A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foi reeleita presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (FAET) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Tocantins (SENAR) pelo triênio 2014/2016. Kátia Abreu foi reeleita com 100% da aprovação dos presidentes dos Sindicatos Rurais do Tocantins votantes, bem como a Diretoria, o Conselho Fiscal e a Suplência do Sistema FAET / SENAR. A votação aconteceu nesta sexta-feira, 25, das 8h às 17h, na sede da Administração Regional da FAET / SENAR em Palmas.
Kátia Abreu agradeceu aos presidentes dos Sindicatos Rurais do Estado do Tocantins por, mais uma vez, acreditar e confiar no seu trabalho para o fortalecimento do setor agropecuário no Tocantins e, em especial, a permanência das ações que beneficiam diretamente o produtor rural e suas famílias.
“Estou muito grata e feliz por poder contar com parceiros que trabalham, na mesma sintonia, para melhorar a vida do trabalhador do campo, construindo possibilidades de desenvolvimento econômico e qualidade de vida, capacitando e qualificando o produtor rural e levando ações de promoção social que trazem saúde e educação para todos”, disse a senadora, que foi a primeira mulher em todo o País a eleger-se presidente de um Sindicato Rural (Gurupi – TO), sendo eleita, em seguida, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, em 1996. Kátia Abreu também foi a primeira mulher a eleger-se presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), se tornando um marco na história classista do país.
Kátia Abreu destacou os serviços oferecidos ao produtor rural durante sua atual gestão, a exemplo de programas como o Travessia Leite, que visa aumentar a competitividade dos produtores de leite do Estado, melhorando a qualidade e reduzindo custos da produção, e o Travessia Bico, que da oportunidade aos produtores serem atendidos pelo programa Negócio Certo, auxiliando na identificação da vocação econômica da região e aplicando técnicas de gestão para propriedades rurais. Kátia Abreu também falou do Pronatec Rural, que capacita jovens e adultos do campo para o mercado de trabalho, e também comemorou o sucesso do início do programa de habitação Minha Casa Minha Vida Rural, que já é referência para todo o país, além do Cartão do Produtor Rural. Kátia Abreu reforçou o compromisso de trabalhar para a consolidação definitiva das feiras e exposições agropecuárias em todo o Tocantins.
LÍDER RURALISTA - Como uma das mais fortes e reconhecidas lideranças ruralistas do país, Kátia Abreu começou cedo sua trajetória classista na busca do fortalecimento do setor agropecuário. Confira, abaixo, as gestões de Kátia Abreu como representante do setor que mais cresce no país: o agropecuário:

- Presidente do Sindicato Rural de Gurupi – 1994-1996;
- Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), 1996-1999;

- Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), 1999-2002;

- Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), 2002-2005;

- Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), 2006-2008 (licenciada)

- Vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), 2005;

- Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) (2008)

- Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) (2011)

- Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), 2011-2013

- Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), 2014-2016

 

Posted On Sexta, 25 Outubro 2013 18:07 Escrito por

Siqueira Campos deve antecipar saída do governo para preparar candidatura ao Senado da República
Nos bastidores, novas articulações partidárias aquecem o cenário político tocantinense, isso graças às últimas decisões dos principais líderes do grupo que comanda o Estado, já que é dada como certa a antecipação da saída de Siqueira Campos do Governo do Estado para viabilizar juridicamente e preparar politicamente sua candidatura ao Senado da República nas eleições de 2013.

Por Edson Rodrigues

Fontes palacianas, com livre trânsito nos principais gabinetes governamentais, já dão como certa a candidatura do governador Siqueira Campos ao Senado da República. Segundo apuramos, ele não cogitava esta postulação, queria tão somente entregar seu legado político ao filho, Eduardo Siqueira Campos, secretário estadual de Reações Institucionais, virtual candidato a suceder o pai. Mas, após ser incentivado por prefeitos, deputados e alguns correligionários, o chefe do executivo tocantinense passou a trabalhar esta possibilidade de continuar na vida pública, desta feita no Congresso Nacional, onde poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento do Tocantins.
Siqueira Campos é a mais expressiva figura política, ainda viva, que contribuiu decisivamente para a criação do Estado do Tocantins. Na sua extensa folha histórica ele já foi vereador, deputado federal por cinco legislaturas seguidas e no momento exerce o seu quarto mandato de governador. Foi com um discurso separatista que ele se destacou na Assembléia Nacional Constituinte, tremulando ali, naquele fórum democrático, a centenária bandeira libertária do povo do Norte Goiano, momento em que sua voz, representando milhares de tocantinenses, foi ouvida e acolhida.
Opiniões
As articulações políticas que consolidam a candidatura do governador Siqueira Campos a uma cadeira no Senado, envolvem vários partidos, deputados estaduais e federais, ex-prefeitos, vereadores e cerca de 90 prefeitos que nos próximos dias deverão assinar uma carta de apoio. Estes líderes sabem da importância desta postulação e acreditam que será vitoriosa, dado o volume de ações administrativas que serão executadas já a partir do próximo mês de novembro. “Serão mais de três bilhões de reais para obras em todos os municípios tocantinenses, promovendo com isso um choque de gestão, uma revolução, um grande desenvolvimento em todas as regiões do Estado, criando emprego, renda e melhores condições de vida para todos, indistintamente”, revelou a fonte palaciana, que pediu para não ter o nome revelado.
Segundo o prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade Costa, a eleição do governador Siqueira Campos para o Senado da República, será um grande marco para aquele parlamento, um presente para o povo tocantinense, que será representado por um homem que fez história, de feitos grandiosos e com experiência gigantesca na busca de desenvolvimento para o seu povo. Para o chefe do executivo portuense, Siqueira Campos tem postura de estadista e assim, direta e indiretamente, promoveu grandes mudanças em toda região Norte do Brasil. “Ele é uma figura humana extraordinária, que dedicou parte de sua vida na realização dos sonhos de milhares de tocantinenses. Com certeza o Brasil ganhará um senador preparado, com visão de homem do povo e com uma expressiva folha de serviços prestados aos brasileiros, através de suas destacadas atuações na Câmara dos Deputados e no Governo do Tocantins”, sintetizou ele.
Para o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, esta decisão, ainda não oficializada, do governador Siqueira Campos pleitear uma vaga no Senado, é salutar para a democracia, que apresenta ao eleitor tocantinense opções renomadas para representá-lo no Congresso Nacional. “Ele é uma reserva moral e política, com larga experiência na vida pública e se eleito, vai engrandecer o Senado, com seu conhecimento sobre divisão territorial. Ganha o Brasil, ganha o Senado e principalmente ganha a nossa sociedade que terá um representante à altura das demandas do Tocantins, Estado que ele ajudou a criar e que já demonstrou amor incondicional por sua gente”, finalizou.

Posted On Quarta, 23 Outubro 2013 06:00 Escrito por

O Senado aprovou neste último dia 16 de outubro, projeto de lei que permite a criação de novos municípios. Proposto em 2008 pelo Senado, o projeto sofreu alteração na Câmara e, por isso, voltou para nova votação pelos senadores. Agora, seguirá para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o relator da proposta, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), atualmente, o projeto já permitiria dar início a processos de emancipação – e transformação em municípío – de pelo menos 188 distritos.
Uma nova lei sobre a criação de municípios precisava ser aprovada porque uma emenda constitucional aprovada em 1996 proibiu a criação de municípios por leis estaduais e definiu que isso só poderia ser feito por meio de autorização em lei complementar federal.
A matéria aprovada pelo Senado regulamenta a Constituição ao estabelecer regras de incorporação, fusão, criação e desmembramento de municípios e determina que distritos poderão se emancipar após a realização de um plebiscito.
O texto aprovado é um substitutivo, com várias alterações no projeto original, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).
De acordo com o substitutivo aprovado, o primeiro passo para a criação de um município é a apresentação, na Assembleia Legislativa, de um pedido assinado por 20% dos eleitores residentes na área geográfica diretamente afetada, tanto no caso da criação ou desmembramento quanto nas situações em que houver fusão ou incorporação de cidades.

Após o pedido, a assembleia legislativa deverá coordenar um “estudo de viabilidade” do novo município. Se houver viabilidade financeira e populacional, com base nos critérios estabelecidos na lei, será realizado o plebiscito que definirá a criação ou não do novo município.
Os senadores retomaram o projeto inicial do Senado e retiraram do texto aprovado na Câmara a possibilidade de se criar novos municípios em áreas de reserva indígena, de proteção ambiental ou pertencentes à União.
De acordo com relator da proposta, não há estimativa de custo da criação dos municípios, com a criação de cargos e instalação de prédios públicos, como os das câmaras de vereadores, por exemplo.
Segundo Valdir Raupp, os novos municípios receberão recursos que seriam aplicados em outras regiões do mesmo estado.
“Não vai aumentar um centavo nem para União nem para os estados. Vai sair (recurso) dos municípios de cada estado. Vai ser desmembrado um pequeno percentual das cotas do fundo de participação [...] e de arrecadação com ICMS. O ‘município-mãe’ vai perder percentual, isso é natural”, disse Raupp.

Confira abaixo quais são os requisitos para a criação de um município, segundo o que estabelece o projeto

As etapas para a criação de um município são as seguintes
1. Protocolar na Assembleia Legislativa pedido de criação do município assinado por pelo menos 20% dos eleitores do distrito, obedecendo às seguintes condições:
- Eleitorado igual ou superior a 50% da população do distrito;
- Ter “núcleo urbano já constituído” e dotado de infraestrutura, edificações e equipamentos “compatíveis com a condição de município”;
- Ter arrecadação superior à média de 10% dos atuais municípios do estado;
- Área urbana não pode estar situada em reserva indígena, área de preservação ambiental ou área pertencente à União, a autarquia ou fundação do governo federal.
2. Após o pedido, elaboração em 180 dias, pela Assembleia Legislativa, de “estudo de viabilidade” do novo municípío e área remanescente do município do qual o distrito pretende se separar. O estudo deverá verificar a viabilidade econômica, ambiental e política do novo município. Concluída essa etapa, o relatório terá de ser apreciado pelos deputados estaduais, que poderão arquivar ou aprovar o projeto.
3. Se o pedido for aprovado pela assembleia, será realizado um plebiscito que envolverá a população do distrito interessado em se emancipar e a do município ao qual o distrito pertence.
4. Se no plebiscito vencer a opção “sim”, a assembleia legislativa terá de votar uma lei estadual autorizando a criação do novo município.
5. Após a aprovação da lei pela assembleia, será marcada data para eleição de prefeito, vice e vereadores do novo município.

 

Posted On Segunda, 21 Outubro 2013 11:24 Escrito por

A morte do jornalista Salomão Wenceslau Rodrigues deixa o Tocantins mais pobre de sabedoria e nossos corações dilacerados de dor

Não esta sendo fácil aceitar a perda do meu irmão e amigo Salomão Wenceslau Rodrigues, que, além desta condição de fraternidade , era também um paizão, um professor, um conselheiro, um profeta e, principalmente, um poeta da vida. É por tudo que ele foi que o Estado do Tocantins ficou mais pobre de sabedoria e nos nossos corações nasceu uma dor imorredoura.

 

Por Edson Rodrigues

Mesmo usando de seus instrumentos metafóricos para nos corrigir (uma palmatória moral, um chicote ético e um cipó físico, mesmo, reservado para os sem-vergonha) sabíamos que seu intuito sempre foi nos proteger e nos orientar. Somos vários e vários irmãos/filhos que ele deixou desamparados e órfãos.
Nossa proximidade era tamanha que, no decorrer da semana, nos encontrávamos todos os dias para tomar o café da manhã, momento em que deliciávamos o bolo de arroz, meu presente do dia, juntamente com a sua cara-metade, Dona Joana. Às vezes íamos para o jornal, ou saíamos para os compromissos de trabalho, mas, no mínimo, almoçávamos juntos 3 a 4 vezes por semana, a maioria das vezes em sua casa, junto com esposa e o filho Aurélio. Outras vezes, íamos ao “restaurante do vovô” para comemos um chambari.
Assim éramos eu e meu irmão/amigo Salomão.
Quantas vezes viajamos a Goiânia ou a Brasília, sempre juntos. Salomão, como não canso de afirmar, era o nosso protetor, nosso bom amigo. Ele deixou e deixa para muitos um exemplo, uma árvore plantada em nossos corações, a árvore da amizade, da lealdade, da humildade, do amor, do servir e, principalmente, a do respeito à família.
Se havia um motivo para que Salomão fosse feliz, não era, certamente, por sua carreira e pelo seu sucesso. Era por Joana e por Aurélio.
Dizem que ninguém é insubstituível, mas Salomão era um grande homem, um grande amigo e, se daqui a 100 anos surgir uma pessoa tão carismática, tão honesta, tão ética e tão voltada à família, essa pessoa apenas nos fará lembrar de Salomão, mas não será tão especial quanto ele.
Que Deus o tenha ao seu lado, para que, lá do céu ele continue nos protegendo. Espero que os muitos e muitos amigos/filhos de Salomão Wenceslau, assim como eu, não o esqueçam jamais, pois, mesmo tendo ido para junto de Deus, Salomão nos deixou preciosos ensinamentos, acho que, para nos testar, pois depois de tanto fazer por nós, deixou aqui as pessoas das quais fazia o prumo de sua vida, Dona Joana e o seu filho Aurélio. É para eles que devemos mostrar o quanto Salomão fez por nós e o quanto somos gratos a ele.
Nossa missão, agora, é manter vivos sua obra e seus sonhos, escrevendo seu nome no panteão dos grandes tocantinenses.

 

Crônica da saudade pelo amigo que partiu: até qualquer dia, Salomão!
O Tocantins ficou mais pobre na tarde desta quarta-feira, 25 de setembro. Data em que políticos, jornalistas e leitores
perdemos a figura alegre e perspicaz de Salomão Wenceslau

Autor: Roberta Tum
Eu costumava brincar com ele: “você tem nome de sábio”. E tinha. Salomão.
A sabedoria do nosso Salomão sertanejo ao conduzir uma vida profissional em que trafegava da crônica política até a crônica esportiva está registrada nas inúmeras mensagens que continuam a chegar, enquanto escrevo. São políticos, jornalistas, autoridades constituídas. Todos enaltecendo sua capacidade profissional, sua sensibilidade e perspicácia.
Não vou repetí-los. Minha dor pela perda do amigo é uma coisa pessoal, egoísta, confesso. É a dor da perda de um pedaço de mim mesma, da minha história de vida e profissão.
Com Salomão trabalhei, lá em Goiânia, no rádio, na primeira campanha eleitoral do Tocantins. Campanha de Siqueira contra Freire pai. E eleição de Eduardo Siqueira para a Câmara dos Deputados. Eu fazia textos e gravava áudios. Longe ainda de imaginar que um dia viria parar aqui, nos rincões de um Tocantins recém criado.
Foi nos idos do final da década de 1980, no Diário da Manhã, que nos conhecemos. Ele me irritava uma vez por semana. Especialmente aos sábados quando desaparecia nas tardes de fechamento. Ia almoçar com o Gilson Cavalcante e não voltava mais. Os dois juntos respondiam pelas páginas de esporte e economia. E sempre atrasavam o fechamento do jornal. Eu na local e o Linconl na política, esperando...
Mas não era só isso. Era divertido também como companheiro de rodadas após o fechamento durante a semana (sempre depois das 11h30 da noite). Ele, eu, Linconl, Britz Lopes, Deusimar Barreto, João Bosco Bittencourt, Carla Monteiro, Margareth... Varávamos a noite pelos bares da Campininha, sempre com alguma coisa a mais para conversar. Todos muitos jovens, naquela idade em que ninguém quer dormir.
Depois nos reencontramos aqui. E veio a convivência num Tocantins tumultuado. Várias vezes me convidou para trabalhar com ele. E eu, teimosa em trilhar meu próprio caminho, fui fazer meu jornal, depois meu blog e finalmente meu portal.
Uma noite, há 7 anos, me chamou para conversar na Toscana. Eu tinha terminado de fechar meu Alô Galera e estava trabalhando como assessora de comunicação numa secretaria de governo. Preocupado comigo, me encheu de conselhos que eu nem pedia. Conselhos sobre como sobreviver no jornalismo político e como empresa. Coisa que ele soube fazer bem num equilibrismo de dar inveja nas últimas décadas.
“Você não pode sair batendo em todo mundo de uma vez. Se não fica todo mundo contra você. Critica um aqui hoje, elogia outro amanhã”, me dizia. E eu teimando em não aprender.
Os anos se passaram, e nós sempre nos encontrando por aí.
Coisa de três meses atrás ele me chamou para um café na sua casa, ao lado do amigo comum, Nego Nen. Queria conversar sobre política e jornalismo. Estava preocupado com a situação dos veículos, a fragilidade, o mercado ruim, principalmente com a ausência do governo, patrocinador tradicional que parou de anunciar. Fui lá. Sentado à mesa do café me contou a história da reforma da sua casa, patrimônio que conseguiu deixar para a esposa e o filho. “Aqui começou simples, mas aí a mulher chama o arquiteto e começa um tal de “cê merece”. Aí vai trocando uma porta, porque ‘cê merece’, depois tem que trocar todas, e por aí vai”, sorria, com aquele jeito matreiro, sacudindo o corpo e ficando vermelho.
Semanas depois me ligou chamando para um café. Queria que eu fizesse as pazes com o prefeito Carlos Amastha. “Chega, você já criticou demais. Ele vai ser prefeito mais três anos, precisa de ajuda”, dizia. Respondi que não tinha nada de pessoal contra o prefeito. Como de fato não tenho. E acabamos voltando a conversar e retomando uma relação profissional respeitosa.
Hoje quando recebi a notícia da confirmação de sua morte, não contive as lágrimas, não minto.
Salomão não era daqueles amigos íntimos de ir comer lá em casa. Ficavamos meses sem nos falar pessoalmente. Mas foram 26 anos de amizade sólida. Daquelas que permite falar qualquer coisa, puxar a orelha, corrigir, aconselhar.
Tudo que ele fez profissionalmente e suas contribuições na vida e na carreira de políticos deste Estado - aos quais ouviu e orientou - ficará eternamente gravado na memória dos que ainda estão por aqui, sob este sol e sobre este chão tocantinense.
Amanhã, quando for enterrado, Salomão levará consigo os livros e artigos que não escreveu, as histórias que não contou e muito do que aprendeu. Levará na história dele, uma parte da minha e da de muitos. Por isso estou triste.
Uma tristeza egoísta já que sei - daquilo tudo que aprendi na minha vida espiritual - que ele agora está livre do corpo que o aprisionava. Partiu num rabo de foguete. Rápido, sem muito sofrimento. E creio que pelo modo como viveu, partiu sem grandes arrependimentos.
Salomão viveu como um Rei. Bebeu, comeu, sorriu, amou, se divertiu. E cravou com a pena da perspicácia seu nome na história do Tocantins.
Só nos resta dizer: Vá em Paz, companheiro. A gente fica chorando por que é fraco mesmo. Mas um dia ainda haveremos de sorrir de novo de todas estas coisas.

 

Um amigo, um mentor

Por Gisele França
Quando um amigo me falou que tinha uma vaga para coordenador de Jornalismo no O Jornal, me interessei de cara pela proposta. Já conhecia a credibilidade do Salomão, mas precisava conviver mais de perto e tirar proveito daquele grande mentor. Por isso fui.
Marcamos a entrevista, para me apresentar e falar do meu interesse em ocupar a vaga, mas fui surpreendida com ele já me contratando e pedindo que eu começasse no dia seguinte. E assim fiz.
No início, confesso que me intimidava o seu jeito: olhar sério, compenetrado, que logo se transformou em um semblante leve, sorridente, brincalhão. Evoluindo a relação patrão – chefe em dois amigos, com direito a pequenas broncas e discussões, normal entre pessoas que se gostam. Esse era o seu perfil, dar “pito” em quem ele acreditava, por isso cobrava.
Desde então, foi um ano e meio de parceria, de amizade, respeito. Um período intenso, de muito trabalho, de dias difíceis, que ao ser olhado para trás, o sentimento é de que valeu a pena e faria tudo de novo.
Fizemos um trabalho único na campanha de 2012, com entrevistas diárias dos candidatos. Proeza que, no início, confesso que pensei que não daria certo. “O candidato não vai ficar vindo toda semana aqui Salomão, eles têm uma agenda intensa de campanha”, o questionei na época. “Uai, não vem se não acreditar no projeto”, me respondeu seco e rápido. E ele estava certo, durante seis semanas seguidas fizemos rodadas de entrevistas no rádio com os candidatos a prefeito de Palmas, proporcionando aos ouvintes conhecer com mais detalhes as propostas dos candidatos. Um momento ímpar na cobertura jornalística das eleições municipais, do qual tenho muito orgulho de ter feito parte.
Depois nos preparamos para outro momento marcante em minha vida: a cobertura da Copa das Confederações. Nos reunimos em Goiânia, uma semana antes do início da competição, com os parceiros (rádios respeitadas de todo o Brasil), para fazermos os últimos ajustes. Confesso que ver aquelas pessoas, com várias Copas do Mundo na bagagem, me fazia sentir privilegiada e ao mesmo tempo com uma baita responsabilidade. Por muitas vezes, o Salomão acreditou mais em mim do que eu mesma.
Nunca tinha participado de uma cobertura da Copa das Confederações ao vivo, e essa era a chance de eu ter um grande evento como esse no meu currículo. Só que com uma responsabilidade a mais. Mesmo com rádios renomadas nacionalmente, nós que éramos a cabeça de rede. Se algum lugar não podia errar, era aqui, com nossa equipe.
Foram dias intensos, difíceis de dormir, já que sonhava trabalhando, preocupada se tudo estava certo para entrarmos em rede. E cada jornada, cada jogo concluído, era um sentimento singular, de vitória, de que somos capazes e estamos prontos para competir com os grandes centros. Provamos para muitos que não acreditavam no projeto Nossa Copa e grandes rádios se renderam ao nosso trabalho.
O que vivi, o que senti, só posso agradecer ao chefe e amigo Salomão Wenceslau que sempre confiou no meu trabalho e jamais se recusou a me ensinar. Me moldou, me deu bronca, me elogiou e depositou em minhas mãos um dos seus maiores bens: a Rede O Jornal.
Salomão, meu coração não estava preparado para esta partida tão repentina. Como publiquei na minha página do Facebook, sei que a lei da vida é nascer, viver e morrer, só não esperava que fosse assim... Sem poder me despedir, e mais uma vez te agradecer. Pelos conselhos, ensinamentos, carinho, amizade, confiança, e por acreditar, diversas vezes mais que eu, do meu trabalho.
Por aqui, agora ficaremos na saudade e com a missão e com o grande encargo de manter o seu legado. Na certeza de que essa vida não acaba aqui, conto contigo, como sempre contei, onde estiver, para darmos continuidade ao seu projeto de vida.
Valeu Saló!
Vá em paz meu amigo, meu mentor...

Preocupado e angustiado por meus amigos

Por Cleber Toledo
Na noite de quinta-feira tive pesadelos. Acordei várias vezes. Fiquei muito angustiado com a informação que recebi de que meu melhor amigo de infância e juventude, Marcos Pupo, morreu no interior de São Paulo também de infarto fulminante. A trágica notícia chegou um dia depois da morte do nosso querido Salomão Wanceslau, falecido pelo mesmo motivo. Os dois extremamente obesos, extremamente sedentários e extremamente jovens. Marcão tinha a minha idade, 43 anos, e Salomão, 54 anos.
Lembrei-me de quando consegui emagrecer 42 quilos, em 2011. O cardiologista me disse que saí da triste estatística que mostra que um sujeito com o perfil que eu tinha (totalmente sedentário e excessivamente obeso) terá um enfarto em dez anos. Nunca levei a sério esse dado. Agora, com a dolorosa perda desses dois queridos amigos, vi que o médico não tentava me amedrontar. Falava a verdade.
Assim, a angústia que me deu naquela noite foi pelos amigos que não se preocupam com isso e ainda fazem graça com sua gordura - uma bomba relógio que vai explodir quando menos se esperar. Pessoas jovens estão deixando as esposas sozinhas com filhos muitas vezes pequenos, e perdem a oportunidade de lutar por seus projetos e sonhos, e, pior, de vê-los realizados.
Disse a um amigo querido na manhã de sexta-feira que de nada vale projetos e sonhos em andamento quando você está dentro de um caixão. Pior ainda é que toda essa luta é para fazer quem mais amamos - mulher e filhos - felizes, com uma vida confortável. E eles são os que mais sofrem. Não existe tristeza maior do que ver a dor de um filho em tenra idade sobre o caixão do pai, e, de outro lado, a esposa angustiada pelo sentimento de solidão e de incerteza quanto ao futuro.
Outra metáfora que faço: não adianta ter um software (cérebro) altamente evoluído se o hardware (corpo) está ultrapassado. O programa não dá conta de rodar numa máquina ultrapassada.
Falo isso principalmente para os homens, porque sei que são muito relaxados com saúde. A mulher é mais zelosa. O homem é relaxado, vai deixando a vida o levar, se entrega 100% ao trabalho e se esquece que o corpo envelhece. De certa forma, começamos a nos "decompor" antes mesmo da morte. Cuidar da saúde, com uma caminhada, corrida, musculação, cortando o cigarro e reduzindo a ingestão de álcool, é maneira de reduzir a velocidade desse processo.
Aos 41 anos, extremamente gordo e abusurdamente sedentário, comecei a pensar em tudo isso. E resolvi mudar. Aprendi que emagrecer é uma questão de decisão e de atitude. Também constatei que se esperasse um momento ideal para começar - um período de menos trabalho, menos estresse, menos prazos a vencer -, eu nunca emagreceria.
E depois que você começa, quando você insiste, essa nova forma de viver se torna um hábito, e passamos a nos sentir vivos! Que sensação maravilhosa!
Espero que ninguém me entenda mal. Essas palavras não têm sentido de julgamento, mas são resultado da angústia de um coração que está preocupado com vários amigos queridos que carregam uma bomba-relógio no peito.
Claro que nossa morte está dentro da soberania de Deus. Temos que fazer nossa parte para vivermos mais, mas, se vivermos menos por causa dos desígnos do Senhor, teremos vivido melhor. Corpo mais saudável é um corpo mais produtivo. Um homem mais produtivo é um ser humano mais feliz.
Perdi duas pessoas com passagens especiais na minha vida. Marcão Pupo tinha o apelido de "Cabide", porque, quando adolescente, ele era tão magro que seus ombros e trapézio se destacavam no corpo, lembrando o utensílio doméstico. Há três anos, quando o vi pela última vez, quase não o reconheci, de tão gordo que estava. Era uma pessoa meiga, amiga e cujas memórias de nossa infância e juventude felizes, de muito esporte, nunca sairão de minha cabeça.
Salomão Wenceslau era o verdadeiro guru de nossa geração de jornalistas políticos. Alguém que tinha raio-X nos olhos - igual ao do super-herói -, que lhe dava capacidade de ver a movimentação dos agentes políticos antes de todo mundo.
Sobretudo, era companheiro de seus companheiros, num mercado tão injusto e complicado, como é o da comunicação. Quantas pessoas vi em seu velório, aos prantos, que, quando não tinham dinheiro para rodar seu jornal, procuravam o mestre Salomão e ele, discretamente, bancava a edição do impresso para o colega. Ainda não pensava duas vezes em ajudar financeiramente, pagar viagens e até tratamento de saúde. Um coração amigo e solidário.
E havia sempre aquela palavra de sabedoria. Presidente de nossa extinta Associação de Micro e Pequenas Empresas de Comunicação (eu tive a honra de ter sido seu vice), quando Salomão dizia que algo ia dar em "porcaria", não tenha dúvida de que dava em "porcaria". Sábio como seu homônimo bíblico.
Nos últimos anos, com nossas empresas de comunicação vivendo crises terríveis, infelizmente nos afastamos para tentar sobreviver. Sinto saudades do seu "e daí, chefia?" que ele dizia sempre que me encontrava. Suas palavras e conselhos vão ecoar em minha cabeça para sempre.
Meu amigo, pego no seu pé por causa da barriga - da qual você me diz sempre que se orgulha - não é para que fique com raiva de mim. Tenho por você um amor fraternal. Só estou angustiado porque, como perdi meu irmãozinho Marcão Cabide e meu mestre Salomão, posso perdê-lo também.
Vamos cuidar dos nossos negócios e das nossas famílias, mas vamos cuidar da nossa saúde. Sem ela, não há negócio seguro e nem família feliz.
Quero, se Deus me permitir, ver meus netos e ainda jogar dominó com você numa dessas praças.
Mas, para isso, temos de ter a clara consciência: a obesidade é doença e mata!

SALOMÃO, O AMIGO !

Salomão Venceslau Rodrigues, jornalista, cronista esportivo, um grande amigo, mais do que irmão, porque este você não escolhe, aquele você escolhe, reconhece qualidades, admira, ha reciprocidade e gratidão, sem obrigações, embora com irmão também isso possa acontecer.
Conheci Salomão em 1978, quando eu era Preparador Físico do Atlético Clube Goianiense, time que viria a ser a grande paixão futebolística do Salomão, quando nesse ano ele foi para o Atlético como Repórter Esportivo de uma emissora de rádio de Goiânia.
A nossa amizade começou aí, o respeito pelo jovem profissional que à época começava na rádio difusão, apesar de seus 18 (dezoito) anos de idade apenas, já demostrava muita competência, seriedade e personalidade muito forte.
Salomão ficou em Goiás por mais alguns anos, sempre trabalhando com muita lealdade, conquistando simpatia por onde passava até vir definitivamente para o Tocantins e aqui se tornar o exuberante Cronista Esportivo, reverenciado pelos seus pares como o maior nome da atividade.
Também aqui no estado do Tocantins o Salomão mostrou e demonstrou a sua veia como jornalista político, com crônicas e artigos jornalísticos que serviram de parâmetros para mudanças de atitudes de políticas públicas e até mesmo da mentalidade de alguns políticos que aceitavam as suas críticas, diga-se de passagem, construtivas.
Li muitas das suas crônicas e dos seus artigos e em nenhum vi rancor, raiva, maldade, arrogância ou desrespeito a qualquer pessoa, ao contrário, vi respeito, sinceridade, ensinamentos e caminhos que podiam e deviam ser seguidos para o bem da população em função das políticas públicas.
A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Tocantins perdeu, com a morte do Salomão, o seu associado mais ilustre, mais sereno, que mais alavancou esforços para o bem do esporte no estado do Tocantins.
Foi o grande responsável pelo Encontro de Cronistas Esportivos Brasileiro no Estado do Tocantins há dois anos passados e aqueles jornalistas, analistas, e repórteres que aqui vieram ficaram maravilhados com as nossas riquezas e belezas naturais e posteriormente lá fora divulgaram, como é do nosso conhecimento, mérito da Associação dos Cronistas Esportivos, especialmente do genial mestre Salomão.
Os cronistas esportivos do Tocantins são agradecidos ao Salomão por tudo que ele fez pelo esporte e pela classe, mas penso que o povo tocantinense também pode ficar agradecido por tudo que ele fez pra mudar as ações na política tocantinense, especialmente pela decência dos atos públicos.
Salomão era fiscal do povo, ele cobrava dos políticos ações corretas e relatava publicamente na sua coluna de “O JORNAL” aquilo que não coadunava com os anseios da legalidade e da probidade administrativa, mas que fique aqui absolutamente claro, Salomão, tal qual rei do mesmo nome, era justo, nunca perseguia ninguém ao contrário orientava, mostrava alternativas e novos caminhos.
Lamento sua ausência, como lamentam milhares de outros amigos, mas também sou agradecido a Deus por ter permitido, a nós seus amigos, a convivência com o extraordinário jornalista, o magnífico ser humano e o amigo fraterno.

Breno Mário Aires da Silva
(Advogado da Associação
dos Cronistas Esportivos
do Estado do Tocantins

Posted On Sexta, 04 Outubro 2013 03:50 Escrito por

Eduardo Gomes admite em nota oficial que pediu empréstimo ao acusado estelionato, o doleiro Fayed Antoine Traboulsi, mas nega acusações da Policia Federal.

 Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA) foram flagrados em conversas com chefe de quadrilha que fraudava fundos de pensão, a Policia Federal enviou o inquérito para ser submetido no STF.

Na Operação Miquéias, deflagrada em 19 de setembro, a PF em escutas telefônicas autorizadas pela justiça flagrou o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA), "dentre outros", com o doleiro Fayed Antoine Traboulsi, acusado de chefiar a quadrilha.

Gomes, que atualmente está licenciado e ocupa o cargo de secretário estadual de Esportes e Lazer de Tocantins, teria recebido "comissão" da organização investigada. De acordo com o inquérito da Operação Miquéias, uma agenda do doleiro registra suposto pagamento ao congressista.

Com base nos indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu remeter os autos da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes", afirmou o desembargador Cândido Ribeiro.

Em nota divulgada à imprensa de Tocantins, na semana passada, Eduardo Gomes negou irregularidades e explicou ter conhecido o doleiro há dois anos, quando "não pesavam" suspeitas sobre ele. Nesta quarta, os parlamentares não foram encontrados para comentar as suspeitas.

O desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, remeteu na noite desta quarta-feira, 2, os autos da Operação Miqueias para o Supremo Tribunal Federal. O Estado revelou, no dia 19 de setembro, que deputados federais são citados na operação da Polícia Federal que desbaratou um esquema de desvio de dinheiro de fundos de pensão estadual e municipal, o que justifica a remessa para o Supremo.

Em seu despacho, o desembargador relata que a PF flagrou conversas de Eduardo Gomes e do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), "dentre outros", com o doleiro, além de anotações na agenda que registram pagamentos. "Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes", afirmou.

A parte da investigação que verifica indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado é a que será remetida ao STF por determinação da Justiça, que atendeu ao pedido da delegada Andrea Pinho Albuquerque. A delegada quer que o envolvimento de congressistas seja investigado "de forma mais aprofundada".

De acordo com a investigação, integrantes da suposta organização criminosa aliciavam prefeitos e políticos com mandato para que conseguissem investir recursos dos fundos de pensão estadual e municipal em títulos direcionados pelo esquema e que dariam prejuízos aos servidores públicos. Com informações da PF , Folha de São Paulo e Redação

Posted On Sexta, 04 Outubro 2013 03:47 Escrito por
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