Recrudescimento das investigações e a entrada da compra da Saneatins pela Odebrecht na mira da PF, autoridades do Tocantins começam a brincar de esconde-esconde

 

Por Edson Rodrigues

 

O trabalho investigativo deflagrado pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, traz fatos com detalhes implacáveis e com provas incontestáveis.

Juntem-se a isso as planilhas aprendidas com o CPF ou CGC dos depósitos, feitos com dinheiro sujo, nas contas dos políticos que disputavam cargos eletivos, alguns deles eleitos e no gozo do mandato e o clima de salve-se quem puder tomou conta.

A. operação Ápia, deflagrado pela polícia federal é só um braço das investigações sobre casos de corrupção nos governos passados, pois outro braço dela está estourando em breve. Um rombo revelado pelo Governo Federal, no âmbito, da saúde calculado e 9 bilhões.

 

DELAÇÕES

Pelo material colhido até agora nas investigações, tudo aponta que os verdadeiras autores dos desvios são o ex-governador Sandoval Cardoso, seu cunhado Kaká, primos, amigos e amis um “laranjal” de pessoas.

Agora os políticos que participaram do banquete e receberam depósitos em suas contas do dinheiro resultante dos atos de corrupção ora investigados, terão que provar que declararam tais recursos em suas prestações de contas ao TRE, com sérios riscos de perderem seus mandatos, ficando, uns, inelegíveis, outros, penalizados no despacho da Justiça que serve de base para decretar as prisões provisórias.

 

MOMENTO DE TENSÃO

Os políticos que têm envolvimento com o caso e ainda não tiveram seus nomes citados vivem momentos da mais absoluta tensão, pois ainda faltam os depoimentos dos empresários presos, que deverão trazer revelações explosivas contra políticos que tinham poder nos governos passados.

Pelo andar da carruagem é cedo pra fazer qualquer pré julgamento, mas o certo é que esses empresários devem se valer do “efeito Eduardo Cunha”, e usar a delação premiada para salvar, pelo menos, a honra de suas famílias.

De resto, só temos um recado: quem estiver enrolado e algum tipo de participação nesse crime praticado contra e pelo poder público estadual, prepare-se para ver o sol nascer quadrado e ter os seus bens sequestrados pela justiça.

 

ESCÂNDALO DA SANEATINS COMEÇA A “BOIAR”

A imprensa nacional já começa a noticiar o mistério envolvendo a venda de 40% das ações da Saneatins, do governo do Estado para a empreiteira Odebrecht.  Matéria no Jornal Extra, do Rio de Janeiro, conta a história de uma família de lavradores da cidade de Carrasco Bonito, que pagam 50 reais mensais pela água que abastece sua única torneira.

E quem leva um naco da aposentadoria do seu José não é a prefeitura de Carrasco Bonito nem o governo do Tocantins: é a Odebrecht Ambiental, por meio de sua empresa Saneatins, concessionária de água de 47 cidades do estado (ou 80% da população). Apenas no ano passado, ela faturou mais de meio bilhão de reais nos contratos com consumidores e governo. Documentos da Lava-Jato trazem os primeiros indícios do preço pago para garantir a supremacia da água justamente onde ela parece fazer mais falta.

Uma planilha apreendida pela Polícia Federal mostra que contratos da Odebrecht com três fornecedoras — a DAG Construtora, SPE Sanear e Construtora Saga — serviam para viabilizar pagamentos de interesse do grupo baiano, como doações eleitorais e pagamentos em espécie. A concessionária de água da Odebrecht no Tocantins é citada. As três empresas são vinculadas a pagamentos da Saneatins ao lado de uma observação: “terrenos, pagamentos diversos e 450.000 (espécie)”.

O mesmo documento menciona outros contratos da Odebrecht com a DAG Construtora — empresa onde ele foi apreendido —, cujo objeto é locação de equipamentos. A PF suspeita se tratar de “contrato superfaturado a fim de possibilitar o repasse de valores a título de doação”. Em outro pagamento da Odebrecht para a DAG, o autor da planilha, ainda não identificado, registrou: “ver contrato, majorado para doação eleitoral e em R$”, seguido do comentário: “com certeza 440.000 + 670.000 sai daqui (espécie ou doação, acho que doação)”. O papel faz distinções para cada despesa: “valor faturado x medido x desviado”.

Por trás das três parceiras da Odebrecht contratadas pela Saneatins está uma pessoa: Demerval Gusmão, amigo e parceiro de negócios de Marcelo Odebrecht. A Lava-Jato já sabe que as empresas também eram porta de saída para ocultar atividades ilícitas da empreiteira, em atuação paralela ao setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que ficou conhecido como o setor de propinas.

A Odebrecht fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que ainda depende de homologação da Justiça, como informou O GLOBO nesta terça-feira, e tenta vender o controle da Saneatins a um fundo canadense. A Odebrecht e Demerval Gusmão informaram que não comentam a relação entre as empresas e a Saneatins.

 

APOIO FUNDO FGTS

Desde 2012, o Fundo de Investimentos do FGTS (FI FGTS) tem participação societária na concessionária de água da Odebrecht. A aprovação da operação foi citada pelo ex-vice presidente da Caixa, Fábio Cleto, como objeto de pagamento de propina de quase R$ 1 milhão ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nega ter recebido o valor. Cleto disse ter embolsado R$ 36 mil pela operação. A Odebrecht não quis comentar o caso.

O Programa Saneamento para Todos é uma das principais fontes de recursos da Saneatins — por meio da Caixa, repassou R$ 539,3 milhões para universalizar o acesso a esgoto no estado, realidade ainda distante (menos de um quarto da população tem hoje acesso ao serviço). Do total contratado, apenas R$ 284,2 milhões tinham sido desembolsados pela empresa até 2015, o que significa R$ 255,1 milhões para desembolsar nos próximos três anos.

O Ministério Público do Tocantins coleciona processos que investigam a relação da Saneatins com seus consumidores: são procedimentos para apurar aumento ilegal da tarifa de abastecimento, cobrança de tarifa mínima quando o serviço está suspenso e cobrança abusiva pela instalação de equipamentos que ligam a rede de esgoto às residências. Há suspeita de que o órgão responsável por regular a atuação da empresa no estado simplesmente não atua.

Prefeitos se rebelam contra as cobranças e tentam na Justiça reverter o poder dado pelo estado à empresa. Tocantinópolis conseguiu que a Justiça declarasse ilegal a tarifa de 80% da conta de água cobrada pela empresa pela prestação de serviço de esgoto. Sampaio municipalizou o serviço de água e esgoto. O tema foi alvo de debates acirrados na campanha municipal de Carrasco Bonito e Buriti.

Quando a Assembleia Legislativa do Tocantins tentou instaurar uma CPI para investigar a supremacia da Saneatins no ano passado, a empresa suspendeu todos os contratos com fornecedores do estado, como forma de pressão. A iniciativa não durou um mês e a CPI foi suspensa por motivo formal (não atendimento à proporção de composição partidária). Não há sinal de que voltará à carga. Agora, mudanças no bolso do seu Zé e da dona Deusamar parece só depender, mesmo, do avanço das investigações da Lava-Jato.

Uma última observação:  o rombo do Igeprev está prestes a entrar nas manchetes!!!

Quem se salvará!

Haja pressão.

Haja coração.

Posted On Terça, 25 Outubro 2016 14:31 Escrito por O Paralelo 13

Enquanto se veem cada vez mais envolvidos na trama da corrupção, investigados têm na delação premiada a única saída

 

Por Edson Rodrigues

 

Enquanto o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, faz um apelo ao juiz Sérgio Moro, em nome do seu filho de quatro anos de idade e de sua jovem esposa, no Tocantins os princípios éticos já “foram pras cucuias”, após a decretação da prisão preventiva do ex-governador Sandoval Cardoso, do seu ex-secretário Kaká e de mais cinco detidos na Operação Ápia.

O Tocantins entra em alerta ao ver uma pessoa que tinha um patrimônio milionário respeitável, antes de entrar para vida pública, com três fazendas somando pouco mais de mil alqueires formados, mais de 10 mil cabeças de gado e vários imóveis em Palmas e em outras cidades, eleito em 2010 o deputado estadual mais votado da história do Tocantins, ser preso por uma operação federal que investiga crimes de corrupção.

Como devem estar as esposas, filhos, pais e irmãos dos envolvidos ao verem figuras públicas da família nessa condição, sem nada poder fazer?

Já dizia o ex-deputado federal Roberto Jefferson, delator do mensalão, maior crime de corrupção da história do Brasil: “a prisão é uma tortura mental imensurável. As horas não passam, o dia é grande e a noite vem o maior castigo, a ressaca moral, longe do convívio familiar, do conforto do lar e da liberdade. Não desejo nem para o meu pior inimigo”.

Sandoval, além de ter a si próprio envolvido na teia do pode, trouxe seu cunhado para um governo interino, curto, e, embevecido pelo poder e a possibilidade de uma continuidade, foi empurrado ladeira abaixo por negociatas bruscas e incertas, e acabou levando com ele muita gente que não tinha experiência de poder para uma nau que naufragou antes de sua partida. 

Agora, todos pagam o preço da inexperiência e da ganância.

 

HORA DE PAGAR A CONTA

Com a ação da Justiça Federal, da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União, do Ministério Público Federal e de outras instituições, chegou a hora de pagar a conta.  Os efeitos colaterais de todas as ações que aconteceram à margem da Lei podem levar os envolvidos, de forma desmoralizante, a condenações de anos de prisão, com a perda dos bens e o tão temido distanciamento da família, que, de forma velada, encoberta um sentimento de vergonha e isolamento social que vai abalar toda a estrutura familiar.

Até para manter um relacionamento com sua parceira, como adiantou o ex-deputado Roberto Jefferson, tem que ser em dias e horários marcados, em um lugar vigiado e sem a privacidade tão cultivada, com criminosos em volta, toso cientes do que acontece entre as minúsculas quatro paredes do “quartinho” da prisão.

Essas considerações valem tanto para o ex-governador Sandoval Cardoso quanto para os demais implicados nas investigações federais.

 

DELAÇÕES À VISTA

A tramitação das investigações que envolvem o ex-governador do Tocantins são exatamente as mesmas da Operação Lava a Jato, que vem fazendo um limpa nas principais camadas políticas e de poder no País. 

Se no cotidiano da Lava a Jato as delações premiadas pululam de acordo com o peso de cada crime e suas penalidades, na Operação Ápia não será diferente.  As autoridades já têm as provas, só falta saber quem fez o quê.

Cabe, agora, a cada um dos políticos e empresários detidos, apressar-se em fazer os acordos de delação premiada, antes que os demais o façam, e confessar de forma detalhada, como exige a Justiça, quem projetou todo o esquema, quem seduziu a quem, quem corrompeu e quem se deixou ser corrompido e, o principal, onde foi parar o dinheiro desviado.

Para a Justiça, por enquanto, evidências não são provas.  Logo, é aconselhável que esperemos as primeiras delações para evitarmos os pré-julgamentos e os erros de avaliação.

A única certeza, por enquanto, nesse caso, é que quem praticou os crimes tinha plena ciência do que estava fazendo e, se essas pessoas ou as implicadas e detidas, quiserem voltar ao convívio familiar o mais rápido possível, mesmo que isso leve alguns anos, elas devem abrir suas mentes e suas bocas, e contar tudo o que sabem.

Antes que alguém o faça e tornem as suas informações dispensáveis para a Justiça.

Aí, será tarde demais!!

Posted On Segunda, 24 Outubro 2016 05:46 Escrito por O Paralelo 13

Por Edson Rodrigues

 

O processo de combate à corrupção, desencadeado em várias frentes por diversos órgãos federais, capitaneados pela Polícia Federal, que tem sido implacável nas investigações e detenções dos envolvidos, tem levado desde os homens mais ricos da País até os políticos mais poderosos ao banco dos réus e, os culpados à prisão, numa caminhada que não tem volta nem perdão.

As revistas investigativas desta semana chegam às bancas com reportagens destacando a prisão do ex-todo-poderoso presidente da Câmara Federa, Eduardo Cunha.  Uma prisão que, sozinha, poderá implodir toda a república, dado o poder de fogo do arsenal de informações que Cunha detém em seu poder, envolvendo desde porteiros dos prédios dos apartamentos funcionais até o presidente da República, Michel Temer, passando pelos ministérios, pelo Senado, pela própria Câmara Federal, pelos governos estaduais e por todo e qualquer órgão ou autarquia sediados em Brasília e em todos os estados da federação.

O arsenal de Cunha é suficiente para provocar o sepultamento coletivo de várias carreiras políticas, e transformar as próximas eleições majoritárias, para presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais, numa verdadeira limpeza ética e moral, com a maioria dos atuais medalhões ou presos ou inelegíveis

TOCANTINS

Caso a Justiça consiga apurar, condenar e apenar os culpados pelo rombo no Igeprev, da venda da Saneatins e do sumiço de nove bilhões de reais da saúde no Tocantins nos governos passados, teremos, também, uma defasagem de políticos da velha guarda nos pleitos seguintes, pois, pelo andar da carruagem, vão sobrar poucos na Assembleia Legislativa e nos municípios mais importantes economicamente do Estado para contar a história, onde, dificilmente teremos três chapas para disputar as eleições.

Calculando que para o preenchimento das vagas a serem disputadas em 2018, teremos que ter um nome para governador, outro para vice, dois para as vagas de senador e mais dois para os suplentes, oito nome para deputado federal, mais 24 nomes para deputados estaduais, será que teremos nomes “ficha-limpa” suficientes para preencher “tantas” vagas?

Só o tempo, que será o maior aliado dos homens e mulheres de bem deste Tocantins, poderá dizer.

Só nos resta aguardar!

 

ATENÇÃO

O que nos chama a atenção é o porquê de nenhum dos dirigentes de sindicatos e associações de funcionários públicos, que lideram o movimento grevista, ainda não fizeram nenhum ato público, não mobilizaram as massas, fizeram passeatas, carreatas, muito menos abaixo-assinados, como fazem contra o governo, pedindo celeridade nas investigações e na apuração das irregularidades levantadas pela Polícia Federal, principalmente nas relacionadas ao Igeprev. 

Onde estão os “líderes”?

Posted On Domingo, 23 Outubro 2016 07:23 Escrito por O Paralelo 13

Por Edson Rodrigues

 

O Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Polícia Federal e a Justiça Federal estão, juntos, desarticulando no Brasil várias quadrilhas de fraudadores de licitações useiras e vezeiras em crimes de lavagem de dinheiro, dispensa de licitação, superfaturamento e corrupção ativa e passiva.

 

TOCANTINS

A sociedade tocantinense está aguardando o desfecho da Operação Ápia, desencadeada no Estado, que prendeu o ex-governador Sandoval Cardoso, seu cunhado e ex-secretário de Infraestrutura, Kaká e vários empresários e donos de empreiteiras, que supostamente se beneficiavam de um esquema de corrupção, segundo as autoridades federais.

A força-tarefa continua seus trabalhos investigativos e não estão descartadas novas prisões na semana que vem, quando se iniciam novas diligências da competente equipe federal.

 

PREVENTIVA

Neste sábado, vence o prazo de cinco dias da prisão do ex-governador Sandoval Cardoso, do ex-secretário Kaká e de mais cinco detidos.  Caso seja decretada, hoje, a prisão preventiva dos investigados, a sociedade pode aguardar que vem “chumbo-grosso” por aí e que a “coisa” é mais feia que se imaginava e o céu será o limite para as prisões e depoimentos coercitivos que devem acontecer.

Os estoques de erva cidreira, unha de gato preto, AS infantil, suco de limão com maracujá, casca de jabuti e perna de siriema dificilmente darão conta de fazer dormir, até as 18 horas de hoje, muita gente que espera por essa decisão da Justiça.

Infelizmente, o nosso Tocantins se vê obrigado a passar por mais esse embaraço em rede nacional.

De resto, é aguardar pra ver no que que dá!

Até breve!

Posted On Sábado, 22 Outubro 2016 11:17 Escrito por O Paralelo 13

O Portal CT publicou nesta quinta-feira, 20, uma editorial no qual traz alguns argumentos sobre a entrevista concedida ontem, pelo secretário estadual da Fazenda, Paulo Antenor de Oliveira, ao Bom Dia Tocantins.

 

Por Edson Rodrigues

 

A entrevista de Paulo Oliveira gerou tumulto, e inúmeros comentários nas redes sociais. Foi avaliado pelos internautas como leigo, despreparado, e falou mais do que deveria. Sim! Houveram comentários dessa estirpe, o que mostra de forma clara, que a sociedade já espera que um entrevistado que representa o poder público minta, enfeite, omita, mas de forma alguma seja transparente.

Assim como o jornalista Cleber Toledo, há quem concorde com a atitude de Paulo Oliveira. Para Cleber foi a primeira vez que alguém do Palácio Araguaia, durante quase dois anos do governo Marcelo Miranda falou sobre um assunto polêmico de forma clara, objetiva e verdadeira. “O tesouro estadual chegou ao limite e não tem mais para onde ir. Não há mais jeitinho que resolva e não pode mais, ser tratado como uma ferramenta de marketing para cabalar voto. A máquina pública esta quebrada”, disse o secretário, Paulo Oliveira durante a entrevista.

O jornalista frisou também sobre a necessidade de conscientização das pessoas, que este não é o momento para ficar procurando culpados, é desperdiçar esforços e gerar mais picuinhas. Falou sobre os dados que mostram claramente a atual situação econômica que o Tocantins passa e reforçou a entrevista do secretário. “O que o governo arrecada hoje não é o suficiente para cobrir suas despesas. se o Estado fosse uma empresa teria fechado as portas há muito tempo. É preciso modernizar a máquina pública, estruturá-la para conter as despesas, mas também para estimular as receitas”.

 

Grevistas brigam por aumento de 9,8307%

Os servidores da saúde, educação e quadro geral estão em greve desde o dia 9 de agosto. Os grevistas cobram o pagamento dos retroativos da data-base de 2015, e a implantação do índice de 9,8% referente a data-base de 2016.

Sindicatos reforçam e acompanham a paralisação sem preocupar-se com o atual cenário, sem contar ainda que os servidores que compõem os sindicatos ficam à disposição das instituições que representam. Ou seja, recebem, não trabalham, e ainda radicaliza quando o momento é de unir forças para que todos se ergam

 

Educação

 

A greve dos professores da rede estadual ultrapassou 70 dias. . No Tocantins atualmente a rede pública estadual conta com mais de 20 mil profissionais da educação e 176 mil alunos. Para a Secretaria da Educação, (Seduc), a greve não atinge 40% das escolas, o Sindicato dos Trabalhadores (Sintet) garante que a adesão é de quase 70%.  Enquanto as instituições passam dados irrelevantes, os alunos estão sem aulas e temem os prejuízos da greve.

Quem está no 3º ano e pretende fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado dia 05 de novembro se preocupa ainda mais. Longe da sala de aula, os alunos têm buscado alternativas para aprender o conteúdo que deveria ser ministrado pelo professor.

Nem todas as escolas da rede pública estadual estão em greve, o que não abona o prejuízo de inúmeras pessoas que ficarão comprometidas por causa da paralisação. Sem acordos, Seduc garante que as aulas serão repostas, afinal toda ação tem uma conseqüência, e que os 200 dias de aulas exigidos por lei serão cumpridos.

Declarada legal, os professores continuam recebendo seus salários sem nenhuma alteração, e certamente reporão as aulas no período das férias.

E os alunos. E os pais e tutores? Vão cancelar viagens, mudar o foco, o rumo do que havia sido planejado? E quem vai pagar pela conseqüência do não aprendizado, de um não ingresso na universidade, de uma nota baixa no Exame? E lá continua a sociedade sofrendo as conseqüências e pagando pela conta de uma minoria, que não consegue pensar no bem comum.  

 

Saúde

Apenas 20% dos servidores da saúde seguem em greve. Isso porque no dia 22 de setembro a Justiça determinou que os funcionários mantivessem o mínimo de 80% do efetivo trabalhando nos hospitais estaduais do Tocantins.

O presidente do sindicato da categoria, Manoel Pereira de Miranda, recorreu da decisão no Tribunal de Justiça para que a lei de greve seja cumprida. "Pedimos o cumprimento da lei que determina que durante greve 30% dos serviços sejam mantidos".

 Enquanto isso, os veículos de comunicação continuam lá cobrindo matérias sobre a falta de profissionais para serviços básicos como um curativo, um banho, um cuidado com quem se encontra frágil e necessita de ajuda. Continuamos, a maioria pagando a conta pelas ações de uma minoria.

 

Quem paga a conta?

 

Sem defender o governo do Estado, que claramente pecou em diversas situações, será que neste momento onde o país encontra-se num caos financeiro, com 16 bilhões de desempregados, seria o momento correto para os servidores paralisarem por aumentos? Quantos alunos saíram de suas escolas particulares e foram para as públicas como alternativas de minimizar os efeitos da crise? Quantos contratos em planos de saúde foram cancelados? O servidor público paralisou no momento em que a sociedade mais demonstrou necessitar dos seus serviços.

Posted On Sexta, 21 Outubro 2016 08:13 Escrito por O Paralelo 13
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