TOCANTINS e o esquartejamento de sonhos

Posted On Terça, 24 Abril 2018 14:43
Avalie este item
(0 votos)

Nosso editorial de hoje é um chamamento de homens, mulheres, jovens e, sobretudo, aos eleitores para uma profunda reflexão sobre o exercício da cidadania. No próximo dia 03 de junho o Tocantins convoca cada cidadão a ir até uma seção eleitoral para novamente escolher um governante e ao fazer isso que façamos livres e reservadamente, como tem que ser. “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo VOTO DIRETO E SECRETO, com valor igual para todos, e, nos termos da lei...” é o que determina a Carta Magna do nosso País. Portanto, o faremos sem nenhuma testemunha ocular, sem estar sendo filmado, e dessa forma, seguiremos em frente para escolher um dos tantos candidatos para ocupar o tão cobiçado cargo de governador do Tocantins.

 
Por Edson Rodrigues

 

A Justiça manca de olhos abertos. Não estamos, com isso, criticando a justiça eleitoral ante a cassação do governador Marcelo Miranda e sua vice Claudia Lelis, mas pela demora e pela decisão tardia, depois de já ter exercido mais de três anos de mandato e impor um sacrifício desta envergadura ao povo já sofrido do nosso Tocantins. Uma decisão desumana e irracional, sem nenhuma estrutura fiscalizadora para realização de uma eleição ilesa.

 

O Tocantins está sendo um cadáver na sala de estudos para a corte eleitoral. Nossa imagem é nacionalmente negativa está totalmente desacreditada. E nem vamos mencionar os shows de liminares, que tudo indica não ter terminado. O MDB/Marcelo Miranda/Dulce Miranda/Derval de Paiva e Cia. estão todos confiantes em mais uma decisão favorável ao ex (atual) governador

 

Marcelo Miranda. Com o diferencial que desta vez será por longos e intermináveis dias. Pelas previsões, acima de 40 dias, até o relator Gilmar Mendes pedir pauta para o pleno decidir.

 

FAMÍLIAS tocantinenses sangram a luz do dia

 

Muita dor, pesar e contínuo sofrimento assolam pais e mães de famílias que estão sendo execrados por dívidas não quitadas, ao tempo que veem seus sonhos se distanciarem e a esperança de uma vida melhor, no estado que um dia foi promissor, se perder em INconstantes atos administrativos que fazem o povo padecer no corredor do abandono, do descaso e da humilhação pública.

É claro que estamos falando do grande caos que se instalou com tantas exonerações de seres humanos que estavam trabalhando em seus postos de trabalho. Em muitas situações salvando vidas, educando nossos filhos e tentando proporcionar segurança à sociedade. São trabalhadores que atuavam no atendimento ao público em centenas de repartições públicas estaduais e em outras áreas.

 

São inúmeras as situações que podem ser aqui mencionadas e que estão tirando o sono e a paz dos tocantinenses. Um estado que ainda não possui uma economia consolidada e a maior fonte de renda ainda é o setor público, proporciona hoje a seus habitantes uma situação no mínimo vergonhosa. Estão desempregados centenas de estudantes e pais de estudantes do ensino superior de instituições privadas que hoje não sabem o que fazer para continuar com os estudos. Pessoas que acreditaram no estado e se endividaram com financiamentos para realizar o sonho da casa própria e outros tatos de milhares de empréstimos consignados a longos prazos. Outros cujos salários estão comprometidos com tratamentos de saúde própria ou de familiares.

 

As lamentações são as mais diferentes e incontáveis e de deixar qualquer governante sério, no mínimo, pensativo, já que é o povo o grande responsável pelo poder que lhe é atribuído. Mas infelizmente comprometimento com o povo do Tocantins, por parte da maioria dos líderes políticos, é quase inexistente. A cada Diário Oficial do Estado que é publicado, calafrios correm pelos milhares de corpos de funcionários que temem perder suas fonte de sustento. Milhares já foram exonerados e outros tantos ainda serão. Fontes falam em mais de 12 mil servidores públicos que perderão seus empregos em breve e o que se vê no Tocantins sem direitos (aviso prévio ou férias).

 

Em apenas um ato governamental, o executivo já colocou no olho da rua milhares de funcionários, os quais estão literalmente pelados perante a vida. E não são trabalhadores que não estavam trabalhando, como anunciado. Pelo contrário, alguns desses exonerados servem ao estado há mais de 10, 20 e até 30 anos, sempre no ‘pendura e cai’ dos contratos temporários. Tudo isso afeta a já frágil economia tocantinense e, consequentemente os planos futuros do povo, como se este fosse o grande motivador de tamanho caos em que o Tocantins se mergulhou.

Nesse retrocesso vislumbra-se um enforcamento e o consequente sepultamento de muitos  sonhos, projetos familiares e esperança de dias melhores. Tudo em nome de uma falsa adequação orçamentária em consonância com a Lei de responsabilidade fiscal.

 

 

Esquartejamento do estado e de nossas riquezas e o eleitor como massa de manobras

Sabe-se que os conchavos políticos são feitos entre quatro paredes. Adesões, apoios retirados de última hora, declarações de apoios e uma infinidade de outros compromissos que visam o bem próximo e não o bem do próximo, comportamentos adequados a homens (com h minúsculo) e não de Homens.

Nos bastidores tudo é negociado: o comando das secretarias, os cargos de chefia de comissões de licitação e diversos outros cargos importantes e de tomadas de decisões viraram moedas de troca. Segundo nossas fontes, tais negociações já foram acertadas e a sentença dada por facções políticas criminosas, algo bem fácil de ser descoberto, e que está acontecendo sob os olhos de uma justiça da suprema corte capenga, que tem deixado claro que nada tem a ver com nossa justiça  tocantinense, a qual tem demonstrado respeito ao eleitor e pode ser exemplo a para o Brasil, principalmente no que se refere a a justiça eleitoral.

 

Voltando ao assunto...

É possível que os votos de muitos eleitores tocantinenses já estejam vendidos por ‘seus representantes’. É chegada a hora de homens e mulheres, eleitores deste estado, dar um grande troco nos mercenários da corrupção e da malandragem. Ou faz isso agora ou nunca teremos a oportunidade de mudar nossa história. E quem são eles? Só você, caro eleitor, pode descobrir quem vendeu seu voto, seus sonhos e o sonho de sua família. Só você, eleitor, pode descobrir quem te vê apenas como cifras e não como ser humano.

 

Acorda eleitor tocantinense. Acorda pais e mães de famílias, acorda trabalhador. É chegada de fazer valer seus direitos e votar com consciência e contra toda esta patifaria que visa distribuir nossas riquezas. Pois é de conhecimento público o que se comenta nos bastidores da política sobre a privatização da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), responsável pelo abastecimento das comunidades de mais de 30 municípios sem custo algum para a população, mas que poderá ser cobrado após a entrada deste grupo político criminoso no poder executivo.

 

Também são comentadas nos bastidores, privatizações das nossas rodovias que passarão a ter pedágios, a exemplo das rodovias que ligam Paraíso a Palmas e Palmas a Porto Nacional. Segundo fontes, outras rodovias poderão passar pelo mesmo processo de privatização e que tudo está sendo negociado por dois representantes do grupo político criminoso que esteve em São Paulo, com duas missões e a finalidade discutir tais assuntos.

 

Outra informação repassada a este jornal por fontes, em Brasília, é que os serviços de saúde também serão privatizados, alegando melhor atender a sociedade. Segundo nossas fontes, o projeto é seguir a mesma modalidade de privatização existente no estado de Goiás e que tudo já está acertado. Por último, o grupo negocia a venda da folha de pagamento para bancos do estado de São Paulo, causando graves consequências no estado em vários municípios.

 

Nesse sentido, o povo tocantinense agradece a Deus a existência de um Ministério Público Estadual e demais órgãos fiscalizadores cujos membros têm sido implacáveis no combate a depredação do patrimônio pública, pela preservação do patrimônio do estado.

 

Futuro

O jornal O paralelo13, em seus 30 anos de existência no mercado de comunicação, sempre sob nossa direção e redação sob a responsabilidade do irmão Edivaldo Rodrigues, sempre defendeu e executou uma linha editorial de respeito às instituições  e seus dirigentes, à classe política e às autoridades, tendo como princípio levar a informação séria e real ao povo tocantinense.

Somos conscientes do momento delicado que o Tocantins passa e a situação devastadora em vários aspectos onde, de forma não republicana, se digladiam pelo poder. Onde os andares de baixo, leia-se o povo, sofre com falta de tudo; desde o atendimento à saúde, segurança, transporte escolar e assistência social.

 

Porém nós, do jornal O Paralelo13 não iremos embarcar na canoa da irresponsabilidade, do ‘denuncismo’ de baixo nível jornalístico. Vamos continuar com nossa linha editorial fazendo nossas análises e nossas reportagens, sempre primando pelo respeito, pela dignidade e pela ética. Preservando nossas amizades e a família tocantinense, e jamais atuando por vantagens econômicas.

 

O Tocantins e sua população sempre serão nosso foco. Reafirmamos aos nossos leitores, aos nossos seguidores e aos nossos colaboradores que iremos continuar com nossa linha editorial, onde o respeito e a ética são nossas principais pautas e não seremos omissos e tampouco coniventes com quem quer que seja; que por ventura, na vida pública ou em busca dela, venha a praticar atos não republicanos que possa prejudicar o estado, a sociedade e nosso patrimônio coletivo. Não nos furtaremos de nos pronunciar, como veículo de comunicação de grande credibilidade e formador de opinião, de atuar em defesa do nosso estado, e assim o faremos quantas vezes for necessário.