Dario Messer é investigado na Lava Jato sob acusação de participar de esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro
Juiz determinou que o mandato de prisão seja expedido depois da pandemia de Covid-19
Por iG Último Segundo
O doleiro Dario Messer , conhecido como “doleiro dos doleiros” foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro. A condenação é referente ao processo da Operação Marakata, que é um desdobramento da Lava Jato do Rio de Janeiro.
Essa é a primeira condenação do doleiro na Lava Jato. Anteriormente, ele havia sido absolvido da acusação de evasão de divisas. A sentença foi publicada oficialmente nesta segunda-feira (17) pelo juiz Alexandre Libonati, da 2ª Vara Criminal do Rio.
Ele não permitiu que Messer recorra em liberdade. Além disso, ele determinou que o mandado de prisão seja expedido depois que a pandemia de Covid-19 acabar. Ele ainda é réu em duas ações penais nas Operações Câmbio, Desligo e Patrón, que estão tramitando.
Doleiro delator, por enquanto, poupa nomes de artistas e jogadores de futebol e políticos
Por Paulo Motoryn
Em acordo com o Ministério Público, Dario Messer vai devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos© Reprodução: TV Globo Em acordo com o Ministério Público, Dario Messer vai devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos
No acordo de delação com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Polícia Federal (PF), o “doleiro dos doleiros”, Dario Messer se comprometeu a ressarcir os cofres públicos em cerca de R$ 1 bilhão.
O acordo foi homologado na última 4ª feira (12.ago.2020). Messer é investigado pela Lava Jato sob acusação de participar de esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro e outros crimes.
Preso desde julho de 2019, o doleiro afirmou que repassou quantias em dólares à família Marinho no início dos anos 1990. Os donos da Globo negam. A informação foi divulgada na última sexta-feira (14.ago.2020), pela revista Veja.
Entre as contas e pertences que deverão ser devolvidos pelo doleiro, divulgadas pela CNN Brasil, estão:
R$ 60 milhões de uma conta nas Bahamas;
R$ 3 milhões em um banco no Brasil;
R$ 2,5 milhões depositados no Paraguai;
a participação em uma cobertura na avenida Delfim Moreira, no Leblon, avaliada em R$ 40 milhões;
R$ 60 milhões em contas de empresas imobiliárias;
R$ 23,8 milhões em imóveis das mesmas companhias;
outros imóveis, automóveis, animais e máquinas das fazendas em nome da empresa Chai, a maioria localizada no Paraguai, estimados em US$ 120 milhões (mais de R$ 600 milhões);
outros imóveis, automóveis, animais e máquinas das fazendas em nome da empresa Matrix, também no Paraguai, estimados em US$ 30 milhões (mais de R$ 150 milhões);
US$ 6 milhões (ou R$ 30 milhões) da Fazenda Tournon, também no Paraguai;
US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) de um apartamento em Nova York registrado no nome de uma offshore;
14 obras de arte de valor ainda inestimado, sendo quatro de Di Cavalcanti, cinco de Eugênio de Proença Sigaud e cinco de Lia Mittarakis.
ISTOÉ TRAÇA O PERFIL DE QUEM SE ISOLOU PARA FUGIR DA PANDEMIA. VEJA DISCORRE SOBRE A ECONOMIA E A REELEIÇÃO DE BOLSONARO E ÉPOCA FALA DO “NOVO” STF
Istoé
Vida nova no campo e na praia
Poder respirar na natureza, ficar à vontade num quintal que seja, ou à beira da piscina, se tornou muito mais interessante do que permanecer isolado num apartamento. O isolamento social deixou o ar livre ainda mais precioso e cobiçado. E todos querem se afastar do epicentro da doença para diminuir os riscos de contágio. De um modo geral, o coronavírus vem fazendo muitas pessoas repensarem onde querem viver por medo, questões de sobrevivência ou mesmo por projeto pessoal.
Não se trata apenas de um retiro emergencial, mas de uma preparação para uma saída definitiva da cidade grande. A possibilidade de trabalho remoto abre um campo vasto de opções para a moradia. Essa é uma tendência que se percebe principalmente no topo da pirâmide social, onde as pessoas têm dinheiro para realizar seus projetos de curto prazo, mas que, também, avança forte pela classe média.
Há, por exemplo, uma procura crescente, nos últimos meses, por casas em condomínios de luxo no interior e litoral de São Paulo. Em alguns locais privilegiados, a procura por imóveis multiplicou por seis em relação ao ano passado.
Veja
A estrada da perdição
Em um traço característico de sua persona pública, o presidente Jair Bolsonaro costuma adotar discursos e atitudes tranquilizadoras quando flerta com um risco iminente. Na última quarta-feira, 12, exercitou com afinco o lado diplomático e apaziguador de sua personalidade habitualmente truculenta e explosiva para dissipar os rumores de que está desembarcando da estratégia econômica desenhada pelo ministro Paulo Guedes em favor de uma nova manobra política, baseada na abertura dos cofres públicos, como forma de pavimentar sua reeleição em 2022 (um objetivo evidente desde a sua posse).
Em sua missão de ressaltar o compromisso com Guedes, Bolsonaro publicou logo pela manhã nas redes sociais uma mensagem defendendo o teto de gastos, a responsabilidade fiscal e até as privatizações, junto com uma foto em que aparece ao lado do ministro da Economia e de Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, um dos representantes do time a favor da gastança. À tarde, convocou ao Palácio da Alvorada os chefes do Legislativo, líderes no Congresso, além de Guedes e outro de seus adversários, Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional. Após a reunião, todos rumaram a um palanque improvisado. Dessa vez, a cena não deu muito certo. Numa breve manifestação, o presidente disse que o governo vai respeitar o teto de gastos. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, reforçaram o coro. Nenhum deles, no entanto, mencionou o nome de Paulo Guedes ou anunciou medidas destinadas a conter os gastos públicos ou acelerar a tramitação de qualquer ponto da agenda do ministro no Legislativo.
Época
O novo STF
Nos últimos meses, o Supremo Tribunal Federal impôs uma série de derrotas à Lava Jato. Derrubou a prisão de condenados em segunda instância; decidiu que réus precisam se manifestar em processos depois dos delatores, uma regra que levou à anulação de condenações e forçou outras dezenas de processos a voltar algumas casas; e transferiu para a Justiça Eleitoral os casos de caixa dois e corrupção, na prática retirando-os da alçada da operação. Na semana passada, mais um tópico para a lista: a Segunda Turma do STF decidiu retirar a delação premiada de Antonio Palocci do processo contra Luiz Inácio Lula da Silva, com duras críticas ao ex-juiz da Lava Jato, o agora ex-ministro Sergio Moro.
Tais decisões têm em suas tintas o triunfo do chamado “garantismo”, vertente jurídica que poderá perder força em breve na Corte, diante das mudanças de composição que se avizinham: a aposentadoria do decano Celso de Mello e a troca de presidência, com a saída de Dias Toffoli e a entrada de Luiz Fux no posto.
Doleiro não apresentou provas e diz não ter tido contato direto com nenhum dos membros da família proprietária da emissora
Por Por João Batista Jr.
Em sua delação homologada na quarta, 12, com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer citou supostos serviços prestados para a família Marinho, dona da Rede Globo. Em depoimento realizado no dia 24 de junho e que consta no anexo 10 da delação que tem mais de 20 capítulos, o doleiro afirma ter realizado repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. Segundo o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares.
No depoimento, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. De acordo com o delator, os repasses teriam começado no início dos anos 90, quando Messer tocava sua operação de dólar a partir do Rio de Janeiro. Segundo a versão de Messer, os valores em espécie entregues no Brasil seriam compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta administrada por Barizon. Os Marinho depositariam para Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no Brasil.
De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. Messer não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho, segundo autoridades que leram a delação, em Brasília. Apesar disso, o doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo).
Em nota encaminhada à redação de VEJA, a assessoria de Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negou as informações dadas por Messer: “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”.
Críticas de Guedes pelos entraves às reformas e o alerta que fez sobre o risco de impeachment de Bolsonaro, caso estoure o teto de gastos, minaram a relação dele com o Planalto. Já se fala na saída do ministro, e o preferido para a vaga é o presidente do BC
Por Vicente Nunes- Luiz Calcagno- Jorge Vasconcellos- Augusto Fernandes
O casamento entre Jair Bolsonaro e Paulo Guedes chegou a uma encruzilhada. Os termos do desentendimento incluem o desejo do presidente da República pela reeleição e o posicionamento do ministro da Economia em defesa do teto de gastos e das reformas estruturantes, em especial, a administrativa.
Apesar de pregar, publicamente, que há uma unidade entre os seus ministros, Bolsonaro considera a demissão de Guedes. A convivência já não é das melhores. O presidente até reconhece que a saída do economista poderia tumultuar o mercado financeiro, mas os efeitos seriam passageiros, pois o substituto receberia a promessa de que os compromissos do governo com o ajuste fiscal serão mantidos. O nome mais citado no Palácio do Planalto como sucessor de Guedes é o do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “A relação entre o presidente e Guedes esgarçou-se demais. Será muito difícil ele se reconciliar com o Posto Ipiranga”, disse uma fonte ao Correio.
Assessores próximos de Bolsonaro asseguram que o presidente chegou ao limite com o ministro. Nos bastidores, o mandatário não escondeu a insatisfação depois de Guedes levantar suspeitas de estouro do teto de gastos. Segundo o chefe do Executivo, como 2020 é excepcional e todos os limites fiscais foram estourados, o que se quer é usar sobras de recursos do Orçamento para obras, como forma de acelerar a economia, arrasada pela pandemia do novo coronavírus.
O desabafo de Guedes, na terça-feira, quando reclamou de “ministros fura-teto” do governo, foi considerado por Bolsonaro e outros membros do alto escalão como totalmente inapropriado. Além de o ministro ter admitido que havia uma debandada na equipe econômica, não agradou ao presidente ouvir de um dos seus principais aliados que ele poderia sofrer um impeachment. Agravou o mal-estar o fato de a declaração ter acontecido ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não tem uma boa relação com o chefe do Planalto e é quem decide se abre um processo de impedimento contra o presidente.
Futuro
Se o desentendimento entre Bolsonaro e Guedes se prolongar, analistas políticos também veem a possibilidade de o ministro ser demitido, ou então, de ele deixar o governo, levando consigo o discurso de que fez o que pôde. “O grande desafio de Guedes é encontrar uma válvula de escape para que ele saia com a vaidade intocada e seu conhecimento da máquina do governo para suas intenções futuras”, ponderou o analista político Melillo Dinis. Ele destacou que o ministro, como ultraneoliberal, já sente dificuldades em se posicionar, sob pressão de militares e grupos que veem o investimento público em grandes obras como a principal saída para a crise econômica provocada pela covid-19.
“O jogo, hoje, é dilemático. Uma encruzilhada com muitos caminhos. Um é o crescimento da crise até estourar de vez qualquer tipo de controle. Outro é que o auxílio emergencial dá voto. Tem um setor militar e do Centrão que quer fazer obra, dinheiro, liberação de orçamento, emendas parlamentares e jogar o jogo, e ambos culpam Guedes. Se não mudar a realidade, seja do gasto, seja da arrecadação, vai ter muito pouca possibilidade de investimentos”, avaliou.
Cientista político e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Geraldo Tadeu Monteiro acredita que Bolsonaro tem mais a perder do que a ganhar com a saída de Guedes. “A carta Paulo Guedes é o peso-pesado da economia. Ele faz intermediação com os setores econômicos mais importantes. Se o presidente perder essa carta, vai ter dificuldade, como está tendo para colocar um ministro da Saúde, e vai ter de colocar alguém que reze na cartilha dos militares, o que pode provocar uma ruptura na base de sustentação.”
Meta da reeleição ganha força
O projeto do presidente Jair Bolsonaro de se reeleger em 2022 ganhou um estímulo importante com a melhora de seus índices de avaliação, apontada pelas últimas pesquisas. Em um momento altamente desfavorável, marcado pelos números trágicos da covid-19 no país, o chefe do governo, contrariando as expectativas, tem conseguido fazer da própria pandemia um cenário para expandir sua popularidade. O pagamento do auxílio emergencial a milhões de brasileiros e outros acenos na área social, por exemplo, foram bem recebidos até em setores refratários ao presidente, em especial nas regiões Norte e Nordeste, cujo eleitorado, historicamente, é mais favorável ao PT e a outros partidos de esquerda.
Com um índice de aprovação de 37%, a melhor avaliação desde a posse presidencial — segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem —, Bolsonaro vai colhendo dividendos de uma agenda bem diferente daquela que ele pregou na campanha eleitoral. Além do auxílio emergencial, o anúncio da criação do programa pró-Brasil, de cunho desenvolvimentista, e do Renda Brasil, uma versão reforçada do Bolsa Família, é outro trunfo eleitoral, defendido pela ala militar do governo. Porém, essa mudança de rumo, de tão abrupta, provocou descontentamento do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“As eleições presidenciais ainda estão distantes, e muita coisa pode mudar. Mas, hoje, é inegável que Bolsonaro seria um candidato competitivo. Seus adversários não podem desprezá-lo. A dúvida, agora, é saber qual será a opção do presidente entre o seu projeto de reeleição e a cartilha ortodoxa de Guedes”, avaliou o cientista político André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa.
Na opinião de Ricardo Ismael — professor e pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) —, ainda é cedo para fazer prognóstico sobre as eleições de 2022. “Acho que o auxílio emergencial é conjuntural. Então, é importante saber como Bolsonao vai manter a fidelidade desse eleitor de baixa renda. O movimento é favorável, mas não dá para saber se se sustenta”, destacou. “Dois anos é muito tempo. Dá margem, inclusive, para a oposição e o centro comporem novas estratégias. Bolsonaro está seguindo o caminho de Michel Temer (ex-presidente), de se blindar no Congresso, mas o tempo joga contra ele”, destacou.
Em publicação nas redes sociais, ontem, o presidente Jair Bolsonaro comentou que a responsabilidade fiscal e o teto de gastos são o “norte” do governo. No texto, acusou a imprensa de ter desvirtuado o que ele disse na live de quinta-feira. Na transmissão, o chefe do Executivo admitiu que houve uma articulação dentro do governo para que o Planalto aproveitasse o chamado orçamento de guerra — medida que flexibilizou os gastos públicos deste ano para garantir mais recursos especificamente para o combate à covid-19 — e investisse em obras públicas. “A ideia de furar o teto de gastos existe, qual é o problema?”, declarou o presidente, na ocasião.
Ontem, contudo, Bolsonaro escreveu: “Quando indagado na live de ontem (quinta) sobre ‘furar’ o teto, comecei dizendo que o ministro Paulo Guedes mandava 99,9% no Orçamento. Tudo, após essa declaração, resumia que, por mais justa que fosse a busca de recursos por parte de ministros finalistas, a responsabilidade fiscal e o respeito à emenda constitucional do ‘teto’ seriam o nosso norte”.
“Vamos trabalhar junto ao Congresso para controlar despesas, com o objetivo de abrir espaço para investimentos e, assim, atravessarmos unidos essa crise. O presidente e seus ministros, sempre focados no absoluto respeito às leis, seguem trabalhando para resgatar econômica, ética e moralmente o Brasil”, frisou.
Educação
Em inauguração de uma escola cívico-militar no Rio de Janeiro, ontem, Bolsonaro afirmou que, antes do seu governo, o país estava na contramão da educação, o que poderia ser comprovado com o resultado da prova do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), ocorrida a cada três anos. Ele ainda comparou o ambiente escolar a um quartel.
“Hoje, nós somos sempre o antepenúltimo, penúltimo ou último lugar entre esses 70 países (participantes do Pisa). Isso não se muda de uma hora para outra. Mas, onde é que tem de começar a mudar? Na escola, já que temos ótimos professores, mas temos de dar meios e autoridade para cumprirem seu trabalho. É quase como um quartel: se não tiver hierarquia e disciplina, ele não cumpre com sua missão”, defendeu.
Bolsonaro ressaltou que o objetivo da escola cívico-militar é que o estudante se torne um profissional, e não apenas um “militante político”. “Aos seus 20, 21, 22, 25 anos, ele seja formado um bom profissional. Vai ser um bom empregado, um bom patrão, um bom liberal, e não apenas, como acontece em parte do Brasil ainda, apenas um militante político”, declarou.
Ele também disse que o governo quer “resgatar os pobres, e não é só através de programa social, que, em grande parte, não resgata. É dando conhecimento”. “Programas sociais são bem-vindos, mas o que liberta o homem e a mulher é o conhecimento.”
Na solenidade, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, entregou a Bolsonaro a Medalha Zenóbio da Costa, a maior honraria concedida pela Guarda Municipal.
Juros baixos
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, disse que o respeito ao teto de gastos “é decisivo para manter os avanços que conseguimos no lado da política monetária, de conseguirmos trabalhar com juros tão baixos por conta da inflação estar alinhada com a meta”. Ele lembrou que o Brasil “já viu as consequências de não ter um regime fiscal de pé”, quando expandiu os gastos públicos de forma desenfreada e, por conta disso, acabou entrando em um ciclo de queda da atividade econômica e alta da inflação e dos juros. Segundo Serra, até o câmbio pode ficar menos volátil quando o investidor tiver a certeza de que o Brasil vai retomar o ajuste fiscal após a pandemia.