Durante o encontro, integrantes também apresentaram as ações de recuperação após o período crítico das chuvas
Por Thuanny Vieira
Com o intuito de apresentar o panorama da situação das enchentes no Tocantins e iniciar o planejamento das ações de recuperação das cidades impactadas, a Força-Tarefa da Operação Enchente, se reuniu nesta quinta-feira, 13, para apresentar os seus esforços empreendidos e as próximas medidas a serem adotadas.
A reunião foi conduzida pelo comandante do Corpo de Bombeiros Militar, Carlos Eduardo de Souza Farias, que apresentou o panorama atual. Ao todo são 39 municípios sendo monitorados, com sete equipes em campo e uma fixa na cidade de São Miguel do Tocantins, cidade mais impactada até o momento. De acordo com o último boletim são 543 desabrigadas, que estão em abrigos públicos; e 1.343 desalojadas, pessoas que estão em casa de parentes, amigos e ou vizinhos.
O comandante Farias esclareceu ainda, que segundo as previsões da Agência Nacional das Águas (ANA), as chuvas mais intensas seguirão até o próximo domingo, 16, e posterior a esta data haverá um intervalo de uma semana sem chuvas. Após esse período, as chuvas voltarão a ocorrer dentro do esperado para o período fevereiro e março.
Para a reconstrução do cenário pós período de chuvas, o comandante informou que o Governo do Estado está buscando recursos junto ao governo federal por meio do Decreto de Situação de Emergência. O município de Paranã também declarou situação de emergência por meio de Decreto, que já foi reconhecido pelo governo federal, assim, o município pode pleitear recursos diretos junto à Defesa Civil Nacional para a recuperação dos cenários. São Miguel do Tocantins ainda espera o reconhecimento do governo federal para a mesma finalidade.
Assistência Social
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) informou que tem assegurado assistência às famílias impactadas desde o dia 28 de dezembro, garantindo segurança alimentar dos impactados e itens de necessidades básicas como colchões, cobertores e água potável. Além disso, há seis equipes em campo realizando levantamento de dados e monitoramento no intuito de solicitar recursos por parte do governo federal. Há ainda, uma equipe de plantão em Araguatins com uma base de distribuição alimentar.
Ao todo foram distribuídos 23 mil kits de alimentos para famílias em estado de vulnerabilidade e impactadas nos 39 municípios monitorados, deste número, 16 mil kits de alimentos incluíam proteína animal.
De acordo com o titular da pasta, José Messias Araújo, benefícios eventuais serão repassados pelo Governo do Tocantins nos próximos dias, tendo início do repasse nesta sexta-feira, 14, a fim de amenizar os impactos sofridos pelas famílias e municípios das cheias dos rios. Os recursos desses benefícios poderão ser utilizados para suprir as necessidades básicas. Serão 36 municípios de pequeno porte I, que terão antecipados R$ 27 mil cada; e três municípios de pequeno porte II, que antecipam R$ 36 mil cada. Além disso, estão previstos recursos na ordem de R$ 80 mil para os próximos dias, para aquisição de colchões. A Setas recebeu, ainda, doações de empresas privadas de cobertores que já estão sendo distribuídos.
Fomento
A presidente da Agência de Fomento do Tocantins, Denise Rocha, por determinação do governador Wanderlei Barbosa, prorrogou o prazo para pagamento das parcelas de linhas de crédito para empreendedores que já tenham contrato com o órgão e que pertençam aos municípios atingidos pelas cheias fluviais. São aproximadamente 300 clientes dentro destas cidades. Os clientes adimplentes podem ter as parcelas de janeiro, fevereiro e março remanejadas para o final do contrato livre de juros, ficando com três meses de fôlego financeiro para se restabelecerem.
A presidente informou ainda que daqui a 30 dias será disponibilizada uma nova linha de crédito, com recursos específicos para autônomos impactados com condições especiais, para que possam retomar as suas atividades no período pós chuvas.
Estradas
A Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto), também integrante da Força Tarefa, informou que está atuando em 15 pontos em todo o Estado já realizando os reparos das estradas e rodovias danificadas pelas chuvas. Comunicou ainda que a Agência já está trabalhando no planejamento para recuperação das estradas após o período das chuvas.
Força Tarefa Enchente
A Força-Tarefa Enchente é composta pelos seguintes membros: Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas); Secretaria de Estado da Infraestrutura, Cidades e Habitação; Secretaria de Estado da Governadoria; Secretaria de Estado da Saúde (SES); Procuradoria-Geral do Estado (PGE); Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento; Agência de Fomento do Estado do Tocantins (Fomento); Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins).
Com quatro nomes, ex-membros do PDT lideram lista de novos filiados petistas; PL de Bolsonaro cedeu outros três
Com Agências
O PT do Ceará anunciou nesta quinta-feira, 13, a chegada de 12 novos prefeitos à sigla. De acordo com o diretório estadual, a legenda passa a ter no Estado 29 prefeitos, alta de 70% em relação ao contingente anterior.
Dos 12 novos filiados, quatro pertenciam antes ao PDT do ex-governador do Estado e presidenciável Ciro Gomes e três ao atual partido de Jair Bolsonaro, o PL. Os demais cinco vieram do Republicanos, PCdoB, PSDB, MDB e PSOL.
O Ceará é governado pelo petista Camilo Santana, eleito com apoio da família de Ciro. Seu irmão Cid, hoje no Senado também pelo PDT, é o antecessor de Santana, que já foi reeleito uma vez e agora deve disputar uma vaga como senador. Ciro mantém ainda boa relação com o senador Tasso Jerissati (PSDB), ex-governador que também tem peso nessa correlação de forças.
O ínicio da corrida eleitoral tem intensificado as negociações por troca de partidos na composição de alianças locais e nacionais, a exemplo da migração do governador do Maranhão, Flávio Dino (ex-PCdoB) e do deputado federal Marcelo Freixo, ex-PSOL, para o PSB. Freixo deve disputar o governo do Rio, e Dino, uma vaga ao Senado.
No legislativo, a chamada janela partidária também deve intensificar as mudanças: deputados estaduais e federais podem trocar de legenda nesse período sem risco de perder o mandato. Este ano, a janela ocorre entre 3 de março e 1º de abril.
O atual ministro da Casa Civil e ex-aliado do petista Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Nogueira, criticou nesta quinta-feira (13) as últimas pesquisas eleitorais em que Lula aparece à frente de Jair Bolsonaro. Segundo Nogueira, a moderação do discurso do petista, consubstanciada, por exemplo, na formulação de uma possível aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, é “ilusão de ótica”.
POR SANDY MENDES
“A pesquisa eleitoral desta semana mostra a disputa entre uma ilusão de ótica e o presidente Bolsonaro. Hoje parece que o Lula está mais próximo à democracia cristã alemã do que à presidente Dilma; ao Macron do que ao José Dirceu; até ao Geraldo Alckmin do que ao João Vaccari. E isso a gente sabe que não é verdade. Na campanha eleitoral, a ilusão de ótica vai deixar de existir e nós vamos ver a realidade. Isso vai facilitar muito a reeleição do presidente Bolsonaro”, disse à CNN.
As recentes pesquisas sobre o cenário brasileiro em outubro deste ano apontam Lula com uma vantagem de 22% sobre o atual presidente. Assim, os números mostram o candidato do PT com chance de vencer as eleições ainda no primeiro turno.
Houve um tempo em que o atual ministro da Casa Civil também aderia ao que hoje chama de “ilusão de ótica”. Ciro Nogueira, em 2018, elegeu-se com a imagem do ex-presidente Lula, apoio ao PT no Piauí, estado ao qual pertence, e com críticas a Bolsonaro. Ele era o candidato a senador na chapa que elegeu o atual governador do Piauí, o petista Wellington Dias.
Nogueira entrou no governo em agosto do ano passado para assumir o Ministério da Casa Civil e substituir o general Luiz Eduardo Ramos, hoje na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes é apontado por entrevistados como a segunda opção favorita para as eleições
Por Gustavo Zucchi
Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes é o nome favorito dos eleitores como “segunda opção” de voto, de acordo com a pesquisa realizada pela Quaest e pela Genial Investimentos, a primeira realizada em 2022. No levantamento, o pedetista aparece como segunda opção de voto de 18% dos entrevistados.
A pesquisa mostra que a maioria dos eleitores do ex-presidente Lula (PT) migrariam para Ciro no cenário apresentado. Segundo o levantamento, dentre entrevistados que prometem votar no petista, 28% têm o presidenciável do PDT como alternativa.
No ranking de “segunda opção” de voto, o segundo colocado é Sergio Moro (Podemos). No geral, o ex-juiz é apontado como plano B de 14% dos entrevistados. Esse percentual vai para 24% entre os entrevistados que têm o presidente Jair Bolsonaro (PL) como primeira opção.
Lula, por sua vez, aparece na terceira colocação dentre as “segundas opções”. O petista é apontado como escolha secundária de 8% dos entrevistados. Na pesquisa estimulada, o ex-presidente aparece com 45% das intenções de voto, o que, em tese, poderia lhe dar vitória ainda no primeiro turno.
João Doria (PSDB) e Bolsonaro são indicados como segunda opção de 6% dos eleitores, segundo o levantamento da Quest e da Genial Investimentos. Simone Tebet (MDB) é a segunda opção preferida de 4% dos entrevistados. Rodrigo Pacheco (PSD) de 2% e Felipe D’Ávila (Novo) de 1%.
A pesquisa mostra ainda que a maior parcela dos entrevistados (33%) respondeu que votará em branco/nulo ou não votará, caso sua primeira opção não seja candidato. O levantamento entrevistou 2 mil pessoas em 123 municípios localizados em todas as unidades da Federação. O nível de confiança na consulta é de 95%.
Ministro da Casa Civil, no entanto, afirmou não ver 'nenhuma possibilidade' de Bolsonaro e Lula não estarem no segundo turno
Por Daniel Gullino
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira que a chamada terceira via "poderia até ter uma viabilidade" se houvesse uma união entre os candidatos, mas disse que devido à "fragmentação" nesse campo não vê "nenhuma possibilidade" do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estarem no segundo turno das eleições presidenciais.
A terceira via reúne candidatos que rejeitam tanto Lula quanto Bolsonaro, nomes que lideram todas as pesquisas de intenção de votos. Estão nesse grupo Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB), entre outros pré-candidatos.
— São duas candidaturas já consolidadas, isso dá um certo desespero de candidaturas que não estão se viabilizando para tentar essa situação da terceira via. Terceira via poderia até ter uma viabilidade no nosso país se houvesse uma união, mas com essa fragmentação que acontece hoje e com dois candidatos que têm um piso de um terço do eleitorado, não vejo possibilidade nenhuma de não termos Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula no segundo turno — disse Nogueira, em entrevista à Jovem Pan News.
Eleições 2022: Bolsonaro decide não interferir nos conflitos entre aliados que têm mesma pretensão eleitoral
Na mesma entrevista, o ministro afirmou que o companheiro de chapa na campanha à reeleição de Bolsonaro precisa ser alguém de "extrema-confiança":
— Eu defendo que a pessoa que seja escolhida pelo presidente, seja uma pessoa de extrema-confiança, que dê tranquilidade para o presidente e não seja uma pessoa que venha trazer insegurança e conflitos no futuro governo.
Questionado sobre os nomes dos ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Tereza Cristina (Agricultura), cotados para o posto de vice, e do dele próprio, Nogueira afirmou que seus colegas são "grandes nomes", mas que até hoje não houve convite e que a definição só deve ocorrer em abril.
— Esses nomes que você citou são grandes nomes. Mas até hoje o presidente em momento nenhum ou fez algum convite ou fez sondagem, acho que essa escolha nós iremos fazer lá para o mês de abril.