilma (2010 e 2014). Ela foi presa junto com o marido na Operação Acarajé, 23ª fase da Operação Lava Jato, e os acertos finais da sua delação estão sendo negociados com os procuradores que coordenam as investigações.

Mônica foi a controladora financeira de todas as transações que envolveram os serviços prestados pela empresa dela e de seu marido.  Os dois estão presos em Curitiba.

REVELAÇÕES DEVASTADORAS

A expectativa de um tsunami de novas informações é tida como certa pelos procuradores da Lava Jato, independentemente da troca de ministro da Justiça ou da possível condução de Lula a um ministério no governo Dilma.

Vale lembrar que Lula, quando conduzido coercitivamente para depor à Polícia Federal, em São Paulo, concedeu, logo após o depoimento, uma entrevista de mais de três horas para a imprensa nacional e internacional, em que se empenhou em desqualificar o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público, a Polícia Federal e a imprensa brasileira, encerrando com uma frase que simbolizou toda a sua arrogância, dizendo que  “acertaram no rabo, e não na cabeça.  A jararaca está viva”.

A delação da tesoureira da empresa que coordenou as últimas campanhas do PT pode ser a “paulada na cabeça” da jararaca, segundo os analistas políticos.

Já se comenta em Curitiba que os efeitos colaterais da delação de Mônica Moura podem ser exponencialmente superiores aos da delação do senador Delcídio do Amaral, que contaminou toda a cúpula do governo da presidente Dilma, além de próceres de outros partidos que, até então, vinham passando despercebidos.

 

ATÉ TU, SARNEY?

Um comentário “escapado” por José Sarney após receber Dilma Rousseff para uma visita em sua residência, onde a presidente foi se aconselhar sobre a atual crise política, pode dar o tom do grau de octanagem da delação de Mônica Moura.

O presidente de honra do PMDB e o homem mais bem informado da política nacional profetizou para pessoas mais íntimas que “essa não chega até junho no poder...”

Outro que entrou na fila da delação foi do ex-deputado federal Pedro Corrêa, operador do PP na Petrobras, que se encontra preso em Curitiba.

Haja ouvido, paciência e artigo na Legislação para enquadrar tanta gente!

 

Posted On Quarta, 16 Março 2016 12:33 Escrito por

Líderes peemedebistas, entretanto, não sabem qual poderá ser impacto da atuação de Lula junto a aliados

 

O retorno do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto como ministro da presidente Dilma Rousseff foi considerado nesta terça-feira, 15, por integrantes da cúpula do PMDB, o fim do governo da petista. A avaliação corrente entre lideranças peemedebistas é de que Dilma está "abdicando" de seu governo ao trazer Lula para dentro de "casa". Entre os cargos que o petista poderá assumir está a Secretaria de Governo, cadeira ocupada atualmente pelo ministro Ricardo Berzoini, responsável por conduzir as negociações do Palácio do Planalto com as lideranças da base aliada no Congresso.

Dentro da cúpula do PMDB, não há consenso, porém, sobre qual poderá ser o impacto da atuação de Lula junto aos aliados. A expectativa é que, ao assumir o novo posto, o ex-presidente inicie um processo de reaglutinação, intensificando as conversas com as principais lideranças no Congresso. O entendimento de parte do PMDB é que Lula até poderá trazer um "novo gás" para o governo e dessa forma "embaralhar" os avanços do processo de impeachment contra Dilma e o desembarque da legenda.

Por outro lado, alguns setores do partido entendem que Lula se enfraqueceu com os desdobramentos mais recentes da Lava Jato e as manifestações anti-PT realizadas no último final de semana em todo o País. Em razão disso, deverá ter dificuldades no curto prazo para reorganizar a base aliada. O tempo de reação do "novo governo" é considerado como fundamental, uma vez que no radar dos peemedebistas está o calendário do impeachment. Nos cálculos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o processo de afastamento da presidente na Casa deve ser concluído nos próximos 45 dias. Após passar pela avaliação dos deputados, o processo deverá ser encaminhado para o Senado e, se recebido, abre-se o prazo de 180 dias de afastamento da presidente.

 

Corpo a corpo

 

Em meio aos avanços da crise política no Congresso e da sinalização de afastamento do PMDB, a presidente Dilma Rousseff passou a intensificar nos últimos dias o corpo a corpo com lideranças da legenda do Senado consideradas primordiais para impedir os avanços do processo de impeachment.

A presidente se reuniu, nesta terça-feira, 15, no Palácio do Planalto, com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo no último sábado, 12, afirmou que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e a legenda estão preparados para assumir o comando do País, caso Dilma seja afastada do cargo.

"Fiz uma análise verdadeira do cenário", afirmou Eunício após deixar o Palácio. Questionado se Dilma demonstrou preocupação com o atual momento, o peemedebista inicialmente esquivou-se: "Encontrei uma Dilma muito serena. Ela é muito forte". Em seguida emendou: "Mas como não estar preocupado com o cenário político e econômico? Agora tudo ficou anormal".

O encontro entre os dois não consta na agenda oficial da petista. Segundo Eunício, na reunião, Dilma não mencionou a possibilidade de o ex-presidente Lula assumir um ministério nos próximos dias.

Além do líder do PMDB do Senado, Dilma também tem feito corpo a corpo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois se reuniram no início da noite dessa segunda-feira, 14. No mesmo dia, Dilma convocou os ministros do PMDB para medir a temperatura de seus subordinados após a convenção do partido no último sábado, quando a legenda aprovou uma moção que impede que membros do partido assumam novos cargos no governo pelos próximos 30 dias. A proibição vale até o diretório nacional tomar uma decisão definitiva sobre o desembarque ou não da gestão da petista.

 

Estadão Conteúdo

Posted On Quarta, 16 Março 2016 06:32 Escrito por

A Procuradoria-Geral da República deve pedir a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer no inquérito que apura formação de quadrilha por políticos que supostamente atuaram no esquema de corrupção na Petrobras, segundo fontes ligadas à investigação.

 

A investigação corre no Supremo Tribunal Federal (STF) desde março do ano passado e apura cerca de 40 pessoas, entre elas parlamentares e lideranças do PMDB, PT e PP.

Investigadores avaliam a possibilidade de que as menções feitas pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) em delação premiada sejam também incluídas na investigação que corre no Supremo e tenta mostrar o sistema organizado de políticos no recebimento de propina e benefícios oriundos de contratos da Petrobras.

A delação de Delcídio, homologada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte, reforça a apuração sobre o PMDB e sobre o PT no inquérito, o que pode gerar a inclusão de Temer e Lula no rol de investigados.

No caso de Lula, além das menções feitas por Delcídio, os procuradores devem solicitar informações à Justiça Federal no Paraná, que conduz a investigação que tem o ex-presidente como alvo.

Se Lula for confirmado ministro de Estado, no entanto, a solicitação nem será necessária, pois todo o material de investigação que corre na justiça de primeira instância será encaminhado para a PGR e para o Supremo Tribunal Federal.

Na delação, Delcídio detalha a proximidade do ex-presidente com seu amigo pessoal, o pecuarista José Carlos Bumlai, réu na Operação Lava Jato.

O senador petista também relata tentativa de Lula evitar o depoimento do lobista Mauro Marcondes, réu na Operação Zelotes, na CPI do Carf.

Já com relação a Temer, procuradores devem avaliar sua inclusão unicamente com base nas falas de Delcídio. O delator envolve o vice-presidente em suposto esquema de aquisição ilícita de etanol pela BR Distribuidora.

O peemedebista teria, segundo Delcídio, "apadrinhado" o ex-diretor da subsidiária da Petrobras João Augusto Henriques, supostamente envolvido no caso e que fez pagamentos indicados como propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

 

Por meio de sua assessoria de imprensa, o vice-presidente Michel Temer disse que não comentaria o caso. Interlocutores alegam que ele é presidente de um partido e, nessa condição, não pode ser responsabilizado por eventuais falhas cometidas por seus correligionários.

 

Obstrução

A Procuradoria não descarta incluir o nome de Lula e de Bumlai também na acusação contra Delcídio por tentativa de obstrução de investigações da Lava Jato.

Na delação, o senador conta que Lula pediu que o parlamentar ajudasse Bumlai para garantir o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em eventual depoimento aos investigadores.

Segundo Delcídio, foi intermediado o pagamento de valores por Maurício Bumlai, filho do pecuarista, ao então advogado de Cerveró.

Delcídio foi denunciado em dezembro pela PGR, ao lado de André Esteves, do BTG Pactual, Diogo Ferreira, assessor do parlamentar, e Edson Ribeiro, ex-advogado de Cerveró por tentativa de atrapalhar as investigações da Lava Jato.

Posted On Terça, 15 Março 2016 20:24 Escrito por

Falta de controle e de identificação dos aliados gera situações de “fogo amigo”, agravadas pelas críticas incessantes dos adversários

 

Por Edson Rodrigues

Após assistirmos o prefeito colombiano de Palmas, Carlos Amastha, o ex-governador biônico, Carlos Gaguim e o senador de poucos votos, Ataídes Oliveira, proferirem uma série de impropérios e pesadas críticas ao governo de Marcelo Miranda, ficamos esperando pelo levante de seus auxiliares, secretários, correligionários, seguidores, ou até de meros simpatizantes, em sua defesa.

Mas, infelizmente, causou-nos estranheza o fato de que ninguém – zero, nada! –, nenhum deles, deixou o ambiente climatizado de seus gabinetes para arriscar uma escapadela, no calor das ruas, em defesa do seu “líder”. O que assistimos foi um festival de olhares alheios, assobios incautos e saídas pela tangente.  Dos “companheiros” de Marcelo Miranda, ninguém viu nem ouviu um aceno sequer em defesa da dignidade e do respeito merecidos pela figura do governador.

 

Se isso nos soa desleal e desonesto, também nos traz uma certeza: a de que o governador Marcelo Miranda precisa, urgentemente, assumir as decisões políticas, as ações e as rédeas de seu governo, tomando de volta para si um poder que quis, por confiança, dividir entre seus assessores e aliados, antes que deu governo venha a sofrer do mesmo mal que sofre o governo de Dilma Rousseff, em nem seu próprio partido a apóia mais, seja na Câmara Federal, seja no Senado, seja ante às câmeras e microfones da imprensa.

Marcelo Miranda já percebeu que a maioria dos que se dizem “companheiros”, na verdade são amigos apenas do poder que emana de seu cargo, agem como age o senador Renan Calheiros, que seja quem for que esteja no poder, ele é amigo.  O governador precisa fazer uma reforma em sua equipe, antes que seja engolido pela infidelidade e pela deslealdade dos “Renans” que habitam desde os prédios públicos até os corredores do próprio Palácio Araguaia, como gatos a ronronar quando o poder está próximo, mas que eriçam o pelo e mostram os dentes ás costas de seus protetores.

 

A HORA DA VERDADE

Há momentos em que os governantes precisam decidir os caminhos que vão trilhar para que aqueles que o admiram, sintam-se seguros em lhe seguir. 

Neste momento em que a classe política brasileira encontra-se à beira do precipício da credibilidade, a tendência é que o povo descrente se agarre aos poucos políticos de caráter que restam.  As manifestações nas ruas, no último domingo, mostraram que o povo já escolheu seus representantes, ao protestar contra o PT e, ao mesmo tempo, chamar os tucanos de oportunistas.

No Tocantins não é diferente e, felizmente, seu governador, Marcelo Miranda, está entre as raras exceções da classe política, em que o povo ainda deposita confiança.

Sendo assim, Marcelo Miranda não pode mais terceirizar suas decisões, pois se há pontos em que seu governo carece de mais atenção, esses pontos são a falta – ou fragilidade – de autoridade política, de companheirismo, de lealdade, de união entre a equipe de governo e de força partidária – esse, um mal que assola o País inteiro!

Sob o nosso ponto de vista, enxergamos Marcelo Miranda sozinho ao leme de uma embarcação a caminho da deriva, sob o olhar desinteressado de sua tripulação, formada por “amigos gatos”, por “Renans” tocantinenses, que muito se beneficiaram da condução hábil de seu comandante, mas que na hora em que ele precisa de auxílio, fazem vistas grossas e se fazem de desavisados.

Muitos desses “amigos gatos”, ocupam camarotes importantes nessa embarcação.  Alguns no Poder Legislativo, outros na administração pública e, alguns, até, na própria cabine de comando, dentro do Palácio Araguaia.

 

DO DESCASO AO MOTIM

E, pior que apenas olhar o barco perder o controle, há ainda os mais cruéis, que – sempre pelas costas – se amotinam, conspiram, contra um dos únicos – senão o único – que tentam tirar a água do barco e tapar os vazamentos, como é o caso do Dr. Edmar de Brito Miranda, que, do alto de sua experiência, segue orientando o comandante, ensinando atalhos, novas rotas e situações a serem evitadas.

São muitas as tentativas de se colocar o mais experiente dos experientes políticos do Tocantins, aquele que elegeu o governador e estadista Siqueira Campos duas vezes e o próprio Marcelo Miranda por três vezes, no rol dos “ultrapassados” e dos “fora de moda”.

Um político da estatura de José Edmar de Brito Miranda, cinco vezes deputado estadual por Goiás, presidente da Assembleia Legislativa daquele estado, chefe de autarquias, líder de governo e secretário nas mais diversas pastas, jamais pode ser sequer questionado.  Não fosse ele, o Tocantins poderia ter tomado caminhos políticos tão equivocados que, hoje, figuraria entre os estados mais pobres do Brasil. Como uma pessoa que só age para o bem, que ensina a liderar e que serve de espelho para diversos políticos no Brasil, não pode ter sua dignidade atacada por “anões”, “ratos” e “gatos” que infestam a nossa política e que fazem chacota pelas costas da família Miranda.

E, pior: como há pessoas que dão ouvidos a esses amotinados aloprados e, assim, reforçam suas inverdades, entre membros da equipe do próprio governador Marcelo Miranda?!

Só mesmo aqueles dispostos a manchar seus nomes, enterrar suas carreiras políticas e fazer a vergonha de suas famílias por se locupletar do dinheiro público e sacrificar um povo bom e honrado como é o tocantinense.

 

MARCELO X DILMA

Não há, no governo do Tocantins os escândalos de corrupção que levam o PT e a presidente Dilma para o buraco negro da política nacional, muito graças à atuação do Dr. Brito Miranda que, de forma voluntária, vem aparando arestas e mais arestas na luta para ver seu filho vencer os obstáculos que se interpõem em seu caminho político, e recolocar o Estado nos trilhos do desenvolvimento.

Mas, a partir do próximo – e bota próximo nisso! – dia 19, quando termina o prazo para a troca de partido sem risco da perda do cargo, e para aqueles que querem concorrer a cargos eletivos este ano, quando todos estarão devidamente posicionados para a batalha eleitoral, Marcelo Miranda vai saber quem realmente esteve e estará ao seu lado e vai estar preparado para o bombardeio de acusações, impropérios e falsas verdades dos quais será alvo.

Aí será a hora certa de agir, de “ser” governador e não de apenas “estar” governador, fazendo os ajustes finais na máquina administrativa e nas ações de governo, começando, esperamos, pela pasta da Educação, que concentra em si os piores resultados desta gestão.

Será a hora, exatamente, dos resultados, das ações, das intervenções, que livrem o Tocantins das conseqüências nefastas da crise política e institucional que o Brasil atravessa, que vão desde um tsunami econômico até o risco de uma greve geral que pode paralisar o País.

O Tocantins precisa estar preparado para isso, livre dos “gatos”, dos “Renans” e dos amigos do poder, com mãos fortes no comando das rédeas e com conselheiros de respeito, competência e honradez comprovadas a traçar as linhas do futuro.

É isso que o cidadão tocantinense quer e, esperamos, é isso que ele terá!

Posted On Terça, 15 Março 2016 06:46 Escrito por

Na programação do Mês das Mulheres da OAB-TO, evento organizado em conjunto pela Comissão de Proteção e Defesa da Mulher e ESA (Escola Superior de Advocacia), a Ordem homenageia, nesta sexta-feira, 11 de março, a partir das 19 horas, no auditório da OAB, a advogada, jornalista e professora Mery Ab-Jaudi Ferreira Lopes, 68 anos.

Esposa do ex-presidente da OAB-TO Epitácio Brandão Lopes e radicada no Tocantins desde 1991, Mery é advogada militante desde 1975. Antes disso, ela foi jornalista e professora em Goiás e militou, a partir de 1967, no PCB (antigo Partido Comunista Brasileiro). Por causa da militância política, acabou sendo perseguida e torturada pela Ditadura Militar que governou o Brasil desde o golpe de 1964 até 1985. Logo no início da Ditadura Militar, o PCB havia sido jogado na clandestinidade pelos militares e desta forma era proibida qualquer atividade partidária para essa agremiação política. “Fui detida, presa e levada da minha residência (a qual foi toda vasculhada) muitas vezes em 1972. Fui levada para interrogatórios e outras vezes para acareações com pessoas que confirmavam que eu era comunista, e que fazia parte do Comitê Estadual, o que era verdade. Ficava presa com um capuz, incomunicável em um cubículo apertado, reprimida e coagida, no 10º Batalhão do Exército em Goiânia. Essa angústia e sofrimento duraram de agosto a dezembro de 1972”, relata Mery em seu currículo, ao lembrar-se dos meses de sofrimento em poder dos militares. Após ser solta, Mery teve enormes prejuízos psicológicos e financeiros, sendo obrigada a morar no interior de Goiás para que os militares não a perseguissem mais. “Sofri pressão psicológica em todo esse período, doente e já debilitada com idas e vindas (tinha sempre um carro do Exército postado na porta da minha casa para me buscar). Ainda estudante, fui obrigada a mudar para o interior do Estado, passando a residir em Paranaiguara com o fim de fugir das constantes perseguições”, detalha Mery, ao lembrar que mesmo após ser solta, constantemente era conduzida para dar explicações aos militares. Depois disso, Mery, já como advogada, atuou na defesa de presos políticos da Ditadura Militar, trabalho que lhe rendeu em 2012 homenagens da OAB Nacional e da Comissão Nacional da Verdade. Em 2014, por ocasião do aniversário de 50 anos do Golp Militar, Mey recebeu outro reconhecimento da OAB Nacional, que destacou o trabalho desenvolvido pela advogada na defesa dos direitos civis e na luta pela redemocratização.

Posted On Sexta, 11 Março 2016 06:51 Escrito por
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