Crime ocorreu em um bar e teria sido motivado por uma discussão banal
Por Rogério de Oliveira
Duas horas e trinta minutos. Esse foi o tempo gasto por Policiais Civis da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP) de Palmas, comandados pela delegada Luciana Coelho Midlej, para desvendar um crime de homicídio ocorrido, neste domingo, às 16h30, na região sul de Palmas, e capturar um homem de 31 anos, apontando como sendo o principal suspeito pelo crime.
De acordo com a autoridade policial, tão logo foram informados sobre o crime, uma equipe da Unidade Especializada foi até o local, na quadra Arse 112, (Antiga 1106 Sul), onde deram início às investigações, passando a ouvir possíveis testemunhas e coletar evidências que pudessem levar ao esclarecimento do fato.
Com o aprofundamento das investigações, os policiais civis identificaram o suspeito e então, começaram as diligências no sentido de localizar seu paradeiro e efetuar sua prisão.
Cerca de duas horas e meia depois, a equipe da DHPP, por meio de levantamentos, obteve informações de que o indivíduo teria ido para o Distrito de Taquaruçu, onde estaria tentando se esconder. Imediatamente, os policiais foram até o Distrito, onde localizaram o homem e fizeram a prisão do mesmo, que imediatamente, foi trazido para a sede da DHPP, onde foi autuado em flagrante pela prática do crime de homicídio qualificado, por motivo fútil.
Após a realização das providências legais cabíveis, o indivíduo foi recolhido a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
O crime
Segundo apontaram as investigações da 1ª DHPP, vítima e autor estavam em um bar na Quadra 112 Sul, quando iniciaram uma discussão, sendo que, pouco depois, o autor foi a casa dele, situada na mesma quadra, onde pegou uma faca e retornou ao bar, momento em que desferiu um único golpe que atingiu o peito, do lado esquerdo da vítima e, devido à gravidade do ferimento, a vítima não resistiu e veio à óbito no local, antes da chegada do socorro.
Motivação
Ainda de acordo com as investigações da DHPP, durante o depoimento, prestado à autoridade policial, o suposto autor confessou o crime e alegou que a discussão foi originada durante um jogo de sinuca que ele disputava com a vítima.
Ações da 2ª DHPP contribuíram significativamente para que a cidade atingisse mais de 40 dias sem homicídios
Por Rogério de Oliveira
No trabalho contra a criminalidade, a Polícia Civil do Tocantins acaba de alcançar em Araguaína, na região Norte do Estado, a marca de 40 dias sem registrar nenhum homicídio. A marca atingida no último sábado, dia 26, é motivo de muito orgulho e satisfação para a Polícia Civil, em especial para as equipes da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP) de Araguaína, que há três anos vem investigando os crimes contra a vida na cidade.
Criada inicialmente como Delegacia de Homicídios, a DHPP alçou em 2019 a condição de Divisão (Decreto 5.979/2019) e está vinculada à Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Antes da criação da DHPP, em Araguaína, as investigações de crimes contra a vida eram realizadas pelas delegacias circunscricionais de área. No entanto, devido ao crescimento constante da cidade, que é considerada, a capital econômica do Estado do Tocantins, se fazia patente a instalação de uma unidade especializada que pudesse lidar com as investigações de crimes contra a vida.
2ª DHPP em números
Desde a implantação da 2ª DHPP houve constante queda no número de homicídios ocorridos em Araguaína. Em 2017 foram registrados 107 casos de homicídios consumados. Em 2018, caiu para 71, uma queda de 33% nesse tipo de crime. Queda também em 2019, com 62 registros. Por meio das investigações, a DHPP também conseguiu mapear os locais de maior incidência de crimes praticados contra a vida e constatou que a esmagadora maioria das mortes são de homens na faixa etária de 18 a 28 anos de idade em virtude de envolvimento com álcool, tráfico de drogas e também com facções criminosas Dos 71 homicídios ocorridos na cidade em 2018, 68 eram homens e apenas três eram mulheres.
Casos solucionados
Considerando apenas os casos iniciados pela 2ª DHPP, desde a sua criação, entre julho de 2017 a dezembro de 2019, foram realizados 229 indiciamentos, sendo 46% deles pelo crime de homicídio consumado. Apesar de tratar-se de uma investigação complexa e que demanda tempo, os crimes de homicídios praticados em Araguaína e investigados pela 2ª DHPP possuem uma taxa de resolução de resolução de quase 32.5%, média muito superior a nacional que é de 8%. Já os casos de homicídios na forma tentada, o índice de resolução da 2ª DHPP sobe para 49.5%, infinitamente maior que a média nacional para esse tipo de crime.
Cabe destacar que dezenas de casos de homicídios ainda estão em aberto e cuja conclusão ocorrerá oportunamente, o que elevará os índices de resolução para patamares ainda maiores. Nesse meio tempo, é importante citar que, desde a sua criação em 2017, dezenas de autores de homicídios e tentativas já foram presos, julgados e se encontram atualmente cumprindo pena. Sem mencionar que inúmeros outros casos foram concluídos e os autores foram identificados e devidamente indiciados.
Marco
Para o delegado-chefe da 2ª DHPP, Guilherme Coutinho Torres, quarenta dias sem registra um único caso de homicídio na cidade de Araguaína é motivo de muita satisfação e orgulho para a Polícia Civil do Tocantins, em especial, para as equipes da 2ª DHPP. “É um marco histórico desde a criação da Unidade Especializada e que merece ser celebrado, porque significa que nenhum cidadão de Araguaína teve sua vida e seus planos interrompidos”, frisou o Delegado ao afirmar que isso significa que a Divisão está no caminho certo no que diz respeito às investigações que realiza diariamente. Demonstra também que o trabalho tem sido bem feito e que resulta em uma cidade mais segura e agradável para se viver. Segundo o Delegado, essa marca simbólica mostra que a Polícia Civil do Tocantins está empenhada em cumprir com sua missão institucional de investigar e solucionar os crimes e apresentar os resultados para a sociedade.
O delegado adjunto da 2ª DHPP, Adriano de Aguiar Carvalho também comemora e ressalta a importância das ações realizadas pela Unidade Especializada que contribuíram em muito para que o período de quarenta dias sem homicídios pudesse ser alcançado.
“Quarenta dias sem homicídio em Araguaína é um recorde que merece comemoração, principalmente sob o ponto de vista das vidas salvas em nossa cidade. Além disso, a diminuição da violência traz maior sensação de segurança ao cidadão. Isso é fruto de muito trabalho, sobretudo da 2ª DHPP, que nos últimos três anos têm combatido diariamente os homicídios em Araguaína, prendendo líderes e membros de facções criminosas e apresentando-os à Justiça. Nesse período mais de 250 pessoas indiciadas. Esperamos que, com o fim da impunidade, possamos manter, ou até superar, longos períodos de paz em nossa cidade”, finalizou o Delegado Adjunto.
Entregue nesta quarta-feira, 16, a nova unidade já está em funcionamento, facilitando, dessa forma, o atendimento integrado à população
Por Patricia de Paiva e Shirley Cruz
Numa parceria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO) e do Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran-TO), o Governo do Tocantins oficializou nesta quarta-feira, 16, a entrega da nova sede da Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). Na oportunidade, Segurança Pública e o Detran-TO firmaram também um Termo de Cooperação Técnica para trabalharem de forma compartilhada e integrada. O objetivo é gerar atendimento mais ágil e combater, de forma mais efetiva, os crimes de furto e roubo de veículos.
Para o secretário da Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, a nova unidade, que já está em funcionamento, representa os esforços conjuntos da Segurança Pública e do Detran-TO para que o Governo do Estado ofereça melhor atendimento à população e combata, com maior efetividade, os crimes relacionados a furtos, roubos e clonagens de veículos.
Para o presidente do Detran-TO, Cláudio Alex Vieira, ter a sede da delegacia de furtos e roubos na área do Departamento Estadual de Trânsito é uma conquista de todos. Do Governo do Estado, da Segurança Pública, do Detran-TO e, principalmente, da sociedade, que passa a ter atendimento mais ágil em suas demandas veiculares.
A delegada-geral da Polícia Civil, Raimunda Bezerra de Souza, por sua vez, destacou a que a implantação da DERFRVA na área do Detran-TO é um exemplo de integração e que isso beneficiará, sobremaneira, o atendimento à população e o combate à criminalidade.
Participaram da entrega representantes da SSP-TO, Polícia Civil, Detran-TO e Ministério Público Estadual
Representando o Ministério Público Estadual do Tocantins (MPE-TO) estava a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizadora (Gaeco), promotora de justiça Maria Natal, e a assessora da Procuradoria Geral de Justiça do Tocantins, promotora Cynthia Assis de Paula. Em nome do MPE-TO, a promotora Cynthia Assis comentou a importância da nova sede da DERFRVA e ratificou a parceria do Gaeco no combate ao crime organizado.
O delegado-chefe da DERFRVA, Rossílio Sousa Correa, agradeceu o empenho da Segurança Pública e do Detran-TO para viabilizar a implantação da unidade e destacou o papel da delegacia no combate aos crimes de furtos, roubos e clonagens de veículo no Tocantins e em sua Capital.
Cooperação
O Termo de Cooperação Técnica assinado nesta quarta-feira, 16, prevê o trabalho compartilhado entre Polícia Civil do Tocantins e Detran-TO, permitindo maior agilidade na identificação de veículos com irregularidades. Ou seja, policiais civis terão acesso ao Sistema DetranNet e, os servidores do Detran-TO ao sistema Capivara da Polícia Civil. O trabalho conjunto incluirá, ainda, a realização de exame técnico pericial veicular por peritos oficiais em favor do Detran-TO, expedição de carteiras funcionais aos fiscais de trânsito, o compartilhamento de espaços físicos e disponibilização de servidores para prestação de serviços afetos às SSP-TO e ao Detran-TO.
O documento prevê ainda a instalação de elevadores automotivos, por parte da SSP-TO, para o uso no exame técnico pericial veicular. Em Palmas, o elevador foi instalado nas novas dependências da DERFRVA – Palmas. Da parte do Detran-TO, por sua vez, foi assegurado que o Departamento irá se manifestar favoravelmente a eventual projeto de lei que destine ao Fundo para Modernização da Polícia Civil do Tocantins 50% do produto de arrecadação da taxa que tenha como fato gerador o exame técnico pericial veicular, caso seja realizado por perito oficial do Tocantins.
Polícia encontra comprimidos de ecstasy em piso falso de loja que vende peças automotivas
Por Rogério de Oliveira
Em continuação às ações de combate ao tráfico de drogas que vêm sendo realizadas pela Polícia Civil do Tocantins, policiais civis da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (1ª Denarc - Palmas) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (Gaeco -TO), comandados pelo delegado Enio Walcácer de Oliveira Filho, deflagraram nesta sexta-feira, 4, a operação “Píxel”. A ação resultou nas prisões de três traficantes e na apreensão de grande quantidade de entorpecentes na região sul de Palmas.
De acordo com a autoridade policial, a referida operação foi dividida em duas etapas, sendo que, na parte da manhã, os policiais civis da Unidade Anti-Drogas prenderam um indivíduo, que vinha do Estado de Goiás, trazendo consigo 651 comprimidos de ecstasy, bem como um frasco de lança perfume. Segundo apontaram as investigações, as drogas seriam distribuídas em Palmas e também no Estado do Pará.
Desdobramento
Como desdobramento da operação, os policiais civis identificaram e efetuaram as prisões de mais dois homens que receberiam e distribuiriam parte da droga na cidade de Palmas, e que já eram investigados e estavam sendo monitorados pela equipe da 1ª Denarc.
Na segunda etapa da operação Pixel foi constatado que um dos dois homens escondia várias porções de cocaína, maconha e também comprimidos de ecstasy em um fundo falso no piso de seu estabelecimento comercial de venda de equipamentos para veículos na região sul de Palmas. O outro suspeito transportava a droga em sua motocicleta, quando foi abordado pela equipe que fazia campana em frente ao estabelecimento comercial da primeira apreensão.
Na segunda etapa da operação foram apreendidas 700 gramas de maconha, 200 gramas de cocaína e 23 comprimidos de ecstasy.
Gaeco
Conforme a autoridade policial, a operação foi deflagrada após a análise de informações levantadas por meio de investigações realizadas pelas equipes da 1º Denarc sobre o tráfico interestadual de drogas sintéticas e que utilizavam uma rota proveniente do Estado de Goiás e que teria como via de distribuição e passagem, o Tocantins.
Após trocas de informações com o Gaeco, foi identificada a remessa de uma carga de drogas sintéticas feita por uma organização criminosa especializada neste tipo de narcótico. A atuação entre as instituições foi exitosa na prisão inicial de um suspeito de tráfico interestadual de drogas.
Operação Píxel
Ainda segundo o delegado Enio, o nome da operação foi escolhido em virtude do formato das drogas sintéticas negociadas: ecstasy, que tem aparência de um pixel, que é um ponto luminoso que, somado a outros, forma uma imagem em uma tela. A referência diz respeito aos fragmentos de informações das investigações das equipes da 1ª Denarc e do Gaeco/MPTO/PC/PM que, juntas, permitiram que as investigações culminassem nas prisões e apreensões ocorridas na data de hoje.
Após a realização das providências legais cabíveis, os três homens presos foram recolhidos à Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), de Palmas, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.
O delegado Enio Walcácer reafirma a importância da parceria entre as instituições e ressalta que, por meio da ação Píxel, foi possível apreender uma vultuosa quantidade de drogas, principalmente sintéticas, que seriam distribuídas em Palmas, durante o feriado prolongado. “A ação deflagrada nesta sexta-feira, em conjunto com o Gaeco, representa mais um duro golpe contra a criminalidade, uma vez que inúmeras porções de entorpecentes, bem como, centenas de comprimidos de drogas sintéticas, não mais abastecerão pontos de venda de drogas e, consequentemente, não chegarão às mãos de pequenos traficantes e usuários, em nossa cidade”, frisou o delegado Ênio.
Empresa estava em nome de um laranja que trabalha como servente de pedreiro. Daí porque o nome da operação “Bricklayer”, que em inglês significa pedreiro
Por Shirley Cruz
Para investigar o não recolhimento de impostos devidos praticado por empresa de fachada do ramo de comercialização de grãos, localizada no Distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, e em nome de um laranja que trabalha como servente de pedreiro, a Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Diretoria Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e da Divisão Especializada de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DRCOT) a ela vinculada e ainda em conjunto com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-TO), deflagrou na manhã desta terça-feira, 1º de setembro, a operação “Bricklayer”.
Ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão domiciliar e comercial em Palmas e Pedro Afonso, especialmente nas residências, fazenda e demais endereços comerciais dos alvos. Os mandados judiciais foram expedidos após a Polícia Civil representar, com manifestação favorável do Ministério Público, junto ao juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional/TO.
Como funcionava o esquema
Durante as investigações foram identificados quatro atores criminosos, a saber: o laranja que trabalha como servente de pedreiro e emprestou o nome para a constituição da empresa; o agropecuarista que se beneficia do nome do laranja para fazer as transações de cereais e sonegar tributos; o contador que realiza todas as operações de constituição e fraudes contábeis do esquema criminoso; e o “corretor de grãos”, que é a pessoa que comercializada soja e milho em troca de uma participação no esquema.
Conforme apurado pela Polícia Civil, a organização criminosa causou prejuízo a fazenda pública estadual na ordem de R$ 4.858.988,28 (quatro milhões oitocentos e cinquenta e oito mil novecentos e oitenta e oito reais e vinte e oito centavos) – valor que deixou de ser recolhido em ICMS. Os grãos eram comercializados pela empresa de fachada com diversos estados da federação.
Os alvos presos nesta terça-feira, 1º, são investigados pela prática de crimes contra a ordem tributária, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação teve a participação de equipes da equipes da Dracco, DRCOT, 49ª Delegacia de Polícia Civil de Pedro Afonso, do Grupo Operacional Tático Especial (GOTE), Peritos Oficiais das seções de Contabilidade e Informática Forense e apoio da Sefaz-TO. Ao todo, 30 pessoas participaram da ação.
Bricklayer
A operação foi batizada de “Bricklayer”, que significa pedreiro em inglês, em alusão ao laranja que emprestou o nome para constituição da empresa de fachada.