Entre as outras 16 pessoas denunciadas estão o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, o ex-diretor Renato Duque e o a filha de Dirceu, Camila. Para o Procurador Janot não está em questão o que Dirceu fez pela democracia, mas seus atos
Condenado no processo do mensalão, o ex-ministro José Dirceu, que está preso em Curitiba, agora foi denunciado na Operação Lava Jato, a que apura a roubalheira na Petrobras. A denúncia contra Dirceu e outras 16 pessoas é por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta sexta-feira (4) que o envolvimento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro "é mais um capítulo de uma história do uso do poder para fins particulares".
"José Dirceu foi um importante líder político brasileiro. Ele representou por muito tempo ideais", afirmou o procurador. "Não está em julgamento o que José Dirceu fez pela história, mas fatos e atos concretos. Não está em questão o que ele fez pela consolidação da democracia do nosso País, mas fatos, provas que evidenciam crimes graves."
Segundo Deltan, R$ 64 milhões foram lavados pela organização supostamente dirigida por Dirceu, que teria promovido 129 atos de corrupção ativa, 31 de corrupção passiva e 674 atos de lavagem de dinheiro entre 2004 e 2011.
O ex-ministro José Dirceu, preso preventivamente desde 3 de agosto pela Lava Jato, foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta sexta-feira. Além do ex-ministro, também foram denunciados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari e outros 15 investigados na Operação Pixuleco, desdobramento da Lava Jato. Todos são acusados de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
Roberto Marques, o Bob, é apontado como braço direito do ex-ministro. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva é irmão e ex-sócio de José Dirceu na JD Assessoria e Consultoria - empresa pela qual o petista teria recebido propinas do esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Camila Ramos de Oliveira e Silva é filha de Dirceu.
Também estão entre os denunciados a arquiteta Daniela Leopoldo e Silva Facchini - que reformou a casa de Dirceu em um condomínio de luxo em Vinhedo (SP) -, o lobista Fernando Moura, ligado ao PT, seu irmão Olavo Moura, o delator Milton Pascowitch - pivô da deflagração da Pixuleco que levou o ex-ministro à prisão, seu irmão José Adolfo Pascowitch, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o lobista Julio Camargo.
Estão na lista ainda os executivos Cristiano Kok, José Antunes Sobrinho e Gerson Almada, todos da Engevix, e Julio César Santos ex-sócio de Dirceu, em cujo nome está a casa onde mora a mãe do ex-ministro, em Passa Quatro (MG).
Dirceu é acusado por receber propinas da Petrobras em cinco diferente projetos da Engevix com a estatal. O procurador da República Robersson Pozzobon afirmou que a denúncia aponta que foi Dirceu quem efetivamente apadrinhou Duque, dentro da cota do PT, no esquema de cartel e corrupção na estatal.
Com Estadão e Redação
Ele ainda ressaltou que o PMDB estará unido para definir os rumos da crise e que o partido apoia integralmente o ministro Joaquim Levy
O vice-presidente Michel Temer disse, em mais uma rodada de conversas com empresários de São Paulo, que será difícil Dilma Rousseff chegar até o fim do mandato se permanecer com índices tão baixos de popularidade.
Depois disso, já no final do evento, se exaltou ao responder uma pergunta do empresário Fábio Suplicy, que questionou como Temer gostaria de entrar para a história: "Estadista ou oportunista?", indagou.
Visivelmente irritado, Temer disse que muita gente fala sobre o assunto, mas ele "não move uma palha" para prejudicar a petista. "Não há um fato na minha trajetória que o senhor possa apontar", afirmou. Depois disse que, se conspirasse, "aí sim eu estaria manchando a minha história".
A fala ocorreu já ao final do evento. Antes, questionado sobre as hipóteses que rondam o fim precoce do governo -renúncia, impeachment ou cassação via Justiça Eleitoral-, afirmou que Dilma não faz o estilo "renuncista" e que, se a chapa for cassada, não discutirá, "porque as instituições têm que funcionar".
"Se a chapa for cassada eu vou para casa feliz. Ela vai para casa... Não sei se feliz", concluiu, provocado pela plateia.
Por fim, questionado sobre o que fazer pelos próximos anos se a situação do governo não melhorar, respondeu: "Se continuar assim, de fato, fica difícil".
Temer asseverou que "espera que o governo vá até 2018" e que acredita que há chances de recuperação caso a economia melhore e a articulação política também.
AGREDIDO
Questionado pela patrocinadora do evento, a empresária Rosangela Lyra, sobre Dilma ter assumido a articulação política, chamando líderes do Congresso para conversas à revelia de Temer, o vice disse que não se sentiu agredido por isso.
"A presidente não me agrediu com essa história de chamar A ou B. Até porque há duas semanas eu passei a cuidar da articulação macro", afirmou, dizendo que deixou o varejo da política.
Ele ainda ressaltou que o PMDB estará unido para definir os rumos da crise e que o partido apoia integralmente o ministro Joaquim Levy (Fazenda).
CPMF
O vice afirmou ainda que se considera responsável pelo governo ter enterrado a ideia de recriar a CPMF.
Ele voltou a narrar a conversa que teve com Dilma e que a avisou sobre uma derrota "fragorosa" no Congresso caso a medida fosse à pauta.
Ele disse que considerou melhor o governo desistir da CPMF exibindo um deficit nas contas do que sofrer "duas derrotas": a derrubada da proposta no Congresso e depois a exposição do rombo nas contas públicas.
MORO
Questionado sobre o combate à corrupção, disse que isso é um problema de gestão. Afirmou que o arcabouço legal é suficiente para punir os que erram e citou a atuação do juiz Sérgio Moro. "Ele atua com a legislação vigente, e olha o que está fazendo", afirmou.
Mais ao final, se exaltou ao defender o direito à ampla defesa e disse acreditar que, após o final do trabalho do juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na primeira instância, o país terá mudado.
Com Folhapress
O secretário de Estado de Administração, Geferson Barros, explicou que, para chegar ao número de atos a serem publicados nesta edição do diário, os técnicos da pasta fizeram uma força-tarefa para revisar todos os processos de concessões
Milena Botelho / Governo do Tocantins
Cumprindo acordo com as categorias sindicais, o Governo do Estado publica no Diário Oficial deste dia 3, quinta-feira, 9.621 novos atos de concessão de progressão vertical e horizontal de servidores públicos que tiveram suas portarias anuladas em fevereiro deste ano. Foram vários os motivos da anulação, incluindo falta de previsão orçamentária, necessidade de estudo de impacto financeiro e ilegalidade dos atos publicados a partir de outubro de 2014, período eleitoral.
O secretário de Estado de Administração, Geferson Barros, explicou que, para chegar ao número de atos a serem publicados nesta edição do diário, os técnicos da pasta fizeram uma força-tarefa para revisar todos os processos de concessões, visando garantir que nenhum servidor que realmente tenha direito fique de fora. Da mesma forma, servidores que foram incluídos nos atos anulados sem uma análise prévia de cumprimento dos critérios exigidos para as progressões não terão seus nomes nas novas portarias.
“O Governo mais uma vez cumpre com seu papel ao garantir um direito do servidor, preservando assim a sua confiança, proporcionando mais qualidade de vida, o que consequentemente melhora o atendimento prestado à comunidade”, destacou Geferson. Segundo ele, o impacto do pagamento das progressões na folha será de R$ 16 milhões.
Pagamentos
Todos os servidores que se enquadram nos critérios apontados pelos Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCRs), em suas respectivas categorias, têm direito de progredir horizontalmente ou verticalmente. Os atos que serão publicados contemplam servidores dos quadros da Saúde, Defesa Agropecuária, Polícia Civil, Naturatins, Quadro Geral, Ruraltins e quadro administrativo da Fazenda.
A implementação das progressões ocorrerá de acordo com a capacidade financeira do Estado, respectivamente nas folhas de setembro, paga em outubro, e novembro, paga em dezembro, conforme critério de antiguidade (veja quadro no arquivo abaixo). A exceção é o quadro da Saúde, cujo pagamento ocorrerá em três folhas, setembro, outubro e novembro, com prioridade para os servidores que contraíram empréstimos consignados tendo como garantia o implemento das progressões pela gestão anterior, o que não ocorreu.
Já as progressões, de 2014, da Educação, ainda não estão consolidadas devido ao atraso nas negociações com a categoria, que foram retomadas somente em agosto, com o fim da greve. A lista de servidores aptos será publicada ainda este mês.
Temer diz que, "se continuar assim", fica difícil Dilma concluir mandato
Ele ainda ressaltou que o PMDB estará unido para definir os rumos da crise e que o partido apoia integralmente o ministro Joaquim Levy
Dirceu movimentou R$ 59 mi em propinas. De acordo com o relatório de investigação da PF, o ex-ministro 'capitaneava quadrilha'
Relatórios de investigação da Polícia Federal indicam que o esquema de corrupção atribuído ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu movimentou mais de R$ 59 milhões em propinas. A PF estima que o valor pode ultrapassar os R$ 84 milhões.
O ex-ministro foi indiciado nesta terça-feira (01), 1, pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além dele, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros 12 investigados na Operação Pixuleco - desdobramento da Lava Jato - foram enquadrados pela PF.
"Esta fase da operação se concentrou na investigação de pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e 'laranjas' utilizados nas transações", destaca a Polícia Federal
Influência
De acordo com o relatório de investigação da PF, o ex-ministro 'capitaneava quadrilha'. Segundo o documento subscrito pelo delegado Márcio Adriano Anselmo, da força-tarefa da Operação Lava Jato, Dirceu não perdeu influência mesmo depois de perder a cadeira de ministro mais poderoso do governo Lula, em 2005, no auge do escândalo do Mensalão.
"Observa-se portanto que o fato de ter deixado o posto de ministro da Casa Civil e a cassação do mandato de deputado federal não serviram para retirar do investigado José Dirceu todo o poder político que o mesmo angariou no primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo o homem forte do primeiro mandato", assinala a PF no relatório em que indicia o ex-ministro, Vaccari e mais 12 investigados por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica.
A PF invoca a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) em seu voto no julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão). "O dinheiro é para o crime o que o sangue é para a veia. Se não circular com volume e sem obstáculo, não temos esquemas como esse", disse a ministra, na ocasião.
"E aqui no presente caso o que se observa é que o dinheiro jorra abundante, seja pelas artérias da Petrobras, seja por meio de pequenos vasos sanguíneos irrigando toda sorte de 'pequenos' corruptos", afirmou o delegado.
O ponto central da investigação que culminou com o enquadramento penal de Dirceu é sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, que movimentou R$ 34 milhões entre 2009 e 2014. A PF suspeita que o maior volume desses recursos tenha tido origem em pagamentos de empreiteiras para as quais Dirceu abriu as portas, inclusive, na Petrobras.
A PF ressalta que "sequer o fato de responder à ação penal do Mensalão, na condição de réu junto ao Supremo (Tribunal Federal), lhe retirou os clientes das vultosas consultorias vazias. É possível identificar, até aqui, o recebimento, por José Dirceu e outros membros da quadrilha por ele capitaneada."
Em um trecho do relatório de indiciamento, a PF destaca a ligação do ex-ministro com empresário Fernando Moura, lobista ligado ao PT. Também cita o delator Milton Pascowitch, pivô da Operação Pixuleco, que levou Dirceu para a prisão no dia 3 de agosto - Pascowitch denunciou o esquema de propinas supostamente liderado por Dirceu.
Após discutir com o Executivo e não chegar a nenhum resultado, os professores definiram indicativo de greve em busca de soluções para inúmeras pautas, com destaque para a nova lei referente aos monitores nos CMEIs
Por Gabriela Melo
Em assembleia geral, no último sábado, 29, os professores da rede de ensino municipal aprovaram um indicativo de greve em busca de um posicionamento da prefeitura em relação às dificuldades encontradas pela categoria. As reivindicações são que o Executivo Municipal reveja assuntos como o projeto relacionado aos monitores nos CMEIs, o projeto de lei n° 25/2015 que prevê as progressões dos servidores com diversos questionamentos apresentados pelas categorias e o legislativo, a eleição dos diretores, meritocracia, dentre outras.
Na ocasião, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) dialogou com os professores que convidaram o vereador professor Júnior Geo a acompanhar e se posicionar na assembleia. Júnior Geo foi aplaudido pela categoria que se mostrou grata pelo apoio. O parlamentar esclareceu dúvidas sobre os encaminhamentos dos projetos pela Câmara e se posicionou mais uma vez em apoio à luta, tendo em vista que já tem questionado o executivo pelas dificuldades em pauta e não obtém respostas.
A opinião do vereador sobre as greves de um modo geral nas redes de ensino já havia sido exposta durante a semana em tribuna. “É resultado de um desgaste sequencial em busca de melhores condições de ensino e da construção de um país digno principalmente para aqueles que necessitam de uma educação pública de qualidade. Não estou afirmando que a greve é a única forma de luta, mas em muitos casos se vê como necessária”, afirmou Geo.
O representante do Sintet, Joelson Pereira declarou que o Sindicato tem tentado destravar as pautas e buscado diálogo desde o início da gestão, mas não obteve sucesso. A situação teria se agravado após a aprovação do projeto relacionado aos monitores e a diminuição do quantitativo de funcionários nas escolas. Segundo Joelson, se o governo não atender a pauta a contento até o próximo dia 15, haverá outra assembleia para deliberar sobre a greve. O prazo é para dar ao Executivo oportunidade de resposta.