Petista segue em observação e, por ora, deve receber alta até o começo da próxima semana
Com Agências
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na manhã deste sábado (25). De acordo com o seu filho, o deputado federal Zeca Dirceu (PT- PR), ele retirou o dreno da cabeça e está andando, com a ajuda de um fisioterapeuta.
José Dirceu segue em observação e, por ora, deve receber alta até o começo da próxima semana.
Na quinta-feira, ele passou por uma cirurgia no cérebro devido a um hematoma subdural. Trata-se de um acúmulo de sangue que pode alterar a pressão do cérebro e, por isso, precisa ser drenado.
Casos mais simples podem ser tratados com medicamentos, porém, Dirceu precisou de cirurgia.
Ele está internado no DF Star, um hospital particular na Asa Sul, em Brasília (DF). Ainda na tarde da sexta, 24, Zeca Dirceu divulgou um áudio do pai, afirmando que seus exames “estão normais”.
O próprio ex-ministro falou que terá que ficar dois dias ainda em observação.
No primeiro governo Lula (PT), Dirceu foi ministro da Casa Civil, cargo hoje ocupado por Rui Costa (PT – BA). Ele foi acusado e condenado por ser um dos organizadores do esquema do mensalão, que veio à tona em 2006. Em 2015, o ex-ministro também foi condenado no âmbito da Operação Lava Jato.
Em 2018, ele conseguiu uma decisão favorável no Supremo e pode responder aos processos em liberdade.
Embora Dirceu esteja oficialmente fora do cenário governamental, ele continua sendo uma das figuras mais influentes do petismo. No último dia 13, na festa de 43 anos do Partido dos Trabalhadores, ele foi citado nominalmente por Lula, que o agradeceu em seu discurso. (Estadão Conteúdo)
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, apontam que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal identificados entre os dias 1º e 17 de fevereiro já representam o pior índice para mês desde o início da série histórica, iniciada em 2015
Com Estadão Conteúdo
Segundo as informações do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), o volume de desmatamento chegou a 209 km2 no período, ante 199 km2 verificados no mês de fevereiro do ano passado. O volume é quase do dobro da área desmatada em fevereiro de 2015, por exemplo, quando o sistema captou 115 km2 de devastação.
A Amazônia Legal é uma área que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a totalidade de oito estados - Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins - e parte do Estado do Maranhão.
Em janeiro, o número do desmatamento tinha registrado forte queda em relação ao mesmo mês dos anos anteriores. Foram 167 km2 em janeiro de 2023, diante de 430 km2 em janeiro de 2022. Os especialistas apontam que fatores como forte incidência de chuvas podem ter influência nos dados, além das ofensivas contra os crimes que assolam as florestas. Especialistas apontaram a necessidade de pelo menos quatro meses para avaliar o efeito das ações anunciadas pelo governo nas taxas de devastação florestal.
Os alertas do sistema Deter servem como bússola para a questão do desmatamento, apontando áreas mais devastadas e orientando ações de órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).
Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que meta do governo é reduzir, pela metade, o índice de desmatamento verificado no ano anterior.
Agostinho disse que o Ibama voltou a atuar, após anos de paralisação durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), mas é preciso recuperar a estrutura do órgão, que foi esvaziada. O Ibama já chegou a ter 2 mil fiscais em campo. Atualmente, conta com menos de 350 agentes para fiscalizar o Brasil inteiro.
O trabalho de proteção e fiscalização ambiental, disse o novo presidente do Ibama, deve contar não apenas com recursos da União, mas também do Fundo Amazônia e outros órgãos que voltaram a bater na porta do órgão, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo.
Ataque em Roraima
O Ibama informou na noite desta quinta-feira, 23, que a base federal instalada há duas semanas na aldeia Palimiú, na terra indígena Yanomami, em Roraima, foi alvo de um ataque. Criminosos armados furaram o bloqueio montado no Rio Uraricoera e atiraram contra agentes do Ibama que haviam abordado uma das embarcações. Os fiscais revidaram. No tiroteio, um dos garimpeiros ficou ferido. Ele foi detido pela Polícia Federal (PF), por atacar servidores públicos e estava internado até a noite desta quinta.
MP que zerou PIS/Cofins acaba em 28 de fevereiro
Por Wellton Máximo
O consumidor de combustíveis deve preparar o bolso. A gasolina e o etanol subirão no fim do mês, com o fim da desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que vigora desde o segundo semestre do ano passado.
Ao comentar o resultado da arrecadação de janeiro, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, confirmou a reoneração no fim do mês. A data consta da Medida Provisória 1.157, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro.
“De fato, a MP previu que a alíquota de desoneração seria vigente até o final deste mês. A reoneração está prevista conforme a norma que está vigendo”, afirmou Malaquias durante a entrevista.
A medida provisória estendeu até 28 de fevereiro as isenções de PIS e Cofins cobradas da gasolina e do álcool combustível e até 31 de dezembro as isenções do óleo diesel e biodiesel. Essas isenções haviam sido concedidas no ano passado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Hoje, Lula encontrou-se com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir o reajuste dos combustíveis. Com o fim da desoneração, voltam a vigorar as alíquotas anteriores, de R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. O repasse aos consumidores, no entanto, dependerá das distribuidoras e dos postos de combustíveis.
No início do ano, ao anunciar o pacote com medidas para melhorar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recomposição dos tributos renderá R$ 28,88 bilhões ao caixa do governo em 2023. Só em janeiro, segundo cálculos da Receita Federal divulgados hoje, o governo deixou de arrecadar R$ 3,75 bilhões com a prorrogação da alíquota zero.
Governo ainda registra 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados em todo o estado de São Paulo
Com iG
O número de mortos após as fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo subiu para 50, sendo 49 em São Sebastião e um em Ubatuba , segundo a Defesa Civil. Até o momento, 38 corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento. No total, são 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças.
Equipes do município de São Sebastião com psicólogas e assistentes sociais fazem trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas.
Além dos mortos, os alagamentos e deslizamentos de terra deixaram mais de 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados em todo o estado.
Os trabalhos de busca continuam e ocorrem principalmente em bairros da costa sul da cidade de São Sebastião e Juquehy. Durante a última terça-feira (21), as buscas chegaram a ser suspensas por conta de novas chuvas na cidade de São Sebastião. Havia risco de novos deslizamentos de terra na cidade.
No entanto, a partir das 22h os trabalhos foram retomados e seguiram pela madrugada.
Resgate de vítimas
Bombeiros, agentes da Defesa Civil e voluntários fazem buscas por sobreviventes da tragédia . No domingo, helicópteros da PM tiveram dificuldade para chegar pontos mais críticos atingidos pelos deslizamentos por conta do mau tempo. Aeronaves do Exército foram enviadas para auxiliar nos trabalhos. A operação de resgate envolve mais de 600 pessoas.
Previsão de mais chuvas
Entre esta quinta (23) e sexta (24), a Prefeitura de São Sebastião diz que há alerta de forte chuva para a região. A previsão é de 35 mm de chuva para as cidades do litoral norte de São Paulo.
Segundo a Defesa Civil, também há condições para chuvas fortes, descargas elétricas, rajadas de vento e até mesmo granizo.
Estradas
As tempestades do fim de semana também deixaram estradas total ou parcialmente interditadas . O último ponto de interdição total da Rodovia Rio-Santos (SP-055) foi desobstruído no fim da tarde dessa quarta-feira (22). O tráfego está liberado, por enquanto, para veículos de resgate e serviços.
Conforme o governo paulista, técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) monitoram a via e a previsão é que o tráfego seja liberado para os veículos em geral ainda nesta quinta-feira (23).
Pontos da Rio-Santos que haviam sido liberados agora seguem com interdição parcial, no trecho entre São Sebastião e Ubatuba. São eles:
Km 136 ao 142 – queda de barreira e árvores (Praia do Guaicá e Toque Toque);
Km 142 – queda de barreira e árvores (Praia do Toque Toque);
Km 157 ao 162 – queda de barreira (Praia de Maresias);
Km 164 – queda de barreira (Praia de Boiçucanga);
Km 180 – queda de árvore (Praia Preta).
As rotas alternativas são o Sistema Anchieta-Imigrantes, Rodovia dos Tamoios ou Rodovia Oswaldo Cruz, a depender do ponto na Rio-Santos (SP-055) onde o motorista se encontra e do destino. Caso esteja na altura da Praia de Juquehy (km 176), sentido Bertioga, a rota alternativa é somente o Sistema Anchieta-Imigrantes.
Já para o motorista que estiver do outro lado da interrupção total da SP-055, no km 174, as rotas alternativas podem ser a Rodovia dos Tamoios ou a Oswaldo Cruz.
Agora, as rodovias que estão com interdição total são:
Total — Mogi-Bertioga (SP-098) – A Rodovia Mogi-Bertioga segue totalmente interditada, em razão do rompimento de tubulação, na altura do km 82, em Biritiba Mirim. Também há interdição parcial nos km 90 e 91, devido à queda de barreira; e no Km 87, devido à erosão. Nessa terça-feira (21), uma equipe do DER iniciou os serviços de recuperação no local.
Parcial —
RIO-SANTOS (SP-055):
Km 061 – Km 061 – queda de barreira (Praia do Lamberto);
Km 066 – queda de barreira (Praia de Fortaleza);
Km 084 – queda de árvore (Praia Tabatinga);
Km 087– queda de barreira e árvores (Praia da Cocanha);
Km 096 – queda de barreira (Praia Massaguaçu);
Km 116 – queda de barreira (Praia da Cigarra);
Km 142 – queda de barreira e árvores (Praia do Toque Toque);
Km 136 ao 142 – queda de barreira e árvores (Praia do Guaicá e Toque Toque);
Km 157 ao 162 – queda de barreira (Praia de Maresias);
Km 164 – queda de barreira (Praia de Boiçucanga);
Km 180 – queda de árvore (Praia Preta);
Km 188 ao 189 – erosão (Praia de Boracéia);
Km 203 – queda de barreira (Praia Guaratuba).
Forma atípica da doença surge espontaneamente no animal e não causa risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano. Exportações de carne bovina para a China estão suspensas partir desta quinta-feira.
Com Agências
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou na manhã desta quinta-feira (23) que as características e sintomas avaliados no caso vaca louca no município de Marabá (PA), indicam a possibilidade de uma forma atípica da doença, ou seja, que surge de forma espontânea no animal.
Casos atípicos da doença não trazem riscos de disseminação no rebanho ou de transmissão ao ser humano.
“É muito provável que seja atípico. Um caso normal, comum, pertinente ao envelhecimento das criaturas”, disse. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio CBN.
A outra forma de o animal se contaminar é por meio de rações feitas com proteína animal contaminada, como por exemplo, farinha de carne e ossos de outras espécies. No Brasil, é proibido o uso deste tipo de ingrediente na fabricação de ração para bovinos (veja aqui perguntas e respostas sobre a doença).
Contudo, a confirmação do tipo da doença ainda depende do resultado de exames, que vão ser realizados em um laboratório de referência da instituição em Alberta, no Canadá (veja abaixo detalhes).
As exportações de carne bovina para a China estão suspensas partir desta quinta-feira (23). “Quando o mercado suspende suas exportações cria um certo temor e isso balança um pouco o mercado da carne negativamente. Mas nosso trabalho é agir com rapidez e transparência para que mais rápido possível retornarmos à normalidade”, explicou Fávaro.
Em 2021, o Brasil deixou de exportar a carne para a China por mais de 100 dias. Na época, o governo havia comunicado dois casos atípicos da doença registrados em Mato Grosso e Minas Gerais.
No ano passado, a receita das exportações de carne bovina registrou alta de 42% em relação a 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O que aconteceu:
O caso de vaca louca foi confirmado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) em um animal de 9 anos em uma pequena propriedade de Marabá (PA).
O animal foi abatido, incinerado e a propriedade isolada. O governo informou que o protocolo sanitário foi tomado após a confirmação.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMAS) foi comunicada sobre o caso e as amostras para exame de tipificação foram enviadas para o laboratório referência da instituição no Canadá.
O Brasil possui status sanitário de risco insignificante para a doença, desde 2013, na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Suspensão da exportação para China
Segundo Fávaro, a China foi oficialmente comunicada sobre o caso. “É uma iniciativa protocolar de suspender todos os certificados de exportações para que nós possamos dar as informações necessárias para que o mais rápido possível possamos reabrir os mercados internacionais, em especial o da China que é nosso maior comprador".
O ministro explicou que a suspensão faz parte dos acordos bilaterais de comércio entre os países. “É o único país que tem essa exigência protocolar. Pode ser que outros países que o Brasil comercializa carne bovina suspendam as compras”.
Além disso, o ministro afirmou que a definição da tipificação do Encefalopatia Espongiforme Bovina depende da análise do material que foi encaminhado para um laboratório da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), considerado referência no caso, que fica no Canadá.
“Com essa tipificação nós vamos começar a fornecer as informações que já está sendo feita para os compradores, onde era criado esse animal, que modelo de criação, o que comia, se teve animais do mesmo rebanho abatidos em frigoríficos. Esse tipo de informação para esclarecimentos, para tirar dúvida do mercado consumidor e depois na sequência o mercado será reaberto”, disse.