Até agora, a única certeza que se tem sobre o fechamento do Pronto Socorro do Hospital de Porto Nacional é que de quem não é a culpa: dos funcionários, técnicos, administrativos e da direção da unidade hospitalar.
Para se achar os culpados, deve-se descobrir o que levou os médicos a pedirem demissão coletiva. Se foi por interesses pessoais ou por manobra política. É necessário que os atores da Justiça – Ministério Público, Defensoria Pública e OAB – entrem em cena e investiguem o que está por trás desse fato que coloca em risco a saúde de milhares de cidadãos portuenses e dos 11 municípios que dependem desse pronto socorro para as emergências médicas.
Há que se levar em conta que estamos na véspera do Carnaval e que os estoques de sangue estão zerados. Ou seja, um cenário perfeito para uma tragédia está montado, aguardando apenas a chegada das vítimas.
Esperamos que a Justiça não se omita neste caso e que nossa sociedade não seja prejudicada, mas, principalmente, que a consciência desses médicos, que fizeram um juramento, ao se formarem, de salvar vidas e, não, coloca-las em risco. E, por fim, que essa lambança não se transforme em caso de polícia – que é o que os médicos merecem – se alguma vida for perdida.
OPERAÇÕES DA POLICIA CIVIL: QUEM NÃO DEVE NÃO TEME
O trabalho da Polícia Civil, do Ministério Público e da Justiça tocantinense no combate à corrupção está sendo muito bem visto pelos cidadãos.
Até agora, o governo Carlesse se manteve imune ao que vem sendo apurado, mas, caso haja o envolvimento de algum membro de sua equipe, já é moeda corrente nos corredores do Palácio Araguaia que eles serão responsabilizados criminalmente e afastados de imediato de suas funções para não “infectar” um governo que se propõe assertivo e implacável com qualquer tipo de prevaricação, sem acobertamento de quem quer que seja. Em caso de culpabilidade, que sejam punidos. Em caso de inexistência de culpa, que continuem a exercer seus cargos para o bem do serviço público.
Está claro, também, que qualquer tentativa de políticos, membros da base governista, de tentar impedir ou atrapalhar as autoridades policiais e investigativas de prosseguir com os trabalhos, será o mesmo que um suicídio político. Segundo fontes palacianas, ninguém moverá uma palha em apoio aos “que temem” as operações realizadas com o aval do Ministério Público e respaldadas pela Justiça tocantinense.
E, para o desespero dos “que temem”, após o carnaval a tendência é que a coisa esquente de vez, com muitas revelações vindo à tona por conta das investigações da Polícia Civil e das instâncias superiores, não estando descartados mais mandados de prisão e de busca e apreensão.
Essas novidades podem vir nas investigações nas câmaras Municipais de Palmas, Peixe, Porto Nacional e Augustinópolis, além da Assembleia Legislativa, esclarecendo culpabilidades e inocentando quem foi envolvido sem provas nas ações.
Segundo os bastidores, paira no ar, por assim dizer, uma desconfiança no meio político de uma possível “delação surpresa” ou “contribuição espontânea” ao Ministério Público Estadual, que pode complicar a vida de alguns membros do atual Legislativo tocantinense.
Pode ser apenas uma “sensação”. Mas, pode, também, ser um fato.
Mas, como diz o velho ditado, “quem não deve não teme”, não é mesmo?
GOVERNO CARLESSE E O PÓS-CARNAVAL
O governo de Mauro Carlesse aguarda apenas o fim do carnaval para que os nobres pares do Legislativo aprovem o Orçamento e as medidas de ajuste no governo, para dar a verdadeira “largada administrativa” deste seu novo mandato.
Informações de bastidores apontam que há nos cofres públicos estaduais cerca de 500 milhões de reais, oriundos do Banco Mundial, para a execução de diversas obras, como a recuperação das rodovias entre Porto Nacional e Brejinho de Nazaré e Porto Nacional e Monte do Carmo, assim como de várias outras em todas as regiões do Estado.
Enquanto isso, a equipe técnica do governo vem trabalhando em outras frentes, em busca de mais recursos, sejam federais, sejam do exterior (sendo que o governador já tem algumas viagens internacionais planejadas para este ano) e espera que até meados do mês de maio o Tocantins esteja devidamente reconhecido pelo sistema do Tesouro Nacional como enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, abrindo os caminhos para convênios e recursos federais que impulsionarão a geração de emprego e renda para os cidadãos.
PARLAMENTARES
Portanto, a partir dessa “largada” do governo Carlesse, os parlamentares tocantinenses passarão a exercer um papel fundamental para o bom andamento da administração, consequentemente, para ajudar o Tocantins a voltar a ser grande.
Cabe aos deputados estaduais, federais e senadores aprimorar as propostas do Executivo criando um ambiente harmônico para a retomada do desenvolvimento.
A nossa representatividade no Congresso Nacional sempre foi – e continuará sendo – de importância crucial na busca por emendas, recursos e investimentos, aproveitando que o presidente Jair Bolsonaro liberou o ministro Onyx Lorenzoni, na última quarta-feira (27) para negociar com os parlamentares e líderes de bancada a liberação de emendas (de bancada e individuais) para os estados.
Ou seja, após o carnaval muitas novidades boas podem estar chegando ao Tocantins pelas mãos de seus congressistas.
Que assim seja!