O Observatório Político de O Paralelo 13 começa, nesta semana, a publicar entrevistas com os candidatos a governador, senador, deputado federal e deputado estadual, dando oportunidade, tanto aos candidatos quanto aos eleitores de se conhecerem mutuamente, por meio da exposição das propostas, ideias e planos de ação dos postulantes a um cargo eletivo em dois de outubro.
Por Edson Rodrigues
Quando falamos em conhecimento mútuo, estamos nos referindo à identificação, por parte do eleitor, do candidato que tenha as propostas que considera melhores e mais importantes para o futuro do Estado, assim como o candidato pode, por meio das críticas e sugestões, adequar e alinhas suas propostas para conquistar ainda mais eleitores.
Nosso objetivo, como veículo de comunicação, é incentivar o voto consciente, o voto que seja fruto na análise e da vontade de mudar a realidade política e, não de “presentes”, cargos ou qualquer benefício que seja individual, pois, desta forma, o compromisso do candidato com o eleitor acaba no momento em que ele entrega um botijão de gás, por exemplo, deixando-o livre para atuar apenas em benefício próprio durante o mandato, uma vez que já cumpriu sua parte para com aquele eleitor que vendeu seu voto.
O QUE É UMA ELEIÇÃO
A realização das Eleições 2022 para os cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual aumenta a expectativa de mudanças no cenário político do Brasil.
Muitos eleitores, entretanto, não acreditam ser possível mudar a história do país e insistem na ideia de que a corrupção é inerente à política brasileira.
Logo, as eleições deste ano determinarão o futuro de cada cidade, cada Estado e do País para os próximos quatro anos, motivo pelo qual é fundamental que cada eleitor faça a sua opção de modo consciente e com seriedade.
Nesse contexto, é necessário entender que a República Federativa do Brasil se constitui em Estado democrático de direito no qual “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente” (art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988). Desta forma, o sentido da democracia está na possibilidade de o cidadão exercer a soberania popular, que se concretiza pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto na escolha dos governantes. O eleitor tem em suas mãos o único instrumento de mudança política e social: o voto.
O Brasil é um país reconhecido pela sua ampla representatividade democrática. No entanto, nem sempre foi assim. Houve momentos em nossa história de grandes restrições ao direito de participação popular no processo de escolha dos governantes: as mulheres não tinham direito de votar; o voto era definido pela renda (voto censitário – direito apenas dos ricos) e, ainda, controlado por coronéis (voto de cabresto).
Desse modo, no atual contexto político e social do Brasil, os dias destinados à realização das eleições representam um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que existe igualdade de valor no voto dado por cada cidadão.
Diante da liberdade e da igualdade no exercício da soberania popular, é fundamental que o voto seja consciente, pois esse é um fator preponderante para que se alcance um resultado satisfatório no pleito.
ELEITOR CONSCIENTE
Conhecer o funcionamento do processo eleitoral brasileiro, entender o sistema por meio do qual os candidatos são eleitos, perceber o que é legítimo e aquilo que ofende a moralidade da disputa eleitoral contribui para a conscientização do eleitor na escolha de seus representantes.
É importante que o eleitor procure se informar a respeito das ideias do partido político ao qual o seu candidato está filiado, pois a ideologia partidária – ou seja, os propósitos daquela legenda – está ligada ao que o candidato escolhido realizará se for eleito.
O eleitor deve estar atento à atuação de cada candidato. Aqueles que possam tentar comprar votos ou oferecer alguma vantagem em troca de apoio político certamente continuarão a promover a corrupção se forem eleitos.
Precisamos entender, contudo, que nem todo político é igual ou corrupto. Existem candidatos interessados em promover uma mudança social e política, por isso devemos buscar conhecer as propostas do candidato e do seu partido, assim como o seu passado.
Logo, diante das considerações apresentadas, conclui-se que o cidadão, no pleno exercício da democracia, é o ator principal e o comandante da definição do destino do seu país, e o instrumento é o voto consciente. Cabe ao eleitor exercer o seu direito ao voto – a partir de uma decisão madura, refletida e consciente – e fazer o seu papel para impedir a eleição de maus políticos e possibilitar que se alcance uma maior legitimidade neste processo eleitoral.
Assim esperamos!
No discurso de posse, o ministro destacou o papel da Justiça Eleitoral na garantia do exercício da democracia no Brasil e a importância do combate à desinformação
Com Assessoria do TSE
“Somos a única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia, com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional”. A afirmação foi feita nesta terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, na cerimônia em que foi empossado na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No discurso de posse, ele destacou o papel da Justiça Eleitoral na garantia do exercício da democracia no Brasil e a importância do combate à desinformação para assegurar a liberdade das eleitoras e dos eleitores na manifestação da vontade nas urnas.
Alexandre de Moraes iniciou sua fala homenageando o antecessor, ministro Edson Fachin, e o vice, ministro Ricardo Lewandowski, de quem foi aluno na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo (SP). Em seguida, ele defendeu o respeito às instituições como o único caminho de crescimento e fortalecimento da República e a democracia como o único regime em que se manifesta o poder emanado do povo.
Ao abordar as dimensões da democracia brasileira – a quarta maior do planeta –, Alexandre de Moraes ressaltou a eficiência da Justiça Eleitoral, por fazer do Brasil o único em que as eleições ocorrem simultaneamente em todo o território, tendo o resultado proclamado no mesmo dia da votação. “Somos 156.454.11 eleitores aptos a votar. Somos uma das maiores democracias do mundo em termos de voto popular, estando entre as quatro maiores democracias do mundo”, salientou.
Avanços
Os presidentes dos três poderes estiveram presentes na posse
O trabalho conjunto do TSE, dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e de toda a estrutura da Justiça Eleitoral na organização de eleições seguras e transparentes foi enaltecido pelo novo presidente da Corte. Ele apontou o advento do voto eletrônico, em 1996, como uma reação da democracia brasileira ao histórico desvirtuamento provocado pelas incontáveis fraudes eleitorais que marcaram a trajetória do voto manual no país.
Moraes apontou os constantes aprimoramentos que são regularmente implementados no sistema eletrônico de votação, como a expansão da identificação biométrica do eleitorado, que afastou de vez as fraudes de indivíduos com títulos eleitorais múltiplos. “O aperfeiçoamento foi, é e continuará sendo constante, absolutamente sempre, para garantir total segurança e transparência ao eleitorado nacional, como demonstra a implementação da biometria, que somente não foi finalizada em virtude da trágica pandemia causada pela covid-19”, frisou.
Segundo ele, a vocação para a democracia e a coragem de combater aqueles que são contrários aos ideais constitucionais e aos valores republicanos de respeito à soberania popular permanecem na Justiça Eleitoral e no TSE, que continuamente vêm se aperfeiçoando, principalmente com a implementação e a melhoria das urnas eletrônicas. Moraes ainda destacou o papel da Justiça Eleitoral na condução das eleições para que ocorram de modo ordeiro, transparente e legal.
Combate à desinformação
A liberdade do direito de voto sigiloso, numa manifestação de escolha consciente e baseada em fatos, é, na visão do ministro, firmada na liberdade de expressão, no pluralismo e na livre circulação de ideias. Para Alexandre de Moraes, cabe à Justiça Eleitoral proteger essa liberdade, intervindo o mínimo possível, sem, contudo, se furtar a julgar os excessos que venham a ser cometidos.
Por isso, o presidente do TSE considerou imprescindível a atuação da Justiça Eleitoral no combate aos discursos com propagação de ódio e ameaças antidemocráticas, bem como às infrações penais e toda a sorte de atividades ilícitas. “Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, de destruição da democracia, das instituições, da dignidade e da honra alheias. Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos”, afirmou.
Moraes, Aras, Pacheco e Bolsonaro durante a execução do Hino Nacional
Moraes ainda disse que a intervenção da Justiça Eleitoral será célere, firme e implacável na coibição de práticas abusivas ou de notícias falsas ou fraudulentas, principalmente aquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais. “E assim atuará Justiça Eleitoral para proteger a integridade das instituições do regime democrático e a vontade popular. Pois a Justiça Eleitoral não autoriza que se propague mentiras que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições”, enfatizou o presidente do TSE.
Democracia é construção coletiva
Embora não seja um caminho fácil, exato ou previsível, nas palavras de Alexandre de Moraes, a democracia é o único caminho, é uma construção coletiva daqueles que acreditam na liberdade, na paz, no desenvolvimento, na dignidade da pessoa humana, no pleno emprego, no fim da fome, na redução das desigualdades, na prevalência da educação e na garantia de saúde de todas os brasileiros e brasileiras. Assim, cabe aos poderes públicos, segundo ele, atuar conjuntamente para proteger o regime democrático e suas instituições, bem como para assegurar a união da nação.
“A democracia é uma construção coletiva de todos que acreditam na soberania popular e, mais do que isso, de todos que acreditam e confiam na sabedoria popular, que acreditam que nós, autoridades do Poder Judiciário, do Poder Executivo, do Poder Legislativo, somos passageiros, mas que as instituições devem ser fortalecidas, pois são permanentes e imprescindíveis para um Brasil melhor, para um Brasil de sucesso e progresso, para o Brasil com mais harmonia, justiça social, mais igualdade, solidariedade, com mais amor e esperança”, completou.
ELEIÇÕES ESTADUAIS 2O22
O senador Irajá Abreu se negou a compor com o Palácio Araguaia, quando sua mãe, a também senadora Kátia Abreu, estava praticamente certa de disputar a reeleição na chapa do governador Wanderlei Barbosa. PRIMEIRA VEZ QUE NEGOU A MÃE
Por Edson Rodrigues
Depois de movimentos de Irajá no tabuleiro político que pareciam fortalecer a pré-candidatura do deputado federal Osires Damaso a governador, o senador, como presidente do PSD, fez uma convenção longe de Palmas, na pequena Lavandeiras, que o escolheu candidato a governador. Nessa convenção, sua mãe não foi escolhida como candidata a senadora em sua chapa. SEGUNDA VEZ QUE NEGOU A MÃE
Se Irajá registrar sua candidatura ao governo junto ao TRE sem sua mãe como candidata à reeleição, estará configurada a TERCEIRA VEZ QUE NEGOU A MÃE.
IMPORTANTE: O PRAZO PARA REGISTRO DAS CANDIDATURAS JUNTO AO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL SE ENCERRA NESTA QUARTA-FEIRA, DIA 10 DE AGOSTO, ÀS 18 HORAS.
Resta saber se tudo isso apenas faz parte de um jogo sujo, onde a mãe passará por vítima, apenas para conquistar votos, ou não. Acreditamos que não, mas pairam dúvidas no ar. Pode ser ou não ser ... o tempo dirá. Se isso se confirmar, vindo do senador Irajá Abreu, não será nenhuma novidade.
Graças a Deus, nossa saudosa mãe, Ana Coelho, juntamente com a nossa saudosa avó Anízia Coelho, nos criou dentro dos ensinamentos e princípios religiosos. Todos nós, seus três filhos, Edson, Edvaldo e Edmar, somos amantes e amigos das duas, companheiros inseparáveis e reconhecedores de tudo que recebemos das duas. Gratidão eterna!
Não temos nada de pessoal ou politicamente contra o senhor Irajá Abreu, que está senador da República. Mas, dentro dos princípios da liberdade de imprensa assegurada pela Constituição da República, com todo respeito que sempre tivemos pelas instituições e autoridades e pelos homens e mulheres que exercem cargo o função pública, repetimos: tudo que vier do senador filho da senadora Kátia Abreu não será novidade.
POSSÍVEL PRESSÃO NA BASE POLÍTICA DO SENADOR IRAJÁ ABREU
Caso seja confirmado, como corre nos bastidores políticos, que o senador em questão esteja ameaçando gestores municipais que não declarem apoio à sua candidatura a governador, de transferir as emendas impositivas de sua autoria para outros municípios, estará confirmada uma pressão nada republicana.
Nesse caso, deve ser registrado um boletim na delegacia de polícia mais próxima e o caso ser denunciado junto ao Ministério Público, para que a população tenha conhecimento.
O OBSERVATÓRIO POLÍTICO de O PARALELO13 conversou com quatro prefeitos da base política do senador Irajá, que preferiram ficar no anonimato. Todos demonstraram receio em falar sobre o assunto.
“Nos poupe desse assunto”, disse um. Outro respondeu: “não quero prejudicar meu município. Preciso muito dessas emendas, pois desejo ser candidato à reeleição. Por favor, me deixe de fora dessa polêmica”. O terceiro nos garantiu que responderá depois de conversar com seu advogado e com os vereadores de sua base política.
Na política, entraves, desentendimentos, rompimentos, reatamentos, composições aparentemente antagônicas, tudo isso faz parte do jogo. Mas pressionar prefeito que não apoie sua candidatura a governador, ameaçando tirar recursos de suas emendas impositivas, é o extremo dos extremos.
O OBSERVATÓRIO POLÍTICO de O PARALELO13 conversou sobre o assunto com um auxiliar do prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, Ele nos revelou: “sou comissionado, não posso aparecer. O prefeito quer apoiar o candidato a governador pelo PT, Paulo Mourão, que é filho de Porto Nacional. Por gratidão mesmo, pois Paulo ajudou muito Ronivon se eleger prefeito da cidade. Não justifica apoiar outro candidato, mas, se não apoiar, perde tudo. São muitos milhões e quem fica prejudicado é o povo de Porto Nacional”.
O OBSERVATÓRIO POLÍTICO de O PARALELO13 está tentando entrar em contato com o prefeito Ronivon Maciel, para saber se realmente ele é uma das vítimas da propalada pressão aos prefeitos por parte do senador Irajá Abreu.
VOLTAREMOS EM BREVE SOBRE ESTE ASSUNTO...
AGUARDEM
O pré-candidato a governador Osires Damaso terá amanhã, quinta-feira, 04, uma conversa com o senador Irajá Abreu que definirá seu futuro político. Nesse momento o governadoriável está respirando por aparelhos, enfrentando um quadro político sombrio.
Da Redação
NO CANTO DE CARROCERIA, SEM CINTO DE SEGURANÇA E COM O CAMINHÃO DESCENDO A LADEIRA
Na verdade, o deputado Osires Damaso foi muito imaturo politicamente quando decidiu sair candidato a governador por um partido nanico. Sem horário eleitoral gratuito de rádio e TV, sem recursos do Fundo Partidário, sem uma nominata composta por candidatos a deputado estadual e federal com densidade eleitoral, sem um candidato a vice que pudesse fortalecer sua candidatura e, pior, sem partidos fortes de médio e grande portes lhe apoiando, esse desfecho era previsível.
IMATURO POLITICAMENTE, MAS SÉRIO E RESPONSÁVEL
Mesmo com a imaturidade política de um empresário sério e responsável, cumpridor de seus compromissos e da palavra empenhada, Damaso quis ser ele próprio o articulador e responsável por sua candidatura. Até aqui funcionou o seu marketing eleitoral, que tem conseguido bons resultados através das redes sociais passando a imagem de uma pessoa que obteve vitórias na vida pública e privada agindo de forma limpa e com seriedade. Dessa forma Damaso construiu um grupo empresarial forte e se elegeu deputado estadual, foi presidente da Assembleia Legislativa e foi eleito deputado federal sendo, inclusive, coordenador da bancada no Congresso Nacional.
CANDIDATURA DESIDRATANDO
Faltou ao pré-candidato a governador Osires Damaso um coordenador político de peso, capaz de costurar as parcerias com os demais líderes e partidos políticos até o último dia para realizar convenções partidárias. Sua campanha vinha tendo um ótimo desempenho até poucos dias atrás. Mas seus principais parceiros começaram a dar sinais de que a candidatura de Osires Damaso estava desidratando. O seu principal aliado, que foi recebido pelo grupo de Damaso com honras de rei, o senador Irajá Abreu se distanciou do candidato. A gota d'água foi a reunião dos pré-candidatos a deputados estadual e federal do PSD, sob o comando de Irajá, e para a qual Osires não foi convidado. Na ocasião foi aventada a possibilidade do próprio senador Irajá Abreu ser o candidato a governador do PSD.
AMANHÃ, 04/08, ÚLTIMA TENTATIVA DE OSIRES PARA SAIR DA UTI
O OBSERVATORIO POLITICO de O PARALELO 13 confirmou com uma de nossas fontes que o senador Irajá Abreu terá uma reunião nessa quinta-feira, 04/08, em Palmas, às 09h40, com o pré-candidato a governador Osires Damaso. Essa pode ser a ÚLTIMA TENTATIVA DO INDIVIDUO (UTI) de Damaso. Reforçando que o pré-candidato ainda não têm candidatos a vice-governador, nem a senador, com seus suplentes, e que suas chapas de candidatos a deputados estadual e federal está incompleta. E tudo precisa ser resolvido nas próximas 72 horas.
"PERDOAR NÃO É TÃO DIFÍCIL, O DURO É CONFIAR DE NOVO".
Denise Campos
Mesmo que haja um entendimento entre as duas lideranças em questão, vai retratar em cores a teoria de que uma tigela de cristal que vai ao chão e quebra, poderá ser emendada com a mais poderosa cola do universo, mas continua sendo uma tigela de cristal quebrada. Certamente o eleitor não vai mais acreditar nesse pacto, que gerará desconfiança mútua.
Este editorial tem como base a publicação da conceituada jornalista Roberta Tum, em seu site T1noticias.com.br, do último dia 27, em que a jornalista, que tem um relacionamento pessoal com a senadora Kátia Abreu, que é sua comadre, e tem informações, como sempre, fidedignas, publicou uma nota em que noticia que a relação entre a senadora e seu filho é irreconciliável. A única coisa que não foi explicada é se é a relação política ou familiar. Senão, vejamos:
Por Edson Rodrigues
Era uma vez uma jovem estudante universitária, mãe de família, que ficou viúva de repente, após um trágico acidente de avião ceifou a vida de seu marido. O nome dela: Kátia Regina Abreu. Qualquer um ficaria sem rumo, após uma tragédia como essa, mas o destino dessa jovem mulher não seria determinado por algo que estivesse fora de seu controle. Na sua vida, quem iria decidir os rumos seria ela!
Jovem viúva, mãe de quatro filhos (três homens e uma mulher), Kátia assumiu seu papel de guerreira (como gosta de ser chamada) e fez da fazenda deixada por seu falecido marido, se transformou no seu ganha-pão, no seu porto seguro e na razão da sua vida.
Ao lado dos ex-presidente Dilma Rousseff e Lula a senadora Kátia Abreu em encontro no Palácio de Ondina, residência oficial do governador Rui Costa (PT) e da presidente do PT Gleisi Hoffmann
Os ensinamentos do cuidadoso marido fizeram de Kátia Abreu uma mulher vitoriosa no agronegócio, tão destacada que virou presidente do Sindicato Rural de Gurupi, tornando-se exemplo não só para os demais produtores rurais, mas, principalmente, para seus filhos. Criou a todos com dedicação, atenção e zelo. Dentre eles Irajá Abreu herdou com mais ênfase a veia política e, hoje, é senador como a mãe e primeiro-secretário do Senado.
A política aconteceu naturalmente, e a mesma guerreira que assumiu uma vida de responsabilidades redobradas, se fez respeitar como representante do povo.
Kátia Abreu entrou para a vida pública como presidente do Sindicato Rural de Gurupi e se destacou como presidente da Federação da Agricultura do Tocantins (FAET), deputada federal, senadora da República, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), ministra da Agricultura e candidata a vice-presidente da República.
O ÁPICE DA CARREIRA POLÍTICA
Pegou o filho Irajá Abreu pelas mãos, como fazia quando ele era criança, e o elegeu deputado federal, à época um jovem totalmente desconhecido no meio político tocantinense. Quando aceitou ser candidata a vice-presidente da República na chapa de Ciro Gomes, Kátia tornou-se conhecida e reconhecida nacionalmente
O Senado é considerado no meio político como o ápice da carreira, não apenas pelo poder, mas pelo tempo de mandato e as chances de reeleição. E Irajá Abreu conseguiu chegar lá, com as bênçãos da mãe, é claro. Mas, um sinal foi dado na campanha de Irajá ao Senado: o candidato, talvez por estratégia eleitoral, talvez por uma questão de homenagem ao pai, não usou o sobrenome da mãe (Abreu) e apresentou-se ao eleitorado com o sobrenome Silvestre. Irajá Silvestre e não Irajá Abreu. Eleito, pela primeira vez na história mãe e filho comporiam o colegiado do Senado Federal.
REELEIÇÃO CADA VEZ NAIS DIFÍCIL
Agora, Irajá Abreu é senador, tem mais quatro anos na “Casa Alta”, enquanto sua mãe é candidata à reeleição, enfrentando um cenário muito desfavorável para atingir seu objetivo. São muitos os nomes competitivos disputando uma única vaga de senador nas eleições que se aproximam, todos com possibilidades de eleição, inclusive a própria Kátia, é claro.
O problema, além do desgaste natural pelo tempo de exercício do mandato, é o sentimento por mudanças do eleitorado, que contribui para aumentar as dificuldades da senadora que, em busca de apoio, “passeou” por todos os grupos políticos com candidatos a governador, sem fechar questão com nenhum. Nesse cenário, o apoio de seu filho, senador Irajá Abreu, presidente do PSD no estado, poderia, sim, trabalhar para aumentar as chances de reeleição da senadora Kátia Abreu. Mas, o que se vê, até agora, é uma grande possibilidade de os dois estarem em lados opostos, cada um em um grupo político, tornando o caminho à uma reeleição, pelo menos, mais penoso para Kátia.
ONDE ESTÁ A VERDADE? JUNTOS OU SEPARADOS?
Será que após construir uma carreira vitoriosa para o filho, Kátia Abreu está vendo acontecer o que nunca se poderia imaginar: seu próprio filho lhe negar uma mão amiga à no momento em que ela mais precisa?
Será esta, mesmo, uma traição fria, calculista e sem aparente sentido, depois de anos e anos de dedicação, da gestação, nascimento, primeiros cuidados, educação, construção de uma carreira vitoriosa?
Até na vida comum, quem nega apoio à sua genitora e mentora é alijado da sociedade, visto com maus olhos e vira uma pessoa da qual ninguém quer ser amigo.
Será que Irajá tem peito, personalidade e capacidade de manter uma fama de “judas” perante o povo e, principalmente, a classe política, que costuma isolar quem tem fama de “traíra”?
Ou será que tudo não passa de jogo de cena, que mãe e filho traçaram essa estratégia e sabem muito bem o que estão fazendo?
Onde está a verdade dessa situação?
De concreto, sabemos que se perguntarmos a 100 tocantinenses se eles acreditam nessa contenda entre os senadores Kátia e Irajá Abreu, 90 deles, senão mais, vão responder que isso é “conversa pra boi dormir”, ou seja, pelo que se conhece da história pessoal e política de Kátia Abreu, deixar seu filho trilhar rumos políticos diferentes do que ela estipulou, definitivamente, está completamente fora do seu perfil.
Queremos deixar bem claro que não estamos colocando a atuação política Kátia Abreu em questão, que tem prestado excelentes serviços ao Tocantins e ao Brasil em toda a sua vida pública, mas colocando em discussão a política sendo capaz de destruir a relação de mãe e filho, apenas porque são políticos. Esse fato pode causar uma grande cisão no seio de uma família que, com muita garra, suor e determinação, liderada por sua matriarca ultrapassou obstáculos considerados intransponíveis. Esse patrimônio não pode ser implodido pelo próprio filho.
A IMPRENSA CUMPRE O SEU PAPEL
Com referência à tentativa de querer denegrir a imagem da imprensa tocantinense, como resposta basta dizer ao nobre senador Irajá Abreu que nenhum membro dos meios de comunicação do estado negaria, jamais, apoio às nossas mães em troca da possibilidade de ter ganhos materiais. Pelo contrário, estaríamos cuidando de melhorar as condições de vida de quem se esforçou e não mediu esforços para nos criar.
A imprensa tradicional tocantinense jamais viveu de fake News, pois, estas, são novidades trazidas pela tecnologia e nossos veículos de comunicação são tão ou mais antigos que o Estado do Tocantins e, quando esses petardos tecnológicos surgiram, usando de forma cruel e oportunista a boa vontade do povo tocantinense e sua boa-fé, por meio das redes sociais para disseminar mentiras e ataques vis a pessoas, surgiram da cabeça mesquinha e desprovida de moral dos próprios políticos.
Não são os veículos de comunicação que vivem de fake News. São alguns membros de grupos políticos sem bandeira, sem conteúdo e sem ideologia, que utilizam essa ferramenta maligna para atacar seus adversários, acreditando que o anonimato das redes sociais ainda é garantido, esquecendo que as autoridades policiais também evoluíram suas técnicas de investigação, junto com a internet.
Não foi a imprensa tocantinense que noticiou as acusações contra o senador Irajá Abreu, envolvendo um fato nebuloso sobre seu relacionamento amoroso com uma mulher, ocorrido, exatamente, no período em que sua mãe se encontrava internada na UTI do Hospital Sírio e Libanês, em São Paulo, enfrentando os problemas causados pela Covid-19.
Temos que dar tempo ao tempo para termos a certeza do que foi dito.