Ações da 2ª DHPP contribuíram significativamente para que a cidade atingisse mais de 40 dias sem homicídios

 

Por Rogério de Oliveira

 

No trabalho contra a criminalidade, a Polícia Civil do Tocantins acaba de alcançar em Araguaína, na região Norte do Estado, a marca de 40 dias sem registrar nenhum homicídio. A marca atingida no último sábado, dia 26, é motivo de muito orgulho e satisfação para a Polícia Civil, em especial para as equipes da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP) de Araguaína, que há três anos vem investigando os crimes contra a vida na cidade.

 

Criada inicialmente como Delegacia de Homicídios, a DHPP alçou em 2019 a condição de Divisão (Decreto 5.979/2019) e está vinculada à Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Antes da criação da DHPP, em Araguaína, as investigações de crimes contra a vida eram realizadas pelas delegacias circunscricionais de área. No entanto, devido ao crescimento constante da cidade, que é considerada, a capital econômica do Estado do Tocantins, se fazia patente a instalação de uma unidade especializada que pudesse lidar com as investigações de crimes contra a vida.

 

2ª DHPP em números

 

Desde a implantação da 2ª DHPP houve constante queda no número de homicídios ocorridos em Araguaína. Em 2017 foram registrados 107 casos de homicídios consumados. Em 2018, caiu para 71, uma queda de 33% nesse tipo de crime. Queda também em 2019, com 62 registros. Por meio das investigações, a DHPP também conseguiu mapear os locais de maior incidência de crimes praticados contra a vida e constatou que a esmagadora maioria das mortes são de homens na faixa etária de 18 a 28 anos de idade em virtude de envolvimento com álcool, tráfico de drogas e também com facções criminosas Dos 71 homicídios ocorridos na cidade em 2018, 68 eram homens e apenas três eram mulheres.

 

Casos solucionados

 

Considerando apenas os casos iniciados pela 2ª DHPP, desde a sua criação, entre julho de 2017 a dezembro de 2019, foram realizados 229 indiciamentos, sendo 46% deles pelo crime de homicídio consumado. Apesar de tratar-se de uma investigação complexa e que demanda tempo, os crimes de homicídios praticados em Araguaína e investigados pela 2ª DHPP possuem uma taxa de resolução de resolução de quase 32.5%, média muito superior a nacional que é de 8%. Já os casos de homicídios na forma tentada, o índice de resolução da 2ª DHPP sobe para 49.5%, infinitamente maior que a média nacional para esse tipo de crime.

 

Cabe destacar que dezenas de casos de homicídios ainda estão em aberto e cuja conclusão ocorrerá oportunamente, o que elevará os índices de resolução para patamares ainda maiores. Nesse meio tempo, é importante citar que, desde a sua criação em 2017, dezenas de autores de homicídios e tentativas já foram presos, julgados e se encontram atualmente cumprindo pena. Sem mencionar que inúmeros outros casos foram concluídos e os autores foram identificados e devidamente indiciados.

 

Marco

 

Para o delegado-chefe da 2ª DHPP, Guilherme Coutinho Torres, quarenta dias sem registra um único caso de homicídio na cidade de Araguaína é motivo de muita satisfação e orgulho para a Polícia Civil do Tocantins, em especial, para as equipes da 2ª DHPP. “É um marco histórico desde a criação da Unidade Especializada e que merece ser celebrado, porque significa que nenhum cidadão de Araguaína teve sua vida e seus planos interrompidos”, frisou o Delegado ao afirmar que isso significa que a Divisão está no caminho certo no que diz respeito às investigações que realiza diariamente. Demonstra também que o trabalho tem sido bem feito e que resulta em uma cidade mais segura e agradável para se viver. Segundo o Delegado, essa marca simbólica mostra que a Polícia Civil do Tocantins está empenhada em cumprir com sua missão institucional de investigar e solucionar os crimes e apresentar os resultados para a sociedade.

 

O delegado adjunto da 2ª DHPP, Adriano de Aguiar Carvalho também comemora e ressalta a importância das ações realizadas pela Unidade Especializada que contribuíram em muito para que o período de quarenta dias sem homicídios pudesse ser alcançado.

 

“Quarenta dias sem homicídio em Araguaína é um recorde que merece comemoração, principalmente sob o ponto de vista das vidas salvas em nossa cidade. Além disso, a diminuição da violência traz maior sensação de segurança ao cidadão. Isso é fruto de muito trabalho, sobretudo da 2ª DHPP, que nos últimos três anos têm combatido diariamente os homicídios em Araguaína, prendendo líderes e membros de facções criminosas e apresentando-os à Justiça. Nesse período mais de 250 pessoas indiciadas. Esperamos que, com o fim da impunidade, possamos manter, ou até superar, longos períodos de paz em nossa cidade”, finalizou o Delegado Adjunto.

Posted On Quarta, 30 Setembro 2020 05:54 Escrito por O Paralelo 13

Entregue nesta quarta-feira, 16, a nova unidade já está em funcionamento, facilitando, dessa forma, o atendimento integrado à população

 

Por Patricia de Paiva e Shirley Cruz

 

Numa parceria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO) e do Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran-TO), o Governo do Tocantins oficializou nesta quarta-feira, 16, a entrega da nova sede da Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). Na oportunidade, Segurança Pública e o Detran-TO firmaram também um Termo de Cooperação Técnica para trabalharem de forma compartilhada e integrada. O objetivo é gerar atendimento mais ágil e combater, de forma mais efetiva, os crimes de furto e roubo de veículos.

 

Para o secretário da Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, a nova unidade, que já está em funcionamento, representa os esforços conjuntos da Segurança Pública e do Detran-TO para que o Governo do Estado ofereça melhor atendimento à população e combata, com maior efetividade, os crimes relacionados a furtos, roubos e clonagens de veículos.

 

Para o presidente do Detran-TO, Cláudio Alex Vieira, ter a sede da delegacia de furtos e roubos na área do Departamento Estadual de Trânsito é uma conquista de todos. Do Governo do Estado, da Segurança Pública, do Detran-TO e, principalmente, da sociedade, que passa a ter atendimento mais ágil em suas demandas veiculares.

 

A delegada-geral da Polícia Civil, Raimunda Bezerra de Souza, por sua vez, destacou a que a implantação da DERFRVA na área do Detran-TO é um exemplo de integração e que isso beneficiará, sobremaneira, o atendimento à população e o combate à criminalidade.

Participaram da entrega representantes da SSP-TO, Polícia Civil, Detran-TO e Ministério Público Estadual

 

Representando o Ministério Público Estadual do Tocantins (MPE-TO) estava a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizadora (Gaeco), promotora de justiça Maria Natal, e a assessora da Procuradoria Geral de Justiça do Tocantins, promotora Cynthia Assis de Paula. Em nome do MPE-TO, a promotora Cynthia Assis comentou a importância da nova sede da DERFRVA e ratificou a parceria do Gaeco no combate ao crime organizado.

 

O delegado-chefe da DERFRVA, Rossílio Sousa Correa, agradeceu o empenho da Segurança Pública e do Detran-TO para viabilizar a implantação da unidade e destacou o papel da delegacia no combate aos crimes de furtos, roubos e clonagens de veículo no Tocantins e em sua Capital.

 

Cooperação

 

O Termo de Cooperação Técnica assinado nesta quarta-feira, 16, prevê o trabalho compartilhado entre Polícia Civil do Tocantins e Detran-TO, permitindo maior agilidade na identificação de veículos com irregularidades. Ou seja, policiais civis terão acesso ao Sistema DetranNet e, os servidores do Detran-TO ao sistema Capivara da Polícia Civil. O trabalho conjunto incluirá, ainda, a realização de exame técnico pericial veicular por peritos oficiais em favor do Detran-TO, expedição de carteiras funcionais aos fiscais de trânsito, o compartilhamento de espaços físicos e disponibilização de servidores para prestação de serviços afetos às SSP-TO e ao Detran-TO.

 

O documento prevê ainda a instalação de elevadores automotivos, por parte da SSP-TO, para o uso no exame técnico pericial veicular. Em Palmas, o elevador foi instalado nas novas dependências da DERFRVA – Palmas. Da parte do Detran-TO, por sua vez, foi assegurado que o Departamento irá se manifestar favoravelmente a eventual projeto de lei que destine ao Fundo para Modernização da Polícia Civil do Tocantins 50% do produto de arrecadação da taxa que tenha como fato gerador o exame técnico pericial veicular, caso seja realizado por perito oficial do Tocantins.

 

Posted On Quinta, 17 Setembro 2020 04:26 Escrito por O Paralelo 13

Polícia encontra comprimidos de ecstasy em piso falso de loja que vende peças automotivas

 

Por Rogério de Oliveira

 

Em continuação às ações de combate ao tráfico de drogas que vêm sendo realizadas pela Polícia Civil do Tocantins, policiais civis da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (1ª Denarc - Palmas) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (Gaeco -TO), comandados pelo delegado Enio Walcácer de Oliveira Filho, deflagraram nesta sexta-feira, 4, a operação “Píxel”. A ação resultou nas prisões de três traficantes e na apreensão de grande quantidade de entorpecentes na região sul de Palmas.

 

De acordo com a autoridade policial, a referida operação foi dividida em duas etapas, sendo que, na parte da manhã, os policiais civis da Unidade Anti-Drogas prenderam um indivíduo, que vinha do Estado de Goiás, trazendo consigo 651 comprimidos de ecstasy, bem como um frasco de lança perfume. Segundo apontaram as investigações, as drogas seriam distribuídas em Palmas e também no Estado do Pará.

 

Desdobramento

Como desdobramento da operação, os policiais civis identificaram e efetuaram as prisões de mais dois homens que receberiam e distribuiriam parte da droga na cidade de Palmas, e que já eram investigados e estavam sendo monitorados pela equipe da 1ª Denarc.

 

Na segunda etapa da operação Pixel foi constatado que um dos dois homens escondia várias porções de cocaína, maconha e também comprimidos de ecstasy em um fundo falso no piso de seu estabelecimento comercial de venda de equipamentos para veículos na região sul de Palmas. O outro suspeito transportava a droga em sua motocicleta, quando foi abordado pela equipe que fazia campana em frente ao estabelecimento comercial da primeira apreensão.

 

Na segunda etapa da operação foram apreendidas 700 gramas de maconha, 200 gramas de cocaína e 23 comprimidos de ecstasy.

 

Gaeco

Conforme a autoridade policial, a operação foi deflagrada após a análise de informações levantadas por meio de investigações realizadas pelas equipes da 1º Denarc sobre o tráfico interestadual de drogas sintéticas e que utilizavam uma rota proveniente do Estado de Goiás e que teria como via de distribuição e passagem, o Tocantins.

 

Após trocas de informações com o Gaeco, foi identificada a remessa de uma carga de drogas sintéticas feita por uma organização criminosa especializada neste tipo de narcótico. A atuação entre as instituições foi exitosa na prisão inicial de um suspeito de tráfico interestadual de drogas.

 

Operação Píxel

Ainda segundo o delegado Enio, o nome da operação foi escolhido em virtude do formato das drogas sintéticas negociadas: ecstasy, que tem aparência de um pixel, que é um ponto luminoso que, somado a outros, forma uma imagem em uma tela. A referência diz respeito aos fragmentos de informações das investigações das equipes da 1ª Denarc e do Gaeco/MPTO/PC/PM que, juntas, permitiram que as investigações culminassem nas prisões e apreensões ocorridas na data de hoje.

 

Após a realização das providências legais cabíveis, os três homens presos foram recolhidos à Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), de Palmas, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.

 

O delegado Enio Walcácer reafirma a importância da parceria entre as instituições e ressalta que, por meio da ação Píxel, foi possível apreender uma vultuosa quantidade de drogas, principalmente sintéticas, que seriam distribuídas em Palmas, durante o feriado prolongado. “A ação deflagrada nesta sexta-feira, em conjunto com o Gaeco, representa mais um duro golpe contra a criminalidade, uma vez que inúmeras porções de entorpecentes, bem como, centenas de comprimidos de drogas sintéticas, não mais abastecerão pontos de venda de drogas e, consequentemente, não chegarão às mãos de pequenos traficantes e usuários, em nossa cidade”, frisou o delegado Ênio.

 

Posted On Sábado, 05 Setembro 2020 06:14 Escrito por O Paralelo 13

Empresa estava em nome de um laranja que trabalha como servente de pedreiro. Daí porque o nome da operação “Bricklayer”, que em inglês significa pedreiro

 

Por Shirley Cruz

 

Para investigar o não recolhimento de impostos devidos praticado por empresa de fachada do ramo de comercialização de grãos, localizada no Distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, e em nome de um laranja que trabalha como servente de pedreiro, a Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Diretoria Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e da Divisão Especializada de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DRCOT) a ela vinculada e ainda em conjunto com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-TO), deflagrou na manhã desta terça-feira, 1º de setembro, a operação “Bricklayer”.

 

Ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão domiciliar e comercial em Palmas e Pedro Afonso, especialmente nas residências, fazenda e demais endereços comerciais dos alvos. Os mandados judiciais foram expedidos após a Polícia Civil representar, com manifestação favorável do Ministério Público, junto ao juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional/TO.

 

Como funcionava o esquema

 

Durante as investigações foram identificados quatro atores criminosos, a saber: o laranja que trabalha como servente de pedreiro e emprestou o nome para a constituição da empresa; o agropecuarista que se beneficia do nome do laranja para fazer as transações de cereais e sonegar tributos; o contador que realiza todas as operações de constituição e fraudes contábeis do esquema criminoso; e o “corretor de grãos”, que é a pessoa que comercializada soja e milho em troca de uma participação no esquema.

 

Conforme apurado pela Polícia Civil, a organização criminosa causou prejuízo a fazenda pública estadual na ordem de R$ 4.858.988,28 (quatro milhões oitocentos e cinquenta e oito mil novecentos e oitenta e oito reais e vinte e oito centavos) – valor que deixou de ser recolhido em ICMS. Os grãos eram comercializados pela empresa de fachada com diversos estados da federação.

 

Os alvos presos nesta terça-feira, 1º, são investigados pela prática de crimes contra a ordem tributária, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

A operação teve a participação de equipes da equipes da Dracco, DRCOT, 49ª Delegacia de Polícia Civil de Pedro Afonso, do Grupo Operacional Tático Especial (GOTE), Peritos Oficiais das seções de Contabilidade e Informática Forense e apoio da Sefaz-TO. Ao todo, 30 pessoas participaram da ação.

 

Bricklayer

 

A operação foi batizada de “Bricklayer”, que significa pedreiro em inglês, em alusão ao laranja que emprestou o nome para constituição da empresa de fachada.

 

Posted On Terça, 01 Setembro 2020 14:59 Escrito por O Paralelo 13

Operação Guerra Justa da Polícia Civil cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em três estados

 

Por Rogério de Oliveira e Shirley Cruz

 

O aprofundamento das investigações relacionadas à tentativa de roubo a um carro-forte em agosto de 2019, entre as cidades de Colinas do Tocantins e Arapoema, na região centro norte do Tocantins, resultou nesta quinta-feira, 9, na deflagração da 2ª fase da Operação Guerra Justa da Polícia Civil do Tocantins contra organização criminosa responsável por ataque a carro-forte, ocorrido em agosto de 2019, na TO-30, entre as cidades Colinas do Tocantins e Arapoema, na região centro norte do Tocantins. Coordenada pela Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC de Palmas) da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), a operação busca o cumprimento de mais oito mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em residências nos estados de Pernambuco, Pará e Maranhão.

 

A Operação Guerra Justa teve foi coordenada pelos delegados da DEIC de Palmas, Emerson Francisco de Moura e Eduardo César de Menezes. Teve apoio do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) do Tocantins e suporte da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro (DRRBA) da Polícia Civil do Pará; da Diretoria do Interior II e da Diretoria Especializada da FT Bancos Sertão da Polícia Civil do Estado do Pernambuco; e do Departamento de Combate a Roubo e Instituições Financeiras (DCRIF) da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) da Polícia Civil do Maranhão.

 

O ataque

Na época dos fatos, em agosto do ano passado, um grupo de vigilantes de uma empresa responsável por transporte de valores foi abordado por assaltantes, que cercaram o caminhão blindado e passaram a efetuar disparos em sua direção. A perseguição e a troca de tiros perduraram por cerca de 20 quilômetros, até o momento em que o veículo dos assaltantes teve um dos pneus furados por um disparo efetuado pele equipe de guardas. Sem sucesso na subtração do dinheiro, os criminosos abandonaram o veículo atingido com o tiro, atearam-no fogo e fugiram em outro carro que prestava apoio.

 

O tiroteio assustou os moradores do Povoado chamado 19, próximo ao município de Arapoema. Chamou a atenção o poderio bélico dos assaltantes, que chegaram a utilizar um metralhadora calibre ponto 50, capaz de parar tanques de guerra e de abater aeronaves.

 

A Investigação

A partir do material apreendido na primeira etapa da investigação, a equipe da DEIC de Palmas chegou a mais oito membros da organização criminosa responsável pelo ataque patrimonial ocorrido na cidade de Arapoema, cada qual com uma função específica.

 

Um dos investigados ficava responsável pela guarda de parte do armamento do bando em um sítio localizado em povoado Vila Paraísona cidade Xinguara, no estado do Pará (nessa propriedade rural, na primeira fase da operação, foi encontrado um carregador de metralhadora ponto 50 e detonadores de dinamite.

 

Identificou-se também que outra parte do grupo ficava encarregada de realizar o transporte do pesado armamento utilizados nos assaltos, valendo-se dos caminhões de uma madeireira, localizada na cidade de Cabrobró, no Estado de Pernambuco. A empresa, com criação de fachada, era utilizada para dar discrição à atividade criminosa praticada, visto que os assaltantes e as armas de fogo, após os atentados contra as instituições financeiras, viajavam escondidos nos veículos. Os investigadores também descobriram uma ala do bando responsável por financiar a compra de munições.

 

O aprofundar das investigações permitiu ter uma ideia da envergadura da organização. Com monitoramento, os investigadores descobriram que o grupo criminoso, após a tentativa de roubo ao carro-forte na cidade de Arapoema, foi responsável por mais três ataques. Um, ainda no mês de agosto de 2019, foi contra outro carro-forte na cidade de Marabá (na ocasião os assaltantes conseguiram subtrair o dinheiro).

 

Já em janeiro 2020, o bando foi também responsável por mais dois assaltos no estado do Pará. Um no dia seis, contra um carro-forte que trafegava pela BR-010, entre as cidades de Ipixuna do Pará e Paragominas. Na troca de tiros com os vigilantes, um dos bandidos acabou sendo atingido e sendo obrigado a amputar parte de um dos pés.

 

O outro ataque, na madrugada dia 30 de janeiro, foi praticado contra uma agência bancária do Bradesco. Na ocasião, o grupo aterrorizou a população da cidade Ipixuna do Pará. Vinte e cinco (25) pessoas foram feitas reféns (as vítimas foram usadas com escudos humanos, sendo postas nos para-brisas dos veículos utilizados pelos criminosos para fugir.

 

Com parte dos mais de R$ 1 milhão de reais roubados da agência bancária, quatros lideranças do bando viabilizaram a compra de mais duas metralhadoras ponto 50, adquirida por R$ 200 mil reais cada.

 

1ª fase

Realizada em 28 de abril de 2020, a 1ª fase da Operação Guerra Justa deu cumprimento a seis mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em residências nos estados do Tocantins, Bahia, Pernambuco e Pará. O saldo da operação foi o indiciamento de 14 pessoas.

 

Posted On Quinta, 09 Julho 2020 10:03 Escrito por O Paralelo 13
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