Candidata pelo MDB, Simone Tebet acusou o PT de agir de forma antidemocrática para tentar barrar sua candidatura ainda no 1º turno
Com Yahoo Notícias
Presidenciável pelo MDB, a senadora Simone Tebet acusou o PT (Partido dos Trabalhadores) de agir de forma antidemocrática para vencer a eleição ainda no primeiro turno. Segundo a candidata à Presidência, a legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou “puxar o tapete” da candidatura dela para “vencer no tapetão”.
A declaração ocorreu nesta terça-feira (2), durante evento realizado em São Paulo (SP) que oficializou Mara Gabrilli (PSDB-SP) como vice na chapa.
“Mara foi feliz: ‘não serve o presidente que aí está e não serve o presidente do passado’, porque também de forma antidemocrática quis o Partido dos Trabalhadores puxar o tapete da nossa candidatura”, afirmou Tebet.
“Democracia se faz no diálogo, no debate, no enfrentamento de ideias, não querendo ganhar no tapetão ou logo no primeiro turno”, concluiu a candidata ao Executivo nacional.
Tebet refere-se à estratégia adotada por Lula de reduzir candidaturas para aumentar as chances de vitória ainda no primeiro turno.
Seguindo essa lógica, o petista já teria dialogado com Luciano Bivar (União Brasil), que desistiu da disputa pelo Palácio do Planalto, e de André Janones (Avante), que também deverá abandonar a corrida eleitoral nos próximos dias, a partir de negociações com o ex-presidente.
Simone ainda é alvo da ala lulista do MDB. Lideranças como Eunício Oliveira (CE), ex-presidente do Senado Federal, e o senador licenciado Renan Calheiros (AL) já manifestaram apoio público à candidatura de Lula para a Presidência. Oliveira participou da convenção petista realizada no Ceará, estado em que ele exerce grande influência política.
Em julho, essa mesma ala tentou barrar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a convenção que oficializou a candidatura de Tebet. Contudo, evento foi mantido.
Informação implica no crescimento da violência à medida que a eleição se aproxima e envolveria grupos radicais na tentativa de incriminar a esquerda
Por Matheus Leitão - Veja e G1
Órgãos de inteligência estão investigando uma suspeita de ataques ao 7 de setembro com viés golpista – e o intuito de criar um factoide político para mudar o curso da eleição de 2022 – envolvendo grupo radicais de direita.
O ato criminoso seria realizado para ferir os próprios bolsonaristas, gerar pânico na sociedade e, em seguida, colocar a culpa na esquerda.
A suspeita foi confirmada por dois oficiais desses órgãos de inteligência à coluna, com longo serviço prestado ao país, mas sem nenhum viés ideológico.
Apesar de ser um plano transloucado e difícil de organizar, não seria a primeira vez que isso acontece na história do Brasil.
O atentado do Riocentro, em 1981, foi organizado por setores radicais do Exército e da Polícia Militar do Rio para incriminar grupos de esquerda que faziam oposição à ditadura, regime que, naquela época, amordaçava e sufocava a democracia no país há 17 anos.
No ano de 1981, a direita começava a perder força e a ditadura, o apoio popular, à medida que a mentira contada em março de 1964 – aquela de que os militares estavam salvando o país do comunismo – ficava cada vez mais inverossímil.
Em nenhum momento, contudo, as fontes desta informação repassada à coluna – relacionada à suposta conspiração em curso no Brasil em pleno 2022 – citaram o envolvimento de setores do Exército ou da Polícia Militar, que agiram, há mais de 40 anos, como órgãos terroristas.
A preocupação dos oficiais é exatamente o contrário: que o atentado ocorra justamente contra militares no 7 de Setembro, ou atingindo grandes aglomerações, ampliando uma narrativa falaciosa que demoniza a volta do PT ao poder.
Recentemente, um extremista de direita foi preso, por exemplo, após fazer ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal e também a Lula, líder absoluto das pesquisas de intenção de votos a apenas 60 dias das eleições.
Neste contexto, a última edição de VEJA acertou em cheio ao mostrar que parte do país, e da sociedade civil, age acertadamente ao tentar desarmar a “bomba” político-ideológica armada pelo presidente Jair Bolsonaro. No lançamento de sua candidatura, o mandatário convocou apoiadores a irem às ruas “pela última vez” no feriado, sequestrando o marco de 200 anos da Independência.
Lula, como já apontou a coluna, fez bem ao sugerir que os movimentos sociais e seus apoiadores não meçam forças nas ruas contra o bolsonarismo no 7 de setembro.
Mas, enquanto investigações da Polícia Federal se voltam para eventuais ataques contra magistrados e o líder da esquerda – uma preocupação legítima após o assassinato de um dirigente petista em Foz do Iguaçu por um bolsonarista – é preciso ficar atento a outro tipo de violência ligada à direita. Ou a qualquer linha ideológica extremista.
Um em cada três brasileiros afirma que a quantidade de comida em casa nos últimos meses não foi suficiente para alimentar a família. É o que aponta pesquisa do Datafolha, contratada pela Folha e que ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades de forma presencial na quarta (27) e quinta-feira (28)
Por Eduardo Cucolo Folha -UOL
Segundo o levantamento, o percentual de eleitores com comida menos que suficiente em casa passou de 26% em maio para 33% em julho. Outros 12% dizem que foi mais que suficiente, mesmo percentual nas duas pesquisas. Para 55%, a comida foi o suficiente –queda em relação aos 62% de maio.
O percentual dos que não possuem comida suficiente é maior entre mulheres (37%), famílias com renda de até dois salários mínimos (46%), aqueles que se declaram pretos (40%) e no Nordeste (42%).
Entre os que declaram voto no ex-presidente Lula (PT), são 45% com comida insuficiente em casa, percentual que cai para 32% nos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e 12% nos de Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa também mostra que 17% dos entrevistados estão em famílias que, nos últimos meses, venderam algum bem ou objeto de valor para comprar alimentos e itens básicos de supermercado.
O índice vai a 24% entre os mais pobres, 27% para famílias que recebem o Auxílio Brasil e 32% entre desempregados.
A pesquisa está registrada no TSE com o número BR-01192/2022 e tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos.
Em um cenário de alta da inflação de alimentos, queda na renda dos trabalhadores e aumento da informalidade, 33 milhões de pessoas passam fome no país, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia, divulgado em junho.
Segundo as Nações Unidas, 61,3 milhões de brasileiros (cerca de 3 em cada 10 habitantes) conviviam com algum tipo de insegurança alimentar, e 15,4 milhões passavam fome no período de 2019 e 2021.
Conforme reportagem publicada nesta segunda (1º), a pesquisa Datafolha mostra que 56% dos eleitores afirmam que o valor máximo de R$ 600 para o auxílio é insuficiente, 36% classificam como suficiente e 7% avaliam o montante como mais do que suficiente. Entre os que recebem o benefício, 54% consideram o valor insuficiente, 38% avaliam como suficiente e 8% afirmam ser mais do que suficiente.
O aumento do valor é uma das apostas do governo federal para alavancar a candidatura Bolsonaro, que continua em segundo lugar na pesquisa, praticamente na mesma posição do levantamento anterior.
Questionados sobre o motivo para o governo oferecer o pacote de benefícios programado para acabar no final do ano, 61% dos eleitores afirmaram que o principal objetivo é ganhar votos para o presidente.
Ação ‘Não Seja um Laranja’ foi realizada em 13 Estados e no Distrito Federal e teve apoio da Federação Brasileira dos Bancos
Com Agências
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, dia 2 de agosto, a operação Não Seja um Laranja!, com apoio da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), em 13 Estados e no Distrito Federal. Munidos de mandados de busca, policiais federais e civis apreenderam em todas as regiões do país bens de pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos desviados de golpes e fraudes contra clientes bancários, utilizando engenharia social.
É a primeira vez que é feita uma operação de caráter nacional para coibir esse tipo de crime e terá continuidade. A operação faz parte do Convênio Tentáculos, o Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a FEBRABAN assinado em outubro de 2017, e que passou a ser ao longo dos anos uma referência interna e externa de cooperação Público/Privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.
As buscas e apreensões estão previstas na Lei 14.155, que prevê punições severas para fraudes e golpes cometidos em meios eletrônicos. O texto alterou o Código Penal brasileiro para agravar penas como invasão de dispositivo, furto qualificado e estelionato praticados em meio digital, além de crimes cometidos com o uso de informação fornecidas por alguém induzido ao erro pelas redes sociais, contatos telefônicos, mensagem ou e-mail fraudulento.
As penas podem chegar até 8 anos de prisão, mais multas, e ainda serem agravadas se os crimes forem praticados com o uso de servidor mantido fora do Brasil, ou ainda se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.
Entre as ações criminosas que serão punidas com a lei estão as fraudes através de transações digitais, além dos golpes, como o da clonagem do WhatsApp, do falso funcionário de banco (quando o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de uma instituição financeira), e os golpes de phishing (quando criminosos tentam obter dados pessoais do usuário através de mensagens e e-mails falsos que o induzem a clicar em links suspeitos).
Por Cláudio Humberto
A divulgação da pesquisa Modalmais/Futura com diferença de apenas 0,7% entre Lula (38,5%) e Bolsonaro (37,8%), em um dos cenários, caiu como uma bomba na campanha do petista. O cenário considera apenas os cinco principais candidatos. A pesquisa contratada pelo Banco Modal, do Grupo XP, surpreende por ser bem menos favorável para Lula. Esse levantamento ligou o alerta entre assessores petistas conectados a uma realidade mais condizente com o que se vê e se ouve nas ruas.
A pesquisa do Banco Modal, registrada no TSE, foi encaminhada para os seus clientes.
Cada um no seu tamanho
Nesse cenário, Ciro Gomes (PDT) aparece com 9,9%, seguido por André Janones (Avante) com 2,7% e Simone Tebet (MDB) com 1,6%.
Preocupação pós-pandemia
A fome é a maior prioridade para os entrevistados, seguido por saúde, emprego e educação. Corrupção, violência e inflação vêm por último.
Vento virou?
Curiosamente, o banco Modalmais, que encomendou a pesquisa, é do grupo XP Investimentos, que tem divulgado pesquisas favoráveis a Lula.
Metodologia
O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre os dias 21 e 25 de julho por meio de entrevista eletrônica e está registrado no TSE: 07639/2022.