Insegurança com Bolsonaro e Maia faz Bolsa cair e dólar subir

 

Por: FolhaPress - FolhaPress

 

A Bolsa brasileira teve um dos piores desempenhos dentre os principais mercados globais nesta segunda-feira (26). O Ibovespa recuou 1,27%, a 96.429 pontos, menor patamar desde 5 de junho, antes da aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

 

O índice operou destoado do mercado americano e europeu - que iniciaram uma recuperação após o tombo de sexta (23)- com o aumento da reprovação do governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e a fala do presidente sobre uma suposta acusação a alguém importante a seu lado.

 

O dólar acompanhou a aversão a risco e subiu 0,36%, a R$ 4,1390, maior valor desde 18 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais que levaram Bolsonaro ao poder. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 4,1640.

O dia também foi de forte oscilação no mercado futuro. O contrato futuro de dólar subiu 0,8% e foi para R$ 4,15, enquanto o índice futuro da Bolsa teve queda de 2,5%.

 

O índice fecha à 18h, cerca de uma hora após o pregão de negociação das ações, e serve como indicação do comportamento dos investidores nos pregões seguintes.

 

A avaliação dos analistas é que a piora no índice futuro refletiu a informação de que um inquérito da PF (Polícia Federal) atribui ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro em esquemas da Odebrecht.

Maia hoje é considerado o principal fiador das reformas no Congresso.

O mercado brasileiro chegou a abrir com o viés positivo, com queda do dólar e alta da Bolsa, acompanhando o exterior.

 

Nesta segunda, antes da abertura do mercado europeu, o presidente americano Donald Trump sinalizou que novas reuniões com a China para um acordo comercial devem começar em breve.

 

Nos bastidores do encontro da cúpula do G7 em Biarritz, na França, Trump elogiou o presidente chinês Xi Jinping como um grande líder e disse que a perspectiva de conversas é algo muito positivo para o mundo.

 

"A China ligou ontem à noite para o nosso principal representante e disse: 'voltemos à mesa', então voltaremos à mesa. Acho que eles querem fazer alguma coisa. Acho que vamos ter um acordo", disse o presidente.

 

O vice-premiê chinês, Liu He, que tem liderado as negociações com Washington, também afirmou que a China está disposta a resolver a disputa comercial através de negociações calmas e se opõe à intensificação do conflito.

 

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo cresceu na sexta, quando Trump anunciou imposto adicional sobre cerca de US$ 550 bilhões (R$ 2,24 trilhões) em produtos da China, horas depois que Pequim divulgou tarifas retaliatórias sobre US$ 75 bilhões (R$ 306 bilhões) em produtos americanos.

 

As novas taxas derrubaram os mercados acionários. O índice americano S&P 500 chegou a cair 3% e o Ibovespa, 2,3% na sexta.

O tom ameno e conciliatório desta segunda levou as Bolsas europeias e americanas a se recuperarem e fecharem em alta. Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 subiram 1,05% e 1,10%, respectivamente.

Nasdaq teve alta de 1,32%. Paris e Frankfurt subiram 0,45% e 0,40%, respectivamente. O mercado de Londres permaneceu fechado, devido a feriado.

 

No Brasil, por volta das 11h, o viés mudou com a divulgação da pesquisa do instituto MDA para a CNT (Confederação Nacional do Transporte). Segundo ela, a desaprovação do desempenho pessoal do presidente Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro.

 

O governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 39,5% dos brasileiros. Em fevereiro, esse índice era de 19% - ou seja, houve uma elevação de pouco mais de 20 pontos percentuais em seis meses.

 

O levantamento indica ainda que 29,4% consideram o governo ótimo ou bom e 29,1%, regular. Não souberam ou não responderam 2% dos entrevistados. Em fevereiro, esses índices eram de 39%, 29% e 13%, respectivamente.

 

Os dados do CNT/MDA também apontam que a aprovação pessoal do desempenho do presidente caiu para 41%, ante 57,5% em fevereiro.

"Era de se imaginar que aqui teríamos um dia mais calmo, mas tivemos uma grave perda de aprovação do presidente, que antes tinha apoio popular", afirma Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.

 

Além da queda de popularidade, o presidente afirmou a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada que uma acusação contra alguém que está ao seu lado estaria para estourar, sem dar maiores esclarecimentos. Segundo analistas, a fala contribuiu para a apreensão de investidores.

 

Os dois acontecimentos se juntaram à crise diplomática que o país vive com países europeus, especialmente com a França, em torno dos incêndios da Amazônia e fizeram o real ter o pior desempenho entre os emergentes nesta segunda.

 

Também contribuiu para a desvalorização da moeda brasileira a força internacional do dólar. A valorização da moeda americana frente aos pares globais, medida pelo índice DXY, teve alta de 0,42%.

 

O Ibovespa teve o segundo pior desempenho dentre as principais globais, atrás apenas da Bolsa argentina, que recuou 2,6%.

 

O giro financeiro da B3 foi de R$ 14,576 bilhões, abaixo da média diária para o ano.

 

"Hoje foi um dia bem ruim para a Bolsa brasileira. Até semana passada estávamos acompanhando bem à risca o exterior e, hoje, descolamos. Isso mostra que o investidor já olha o Brasil com uma cautela a mais", afirma Thiago Salomão, da Rico Investimentos.

 

Para Marcos Assumpção, estrategista e chefe do research Brasil do Itaú BBA, a queda de popularidade do presidente indicada pela pesquisa CNT/MDA não causa receio.

 

"A popularidade do Bolsonaro está em um patamar que está longe de ser preocupante. É pouco provável que este número vá cair de forma abrupta mais para frente. O presidente continua muito forte dentro da base bolsonarista", diz.

 

Para Assumpção, a piora do mercado brasileiro é um acumulo de notícias negativas. Além das notícias do dia envolvendo o presidente, Assumpção cita a combinação de guerra comercial, desaceleração da economia e ameaça ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

 

"As manchetes quanto ao Brasil no final de semana não foram muito boas. Com isso, estrangeiros continuam vendendo as posições em Brasil", afirma o economista.

 

Segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda, o Brasil teve déficit de US$ 9 bilhões em transações correntes em julho, pior dado para o mês em cinco anos. Segundo o banco, o fluxo foi afetado pela balança comercial mais fraca e pelo aumento das remessas líquidas de lucros e dividendos para fora.

 

O dado frustrou expectativa de déficit de US$ 5,9 bilhões do mercado, conforme pesquisa Reuters com analistas. Este foi o maior rombo para julho desde 2014, quando chegou a US$ 10,317 bilhões.

 

Na Bolsa, o saldo de estrangeiros no ano é negativo em US$ 21,4 bilhões segundo dados até 22 de agosto, antes da escalada da guerra comercial.

 

Com a piora da guerra comercial e desaceleração da economia global, estrangeiros retiram investimentos de países emergentes, como forma de proteção a risco.

 

Em relatório enviado a investidores neste domingo, o banco suíço UBS destaca a diminuição de investimentos em países emergentes.

 

"Empresas de mercados emergentes são mais expostas a alta volatilidade do mercado, à desaceleração da economia global e a maiores tensões comerciais", afirma o documento.

 

Para Pasianotto, da Reag, a crise diplomática do governo aumenta a saída de estrangeiros do país.

 

"Parecia que as coisas estavam andando depois da Reforma da Previdência, mas tudo mudou com o confronto de Bolsonaro com a mídia, com o congresso, com partidos políticos, com o meio ambiente e, agora, com Macron"

 

Posted On Terça, 27 Agosto 2019 07:33 Escrito por O Paralelo 13

Grupo de cerca de 70 pessoas planejou atear fogo em área de mata como protesto e PF investiga se essa é origem do incêndio que dura semanas

 

Por iG

 

Após a informação de que a Polícia Federal investiga um grupo de cerca de 70 pessoas que planejou, como forma de protesto, atear fogo em áreas de floresta entre o município de Altamira e Novo Progresso, no Pará, um documento divulgado pelo Globo Rural afirma que o Ministério do Meio Ambiente teria sido informado do planejamento do incêndio antes dele ocorrer.

 

O ofício, registrado como urgente, registrava uma notícia veiculada pelo jornal Folha do Progresso informando do “Dia do Fogo ” e ainda retirava o trecho com a justificativa dos líderes da manifestação: "Mostrar para o Presidente que queremos trabalhar e o único jeito é derrubando para formar e limpar nossas passagens é com fogo".

 

O documento, enviado no dia 7 de agosto, alerta, ainda, que o incêndio e as manifestações poderiam fugir do controle. Em resposta, dada cinco dias após o ofício e dois dias depois do protesto com fogo, o Ibama afirmou que o Núcleo de Inteligência e a Coordenação de Operações de Fiscalização do Pará foram comunicadas de que os incidentes ocorreriam, mas que as ações de fiscalização estavam prejuficadas porque a falta de apoio da Polícia Militar e os ataques sofridos constantemente colocavam as equipes em campo em risco.

O gerente executivo substituto do Ibama , Roberto Victor Lacava e Silva, afirmou também que ofícios solicitando suporte da Força Nacional de Segurança para ajudar equipes tinham sido solicitados, mas não foram respondidos.

 

Posted On Segunda, 26 Agosto 2019 07:50 Escrito por O Paralelo 13

Efetivo irá apoiar o Ibama em ações no Pará e em Rondônia

 

Da Agência Brasil Brasília

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou hoje (24) o uso de efetivo da Força Nacional para apoiar o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate ao desmatamento ilegal no Pará e em Rondônia. A autorização está em uma portaria assinada pelo ministro e terá validade até 31 de outubro. O efetivo que será usado na operação ainda não foi definido, segundo a pasta.

 

"O ministro da Justiça e Segurança Pública resolve autorizar o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em caráter episódico e planejado, nas ações de combate ao desmatamento ilegal da floresta Amazônica, nos locais de alertas de desmatamento identificados pelo sistema DETER/INPE, no estado do Pará e no estado de Rondônia, em atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio", definiu a portaria que será publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (26).

 

Mais cedo, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que a adesão dos governos locais é importante para que o trabalho do Executivo federal de combate a crimes ambientais e a incêndios florestais não se limite às áreas federais.

 

Ontem (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

Posted On Domingo, 25 Agosto 2019 04:35 Escrito por O Paralelo 13

O presidente Jair Bolsonaro vai gravar na tarde desta sexta-feira um pronunciamento para falar sobre as queimadas que ocorrem na Amazônia, no Palácio do Planalto. A fala será exibida às 20h30 em cadeia nacional de rádio e TV.

 

Com Agência Globo

 

Este será o quarto pronunciamento oficial do presidente desde o início do mandato. O primeiro ocorreu no dia 20 de fevereiro, após o envio do pacote anticrime e da proposta de reforma da Previdência ao Congresso. Os outros dois foram ao ar com uma semana de diferença, em 24 de abril e 1º de maio, este em razão do Dia do Trabalho.

 

A convocação da cadeia de rádio e televisão é uma das principais reivindicações de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. O secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, por exemplo, é alvo de reiteradas críticas por não adotar a iniciativa na chamada "guerra da informação", evocada frequentemente pelo presidente.

 

Na tarde desta sexta-feira estava prevista uma reunião sobre o tema com os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; das Relações Exteriores, o chanceler Ernesto Araújo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. O secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, também participará da audiência.

 

Pela manhã, Bolsonaro afirmou que a "tendência" é que o governo mande tropas do Exército para a Amazônia, em uma operação de Garantia da Lei e Ordem (GLO), para conter as queimadas na região. Segundo o presidente, a decisão sobre o assunto seria tomada ainda na manhã desta sexta, o que não foi divulgado até o momento.

 

Em reunião de emergência na noite de quinta-feira, Bolsonaro discutiu possíveis medidas para combater as queimadas com oito ministros, também no Planalto.

 

— Reunião muito grande ontem, discutimos muita coisa. O que estiver ao nosso alcance, nós faremos — disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã, acrescentando: — Problema é (ter) recursos.

 

Em edição extra do Diário Oficial, publicada após o encontro, Bolsonaro determinou a seus ministros que adotem "medidas necessárias para o levantamento e o combate a focos de incêndio na região da Amazônia Legal para a preservação e a defesa da Floresta Amazônica, patrimônio nacional".

Posted On Sexta, 23 Agosto 2019 17:04 Escrito por O Paralelo 13

Citado na delação do ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente Lula foi chamado a depor, mas manteve-se calado

 

Com Isto È e Antagonista

 

O delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal em Curitiba, tentou ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que apura denúncia de corrupção em negócios do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, com a Petrobras. O petista afirmou que seguiria orientação de seus defensores e permaneceria calado.

 

Lula só fala quando é entrevistado por jornalista verdevaldiano. Para a PF, ele fica quietinho

 

 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 23, a 64ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pentiti, para apurar supostos crimes de corrupção envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobrás na exploração do pré-sal e “em projeto de desinvestimento de ativos” na África (o BTG afirma que essa questão já foi analisada por auditoria independente, que não encontrou irregularidades).

O depoimento no dia 5 de março foi anexado no pedido de buscas da Pentiti. Pace afirma que Lula não está sendo indiciado no inquérito, mas sim estão sendo apurados os fatos.

Na delação do ex-ministro Antonio Palocci, que ajudou a embasar as investigações, o ex-presidente é citado. De acordo com a corporação, os supostos crimes podem ter causado prejuízo de ao menos US$ 1,5 bilhão, o que equivaleria a cerca de R$ 6 bilhões de reais hoje.

 

Lula afirmou ao delegado da Lava Jato que “já prestou muitos depoimentos” e que “tem vontade de falar”.

 

“Vontade de falar, gravado e ao vivo, é tudo que eu quero na vida. É toda oportunidade que eu quero. Mas seguindo a orientação do advogado, em relação a decisão no processo no Supremo Tribunal Federal, eu então hoje não responderei até o advogado dizer ‘olha, vamos para o embate’.”

 

Segundo Lula, são mentiras as afirmações feitas contra ele.

 

 

Posted On Sexta, 23 Agosto 2019 16:27 Escrito por O Paralelo 13
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