Na tarde desta sexta-feira, 09, o presidente da Agência Tocantinense de Ciência Tecnologia e Inovação (Agetec), George Brito, recebeu a visita da Deputada Federal Josi Nunes (PMDB). Na pauta do encontro a parlamentar conheceu as ações da Agetec, a exemplo da proposta de recomposição do Programa de Crédito Educativo do Governo do Estado do Tocantins (Proeducar) que já beneficiou 5.355 alunos, que tiveram a oportunidade de receber financiamento de até 80% do valor da mensalidade dos cursos de graduação.
Por Tânia Caldas
“Já encaminhamos essa nova proposta à Casa Civil do Estado, ocasião que esperamos a aprovação do Governador Marcelo Miranda. Nesta nova edição o Programa contará entre outras novidades, mais possibilidades de renegociação por parte dos alunos e quotas para estudantes de baixa renda. Outro anseio, é que os recursos oriundos do Proeducar fossem exclusivamente aplicados no Programa e que o Fundo Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação não fosse somente orçamentário, mas também financeiro. Porque acreditamos que esse é o melhor caminho para o Tocantins avançar no desenvolvimento científico e tecnológico”, considerou o presidente.
O gestor também apresentou à deputada Josi Nunes o andamento da educação profissional destacando o lançamento recente do Edital Pronatec- 2015/2, que oferece 800 vagas para o quadro reserva de profissionais bolsistas atuarem em 99 municípios do Estado. O presidente falou também sobre a implantação de mais 10 novos Polos de Educação a Distância (EAD). Dentro deste contexto, George Brito enfatizou o desejo de criar a Rede Estadual de Educação Profissional. “A princípio seria criado com estrutura em Natividade, Guaraí e Palmas. Uma unidade no Sul e outra no Norte do Estado, pois existe uma grande demanda de formação de Jovens e adultos”.
Outros assuntos também foram apresentados, como a realização pela Agetec da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - SNCT 2015, a regulamentação pelo Governador do Tocantins Marcelo Miranda, da Rede Tocantinense de Inovação e ainda sobre a criação e implementação do Parque Tecnológico do Tocantins. “Queremos dar andamento ao processo, porque Já foram feitos estudos favoráveis à criação do Parque Tecnológico com polos em Araguaína, Gurupi e Palmas. Queremos transformar as vocações dessas regiões em empresas de base tecnológica e em atividades que gerem renda para a população”.
Ao fim do encontro a Deputada Josi Nunes demonstrou muito empenho e disse que irá conversar com o Governador Marcelo Miranda para viabilizar os processos da Agetec. “Também tentaremos Emendas Parlamentares em conjunto e irei conversar com os Senadores do PMDB para apoiarem as causas da Agetec, com ênfase a Ciência, Tecnologia e Inovação, como o Código Nacional que está no Senado para ser votado anda esse ano. Essa visita foi muito proveitosa, nós queremos ser parceiros da Agetec”, enfatizou a deputada.
O Tocantins completou 27 anos do dia 5 de outubro. Durante todos esses anos, O Paralelo 13, fundado um ano antes da criação do Estado e veiculado mensalmente, vem lutando para divulgar as potencialidades do Tocantins, as suas belezas naturais, suas vitórias e seus exemplos. Mas, nem sempre essas qualidades foram capazes de superar os problemas enfrentados pelo nosso povo.
Por Edson Rodrigues
O maior exemplo disso foi o “presente” que o povo tocantinense ganhou exatamente hoje, ao ver veiculada pela TV Globo nacional uma reportagem falando do atendimento dispensado aos pacientes de câncer do nosso Estado. Apenas uma máquina para o tratamento existe no estado e, mesmo assim, ela está quebrada, levando nossos doentes a ter que se deslocar até o Maranhão – quanta ironia! – para receber um tratamento adequado.
E olha que a nossa Saúde é uma exceção à regra, pois conta com um excelente gestor, Samuel Bonilha, mas, infelizmente, com pouca atenção do governo do Estado. Onde sobra gestão faltam recursos. Ou seja, o Tocantins, hoje, é um Estado novo padecendo dos velhos vícios.
Onde antes se reclamava dos pacientes do Pará, do Mato Grosso e do próprio Maranhão, que enchiam nossos hospitais em busca de atendimento de qualidade, hoje recorremos ao irmão mais pobre do Nordeste, o Maranhão, para poder tratar dos nossos pacientes de câncer.
O Tocantins, historicamente, sempre apresentou altos e baixos. O problema é que os baixos sempre viram notícias nacionais, como é o caso da cassação do atual governador, Marcelo Miranda. Um “baixo” que expôs muito o povo tocantinense a todo tipo de humilhação e vergonha, que vinha sendo esquecido com o passar do tempo. Veio a ferrovia Norte-Sul, um “alto” significativo, abrindo novas fronteiras para a economia do nosso Tocantins, trazendo a chance de uma industrialização salvadora e redentora, mas eis que a obra empacou, as empresas travaram investimentos e, hoje, de novo, nosso governador enfrenta mais um pedido de cassação do seu mandato. Só não virou notícia nacional, ainda, mas é um”baixo” que vem numa ora inoportuna, pois vai-se somar aos outros “baixos” que assolam o nosso país e o nosso Estado, transformando a situação em um momento muito complicado para o povo tocantinense.
Além da cassação de um governador, o Tocantins também teve governador biônico e desembargadores punidos por vender sentenças. Para quem acha que isso é feio, um outro dado é ainda mais estarrecedor: 1.200 pessoas condenadas por improbidade administrativa em apenas 27 anos de existência do Tocantins!
Para quem acha que já basta, o governador Marcelo Miranda dá um recado claro de que ainda não passamos vergonha suficiente, ao manter em seu governo, contrariando a Lei, 13 pessoas sabidamente fichas-sujas, empossadas no primeiro e segundo escalões da administração estadual, entre eles o seu próprio tio, Dr. Luiz Antônio, que teve que se valer de uma liminar para poder tomar posse. Uma verdadeira afronta ao bom-senso administrativo, pois é o único estado que teima em desrespeitar a Lei da Ficha Limpa, entregando orçamentos vultosos nas mãos de pessoas que a Justiça decretou impróprios para assumir cargos públicos.
Mais um dado ruim? Lá vai: na última quarta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou, em caráter de urgência, ao STF, um requerimento em que pede a nulidade do “Trem da Alegria” da secretaria da Fazenda do Tocantins. Uma ação do governo do Estado que transforma, da noite para o dia, fiscais em auditores da Receita Estadual, mesmo que não reúnam as exigências nem os conhecimentos técnicos para o cargo.
Caso o requerimento de Janot seja acatado pelo STF, os cofres estaduais terão que devolver todas as multas e reverter todas as ações desses fiscais/auditores.
Mas, vamos falar um pouco de coisas boas.
Primeiro, do povo tocantinense, que sempre se mostrou colaborativo, participante, consciente e, principalmente, resiliente, resistindo a todos os problemas com bravura. Com apenas 27 anos de idade, o Tocantins, hoje, está muito bem prestigiado nas mais altas esferas do governo federal, com uma ministra – super-poderosa, que comanda a Agricultura e a Pesca do País, um primeiro-secretário da mesa diretora do Senado Federal e um secretário executivo nacional do ministério do Turismo.
Ou seja, o Tocantins vive, hoje, um momento em que seu povo é muito prestigiado por sua inteligência e sua capacidade, com filhos seus ocupando cargos estratégicos para o desenvolvimento do País e podendo contribuir para que nosso Estado receba uma atenção mais direta do governo federal...
Pena que o governador Marcelo Miranda não mantém, com nenhum dos três, ministra, senador ou secretário executivo nacional, um mínimo relacionamento institucional, muito menos harmônico, fechando portas importantíssimas para desafogar nossa economia...
Já são nove meses e meio, desde que o governador Marcelo Miranda assumiu o governo e, desde então, nunca realizou uma reunião sequer com os congressistas tocantinenses em Brasília, , tanto do Senado quanto da Câmara Federal, para definir linhas de ação e planos visando ao desenvolvimento e à resolução de problemas do nosso Estado. Isso não é nada producente e vai contra tudo o que se apregoou em época de campanha, impedindo que o Estado colha os bons frutos da convivência harmoniosa e institucional entre nossos representantes.
Rogo a Deus para que ilumine as mentes dos nossos dirigentes, dos nossos representantes, para que em 2016 possamos comemorar um aniversário diferente.
Pois é, ia falar de coisas boas....quem sabe no nosso próximo aniversário...
O PAPEL DOS ELEITORES
Os eleitores e a classe política tocantinense não vêm tendo uma convivência harmônica. Subestimado pelos políticos, os eleitores vem dando a resposta clara e direta a cada pleito eleitoral e municipal, e são poucos os detentores de cargos eletivos que conseguirão dar continuidade às suas carreiras tanto nos legislativos estadual, municipais, federal e também no Senado.
O maior termômetro disso é o Legislativo da Capital, que vem sendo modificado pleito após pleito e a taxa de renovação nos parlamentos deve ficar entre 60 e 80% na próxima eleição.
Triste dos legisladores que acham, ainda, que o eleitor tocantinense é desinformado e que não percebe que alguns políticos se elegem para aumentar seus patrimônios pessoais e de seus familiares e, não, parar dar satisfação aos seus eleitores, a quem só procuram de 4 em 4 anos, na famosa “aparição de Copa do Mundo”.
O estado do Tocantins é muito bem servido em termos de veículos de comunicação, começando pelas velhas rádios, passando pelas emissoras de televisão, contando com blogs, sites, páginas em redes sociais, sem falar nos jornais impressos e revistas, que transformam o dia-a-dia dos políticos em um verdadeiro “Big Brother” da vida real.
Outros agentes dessa fiscalização são os sites de transparência, comandados por instituições consagradas como o Ministério Público, TCU, TRE, PGU, TSE e STF, entre outros. Além disso, o Ministério Público e a Defensoria Pública vem prestando um grande papel e, assim como a Polícia Federal, vem prestando um grande papel, atuando de forma implacável contra a corrupção.
O índice de ex-gestores acusados ou pilhados praticando atos de corrupção só aumenta e, ao serem flagrados, vem á tona o incrível dado de que 95% deles praticaram tais atos cientes do que estavam fazendo e que apenas 5% o fizeram por simples desconhecimento das leis ou por baixa escolaridade. Mesmo assim, em todos os casos de corrupção, a sordidez não deixa de estar presente ao notarmos que os desvios aconteceram em verbas das áreas da Saúde, Educação (merenda escolar), transporte escolar e outras áreas que afetam diretamente os direitos básicos da população.
Hoje, no Tocantins, poucos se salvam. Poucos estão com suas ficha impas, como são os casos de Kátia Abreu, Eduardo Siqueira Campos , Wanderley Barbosa, Vicentinho Alves, Paulo Mourão, Otoniel Andrade e mais alguns poucos.
Desta forma, o que podemos prever para as eleições municipais de 2016 é uma mudança profunda, uma renovação sem igual nos Executivos e legislativos municipais das principais cidades tocantinenses.
NOSSO PONTO DE VISTA
Até hoje não sei por que quando falam em “heróis da criação do Tocantins”, sempre é citado o nome de Carlos Prestes, enquanto outros nomes de real relevância para a criação do nosso estado são simplesmente ignorados e esquecidos. E muitos deles!
Podemos começar por Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte que aprovou a criação do Tocantins, do governador de Goiás Henrique Santillo do então presidente da Assembléia Legislativa de Goiás, Dr. Brito Miranda, que permitiram que, em unanimidade, os deputados goianos aprovassem o projeto para que fosse dado prosseguimento no processo de criação do nosso Estado , do então magistrado Darcy Coelho. Somos testemunhas oculares disso!
Quantas e quantas reuniões foram realizadas na sede da Federação da Agricultura de Goiás, onde lá estavam Aroldo Rastoldo, providenciando a estrutura para a reunião, o deputado Wolney Siqueira, líder da maior bancada na Câmara, que era a do PFL, e que pediu o apoio do então ministro das Minas e Energia, o saudoso Aureliano Chaves, e de Marco Maciel, que liberaram a bancada para votar a favor da criação do Tocantins... essas figuras não agiram sozinhas, estavam ombreadas e apoiadas por nomes como de Joâo Rocha,então diretor da Organizaçãp Jaime Câmara, o ex-prefeito de Pedro Afonso, José Egito, o também ex-prefeito Goyanir Barbosa, Carlos Henrique Gaguim e o então presidente da Conorte, José Carlos Leitão, que entregaram o documento com os dados que apontavam dados concretos acerca da viabilidade econômica do novo Estado que se pretendia criar, localizado sobre O Paralelo 13, ungido pelas assinaturas de milhares e milhares de homens e mulheres engajados no movimento pela criação do Tocantins.
Mas foi o então deputado José Wilson Siqueira Campos que, de posse desses documentos, frutos do trabalhos de milhares de mãos e mentes, que assinou, junto com o deputado José dos Santos Freire, a proposta que foi entregue à Assembleia Constituinte e que redundou na criação deste nosso Tocantins.
Um estado forte e bonito por natureza e quem apesar dos desmandos e dos maus-tratos sofridos em todas as suas administrações – umas mais, outras menos – segue rumo à industrialização, com várias e várias instituições de ensino superior estaduais, federais e particulares, que oferecem cursos de importância vital para o desenvolvimento de qualquer estado que se quer sério e progressista, como medicina, engenharia, odontologia, direito, história, matemática, dentre muitos outros.
A ferrovia Norte-Sul chega como alento à industrialização, endossada pela farta produção de energia elétrica – o Estado é um dos poucos exportadores desse bem crucial para o desenvolvimento do País – e tudo isso tendo como locomotiva Palmas, a última Capital planejada do século XX, com suas avenidas largas, bem arborizada e recentemente eleita uma das melhores cidades de grande porte do Brasil para se viver.
Não podemos finalizar este artigo sem, antes, fazer um apelo aos cidadãos tocantinenses para que dêem a sua contribuição para que o Tocantins melhore cada vez mais, filtrando de maneira impiedosa os homens e mulheres que estarão pleiteando os cargos de vereador e prefeito no ano que vem.
Fiquem atentos aos atuais maus políticos e os mandem de volta para seus afazeres domésticos, para suas vidas particulares, onde seus atos só afetem a si mesmos e a seus dependentes. Votem naqueles que mostraram vontade de mudar, de fazer o bem, de contribuir e que se preocuparam, realmente, com o bem-estar da população.
Se não considerar ninguém digno de seu voto, escolha entre os postulantes novatos aqueles que vocês conhecem a vida pregressa e confiam em suas atitudes. Consultem os sites de transparência política, observem as manchetes da imprensa e se munam de todas as armas para brigar, através do voto, por uma cidade, por um Estado, livre dos fichas-sujas e cada vez melhor.
Quem viververá!
Após a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas de Dilma no ano passado, o foco é a Comissão Mista de Orçamento do Congresso
A presidenta Dilma Rousseff pediu nesta quinta (8) unidade aos ministros que tomaram posse no início desta semana para que atuem junto às bancadas de seus partidos no Congresso Nacional na defesa do governo. Após a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas de Dilma no ano passado, o foco é a Comissão Mista de Orçamento do Congresso, responsável pela análise, em primeira instância, do parecer da Corte.
De acordo com o chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, a reunião ministerial desta quinta-feira demonstrou a postura de unidade entre os ministros e em toda a equipe de Dilma. Os ministros da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, expuseram os argumentos usados nesta quarta (7) pelo governo durante o julgamento das contas no TCU. O objetivo foi "homogeneizar a informação" para que todos os ministros trabalhem com os parlamentares de seus partidos.
Wagner classificou de "acomodação do processo da reforma" as consecutivas faltas de quórum no Congresso para a votação dos vetos presidenciais, nesta semana. Sobre a questão, o ministro disse que a orientação do Palácio do Planalto é que os ministros busquem unidade com a base aliada, visto que há uma "pauta pesada" de votações à frente. "A preocupação é estar sempre atento aos movimentos da oposição tem, que podem acontecer a qualquer momento."
O chefe da Casa Civil concedeu entrevista coletiva logo após a reunião ministerial, que durou cerca de duas horas. Segundo Wagner, após uma fala inicial de Dilma e dos ministros Adams e José Eduardo Cardozo, da Justiça, foi aberto espaço para que os demais colegas de Esplanada se manifestassem. Jaques Wagner disse ainda que "praticamente" todos os partidos da base se manifestaram na reunião, por intermédio dos ministros, e agora vão buscar a aprovação dos projetos de interesse do governo.
O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, pediu mais rapidez no atendimento do que forpactuado com as bases. "Muitas vezes, sai a decisão e fica no gabinete do ministro", afirmou.
O caminho escolhido foi apontado em nota, minutos depois de os ministros do órgão tomarem a decisão de forma unânime
Após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de rejeitar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto vai concentrar o seu esforço para reverter a decisão no Congresso. O caminho escolhido foi apontado em nota, minutos depois de os ministros do órgão tomarem a decisão de forma unânime.
"A decisão hoje tomada pelo Tribunal de Contas da União constitui um parecer prévio sobre as contas de 2014 do governo federal. A matéria ainda deverá ser submetida a ampla discussão e a deliberação do Congresso Nacional", dizia o texto.
A nota afirma ainda que "os órgãos técnicos e jurídicos do governo federal têm a plena convicção de que não existem motivos legais a rejeição". Também argumentaram não concordar com a punição, já que as chamadas pedaladas fiscais - manobras que consistiram em atrasar repasses do Tesouro Nacional para que bancos públicos pagassem despesas do governo -, "visaram a manutenção de programas sociais fundamentais para o povo brasileiro, tais como Bolsa Família, Minha Casa Minha vida".
O Planalto voltou a defender ainda que, em outros governos, o tribunal havia julgado "adequado" a mesma prática usada por Dilma no ano passado.
A nota repudiando a decisão do TCU foi distribuída imediatamente após a decisão do plenário do tribunal. O texto foi preparado no meio da tarde, no quarto andar do Planalto, em uma reunião na qual estavam presentes o novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, seu colega da Justiça, José Eduardo Cardozo, além do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e um assessor do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams. O texto foi provado, depois, por Dilma, que estava em viagem à Bahia.
Como já sabia que a decisão seria contra o governo, a estratégia adotada pelo governo foi que houvesse uma resposta dura à rejeição das contas assim que a votação fosse concluída. Essa reação em tempo inédito faz parte de uma nova estratégia do governo de se defender de fatos negativos no menor tempo possível. Em outros episódios, a Planalto já chegou a levar horas para responder e apresentar sua posição sobre os fatos. Houve vezes em que sequer houve uma resposta oficial do governo.
Não se fala em outro assunto nos bastidores da política portuense desde a tarde desta terça-feira (6), que não seja a intervenção branca sofrida nas últimas horas pelo Diretório Municipal do PMDB de Porto Nacional. Segundo uma fonte da cúpula do PMDB, tudo foi devidamente articulado, planejado e executado pelo Palácio Araguaia, leia-se governador Marcelo Miranda.
Por Edson Rodrigues
O presidente da nova Comissão Provisória é o suplente de vereador André Costa que, coincidentemente foi recentemente nomeado assessor do governador Marcelo Miranda, com assento em gabinete do segundo andar do Palácio Araguaia.
A cúpula do PMDB portuense está dividida em três grupos. O primeiro formado pelos seguidores do ex-governador biônico Carlos Gaguim e pelo seu sogro, o empresário e ex-presidente da sigla em Porto Nacional, Batista Pereira. O segundo grupo, o menor de todos, é formado pelos simpatizantes da senadora e Ministra Kátia Abreu. O terceiro e maior grupo é formado pelos peemedebistas autênticos, composto por ex-vereadores, ex-prefeitos, ex-deputados federais e ex-secretários de estado.
Ao decretar essa intervenção, o Palácio Araguaia não avisou nem convidou ninguém de nenhum desses grupos, apenas o ligados ao governador Marcelo Miranda, deixando de fora nomes importantes da velha guarda do partido, assim como os seguidores de Kátia e Gaguim, que tiveram conhecimento do fato por terceiros, o que acirrou ainda mais os ânimos dentro do partido.
Quando, no passado, Oswaldo reis tomou atitude semelhante, causou uma verdadeira implosão do diretório portuense do partido, que só teve forças e condições para se unir novamente na eleição do próprio Marcelo Miranda para o governo do Estado.
A intervenção de Oswaldo Reis alijou do poder a então presidente do diretório municipal, Maria Deusalice e seu vice-presidente, Marcelo Thomás, que era uma das principais lideranças do PMDB do Estado e que, apesar da sua influência política, resolveu abandonar de vez a vida pública para cuidar de seus assuntos profissionais.
Uma fonte de dentro do Palácio Araguaia chegou a nos perguntar se achávamos que “ante o fogo amigo constante do PMDB de porto nacional e a quantidade de boas notícias que a cidade pode vir a proporcionar economicamente para o Estado, deixariam Marcelo Miranda e seu líder na Assembleia Legislativa, Paulo sardinha Mourão de braços cruzados? Esses dois jamais deixariam de lutar para conquistar o comando do partido e a possibilidade de eleger o próximo prefeito!”, profetizou.
Segundo essa mesma fonte, esse intervenção vai abrir as portas para que diversas lideranças políticas, comunitárias, empresariais e até o povo, em geral, possam participar do processo sucessória na cidade, inclusive contando com uma sede municipal, coisa que há anos o PMDB não tem em Porto Nacional.
Por outro lado, um dos principais articuladores políticos do PMDB portuense disse que está acompanhando de perto toda essa movimentação e que o revide já está pronto e virá na hora certa, do jeito certo e com a intensidade certa para que o Palácio Araguaia sinta a real força do partido na cidade.
NOSSO PONTO DE VISTA
Esse filme nós já assistimos, quando houve a implosão do partido no passado, por conta das truculências de Oswaldo Reis. Caso um episódio parecido venha a se repetir, como os fatos se encaminham, acreditamos que haverá um novo, lento e cruel sangramento do partido, em que não se pode prever nem o tamanho nem a duração do estrago.
Um estrago que, desta vez, terá efeitos colaterais imprevisíveis, pois partirão dos gabinetes de Brasília, pois caso Katia Abreu e Carlos Gaguim sejam isolados, deve-se somar a isso as decisões de Dulce Miranda e Josi Nunes de se posicionarem contrárias à barganha de cargos pelo apoio do PMDB à presidente Dilma e aí as conseqüências podem ser desastrosas para o Tocantins, pois podem respingar em todos os prefeitos de todos os municípios tocantinenses e gerar uma intervenção total no PMDB do Tocantins.
Todo esse imbróglio só confirma que alguns líderes partidários do Tocantins estão, pelo menos neste momento, preocupados apenas com seus próprios umbigos, deixando de lado o que realmente interessa, que é o bem-estar do povo tocantinense.
Mas o povo está atento e observando cada movimento que é feito nessa disputa política.
Independente de partido, o povo sabe que deve votar em quem demonstra interesse em fazer o melhor pelo Estado e por suas cidades.
Nesse contexto, o PMDB tocantinense está dando um grande exemplo de como jogar votos no ralo....
Quem viver verá!